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Santos Valentina
Yúmina Ricardo
Universidade-save
Massinga
2023
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Santos Valentina
Yúmina Ricardo
Universidade-save
Massinga
2023
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Índice
I.Introdução ................................................................................................................. iv
II.Objectivos ................................................................................................................ iv
1.1.1.Gerais: ................................................................................................................ iv
1.1.2.Especificos: ......................................................................................................... iv
III.Metodologias .......................................................................................................... iv
4.Célula Fotovoltaica de Silício Amorfo ....................................................................... 5
4.1.1.Efeito Fotovoltaico ............................................................................................... 5
4.2.O Processo de Dopagem.......................................................................................... 5
4.2.1.Dopagem com fósforo .......................................................................................... 6
4.2.2.Dopagem com Boro ............................................................................................. 6
5.1.Células de silício amorfo ......................................................................................... 7
5.1.1.Modulo de silício amorfo ..................................................................................... 8
5.2.Estrutura da Célula Fotovoltaica de Silício Amorfo ............................................... 12
6.Conclusão ................................................................................................................ 14
7.Referências Bibliográficas ....................................................................................... 15
iv
I.Introdução
II.Objectivos
Objectivo Geral:
Objectivos específicos:
III.Metodologias
4.1.1.Efeito Fotovoltaico
O efeito fotovoltaico foi observado pela primeira vez pelo físico francês Alexandre
Edmond Becquerel, em 1839 (utilizando o primeiro componente eletrônico da história)
e, devido à similaridade, foi confundido com o efeito fotoelétrico.O efeito fotoelétrico é
a emissão de elétrons por um material, geralmente metálico, quando exposto à radiação
eletromagnética de frequência alta o suficiente (e que varia para cada material) para que
os seus fótons energizem os elétrons do material. (MESSENGER, 2005)
O silício possui quatro elétrons de valência e necessita de mais quatro átomos vizinhos
para formar uma ligação covalente. Se inserirmos um elemento de 5 elétrons de valência
(ex.: fósforo ou arsênio) o quinto elétron ficará fracamente ligado ao átomo de origem e,
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quando o semicondutor estiver à temperatura ambiente, esse elétron ficará livre, fazendo
com que o cristal de silício dopado com esse material fique negativamente carregado.
Esse é um semicondutor do Tipo N (MESSENGER, 2005)
Para formar uma célula solar (ou um diodo) são unidos os dois tipos de semicondutor.
Na área da união, chamada de Junção-PN, os elétrons livres do semicondutor tipo N
migrarão para o semicondutor tipo P para ocuparem esses espaços.Essa migração não
ocorre indefinidamente, pois forma-se um campo elétrico na área de junção que impede
que os elétrons continuem fluindo.
As células de silício amorfo são as que apresentam o custo mais reduzido, mas em
contrapartida o seu rendimento elétrico é também o mais reduzido (aproximadamente 8
% a 10%, ou 13% em laboratório. As células de silício amorfo são películas muito finas,
o que permite serem utilizadas como material de construção, tirando ainda o proveito
energético. O fato de serem finas permite que essas células sejam muito usadas em
matérias de construção. Mas elas também duram menos do que as células de silício
cristalizado, durando apenas 10 anos enquanto as células mono-cristalinas e pli –
cristalinas duram em torno de 20 anos.
O silício amorfo (sem forma) não possui uma estrutura cristalina, mas sim uma rede
irregular. Devido a isso, ocorrem ligações livres que absorvem o hidrogênio até a sua
saturação. O silício amorfo hidrogenado (a – Si:H) é criado em reatores de plasma, pela
deposição de silano gasoso (SiH4), em temperaturas entre 220 oC e 250 o
C
(WECKEND, 2016).
O dopante é adicionado pela mistura de gases que contém o devido material: o diborano
(BsH6 – hidreto de boro) para tipo –P e o fosfina (PH3 – hidreto de fosforo) para tipo –
N. Devido a pequena extensão da difusão do a Si :H dopado (pois é uma película
extremamente fina), os eletroes e buracos livres na junção PN não sobrevivem tempo
suficiente para gerar uma corrente elétrica externa (devido a recombinação dos
eletroes).
Por isso uma camada de a-Si:H intrínseco (não dopado) é colocada entre camadas de a-
Si:H do tipo –N e do tipo P, na qual as cargas elétricas duram mais tempo. É nessa
camada que acontece a absorção da luz e liberação dos eletroes.
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As células solares de silício amoro podem ser produzidas por meio de processos mais
econômicos, do que os utilizados para a produção de silício cristalino. Um exemplo é a
etapa de deposição a vapor por plasma, processo no qual são produzidas nanocamadas
de semicondutor em larga escala, e que é impossível de ser realizado com monocristais.
(HEGEDUS, 2003)
O silício amorfo, como o nome indica, não possui estrutura ordenada/ cristalina e
ligações covalentes não satisfeitas no silício, criando os chamados defeitos de
coordenação (dangling bonds). Isso resulta em um material semicondutor com menor
eficiência e indesejável para geração fotovoltaica em larga escala. Apesar disso, um
processo de passivação por hidrogênio permitiu reduzir as ligações covalentes
incompletas (HEGEDUS, 2003)
Figura 4: Configuração PIN e NIP em células de a-Si de junção simples e espessuras das camadas
p, i e n
No entanto, esse tipo de célula possui limitações tecnológicas que restringem a sua
aplicação. As células amorfas possuem apenas 15 % de eficiência em laboratório (como
visto na figura anterior), obtendo a menor eficiência dentre todos os tipos de células
comercializastes. Além disso, apresentam queda de eficiência conforme são expostas a
luminosidade, efeito conhecido como Staebler – Wronski, o qual separa o hidrogênio
estabilizante da estrutura do a – Si e cria as chamadas dangling bonds. Apesar disso o
material atinge um estado estacionário de eficiência após 1000h de uso (HEGEDUS,
2003).
Figura 5: Representação da estratigrafia das camadas presentes em uma célula de silício amorfo
contato interior. A fim de proteger o ITO contra intempéries do meio ambiente, EVA é
depositado sobre o ITO. Um refletor metálico, normalmente de alumínio ou prata,
reflete os fotões não absorvidos de volta para a camada semicondutora durante a
operação da célula solar. O oxido de zinco funciona como condutor transparente, ou
seja, é um dos eletroes do sistema. Por ser texturizado, contribui para a reflexão interna
dos fotões na interface com o ITO. O substrato de aço inoxidável confere flexibilidade
ao modulo.
Dentre as junções múltiplas mais empregadas estão a de silício amorfo estabilizadas por
hidrogênio e conjugada a silício microcristalino (a – Si;H/µc – Si ) e as de silício
amorfo estabilizadas por hidrogênio conjugada a ligas de silício e germânio ( a –
Si;H/a– SiGe).
O silício amorfo (sem forma) não possui uma estrutura cristalina, mas sim uma rede
irregular. Devido a isso, ocorrem ligações livres que absorvem o hidrogênio até a sua
saturação.O silício amorfo hidrogenado (a-Si:H) é criado em reatores de plasma, pela
deposição de silano gasoso (SiH4), em temperaturas entre 220 °C e 250 °C.
Por isso, uma camada de a-Si:H intrínseco (não dopado) é colocado entre camadas de a-
Si:H do tipo-N e do tipo-P, na qual as cargas elétricas duram mais tempo. É nessa
camada que acontece a absorção da luz e liberação dos elétrons.
Como contatos frontais, podem ser utilizados o Óxido de Estanho (SnO), o Óxido de
Estanho e Índio (ITO – do inglês: Indium Tim Oxide) ou o Óxido de Zinco (ZnO).
Os materiais podem ser depositados em uma sequência inversa (n-i-p) na parte traseira
do substrato. Isso permite que sejam criados módulos fotovoltaicos flexíveis em
substrato leves não transparentes, como plástico ou metal, que são mais adequados à
colocação em telhados.
A principal desvantagem do silício amorfo está na sua baixa eficiência, que diminui
ainda mais durante os primeiros 6 a 12 meses de operação, devido à degradação
induzida pela luz (através do efeito Staebler-Wronsky), antes de se estabilizar e alcançar
a potência nominal de operação. WECKEND, 2016).
Com essa técnica, é possível criar células que aproveitam uma parte maior do espectro
da radiação solar, otimizando cada camada para uma banda de cor específica, através da
mistura com outros materiais, por exemplo, o germânio (a-SiGe).Além disso, células
empilhadas sofrem menos os efeitos de envelhecimento, e as camadas de a-Si:H do
tipo-I são mais finas e, consequentemente, menos susceptíveis à degradação pela luz.
(WECKEND, 2016).
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6.Conclusão
Feito o trabalho conclui-se que o silício amorfo (sem forma) não possui uma estrutura
cristalina, mas sim uma rede irregular. Devido a isso, ocorrem ligações livres que
absorvem o hidrogênio até a sua saturação. O silício amorfo hidrogenado (a – Si:H) é
criado em reatores de plasma, pela deposição de silano gasoso (SiH4), em temperaturas
entre 220 oC e 250 oC. O dopante é adicionado pela mistura de gases que contém o
devido material: o diborano (BsH6 – hidreto de boro) para tipo –P e o fosfina (PH3 –
hidreto de fosforo) para tipo –N. Devido a pequena extensão da difusão do a Si :H
dopado (pois é uma película extremamente fina), os eletroes e buracos livres na junção
PN não sobrevivem tempo suficiente para gerar uma corrente elétrica externa (devido a
recombinação dos eletroes).A principal desvantagem de silício amorfo está na sua baixa
eficiência, que diminui ainda mais durante os primeiros a 2 meses de operação, devido a
degradação induzida pela luz (através do efeito Staebler-Wronsky), antes de se
estabilizar e alcançar a potência nominal de operação.
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7.Referências Bibliográficas