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Guia Prático
Capítulo I: Introdução
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I - Introdução
Um sistema de produção fotovoltaica é uma fonte de energia que, através da utilização de
células fotovoltaicas, converte diretamente a energia luminosa em electricidade.
Vantagens fundamentais:
Principais aplicações:
Componentes do sistema:
Além dos elementos anteriores, entre as baterias e o consumidor será necessário instalar
um inversor de corrente com potência adequada. O inversor converte a corrente
contínua (DC) das baterias em corrente alternada (AC). A maioria dos eletrodomésticos
utilizam a corrente alternada.
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Fig.1
Cada célula solar compõe-se de uma camada fina de material tipo N e outra com maior
espessura de material tipo P.
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Fig. 2
Ao incidir a luz sobre a célula fotovoltaica, as fotos que a integram chocam-se com os
eléctrões da estrutura do silício dando-lhes energia e transformando-os em condutores.
Devido ao campo elétrico gerado na união P-N, os eléctrões são orientados e fluem da
camada "P" para a camada "N".
Cada eléctrão que abandona o módulo é substituído por outro que regressa do
acumulador ou da bateria. O cabo da interconexão entre módulo e bateria contém o
fluxo, de modo que quando um eléctrão abandona a última célula do módulo e
encaminha-se para a bateria outro eléctrão entra na primeira célula a partir da bateria.
Deve-se esclarecer, entretanto, que uma célula fotovoltaica não pode armazenar
energia eléctrica.
Tipos de células:
Silício policristalino: Estas células são produzidas a partir de blocos de silício obtidos
por fusão de silício puro em moldes especiais. Uma vez nos moldes, o silício arrefece
lentamente e solidifica-se. Neste processo, os átomos não se organizam num único
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cristal. Forma-se uma estrutura policristalina com superfícies de separação entre os
cristais. Sua eficiência na conversão de luz solar em eletricidade é de 19%.
Filme Fino ou Silício amorfo: Estas células são obtidas por meio da desposição de
camadas muito finas de silício ou outros materiais semicondutores sobre superfícies de
vidro ou metal. Sua eficiência na conversão de luz solar em eletricidade é de 15%.
Procura-se dar ao módulo rigidez na sua estrutura, isolamento elétrico e resistência aos
factores climatéricos. Por isso, as células conectadas em série são encapsuladas num
plástico elástico que faz também o papel de isolante elétrico, um vidro temperado com
baixo conteúdo de ferro, na face voltada para o sol, e uma lamina plástica multicamada
(Poliéster) na face posterior. Em alguns casos o vidro é substituído por uma lâmina de
material plástico transparente.
Fig. 4
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Estrutura e função de uma célula cristalina solar
1 separação da carga
2 recombinação
3 energia do fotão não utilizada (por exemplo na transmissão)
4 reflexão e sombreamento através dos contactos frontais
Ligação em série
Se os elementos de um circuito se conectarem em série, isso quer dizer que todo o
fluxo (de eléctrões ou de água) deve passar por cada um dos seus elementos.
Exemplo: No caso do bombeamento de água, se quisermos elevá-la a uma altura de 20
m para logo a seguir fazê-la passar por uma pequena turbina deveríamos conectar a
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bomba e a turbina em série, como mostra a fig. 6. Todo o volume que passa pela
bomba também passará pela turbina e pelas tubulações.
Ligação em paralelo
Se a necessidade fosse de elevar a 20 m de altura o dobro do volume mencionado
anteriormente deveriam conectar-se duas bombas, conforme mostra a fig. 8. Esta é
uma ligação em paralelo.
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Cada bomba elevará um volume semelhante, passando pela turbina a soma de ambos.
Não há qualquer diferença de pressão entre a água bombeada pela primeira e pela
segunda bomba e, portanto, toda a água cairá da mesma altura contribuindo com igual
Pressão. No caso elétrico, se necessitarmos fornecer à carga 12 volts, 4 Amperes, o
circuito será o da fig.9.
Perdas de potência
Ao circular água por uma tubulação produzem-se perdas de carga por fricção e
turbulência. Ou seja, a tubulação oferece uma certa resistência à passagem do fluxo de
água. Da mesma forma, os condutores eléctricos oferecem uma certa resistência à
passagem da corrente de eléctrões e isto traduz-se numa perda de potência, o que
deve ser levado em conta ao conceber um sistema. Estas perdas de potência
transformam-se em calor.
Assim, R = 𝑝 x ( l / s)
Em que:
R = resistência, em Ohms (Ω);
𝑝 = resistência específica ou resistividade, em Ω. mm2/metro, exemplo do Cobre:
𝑝 =0,017 Ω. mm2 /m
s = secção do condutor, em mm2
l = comprimento, em m
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Nos sistemas fotovoltaicos que trabalham com tensões baixas interessa saber que
queda de tensão ocorrerá quando a corrente requerida percorrer um condutor de
comprimento e secção determinada. No capítulo 7 serão informados alguns valores de
secções de condutor adequados para determinadas correntes e distâncias.
Quantidade de energia
Se tivermos que manter acesa durante 2 horas uma lâmpada de 60 Watts, a energia
consumida será igual a:
E1 = 60 Watts x 2 h = 120 Watt hora
Se, além disso, se quiser alimentar com a mesma fonte um televisor que consome 50
Watts e que funcione durante 3 horas, o consumo de energia do televisor será:
E2 = 50 Watts x 3 h = 150 Watt hora
Se E1 e E2 forem os únicos consumos de energia do dia, a demanda de energia diária
será: Etot = 270 Watts hora por dia
É importante a familiarização do conceito de demanda diária de energia uma vez que,
como se verá mais adiante, será utilizado no dimensionamento dos sistemas
fotovoltaicos.
Tensão de circuito aberto (Vca): é máxima tensão que pode entregar um dispositivo
sob condições determinadas de radiação e temperatura correspondendo à circulação
de corrente nula e consequentemente à potência nula.
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Potência Pico (Pmp): É o valor máximo de potência que pode entregar o dispositivo.
Corresponde ao ponto da curva no qual o produto V x I é máximo.
Efeito da Temperatura
O principal efeito provocado pelo aumento da temperatura do módulo é uma redução
da tensão de forma directamente proporcional. Existe um efeito secundário dado por
um pequeno incremento da corrente para valores baixos de tensão. Tudo isto está
indicado na Fig. 11.
É por isso que para locais com temperaturas ambientes muito elevados são adequados
módulos que possuam maior quantidade de células em série a fim de que as mesmas
tenham suficiente tensão de saída para carregar as baterias. Fig. 12
É incorreto pensar que um módulo solar com uma tensão máxima de saída de 20 volts
elevará uma bateria de 12 volts para 20 volts e a danificará. É a bateria que determina
o ponto de funcionamento do módulo. A bateria varia sua amplitude de tensão entre 12
e 14 volts. Dado que a saída do módulo fotovoltaico é influenciada pelas variações de
radiação e de temperatura ao longo do dia, isto se traduzirá numa corrente variável
entrando na bateria.
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Bateria, inversor
Quando se necessitar energia em corrente alternada poderá ser incluído um inversor. A
potência gerada no sistema fotovoltaico poderá ser transformada integralmente em
corrente alternada ou poderão alimentar-se simultaneamente cargas de corrente
contínua (DC) e de corrente alternada (AC).
Para ilustrar com um exemplo simples, suponha que se tenha de alimentar uma
habitação rural com consumo em 12 Vcc e para isso se utilizem dois módulos
fotovoltaicos. A corrente máxima destes módulos é Imp = 2,75 A e a corrente de curto-
circuito Icc. = 3 A.
Quando os módulos estão em paralelo a corrente total máxima que deverá controlar o
controlador será:
I total = 2 x 3 A = 6 A
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Considera-se a corrente de curto-circuito para contemplar a pior situação. O
controlador a escolher, portanto, deverá estar concebido para trabalhar a uma tensão
de 15 Volts (tensão de trabalho dos módulos) e gerenciar uma corrente de 6 A.
Tipos de Controladores
LZP:
Em PTS Off-Grid (autônomo). Liga e desliga a luminária assim que escureça ou
amanheça. Também protege a bateria de se descarregar demasiadamente e volta a
liberar o consumo após a recarga. É totalmente automático.
CCS:
Com as mesmas características que o LZP, o CCS adiciona recursos de MPPT e
comunicação por conexão a computador.
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PTH:
Uma das opções que o PTS é o sistema Grid-Tie (híbrido). Adicional a segurança, os
modelos PTH permitem utilizar uma segunda fonte de alimentação ao sistema, como
back-up. Desta forma, além do solar, pode-se ter uma turbina eólica ou a própria rede
elétrica como fonte de energia. A decisão de onde tomar a energia e quando, é tomada
e comandada pelo programa do controlador e de forma automática e imperceptível.
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Baterias de acumuladores
A função prioritária das baterias num sistema de geração fotovoltaico é acumular a
energia que se produz durante as horas de luminosidade a fim de poder ser utilizada à
noite ou durante períodos prolongados de mau tempo. Outra importante função das
baterias é promover uma intensidade de corrente superior àquela que o dispositivo
fotovoltaico pode entregar. É o caso de um motor, que no momento do arranque pode
exigir uma corrente de 4 a 6 vezes maior que a sua corrente nominal durante uns
poucos segundos.
As baterias estacionárias possuem, além disso, uma baixa auto-descarga (3% mensal
aproximadamente contra uns 20% de uma bateria de chumbo-ácido convencional) e
uma manutenção reduzida. dentro destas características enquadram-se também as
baterias de chumbo-cálcio e chumbo-selênio, que possuem uma baixa resistência
interna, valores desprezíveis de gaseificação e uma baixa auto-descarga.
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2. Baterias seladas
Gelificadas
Estas baterias incorporam um eletrólito do tipo gel com consistência que pode variar
desde um estado muito denso ao de consistência similar a uma geléia. Não derramam,
podem ser montadas em quase todas as posições e não admitem descargas
profundas.
Eletrólito absorvido
O eletrólito encontra-se absorvido numa fibra de vidro microporoso ou num entrançado
de fibra polimérica. Tal como as anteriores não derramam, podem ser montadas em
qualquer posição e admitem descargas moderadas.
Tanto estas baterias como as Gelificadas não exigem manutenção com reposição de
água e não desenvolvem gases, evitando o risco de explosão, mas ambas requerem
descargas pouco profundas durante sua vida útil.
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Localização geográfica do sistema (Latitude, Longitude e a altura relação ao nível
do mar do sítio da instalação)
Estes dados são necessários para determinar o ângulo de inclinação adequado para o
módulo fotovoltaico e o nível de radiação (médio mensal) do lugar.
Autonomia prevista
Isto refere-se ao número de dias em que se prevê que diminuirá ou não haverá
geração e que deverão ser tidos em conta no dimensionamento das baterias de
acumuladores.
Subtotal 1 140.5
Subtotal 2 138.0
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2) Multiplicar a coluna (A) pela (B) pela (C) para obter os Watts hora / dia de consumo
de cada aparelho (coluna [A x B x C]).
3) Somar os Watts hora/dia de cada aparelho para obter os Watts hora/dia totais das
cargas em corrente contínua (Subtotal 1).
Se existirem outras cargas de corrente alternada deve-se somar todas aquelas que se
desejarem alimentar de forma simultânea. O resultado da referida soma, mais uma
margem de segurança de aproximadamente 10%, determinará a potência do inversor.
6) Toma-se o valor obtido no ítem anterior e divide-se pela tensão nominal do sistema.
Sendo a tensão 12Vcc então o consumo total será:
Segue abaixo uma tabela para auxílio no cálculo do consumo em Ah de diversos tipos
de equipamentos utilizados em sistemas fotovoltaicos em vários regimes de operação:
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Cálculo do número de módulos necessários
Devem-se conhecer os níveis de radiação solar típicos das regiões. Como já se viu, a
capacidade de produção dos módulos varia com a radiação. A tabela indica qual é a
radiação média em kWh/m2.dia para cada um dos meses do ano. Por uma questão de
facilidade iremos tomar a média anual referida na última coluna.
3) Com base nos valores da tabela de radiação identificar qual das cidades mais se
aproxima do local de sua instalação. Identificar qual é a radiação média anual desta
localidade em kWh/m2.dia (última coluna da tabela).
4) Multiplicar o valor encontrado pela corrente nominal do módulo solar escolhido. Para
isto recorrer à tabela do fabricante do módulo solar.
Onde:
1,66: fator de correção de bateria de acumuladores que leva em conta a profundidade
de descarga admitida, o envelhecimento e um fator de temperatura.
Dtot: Consumo total de energia da instalação em Ah/dia.
Aut: dias de autonomia conforme visto no item Autonomia prevista.
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1. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
Pretende-se instalar um sistema fotovoltaico na zona da Quiminha, quando neste bairro
foram encontradas (5) cinco residência sem energia eléctrica A primeira casa tem
207,4 Wh/dia, e a outras quatro casas tem cada 87 KWh/dia quando, a radiação solar
desta zona é de 5,49 W/m2, tendo em conta que modulo fotovoltaico tem de corrente
nominal 2,3A a tensão do sistema é de 18Vcc sendo disponível 40 Ah para os
acumuladores.
4) Cálculo no de baterias: usa-se a mesma fórmula Cap.= 1,66 x Dtot x Aut. Ao final
procede-se da mesma forma do ítem anterior. Para 24Vcc = 2 baterias em série, para
36Vcc = 3 baterias em série, para 48Vcc = 4 baterias em série e assim
sucessivamente.
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Cabos do gerador
Para a instalação eléctrica de um sistema fotovoltaico, apenas devem ser usados
cabos que cumpram os requisitos para esta aplicação. Antes de mais é necessário
distinguir entre os cabos de módulo ou de fileira, cabo principal DC e cabo do ramal
AC. Designam-se por “cabos de módulo” ou “cabos de fileira”, os condutores que
estabelecem a ligação eléctrica entre os módulos individuais de um gerador solar e a
caixa de junção do gerador.
Contudo, a versão standard deste tipo de cabo apenas permite temperaturas máximas
de 60 ºC. Os fabricantes de telhas fotovoltaicas têm medido temperaturas que vão até
70 ºC no telhado. Por este motivo são usados os “cabos solares” nas aplicações
exteriores.
A caixa de junção do módulo permite que sejam fixados cabos com uma secção
transversal de 1,5 mm2 até 6,0 mm2.
A tabela a seguir apresenta uma lista de alguns tipos de cabos de fileira de vários
fabricantes e as respectivas características.
Propriedades dos cabos solares
Os cabos são fornecidos frequentemente nas cores vermelha, azul e preta, por forma a
permitir uma maior compreensão do desenho da instalação.
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Sistemas de ligação
A ligação dos cabos de fileira e outras ligações eléctricas DC, devem ser levadas a
cabo com extremo cuidado. A fraca qualidade dos contactos eléctricos podem levar ao
aparecimento de arcos e, consequentemente, ao aumento do risco de incêndio.
Normalmente são usados quatro sistemas de ligação.
2) Terminais de orelha
A ligação dos terminais de poste é efectuada com terminal com orelha, que estão
presas entre a porca e o parafuso.
4) Fichas de engate
Por forma a simplificar a instalação, é cada vez mais comum a oferta de módulos
fotovoltaicos e cabos com fichas isoladas. O sistema de ligação ilustrado na figura
abaixo, permite inserir e retirar as fichas dos cabos usando as ferramentas de um
electricista.
Se o valor que resultar desta divisão não coincidir com um valor normalizado de secção
deve-se adotar a secção imediatamente superior.
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Distância máxima, em metros, para uma queda de tensão de 5% em sistemas de
12 Volts
2) Ter condições ótimas para a recepção da radiação solar. Os módulos deverão estar
suficientemente afastados de qualquer objeto que projete sombra sobre eles no
período de melhor radiação (habitualmente das 9 às 17 horas) no dia mais curto do
ano.
3) A fig. 29 ajuda a calcular a distância mínima (em metros) a que um objecto poderá
estar dos módulos a fim de que não projecte sombra sobre os mesmos durante o
Inverno, três horas antes e três horas depois do meio dia solar.
Os módulos os módulos deverão ser orientados de modo a que a sua parte frontal olhe
para o Norte geográfico (ou Sul, quando no hemisfério Norte). Para orientar o módulo
solar faça uso de uma bússola. Notar que a bússola indica o Norte Magnético, que é
diferente do Norte Geográfico pela ação da declinação magnética. Para efeito de
instalação pode-se adotar o Norte Geográfico sem muito erro.
Exemplo: como Salvador está na latitude 13º, o ângulo de inclinação do painel poderá
ser de 18º. Pequenas variações de ângulo não afetam significativamente o rendimento
da instalação. No hemisfério Sul as placas ficarão voltadas para o Norte geográfico. No
hemisfério Norte as placas ficarão voltadas para o Sul geográfico.
A parte frontal dos módulos é constituída por um vidro temperado com 3 a 3,5 mm de
espessura, o que os torna resistentes até ao granizo. Além disso, admitem qualquer
tipo de variação climática. Eles são auto-limpantes devido à própria inclinação que o
módulo deve ter, de modo que a sujeira pode escorrer assim que ocorrer chuva. De
qualquer forma, nos lugares onde seja possível, será conveniente limpar a parte frontal
dos módulos com água misturada com detergente.
Deve-se confirmar que não haja projeção de sombras de objetos próximos em nenhum
setor dos módulos entre as 9 e as 17 horas, pelo menos. A simples sombra de uma
vara um mesmo uma sombra parcial de árvore afeta drasticamente o rendimento do
painel solar.
Sistemas autónomos
Os sistemas autónomos constituíram o primeiro campo de operação económica da
tecnologia fotovoltaica. A aplicação deste tipo de sistemas autónomos, observa-se
onde o fornecimento de energia através da rede pública de distribuição de energia
eléctrica, não se verifica por razões técnicas e/ou económicas. Nestes casos, os
sistemas fotovoltaicos autónomos podem constituir alternativas com uma vertente
económica de elevado interesse.
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1. Gerador fotovoltaico
2. (um ou vários módulos fotovoltaicos, maioritariamente dispostos em paralelo)
3. Regulador de carga
4. Acumulador
5. Consumidor
Um dos aspectos mais importantes dos sistemas fotovoltaicos ligados à rede, tem sido
a sua interligação à rede pública eléctrica.
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Estrutura Principal de um sistema fotovoltaico com ligação à rede e instalado ao
solo
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Tipologia e características das baterias de ácido de chumbo
As baterias de ácido de chumbo podem ser divididas em diferentes tipos, de acordo
com a tecnologia da placa e o tipo de electrólito que utilizam. Nas instalações solares
são normalmente utilizadas baterias húmidas de electrólito fluido (conhecidas por
baterias solares), baterias de gel, baterias estacionárias de placa tubular e baterias de
bloco.
Baterias Húmidas
A bateria mais comum nas instalações fotovoltaicas é a simples bateria de ácido de
chumbo composta pelas placas e pelo fluido electrólito. Devido ao seu extenso uso
como bateria de arranque nos automóveis, é fabricada em largas quantidades. Ambos
os eléctrodos, positivo e negativo, constituem as placas da bateria. Dado que a matéria
activa pode ser simplesmente espalhada na estrutura da grelha, as placas podem ser
produzidas a um baixo custo.
3. Não liberta gases, pelo que permite o seu uso mesmo para fracas condições de
ventilação;
5. Não requer cuidados de manutenção, uma vez que não existe a necessidade de
repor o nível do electrólito durante o seu tempo de vida
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isolamento com o solo, instalando-as em uma bancada de madeira ou material que
seja não-condutivo e resistente ao ácido.
No entanto, apenas uma parte da quantidade total da radiação solar atinge a superfície
terrestre. A atmosfera reduz a radiação solar através da reflexão, absorção (ozono,
vapor de água, oxigénio, dióxido de carbono) e dispersão (partículas de pó, poluição).
O nível de irradiância na Terra atinge um total aproximado de 1.000 W/m2 ao meio-dia,
em boas condições climatéricas, independentemente da localização.
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Ao adicionar a quantidade total da radiação solar que incide na superfície terrestre
durante o período de um ano, obtém-se a irradiação global anual, medida em kWh/m2.
Esta parâmetro varia de um modo significativo com as regiões.
Definição do ângulo
O conhecimento exacto da localização do Sol, é necessário para determinar os dados
de radiação e a energia produzida pelas instalações solares. A localização do Sol pode
ser definida em qualquer local, pela sua altura. No campo da energia solar, o Sul é
referido geralmente como ᵩ = 0°.
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Trajectoria do Sol para determinados dias das estações e instalação de painéis
solares
A luz solar toma o percurso mais curto através da atmosfera, quando a posição do Sol
é perpendicular à superfície da Terra. Se o ângulo de incidência solar é mais baixo, o
percurso através da atmosfera é mais longo. Nesta segunda posição, leva a uma maior
absorção e difusão da radiação solar, o que implica uma menor irradiância. A Massa
indica um múltiplo do percurso da radiação solar na atmosfera para um local preciso,
num determinado momento. A relação entre a posição do Sol e a Massa de Ar.
11) Os parafusos devem ser bem fixados, evitando vibrações que provoquem
acidentes.
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Partes que compõem o sistema
Onde instalar?
Toda instalação de painel solar no hemisfério Sul deve estar voltado para o Norte
geográfico, melhorando a geração durante o período de insolação.
O ângulo de inclinação em relação ao horizonte deverá ser calculado pela latitude do
local, conforme a expressão abaixo:
Isso lhe dará a melhor posição para aproveitamento da incidência da luz tanto no verão
quanto no inverno. O ângulo não é rigoroso e a precisão pode ser ajustada por
aproximação. Recomenda-se que a inclinação não seja inferior a 5º (cinco graus) para
não acumular poeira e resíduos no vidro do painel.
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Inclinação do painel deve ser calculada conf. o local
Para determinar o Norte geográfico, aponte com a mão direita onde nasce o Sol
(Leste). Aponte com a outra mão para onde o Sol se põe (oeste). O Norte será a
direção à sua frente.
Exercício de aplicação 1
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Exercício de aplicação 2
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EXERCÍCIOS PRÁTICOS FOTOVOLTAICO
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Exercício prático de montagem 1
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Exercício prático de montagem 3
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DADOS FÓRMULAS E RESOLUÇÃO
PINST = 20496W
√ √
P U.I PINVERSOR = (PInst) + 10% PINVERSOR = (20496w) + 10%
P=√ = 20496 +10% (2049,6)
= 22545,6W
CORRENTE DO CIRCUITO
POTENCIA INSTALADA
PINST = US . INV . IC PINST = 48V x 427A = 20496W
POTÊNCIA DO CONTROLADOR
PCONTROLADOR = PNECESSÁRIA + 10% = 47 580W + 10% (4 758)
= 40667W + 4758V = 52 338W
OU
PCONTROLADOR = US INV x IC + 10% PCONTROLADOR = 48V x 427A+10% = 22545,6W
BATERIA
CAPACIDADE DA BATERIA
CAPBAT = 1,66 x Dtod x Aut = 1,66 x 101 040W/dia x 5dias = 838, 632Ah/dia
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1º DIMENSIONAMENTO DOS PARÂMETROS NA RESIDÊNCIA
Onde:
P1 = Potência 1
P2 = Potência 2
Pn = Potência de vários equipamentos
PTr = Potência total na residência
Onde:
Pinstalada – Potência na residência = 771w
Ur – Tensão na residência = 220v
Ir – Corrente na residência =?
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2º CÁLCULO DA CORRENTE E POTÊNCIA DO INVERSOR DE TENSÃO
Dados
Tolerância de segurança do inversor = 10% de 771Wh ⇾ 0,1*771wh = 77,1wh
= 24v
= 771Wh
=?
Pinversor = ?
Onde:
– Corrente na entrada do inversor
Pinversor – Potência do inversor de tensão
– Potência dos painéis
– Tensão da bateria.
Como a potencia da residência é de 771wh, o inversor terá que ter 10% deste valor,
então será 848,1w, caso não haja no mercado inversor com esta capacidade, podemos
optar em um mais próximo dele. Exemplo: 848,1w ~ 900w ou 1000w.
Exemplo
Para uma potência de 771 Watt/hora.
Divide-se este valor pela tensão das baterias, obtendo-se a corrente que será
necessária para escolher o controlador de carga.
OBS: a tensão de saída do controlador, deve ser igual a tensão do banco de bateria,
isto para não queimar o controlador de carga. EXEMPLO: controlador 12v ou 24 =
bateria 12v ou 24v.
Dados
Pinstalada = 771wh
Irrad = 300w/m2
Pmófv = 350wp
Ppfv = ?
Nmófv = ?
Pnecessária = ?
Onde
Pinstalada – Potência Instalada na residência
Irrad – irradiação solar (quantidade de sol por m2)
Pmófv – Potência nominal do módulo fotovoltaico
Ppfv – Potência do painel fotovoltaico
Nmófv – Número de módulo fotovoltaico
% das perdas – valor das perdas nos equipamentos instalados
Pnecessária - Potencia necessária no painel fotovoltaico
Como a potência de residência é de 771wh, sabendo que a potencia do painel deve ser
superior, então, 959,31WP é potência total instalada no painel, que já supera a
potência instalada na residência. E será igual a dois módulos de cada 350wp.
E dividindo 959,31Wp pela potência do módulo encontrado no mercado, teremos a
quantidade de módulos para o painel.
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EXEMPLO:
Dados
Pinstalada = 771wh
Pmófv = 350wp
Ppfv = ?
Npaineis = ?
Pnecessária = ?
Onde
Pinstalada – Potência Instalada na residência
Pmófv – Potência nominal do módulo fotovoltaico
Ppfv - Potência do painel fotovoltaico
Npaineis – número de painéis fotovoltaicos
% das perdas – valor das perdas nos equipamentos instalados
Pnecessária - Potencia necessária no painel
Como a potência de residência é de 771wh, sabendo que a potencia do painel deve ser
superior, então, 959,31WP é potência total instalada no painel, que já supera a
potência instalada na residência. E será igual a dois módulos de cada 350wp.
E dividindo 959,31Wp pela potência do módulo encontrado no mercado, teremos a
quantidade de módulos para o painel.
EXEMPLO:
Dados
Pinstalada = 771wh
T sol = 6h
Ppfv = ?
Onde
Pinstalada – Potência Instalada na residência
T sol – tempo que o sol dura por dia (6h)
Ppfv – Potência do painel fotovoltaico
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Npainel – Potência do painel fotovoltaico
% das perdas – valor das perdas nos equipamentos instalados
Pnecessária - Potencia necessária nos painéis
Como a potência de residência é de 771wh, sabendo que a potencia do painel deve ser
superior, então, 5595,9WP é potência total instalada no painel, que é 5,8 vezes
superior a potência necessária para a residência. E será igual a 16 módulos de cada
350wp. E dividindo 5595,9Wp pela potência do módulo encontrado no mercado,
teremos a quantidade de módulos para o painel.
EXEMPLO:
Utilizando o tempo de sol diário (6 horas), a potência instalada no painel é 5,8 vezes
superior a potência necessária para a residência, tornaria o projecto muito caro em
relação os dois primeiros exercícios.
Dados
Upainel = 17V ⇾ 𝑝
Nºmófv = 3
UTinst =?
Onde:
UTinst– Tensão total instalada
– Número de painéis fotovoltaica
– Tensão do painel fotovoltaico
Dados
Nºpaineis = 3 ⇾
Ipainel = 8A
It =?
Onde:
– Corrente total do módulo fotovoltaica
– Número de painéis fotovoltaico
– Corrente do painel fotovoltaico
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5º DIMENSIONAMENTO DAS BATERIAS
Para o dimensionamento serão consideradas baterias de ciclo profundo com 90% de
descarga diária, assim a energia nominal mínima das baterias é dada por:
Dados
Pinstalada = 7779Wh
%descargabateria = 90% (0,9%)
Ebateria =?
Onde
Ebateria – Energia na bateria
Cméd dia – Consumo médio dia
0,9 %descargabateria – percentagem de descarga da bateria
Considerando que serão utilizadas baterias com tensão nominal de 24V, tem-se que
sua capacidade será dada por:
Onde
Ebateria – Energia na bateria
Ubateria – Tensão da bateria
ITbbateria – Corrente total do banco de bateria
NºBateria – Número de bateria
Inb – Corrente nominal da bateria
Dados
Tolerância de descarga = 90% ⇾0,9
Ibat = 360A
Is =?
Onde:
– Corrente de serviço
– Corrente das baterias
- Percentagem de descarga das baterias
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Cálculo da corrente de proteção das baterias
Dados
IBbat = 360A
Is = 324A
Iprtb =?
Onde:
– Corrente de proteção das baterias
IBbat– Corrente do banco de bateria
– Corrente de serviço das baterias
Dados
Ubat = 13,56v
Nºbat = 3
Uf =?
Onde
– Tensão de flutuação
– Tensão da bateria
– Número de bataria
Dados
Tolerância de descarga = 90% ⇾0,9
Cdescc = 500 cíclos
Ir h = 3,5A
Ubat = 24v
Ir dia = 324,1A
Tvbat =?
Onde:
– Tempo de vida das baterias
– Ciclo de descarga da bateria
– Corrente da residência por hora
Ir dia – corrente da residência por dia
OBS: assim sendo tem-se como tempo estimado 2,35 horas para recarregar as
baterias se e somente se estiverem descarregadas a 90%.
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Cálculo da autonomia das baterias
Dados
Tolerância de descarga = 90% ⇾0,9
Ibat = 360Ah
Ir = 3,5A
AUT =?
Onde:
– Autonomia das baterias
– Corrente da bateria
– Corrente da residência
0,9 - Percentagem de descarga das baterias
Obs: quanto menor for o consumo, maior será a autonomia das baterias.
6º DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES
Para assegurar uma operação apropriada das cargas deve-se efetuar a seleção
adequada dos condutores e cabos de ligação, tanto daqueles que ligam o gerador solar
às baterias como aqueles que interligam com as cargas.
A primeira exigência é que os cabos que saem dos módulos fotovoltaicos tenham
proteção ultravioleta e que suportem a temperatura de operação. Além disso, o seu
nível de tensão de isolação deve ser condizente com a máxima tensão do sistema.
Recomenda-se que o cabeamento dos módulos fotovoltaicos tenha uma capacidade de
condução de corrente 25% superior a corrente de curto-circuito dos módulos. Portanto,
a corrente que o cabo.
Onde:
– Secção transversal do condutor
– Resistividade do condutor
L - Comprimento do condutor
– Corrente do painel fotovoltaica
– Queda de tensão
Como a secção do condutor não pode ser inferior nem igual ao resultado obtido,
utilizar-se-á condutores com secção de 4mm2.
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Cálculo dos cabos para as baterias, inversor e controladora de carga
Dados
P = 0,017 Ω*mm2/m 𝑆 𝑆 ⇾ 1,5
L = 10m
L = 5m
Ipv = 13,2v
=1
S =?
Onde:
– Secção transversal do condutor
– Resistividade do condutor
L - Comprimento do condutor
– Corrente do painel fotovoltaica
– Queda de tensão
Como a secção do condutor não pode ser inferior e nem igual ao resultado obtido,
utilizar-se-á condutores com secção de 4 .
DADOS
PPfv = 350W
Upfv = 30V
IPfv = 11,6A
ID = ?
IF = ?
Disjuntor Fusível
INF≤ 1,25 * IS IF = 8 A IF = 4 A
INF≤ 1,25 *35,35 A INF = 7 A INF = 3 A
INF≤ 44,18 A IN = 6 A IN = 2 A
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ANÉXO
Resumo do cabeamento para cada seção do sistema.
Referência Entre módulos e Entre controlador de Entre banco
controlador de carga e banco de de baterias e
carga baterias carga
Secção do cabo 4 mm², UV 4 mm², EPR 2,5 mm², EPR
Corrente de 13,98 A 32,13 A 2,59 A
máxima de
operação
Corrente máxima 36,54 A 42,00 A 31,00 A
suportada
Disjuntor 20 A, 30 Vcc 40 A, 30 Vcc 16 A, 30 Vcc
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Tabela de Resistividade e Condutividade Elétrica
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Tabela de tecnologia do controlador e módulo fotovoltaico
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