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III

Indice
1. Introdução .................................................................................................................4

1.1. Objectivos ..............................................................................................................4

1.2. Metodoligia ............................................................................................................5

2. Medição da evaporação ...........................................................................................6

2.1. Métodos indirectos para ETP ..............................................................................6

Cálculo da Evaporação de um Corpo d’Água ..............................................................6

a) Método do Balanço Hídrico .....................................................................................7

b) Fórmula de Penman .................................................................................................7

c) Medição por Tanques Evaporimétricos ....................................................................8

2.2. Evapotranspiração ...............................................................................................9

Evapotranspiração potencial ETP ........................................................................10

Cálculo da Evapotranspiração Potencial .............................................................10

a) Fórmula de Penman ...............................................................................................10

b) Medição por Tanques Evaporimétricos ...............................................................11

c) Medição da Evapotranspiração ............................................................................11

2.3. Métodos Directos para ETP...............................................................................12

Atmômetros.............................................................................................................12

Lisímetros ................................................................................................................13

a) Lisímetros de drenagem.........................................................................................13

b) Lisímetro de percolação .........................................................................................14

c) Lisímetro de pesagem.............................................................................................14

2.4. Sensoriamento Remoto ......................................................................................14

3. Conclusão ................................................................................................................16

4. Referencia Bibliografica ........................................................................................18


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1. Introdução

A água e o Sol são indissociáveis e imprescindíveis à existência de vida na Terra. As plantas


verdes captam a energia solar e a utilizam no processo de fotossíntese, o qual transforma a
água, o dióxido de carbono e os sais minerais em compostos orgânicos indispensáveis aos
seres vivos, tanto como fonte de energia, como para a constituição e renovação de suas
células. Ainda como consequência do processo de fotossíntese, a liberação de oxigênio livre
para a atmosfera permite a respiração aeróbia e, finalmente, a vida animal.

O volume de água na Terra tem-se mantido constante desde sua formação há 5 bilhões de
anos, constituindo a chamada hidrosfera, dentro da qual a água circula continuamente, sob a
ação da energia solar e da força gravitacional; a essa circulação contínua de água pelos
reservatórios da hidrosfera dá-se o nome de ciclo hidrológico

De forma sintética, o ciclo hidrológico é a sequência de processos físicos pelos quais a água,
após evaporar-se dos oceanos, lagos, rios e superfície terrestre, precipita-se como chuva, neve
ou gelo, escoa por sobre o terreno, infiltra-se no subsolo, escoa pelos aquíferos, é absorvida
pelas raízes das plantas, retornando à atmosfera, seja por transpiração ou evaporação direta.
Quando essa mudança fisica de fase tem origem em superfícies líquidas dá-se o nome de
evaporação simplesmente. A transpiração é a fase pela qual as plantas devolvem para a
atmosfera a água que absorveram do solo, O conjunto dos processos de evaporação da água
do solo e transpiração é conhecido por evapotranspiração.

O presente trabalho tem como objectivo a compreensão dos aspectos inerentes á medição da
evapotranspiração dos oceanos, lagos e outros reservatórios e subdivide-se em três 3 partes,
nomeadamente a introdução, onde são apresentados em linhas gerais os aspectos a tratar, de
seguida o desenvolvimento e as definições a respeito do tema, por fim a conclusão e as
referências bibliografia que serão empregues para a desenvolvimento do presente trabalho.

1.1. Objectivos

 Geral

 Compreender as diferentes formas da medição de evapotranspiração dos oceanos,


lagos rios e outros reservatórios.

 Específicos

 Identificar os instrumentos usados para medir a evapotranspiração


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 Estimar a e evapotranspiração com método combinado de Penman.

 Descrever as diferenças entre métodos diretos e indiretos da medição de


evapotranspiração

1.2. Metodoligia

Para a elaboraҁão e materializaҁão do presente trabalho recoreu-se ás consultas


bibliográficas as quais estão referenciados na última página do mesmo. Como etapas
comeҁa-se pela mobilizaҁão das obras, sua leitura crítica, elaboraҁão do texto e correҁões
finais do mesmo. Adopta-se também o método analítico para que o trabalho possa a atingir
seus objectivos, desenvolvendo um raciocínio demostrativo, partindo do exame de
conceitos, e conexões que conduzirão as afirmaҁões conclusivas a respeito do trabalho em
pesquisa.
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2. Medição da evaporação

Os processos de evaporação e evapotranspiração somente poderão ocorrer naturalmente se


houver ingresso de energia no sistema, provavemente do sol, da atmosfera ou de ambos e
serão controlados pela taxa de energia, na forma de vapor de água que se propaga na
superfície da terra.

De toda a radiação que atinge a terra, 36% é utilizado para a evaporação da água da terra e
do mar.

Interferem nos processos os seguintes factores meteorológicos:

 Radiação Solar

A radiação solar é fonte energética necessária ao processo evaporativo, sendo que a


incidência directa fornece mais energia quando comparado com a difusa.

 Temperatura de ar – quanto maior a temperatura, maior é a capacidade do ar conter


o

vapor de água.

 Temperatura da água- quanto mais quente, mais evapora.

 Umidade atmosferica (relativa)- quanto menor a umidade do ar, maior é o défice


de saturação e maior a capacidade evaporativa do ar.

 Vento- o deslocamento das massas de ar modifica constantimente a massa de vapor


de água

sobre a superfície evaporante.

2.1. Métodos indirectos para ETP

São aqueles que não fornecem directamente a evapotranspiração e para estimá-la, é preciso
se utilizar de um fator (K), a ser determinado para cada região e para cada método indireto.
De acordo com os princípios envolvidos no seu desenvolvimento, os métodos de estimativa
podem ser agrupados em cinco categorias: empíricos, aerodinâmico, balanço de energia e
combinados.

 Cálculo da Evaporação de um Corpo d’Água


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A evaporação de um lago ou reservatório não pode ser medida diretamente. Por essa razão,o
cálculo da evaporação de um corpo d’água faz-se através de abordagens indiretas, entreas
quais se destacam (a) o método do balanço hídrico; (b) a fórmula de Penman; e (c) a medição
por tanques evaporimétricos.

a) Método do Balanço Hídrico

Considerando-se que os estados de armazenamento de uma lago ou reservatório sejam


conhecidos e que todas as afluências e defluências possam ser medidas em um dado intervalo
de tempo, a evaporação pode ser calculada por

E = P + A - D - I - S (1)

Onde E é evaporação, P é a precipitação direta sobre o espelho d’água, A e D simbolizam


as somas das afluências e defluências respectivamente, I a infiltração e S a alteração de
volume no intervalo de tempo considerado. As unidades de todos os termos da equação 5.6
são de volume ou altura equivalente sobre a área do reservatório. Com exceção da infiltração,
todos os outros termos da equação 5.6 podem ser medidos com relativa facilidade.
Entretanto, a dificuldade de se avaliar a infiltração faz com que a aplicação do método do
balanço hídrico restrinja-se a reservatórios ou lagos pouco profundos, sobre terrenos pouco
permeáveis.

b) Fórmula de Penman

Penman (1948) combinou as equações de transferência de energia e de massa no


desenvolvimento de sua fórmula para o cálculo da evaporação de um corpo d’água. A
fórmula de Penman pode ser expressa da seguinte forma:

En  Ea
E
1 (2)
Onde E é a intensidade de evaporação em cm/dia, Ea representa a intensidade de evaporação
em cm/dia devida às trocas de massa, En a intensidade de evaporação em cm/dia devida à
transferência de energia e  é um fator de ponderação. O termo En pode ser avaliado por

𝑸
𝑬𝒏 = 𝝆𝑯𝒏 (3)
𝒗

Onde Qn simboliza a radiação solar líquida, medida por aparelhos chamados radiômetros e
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expressa em cal/cm2/dia,  é a massa específica da água em g/cm3 e Hv é o calor latente de


vaporização em cal/g. O termo Ea pode ser calculado pela expressão
(4)

Na qual, v2 é a velocidade do vento medida a 2 metros acima da superfície e expressa em


km/dia, es é a pressão de vapor de saturação em milibares, à temperatura do ar T C, e U é
a umidade relativa do ar. O fator de ponderação  é uma função da temperatura do ar T (C)
e dado por

(5)

c) Medição por Tanques Evaporimétricos

As limitações do método do balanço hídrico e a dificuldade de avaliação de alguns


elementos da fórmula de Penman conduziram à medição indireta da evaporação através de
tanques evaporimétricos.

Esses são pequenos reservatórios impermeáveis, cheios de água, expostos às condições


atmosféricas e instalados próximos ao lago ou reservatório cuja evaporação se quer
determinar. A evaporação diária do tanque evaporimétrico é obtida pelo princípio do
balanço hídrico. Apesar de existirem vários tipos de tanques evaporimétricos, o de uso mais
difundido no Brasil é o chamado “tanque classe A”,originalmente padronizado pelo U.S.
Weather Bureau. Trata-se de um tanque circular, construído em ferro galvanizado sem
pintura, de diâmetro 122 cm e altura 25,4 cm, tal como mostrado na Figura abaixo.

tanque

Planta
122
cm 
Pluviômetr
Micrômetr o
5c o
m
Poç Estrado
25,4c
m o de
15
cm

Figura 1 - Tanque Evaporimétrico “Classe A”


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O tanque “classe A” é montado sobre um estrado de madeira de 15 cm de altura. Deve-se


encher o tanque até que a superfície da água esteja a 5 cm dos bordos. O nível d’água é
medido às 9 horas de cada dia através de um micrômetro, solidário a uma ponta de leitura
instalada dentro de um poço tranquilizador. Se não ocorrer precipitação, a evaporaçãodiária
é dada pela diferença entre duas leituras consecutivas. Entretanto, se houver precipitação,
deve-se somar a altura diária, medida pelo pluviômetro, à diferença entre as leituras
consecutivas do tanque evaporimétrico.

Devido às suas pequenas dimensões, relativamente às de um lago ou reservatório, o tanque


evaporimétrico recebe maiores afluxos de energia por radiação e também por conduçãopela
base e pelos lados. A ação do vento de remoção da camada de ar saturado também é
relativamente facilitada. Esses fatores fazem com que os dados obtidos por tanques
evaporimétricos superestimem a evaporação diária de um lago ou reservatório. Por essa
razão, é usual corrigirem-se os dados de tanques evaporimétricos através do chamado
“coeficiente de tanque”, esse sempre inferior à unidade. Esse coeficiente varia com o
local, com a época do ano e com a profundidade do corpo d’água; essa variação, entretanto,
é de difícil determinação. Na região sudeste do Brasil, é usual adotar-se um valor constante
entre 0,7 e 0,8 como fator de correção para os dados evaporimétricos obtidos através de
tanques “classe A”.

2.2. Evapotranspiração

A evapotranspiração é o processo pelo qual a água armazenada nos lagos, nos reservatórios,
nos cursos d’água, no solo e na vegetação transforma-se em vapor e retorna à fase atmosférica
do ciclo hidrológico. Nesse sentido, a evapotranspiração inclui todo o volume de água que
retorna à atmosfera sob a forma de vapor, seja por evaporação das superfícies líquidas ou da
umidade do solo, seja por transpiração das plantas.

A transpiração consiste basicamente no transporte da água retida no solo até a superfície das
folhas, pela ação das raízes das plantas. A transpiração inicia-se quando a diferença de
concentração entre a seiva dentro das raízes e a água retida no solo cria uma pressão osmótica
que força a entrada de água para o interior da planta. Em seguida, a água é transportada até
os espaços intercelulares existentes no interior das folhas. Essas possuem aberturas,
chamadas estômatos, que permitem a entrada de ar e gás carbônico para o interior das plantas.
O processo de fotossíntese consiste na produção de carboidratos, fundamentais para o
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desenvolvimento da planta, a partir de uma pequena fração da água disponível e do dióxido


de carbono absorvido através dos estômatos. Entretanto, quando os estômatos se abrem, a
água escapa através deles e atinge a superfície das folhas, onde ela torna-se sujeita à
evaporação. Segundo Linsley et al. (1975), a razão entre a quantidade de água que retorna à
atmosfera por transpiração e a quantidade de água que é efetivamente usada para o
desenvolvimento da planta é superior a 800.

 Evapotranspiração potencial ETP

Quantidade de água tranferida á atmosfera por evaporação e transpiração, na unidade de


tempo, de uma superfície extensa, completamente coberto de vegetação de porte baixo e bem
suprida de água (Penman, 1956, apud tucci, 1993). É a quantidade máxima de água que pode
ser expotranspirada, senão haver limitações de suprimento de água as plantas e estas
estiverem em condições ideiais. Pode ser obtida apartir de modelos baseados em leis físicas
e relações impíricas de forma rápida sufucientimente precisa.

 Cálculo da Evapotranspiração Potencial

a) Fórmula de Penman

A fórmula de Penman (Eq. 1) foi originalmente concebida para expressar a evaporação de


superfícies líquidas. Alguns estudos experimentais, realizados no hemisfério norte, sugerem
um fator de correção entre 0,6 e 0,8 para obtenção da evapotranspiração potencial a partir da
equação 1. Outros estudos sugerem que a evapotranspiração potencial é equivalente à
evaporação de superfícies líquidas. Nesse caso, os dados obtidos pela equação 1 podem ser
usados para expressar as intensidades da ETPpot. Segundo Ponce (1989), a sólida
fundamentação física e a flexibilidade da fórmula de Penman permitem a sua utilização tanto
para o cálculo da evaporação de superfícies líquidas quanto da evapotranspiração potencial,
sem nenhum fator de correção.

Penman (1948) combinou as equações de transferência de energia e de massa no


desenvolvimento de sua fórmula para o cálculo da evaporação de um corpo de água.

Penman propôs o método de estimativa da evapotranspiração potencial que levam em


consideração as condições aerodinâmicas e energéticas a que estar submetida à superfície
evaporante. Por isto, é enquadrado dentre os denominados métodos combinados. Esse
método sofreu sucessivas alterações ao longo do tempo quando se incorporou a resistência
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da superfície e os cálculos da resistência aerodinâmica. A estimativa da evapotranspiração,


para o método de 24 horas, pelo método combinado de Penrnan-Monteith pode ser expressa
pela seguinte equação:

𝛿 1 𝛾 900
𝐸𝑇𝑜 = (𝑅𝑛 − 𝐺) + 𝑈 (𝑒𝑠 − 𝑒̅ )
𝛿+𝛾 ∗ 𝜆 𝛿 + 𝛾 𝑡 + 273 2

Em que:

ETo - evapotranspiração de referência (rnrn dia -I); Rn - saldo de radiação à superfície (MJ
m-2 dia -I)

G - fluxo de calor no solo (MJ m-2 dia -') ; t - temperatura (ºC) ; U2 - velocidade do vento a
2 m de altura, período de 24 horas, (m s-l); (es - e) - déficit de pressão de vapor (kPa); 𝛿 -
Declividade da curva de pressão de vapor de saturação (kPa ºC-1); h - calor latente de
evaporação (MJ kg-l); 𝛾* - Constante psicrométrica modificada (kPa ºC-1) 900- (kJ-1 kg K)

b) Medição por Tanques Evaporimétricos

Os tanques evaporimétricos, descritos no figura 1, medem os efeitos da radiação solar, vento,


temperatura e umidade sobre a evaporação de superfícies líquidas. A vegetação está sujeita
a essas mesmas condições meteorológicas, mas podem responder diferentemente a elas, no
que se refere à evapotranspiração.

A despeito dessas diferenças, os dados de tanques evaporimétricos têm sido utilizados para
se estimar as intensidades de evapotranspiração potencial. Nesse caso, utiliza-se a seguinte
fórmula :

ETPpot  K Etanque (6)

Onde K é o fator de correção, inferior a 1 e dependente das características da vegetação e das


condições de instalação do tanque, e Etanque representa as medições obtidas pelo tanque
evaporimétrico.

Ponce (1989) apresenta valores de K variando entre 0,45 e 0,85, conforme as características
da vegetação, as condições de instalação e manutenção do tanque e diferentes fatores
meteorológicos. Para a região sudeste do Brasil e na ausência de estudos experimentais
detalhados, sugere-se atribuir valores entre 0,7 e 0,8 ao fator de correção.

c) Medição da Evapotranspiração
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A evapotranspiração potencial pode ser medida através de aparelhos denominados


evapotranspirômetros, cujo princípio de funcionamento encontra-se esquematizado na
Figura 2. Com relação a essa figura, se P representa a precipitação (ou o volume de irrigação
expresso em altura equivalente) tal que o teor de umidade do solo seja mantido à capacidade
de campo, então é válida a expressão

ETPpot  P  S (7)

Onde S representa o volume medido de água drenada por gravidade. Sem a aplicação de
chuva artificial, isto é se o teor de umidade do solo puder se deplecionar livremente até
mesmo abaixo do ponto de murchamento permanente, o evapotranspirômetro torna-se o
lisímetro, aparelho destinado a medir

Capacida
dede

2.3.Métodos Directos para ETP


Figure 1 Esquema do Princípio de Funcionamento de um Evapotranspirômetro.
Lisímetros, tanque evaporímetro “classe A’’ e Atmómetro

 Atmômetros

São evaporímetros nos quais a evaporação de água ocorre através de uma superfície porosa.
Sua instalação e operação são relativamente simples, embora apresentam erros em razão da
impregnação de sal ou poeira em seus poros, principalmente nos instrumentos com superfície
porosa permanente. Outro grande problema dos atmômetros é que eles são mais sensíveis ao
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vento do que à radiação solar. Os principais tipos são:

Piche: constituido por um tubo de 22,5 cm de comprimento com 1,1 cm de diâmetro interno,
graduado em décimo de milímetro, fechado em uma das extremidades. Na extremidade
aberta do tubo, prende-se um disco de papel de 3,2 cm de diâmetro, por meio de um anel. Ele
é cheio d’água destilada e pendurado na vertical, com a extremidade fechada para cima. A
evaporação se dá através do disco de papel, e quantidade d’água evaporada é determinada
pela variação do nível de água no tubo.

Em postos meteorológicos padrão, o equipamento oficial para se medir a evaporação é o


evaporímetro de Piche e não o tanque classe A, que inclusive pode não estar presente. O
Piche fica à sombra, dentro do abrigo meteorológico, e é bem mais prático de manejar que o
tanque.

Evaporímetro de Piche

 Lisímetros

Estes equipamentos são tanques enterrados, contendo uma amostra representativa do solo e
da vegetação que se deseja estudar e devem representar com bastante fidelidade as condições
reais de campo. As plantas dentro de lisímetro tem que ser similares ás que as rodeia em
todos os aspectos agronômicos, oque inclui: variedade, estadio de desenvolvimento,
condições fitossanitárias, adubação. Existem diferentes tipos de lisímetros: os de drenagem
e os de pasagem mecânico ou eletrónico.

a) Lisímetros de drenagem

Os lisímetros de drenagem permitem a deerminação da evapotranspiração pela diferença,


para um dado período de tempo, entre a água fornecida e a água percolada.

O valor de ETP assim obtido é uma evapotranspiração de referência ET, pois trata se de uma
vegetação padronizada (grama). A construção de um lisímetro requer alto investimento e
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tempo para a observação de valores de ETP. A evapotranspiração potencial é determinada


com base do balanço hidrico do sistema em intervalos de tempo.

ETP = P-D+ΔS em que:

ETP- é a evapotranspiração potencial. P- é a precipitação

D- é a quantidade de água drenada no fundo do lisímetro. ΔS- é a variação da quantidade de


água acumulada no lisímetro. Para periodos de tempo longo. ΔS é dispresível em relação as
outras grandezas.

b) Lisímetro de percolação

A evapotranspiração pode ser obtido por:


𝑰+𝑷−𝑫
ETP = em que:
𝑺

I-é um vulume de irrigação, P- é um vulume precipitado, D-é um vulume de drenado no


fundo do tanque, S- é a área superficial do tanque. As medições são efetuadas em intervalos
longos, semanais quinzenais ou mensais.

c) Lisímetro de pesagem

Permite a medição em tempos menores, é também usado para calibrar coeficiente para outros
métodos.

ETo = I + P – D em que:

I = irrigação, P = precipitação e D = drenagem

É o método mais preciso para a determinação directa da ETo, desde que sejam instalados
corretamente.

2.4. Sensoriamento Remoto

O termo sensoriamento remoto se refere a um conjunto de processos que permite a obtenção


de informações de objectos que compõem a superfície terrestre sem haver contato directo
entre os mesmos (Moraes, 2002). A obtenção dessas informações é realizada por sensores a
bordo de satélites, sendo computacionalmente interpretadas, resultando em imagens digitais.
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Atualmente temos ao redor da Terra vários satélites de sensoriamento remoto em órbita, cada
qual com seu tipo de sensor. Segundo Rudorff (2006), os sensores se comparam aos nossos
olhos. Se olharmos para uma floresta que está distante, enxergamos apenas uma mancha de
árvores. À medida que nos aproximamos, começamos a identificar árvores isoladas e se nos
aproximarmos ainda mais, podemos até ver os diferentes tipos de folhas. Rudorff (2006)
relembra ainda que antes do advento dos satélites de sensoriamento remoto na década de 70,
era muito comum o uso de fotografias aéreas, tiradas a partir de câmeras aerofotográficas
acopladas a aeronaves.

Apesar de fotografias aéreas serem utilizadas até hoje em algumas aplicações, o avanço
tecnológico faz com que percam espaço para as imagens digitais. O processamento digital
das imagens de satélite é muito mais rápido e tem como vantagem interpretar informações
que são impossíveis de ser percebidas pelo olho humano, visto que foram obtidas em diversas
regiões do espectro eletromagnético.

O espectro eletromagnético está dividido em regiões ou bandas, sendo limitadas por


comprimentos de onda (Rudorff, 2008). A região da luz visível situa-se na faixa de 0,4 a 0,7
μm, que por sua vez pode ser dividida em outras faixas que representam as cores. Observa-
se na Figura 3-5 que seguindo as regiões do espectro no sentido para a direita, temos maiores
comprimentos de onda, e consequentemente, menores frequências Rudorff (2006) apresenta
o Sol como a principal fonte natural de radiação eletromagnética utilizada no sensoriamento
remoto. A radiação solar se propaga para a Terra e ao incidir na superfície terrestre pode ser
absorvida, transmitida ou refletida. A parte da radiação refletida pela Terra retorna para o
espaço, onde pode ser detectada por um sensor remoto a bordo de um satélite.

Os sensores remotos são definidos por Moraes (2002) como dispositivos detectores de
energia eletromagnética, sendo capazes de transformá-la em informações que descrevem
feições dos objetos na superfície terrestre. Moraes (2002) acrescenta que as características
que implicam na qualidade dos sensores estão relacionadas com a resolução espacial,
espectral, temporal e

radiométrica.

A resolução espacial representa a capacidade do sensor de distinguir objetos, ou seja, quanto


maior a resolução, melhor se consegue diferenciar objetos próximos; A resolução espectral
refere-se à quantidade e largura das bandas em que opera o sensor. Portanto, quanto maior
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for o número de medidas em um determinado intervalo de comprimento de onda, melhor será


a resolução espectral da coleta; A resolução temporal indica o intervalo de tempo que o
satélite leva para voltar a recobrir a área de interesse; e a resolução radiométrica define a
eficiência do sistema em detectar e registrar pequenas diferenças na energia refletida e/ou
emitida pelos objetos da superfície terrestre (Moraes, 2002).

Como existem diversos tipos de sensores e no presente estudo foram utilizadas imagens
obtidas pelo sistema sensor TM (Thematic Mapper) do satélite Landsat-5, optou-se nesta
revisão por dar enfoque apenas a este sistema.
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3. Conclusão

Findo a realização do trabalho de pesquisa da cadeira de hidrologia sob o tema medidas de


evaporação, concluiu-se que a evaporação é importante em qualquer estudo de recursos
hídricos. Ela afecta as vazões, a capacidade dos reservatórios, a recarga dos aquíferos e o uso
consultivo (ou evapotranspiração) de águas, conclui também que a forma simples e melhor
de medição da evaporação em lagos e reservatórios é medir a evaporação em tanques
evaporimétricos pois, a sua instalação é simples e o apresenta resultados confiáveis, porém,
a evaporação em um tanque é um indicativo, mais não é exactamente á evaporação de um
corpo de água maior, como um lago ou reservatório, normalmente a estimativa da evaporação
em tanque é 3 vezes do maior do quve no reservatório.
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4. Referencia Bibliografica

1. Correia, Francisco N. (1984) Proposta de um Método para a determinação de caudais


de cheia em pequenas bacias naturais e urbanas, LNEC, Lisboa.

2. Naghettini, Mauro (2012). Introdução à Hidrologia Aplicada. Belo Horizonte

3. BACK, A. J. (2006). Hidráulica e hidrometria aplicada (com programa Hidrom para


cálculo). Florianópolis - SC, Epagri.

4. Gribbin, John E. 2009. Introdução a Hidráulica, Hidrologia e Gestão de águas pluviais. São
Paulo: Ceangage Learning,

5. Villela, S. M. 1975. Hidrologia aplicada. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil.

6. TUCCI, Carlos (organizador). 2004. Hidrologia ciência e aplicação. 3 ed., Porto Alegre, Editora
da Universidade da UFRGS/ ABRH,

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