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BARRAGENS
UNIDADE I
CONCEITOS HIDROLÓGICOS APLICADOS
Elaboração
Igor Brumano Coelho Amaral
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE I
CONCEITOS HIDROLÓGICOS APLICADOS................................................................................................................................... 5
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À HIDROLOGIA................................................................................................................................................. 7
CAPÍTULO 2
PRECIPITAÇÃO............................................................................................................................................................................. 11
CAPÍTULO 3
INFILTRAÇÃO E EVAPORAÇÃO.............................................................................................................................................. 15
REFERÊNCIAS............................................................................................................................................... 20
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CONCEITOS
HIDROLÓGICOS UNIDADE I
APLICADOS
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UNIDADE i | Conceitos hidrológicos aplicados
Objetivos da Unidade
» Relembrar conceitos importantes de hidrologia.
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CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À HIDROLOGIA
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UNIDADE i | Conceitos hidrológicos aplicados
Armazenamento
na atmosfera Condensação
Sublimação
Armazenamento
de gelo e neve
Evapotranspiração
Degelo e Precipitação
escoamento
Evaporação
Escoamento
superficial Armazenamento
de água doce
Infiltração
Armazenamento
Armazenamento nos oceanos
no subsolo
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Conceitos hidrológicos aplicados | UNIDADE i
Dessa forma, a água que bebemos hoje pode já ter sido bebida por outros há algum
tempo e ter viajado por quilômetros até nosso copo. Isso significa dizer que a massa
de água presente no planeta é praticamente constante ao longo do tempo.
O vapor d’agua também pode ser formado por meio da sublimação do gelo e da
neve superficial, no qual a água no estado sólido passa ao estado de vapor sem
passar pelo estado líquido intermediário. No entanto, pode ocorrer o degelo com
o derretimento de camadas de gelo e neve, quando a água passa do estado sólido
para o líquido, incorporando-se ao escoamento superficial.
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UNIDADE i | Conceitos hidrológicos aplicados
Editora: UFRGS
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CAPÍTULO 2
PRECIPITAÇÃO
A precipitação é o processo pelo qual as moléculas de água presentes nas nuvens
caem de volta à superfície terrestre. Chamamos a distribuição das chuvas ao
longo do tempo de regime hidrológico, o que depende das condições climáticas
e geológicas da região. Essas características determinam a temperatura média, a
umidade e o vento na região, interferindo diretamente na frequência e quantidade
de chuva.
A água presente nas nuvens encontra-se sob a forma de partículas líquidas bem
espaçadas e dispersas, que devem se precipitar justamente quando ocorrer
aglomeração das moléculas e crescimento das gotas mais pesadas. Essa aglomeração
pode ocorrer por variações na pressão e pela ação do vento, por exemplo.
Dessa forma, a aglutinação das moléculas de água forma gotas pesadas o suficiente
para superar a resistência do ar atmosférico, provocando queda e, portanto, as
precipitações.
Tipos de chuva
Ar quente
Ar frio
Condensação
Evapotranspiração
Chuva frontal
Chuva convectiva
Vento
Sotavento
Barlavento (sem chuva)
(com chuva)
Mar
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UNIDADE i | Conceitos hidrológicos aplicados
O estudo das precipitações envolve, então, algumas medições que podem ser
realizadas para caracterizar o regime de chuvas em uma determinada região. Essas
características envolvem o volume da chuva e sua duração, permitindo determinar
a intensidade da precipitação.
ALTURA PLUVIOMÉTRICA
DURAÇÃO
INTENSIDADE
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Conceitos hidrológicos aplicados | UNIDADE i
Pluviômetro
Tipo Ville de Paris
1,50 m
Figura 9. Pluviógrafo.
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UNIDADE i | Conceitos hidrológicos aplicados
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CAPÍTULO 3
INFILTRAÇÃO E EVAPORAÇÃO
Zona de transição:
Região em que o teor de umidade Zona de saturação:
decresce rapidamente com a Região em que o solo está saturado.
profundidade. Aproximadamente 5,0 cm. Aproximadamente 1,5 cm.
Zona de transmissão:
Região em que o teor de umidade varia
pouco em relação ao tempo,
caracterizando uma infiltração mais lenta.
Zona de umedecimento:
Região em que o teor de umidade
decresce rapidamente com a
profundidade.
Frente de umedecimento:
Região de grande gradiente hidráulico que
representa o limite da movimentação de
água subterrânea.
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[2]
O movimento da água que infiltra no solo pode ser representado pela equação 3
de Darcy, que permite calcular a densidade de fluxo (q) em mm/h.
[3]
[4]
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Conceitos hidrológicos aplicados | UNIDADE i
Condições superficiais
• Condições de permeabilidade da superfície, se há cobertura vegetal ou
cobertura impermeável, por exemplo.
• A cobertura vegetal também ajuda a reduzir o escoamento superficial, portanto
pode aumentar a lâmina d'água sobre o solo e, consequentemente, a
infiltração.
• Por sua vez, a presença de sistemas radiculares cria fendas e caminhos no
solo para infiltração.
Tipo de solo
• Textura, granulometria e estrutura do solo influenciam na infiltração.
Condições no solo
• Algumas alterações realizadas no solo podem alterar suas propriedades e
favorecer ou não a infiltração.
• Solos compactados têm capacidade de infiltração reduzida. Essa compactação
pode ocorrer por máquinas, animais ou pelo impacto de gotas de chuva ou de
sistemas de irrigação.
• A cobertura vegetal reduz o impacto das gotas de chuva na compactação do
solo.
• Caso haja a presença de fendas no solo, artificiais ou naturais, a infiltração
ocorre mais rápida.
Umidade do solo
• Como visto, se o solo não estiver seco, a taxa de infiltração é menor.
Carga hidráulica
• Quanto maior a lâmina d'água sobre o solo, maior a taxa de infiltração.
Temperatura
• O aumento da temperatura diminui a viscosidade do solo, portanto torna o
processo de infiltração mais fácil.
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UNIDADE i | Conceitos hidrológicos aplicados
Como vimos no Capítulo 1 desta Unidade, alguns fatores podem agilizar esse
processo, como a energia térmica em razão da luz do sol, a energia cinética dos
ventos, umidade relativa do ar e outros.
Qualquer água superficial está sujeita à evaporação, sejam rios, lagos, reservatórios,
oceanos etc., e existem alguns métodos para medição da intensidade de evaporação
descritos abaixo:
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[5]
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Conceitos hidrológicos aplicados | UNIDADE i
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[6]
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REFERÊNCIAS
ADAM – ATLAS DIGITAL DAS ÁGUAS DE MINAS. Roteiro básico para o dimensionamento
de pequenas barragens de terra no estado de MG. Disponível em: http://www.atlasdasaguas.
ufv.br/exemplos_aplicativos/roteiro_dimensionamento_ barragens.html. Acesso em: agosto de 2020.
CARVALHO, D. F.; SILVA, L. D. B. Escoamento superficial. In: Hidrologia. Rio de Janeiro, 2006b.
pp. 95-115. Disponível em: http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/
HIDRO-Cap7-ES.pdf. Acesso em: agosto de 2020.
CARVALHO, D. F.; SILVA, L. D. B. Infiltração. In: Hidrologia. Rio de Janeiro, 2006a. pp. 60-80.
Disponível em: http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-
Cap5-INF.pdf. Acesso em: agosto de 2020.
DEFATO. Chuva pode ter sido causa de rompimento de barragem em Goiás. 2020.
Disponível em: https://defatoonline.com.br/chuva-pode-ter-sido-causa-de-rompimento-de-
barragem-em-goias. Acesso em: dez. 2020.
GLOBO Ecologia. A energia que vem da água: entenda como as hidrelétricas funcionam. 2014.
Globo Ecologia. Disponível em: http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2012/06/energia-
que-vem-da-agua-entenda-como-hidreletricas-funcionam.html. Acesso em: agosto de 2020.
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Referências
MASSAD, F. Obras de Terra: Curso Básico de Geotecnia. São Paulo: Oficina de Textos, 2003.
170p.
PINTO, J. M.; COSTA, N. D.; RESENDE, G. M. Cultivo da Cebola no Nordeste. 2007. Sistemas
de Produção, 3. EMBRAPA Semi-Árido, Disponível em: http://www.cpatsa.embrapa.br:8080/
sistema_producao/spcebola/irrigacao.htm. Acesso em: agosto de 2020.
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Referências
SOUSA JUNIOR, C. E. Aspectos hidrológicos. In: Módulo I – Barragens: aspectos legais, técnicos
e socioambientais. Segurança de barragens. 2019. Disponível em: https://capacitacao.ana.gov.br/
conhecerh/bitstream/ana/110/12/Unidade_5-modulo1.pdf. Acesso em: agosto de 2020.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA – UFV. Atlas Digital das Águas de Minas. 2011.
Disponível em: www.atlasdasaguas.ufv.br/exemplos_aplicativos/roteiro_dimensionamento_
barragens.html. Acesso em: agosto de 2020.
USACE – U. S. ARMY CORPS OF ENGINEERS. Using HEC-RAS for Dam Break Studies.
2014. Disponível em: https://www.hec.usace.army.mil/publications/TrainingDocuments/TD-39.
pdf. Acesso em: agosto de 2020.
USDA – United States Department of Agriculture. Pocket Safety Guide for Dams and
Impoundments. 2013. Disponível em: https://www.fs.fed.us/eng/pubs/htmlpubs/ htm12732805/
longdesc/fig02ld.htm. Acesso em: agosto de 2020.
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