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1.

INTRODUÇÃO

As árvores urbanas oferecem diversos benefícios às pessoas, como conforto térmico,


amenização da poluição, absorção de água da chuva, abrigo e alimento para animais,
harmonia visual e quebra da monotonia da paisagem urbana. Assim, elas proporcionam
melhorias na qualidade de vida da população e ainda trazem vantagens econômicas, como
valorização dos imóveis nas ruas bem arborizadas e redução do consumo de energia em
virtude do resfriamento da superfície.

2. PLANTAS RESISTENTES AO CALOR

Em tempos com a preocupação ligada ao racionamento de água, que esta cada vez
mais escassa e finita, vem surgindo cada vez mais a ideia de utilização de plantas autóctones
bem adaptadas às condições do local, a diminuição dos trabalhos e custos de manutenção e
uma preocupação ecológica com a diminuição da utilização de produtos fitossanitários nos
jardins.
Muitas das plantas resistentes à secura são de origem mediterrânica, Como a
quantidade de luz disponível é muito grande as plantas conseguem fotossintetizar mesmo com
superfícies pequenas, tenha em atenção que estas plantas dificilmente se dão bem à sombra
pois com pouca luz têm muita dificuldade em fotossintetizar em condições que lhes permitam
um desenvolvimento saudável.

2.1 Características de plantas resistentes ao calor

. coloração da folhagem também é uma adaptação ao calor

Todas as plantas com uma folhagem de cor acinzentada ou esbranquiçada são


resistentes ao calor e à secura

Leucophylumsp
Alfazema
2.2.2 Liberação de fragâncias muito fortes.

Os óleos essências que existem na planta com o calor volatilizam-se criando uma
camada protetora em volta das folhas que evita que estas sequem, pelo que é normal nos dias
de calor os aromas serem tão intensos no jardim e no campo:
 Grande parte das aromáticas existentes no nosso país estão adaptadas a estas condições

Rosa

Heliotropiumsp (planta da baunilha)
3. TIPO DE SOLO

Normalmente as plantas adaptadas a estes tipo de situação de calor excessivo e secura


gostam de solos mais pobres em matéria orgânica, bem drenados, arenosos. Não vão tolerar
excesso de água nem solos muito profundos. Este tipo de plantas é o ideal para os jardins
rochosos.

3.1 Evapotranspiração

Evapotranspiração é a perda de água do solo por evaporação e a perda de água da


planta por transpiração. O nome provém desses dois processos, que são simultâneos e
precisam ser igualmente mensurados.
A taxa de evapotranspiração é normalmente expressa em milímetros (mm) por unidade
de tempo. Essa taxa representa a quantidade de água perdida de um solo cultivado em
unidades de profundidade de água. A unidade de tempo pode ser hora, dia, mês, década ou até
mesmo um ciclo inteiro da cultura.
O solo armazena a água que chega através das chuvas. Esta água tem duas maneiras de
retornar à atmosfera. Uma é a evaporação direto do solo, a outra é através das plantas.
As plantas absorvem água e nutrientes através da raiz. Parte desta água é utilizada em
seus processos metabólicos, como a Fotossíntese, enquanto outra parte somente percorre
o xilema e evapora pela superfície das folhas. Nessas superfícies existem estruturas
microscópicas chamadas Estômatos, que são formadas por algumas células-vegetais: duas
células-guarda e duas células subsidiárias, que formam uma fenda chamado ostíolo. Nessa
fenda, ocorrem as trocas gasosas. É justamente por essa fenda que a água se perde em forma
de vapor. O processo da Evapotranspiração é como a nossa transpiração, e podemos comparar
com uma roupa molhada que está secando no varal. Sabemos que se no dia houver ventos, a
roupa seca mais rápido. Isso ocorre também nas plantas. Se houver mais vento, as plantas
perdem água mais rápido. Mas as plantas também transpiram para regular a sua temperatura,
num processo que se assemelha ao suor dos animais.
A soma total da água que evapora depois de passar pelas plantas com a água
proveniente da sua transpiração é chamada de evapotranspiração.
É relevante ressaltar que quanto maior a superfície foliar maior a transpiração da
planta, por isso plantas de habitat com pouca água, tem como adaptação para a escassez, a
diminuição das folhas , fazendo com que percam menos água.
3.2 Sequestro de Carbono

O trabalho, publicado agora pela revista Metrvm, da Escola Superior de Agricultura


Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP), avalia os modelos de
biomassa florestal e o teor de carbono de espécies nativas amplamente utilizadas em áreas de
restauração florestal no Estado de São Paulo.

O modelo gerado estima o carbono fixado pelas árvores num horizonte de 20 anos,
tendo como variável dependente o diâmetro das árvores. Ou seja, agora, para povoamentos de
Mata Atlântica semelhantes aos medidos, pode-se estimar o teor de carbono fixado pelas
árvores a partir de uma simples medição de diâmetro delas. Porém, para que o modelo
apresente uma confiabilidade maior, será necessário que sejam feitas remedições bianuais, nas
mesmas árvores, para que o modelo seja constantemente ajustado e seu grau de confiabilidade
vá aumentado com o tempo.

Na etapa do projeto já desenvolvida, além da coleta de amostras para análises


laboratoriais, de carbono e densidade básica, foram também medidos outros elementos, como
o diâmetros e o comprimento do tronco das árvores, e o peso da madeira e das folhas. Foram
avaliadas áreas de quatro reflorestamentos distintos implantados entre 2000 e 2005 no estado
de São Paulo.

Os resultados mostram que há grande variação no crescimento das florestas plantadas


com essências nativas. Além de aspectos de clima e solo locais, essas diferenças se devem aos
tratos culturais recebidos pelas plantas e à qualidade das mudas plantadas. 

O material genético também faz diferença, visto que, em cada região, os plantios
foram executados por diferentes instituições. Não obstante, cada região tem uma idade de
plantio distinta da outra, o que acaba impossibilitando a definição de uma curva de
crescimento comum.
Os cálculos resultaram numa estimativa média de 249,60 quilogramas de CO2
equivalente fixados, até o vigésimo ano, pelas árvores amostradas. Porém, dadas todas as
restrições da pesquisa, aliadas ao fato de a curva de crescimento das árvores provavelmente
não ser linear, concluiu-se que esse indicador poderia estar superestimado. Para que pudesse
ser feito um cálculo mais exato seria necessário acompanhar a curva de crescimento das
árvores por mais tempo. Como indicado acima, esse acompanhamento já está previsto na
continuidade da pesquisa. 

O problema é que a demanda por um índice de compensação de CO2-equivalente é


imediata, sendo necessário agora um número para balizar as conversões feitas no Brasil.

Assim, com uma atitude conservadora, foram adotados os resultados identificados na


pior amostra observada (na região de Valparaíso-SP), tendo sido projetada a captação de 140
kg CO2-equivalente por árvore aos 20 anos de idade. Desse modo, enquanto não dispusermos
de uma curva de crescimento totalmente confiável, podemos trabalhar com o número de 7,14
árvores da Mata Atlântica para compensar cada tonelada de CO2-equivalente emitida.
Frizando que o CO2 é o principal gás causador do efeito estufa, que contribui para o
aumento das temperaturas no mundo e o derretimento das calotas polares, tornando de suma
importância os reflorestamentos para sequestrar o gás carbônico por nós emitidos.

*Jeanicolau Simone de Lacerda é consultor em negócios florestais da KEYASSOCIADOS.

Referencias bibliográfica
http://umjardimparacuidar.blogspot.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Evapotranspiracao
http://www.oeco.org.br/convidados/23034-afinal-quanto-carbono-uma-arvore-
sequestra

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