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IFMG

Células e Módulos FV
• Princípio de funcionamento da célula FV;
• Características elétricas das células FV;
• Curva I-V;
• Parâmetros elétricos;
• Resistência série e paralelo de células FV;
• Associação de células e módulos FV;
• Parâmetros externos que afetam as características
elétricas.

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Direitos
• O material a seguir é uma vídeo aula apresentada pelo professor Willian Marlon
Ferreira, como material pedagógico do IFMG, dentro de suas atividades
curriculares ofertadas em ambiente virtual de aprendizagem. Seu uso, cópia e ou
divulgação em parte ou no todo, por quaisquer meios existentes ou que vierem a
ser desenvolvidos, somente poderá ser feito, mediante autorização expressa deste
docente e do IFMG. Caso contrário, estarão sujeitos às penalidades legais vigentes.

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Breve histórico
• As células fotovoltaicas convertem energia solar diretamente em energia elétrica pelo
efeito físico conhecido como efeito fotoelétrico, descoberto por Becquerel em 1839.

• Em 1904 Albert Einstein publica um artigo explicando o efeito fotoelétrico e ganha o


prêmio Nobel, em 1921, por essa teoria.

• Nas décadas de 50 e 60 o desenvolvimento de células fotovoltaicas tem como objetivo


alimentar satélites em órbita.

• As células fotovoltaicas são compostas de materiais semicondutores, em sua maioria,


por silício.

Figura: Estrutura do sol. Fonte: http://theuniversalmatrix.com/pt-br/artigos/wp-


content/uploads/2011/12/Sol-Estrutura-Interna.png

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Efeito fotovoltaico
• As células fotovoltaicas podem ser vistas como a junção de um material semicondutor
do tipo n com outro do tipo p, ou seja, um diodo.

• Na região de contato entre as regiões surge uma barreira de potencial, campo


elétrico/diferença de potencial, conhecida como região de depleção.

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Efeito fotovoltaico
• Quando a célula fotovoltaica é atingida por luz, os elétrons da região de depleção
ganham energia, passando da banda de valência para a banda de condução, e são
lançados pelo campo elétrico da barreira de potencial em direção ao material do tipo
n.

• Esses elétrons fluem pelo circuito e podemos entender que o sentido da corrente é o
contrário do sentido da polarização direta de um diodo.

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Efeito fotovoltaico

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Célula fotovoltaica
• Podemos entender a célula fotovoltaica como um diodo de área grande e exposta.

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Características elétricas de uma
célula FV
𝐼 = 𝐼𝐿 − 𝐼𝐷 − 𝐼𝑅𝑃

IL -> corrente fotogerada;


ID -> Corrente no diodo;
I0 -> Corrente de saturação reversa do diodo;
RP -> resistência paralela devido curto-circuito na junção p-n;
RS -> resistência série dos contatos metálicos, junção metal semicondutor e etc.

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Curva I-V e P-V

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Parâmetros elétricos importantes elétricas
de uma célula FV
• VOC – Tensão de circuito aberto: é a tensão que a célula apresenta sem carga conectada
a ela;
• ISC – Corrente de curto circuito: é a corrente que a célula apresenta quando curto-
circuitada;
• VMPP – Tensão de máxima potência: é a tensão que a célula apresenta quando gerando
a máxima potência possível em uma determinada condição de irradiância e
temperatura;
• IMPP - Corrente de máxima potência: é a corrente que a célula apresenta quando
gerando a máxima potência possível em uma determinada condição de irradiância e
temperatura;
• MPP – Ponto de tensão e corrente que a célula fotovoltaica atinge a máxima potência
em uma determinada condição de irradiância e temperatura.

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Características elétricas de uma célula FV
• Potência nominal da célula ou módulo (PSCT):

• A potência nominal de um módulo ou célula fotovoltaica é dada em Wp;

• Essa potência informa a potência elétrica geradas pela célula ou módulo quando
exposta a irradiância, temperatura e albedo da condições padrão de ensaio (STC);

• Sendo G = 1000 W/m², T = 25 °C e massa de ar (AM) de 1,5.

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Características elétricas de uma célula FV
• Efeito da resistência série das células:

• A resistência série (𝑅S) se origina na resistência nos contatos metálicos e na junção


metal-semicondutor, além da resistência da própria célula;

• Quanto maior a área dos contatos, menor será RS, porém maior será o efeito de
sombreamento nas células;

• RS contribui para diminuir ISCC e não afeta VOC.

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Características elétricas de uma célula FV
• Efeito da resistência série das células:

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Características elétricas de uma célula FV
• Efeito da resistência em paralelo das células:
• A resistência paralelo (𝑅P) se origina em impurezas e defeitos na estrutura que
produzem um caminho alternativo para uma corrente de fuga;
• RP contribui para diminuir VOC e não afeta ISCC.

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Características elétricas de uma célula FV
• Associação em série de células:

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Características elétricas de uma célula FV
• Associação em série de células:

• Normalmente as células em módulos são conectadas em série.


Polo Negativo da célula

Polo Positivo da
próxima célula

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Características elétricas de uma célula FV
• Associação em série de células:

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Características elétricas de uma célula FV
• Associação em paralelo de células:

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Eficiência
• Eficiência das células ou módulos FV:

• O rendimento representa a efetividade direta na conversão da energia solar em


elétrica. Relação entre a potência elétrica produzida pela célula ou módulo FV pela
potência solar incidente:
𝑃𝑀𝑃𝑃
𝜂 % = . 100
𝐴 𝑇𝑀 𝑜𝑢 𝐴 𝑇𝐶 . 𝐺

ATM (m²) – Área total do módulo;


ATC (m²) – Área total da célula;
G (W/m²) – Irradiância solar incidente.

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Eficiência
• Tipos de células:
• Silício Monocristalino: As células de silício monocristalino são as mais eficientes devido
ao material utilizado apresentar um grau de pureza bastante elevado. Essas células
podem apresentar uma eficiência na ordem de 18% comercialmente e chegar aos 25%
de eficiência em laboratório, mas para que o silício apresente um grau de pureza muito
elevado o seu processo de fabricação demanda de muito investimento e energia, o que
eleva o preço final desse tipo de célula, tornando-a a mais cara dentre as três.

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Eficiência
• Tipos de células:
• Silício Policristalino: As células de silício policristalino apresentam uma
desuniformidade em sua coloração devido ao processo de purificação do material ser
menos exigente e mais barato. Essa produção menos exigente faz com que a eficiência
desse tipo de célula seja mais baixa em relação a das células de silício monocristalino,
podendo ficar em torno dos 13 e 15% nas células comerciais.

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Eficiência
• Tipos de células:
• Filme fino de Silício: A tecnologia das células de filme fino de silício é mais recente que
a tecnologia monocristalina e policristalina. O seu processo de fabricação se dá por
meio do depósito de finas camadas de material a base de silício sobre uma superfície
que pode ser rígida ou flexível. A tecnologia de filme fino mais empregada é a de silício
amorfo. Essa tecnologia apresenta um baixo rendimento (entre 5 e 8%) e a
desvantagem de diminuir sua eficiência no primeiro ano de uso devido à degradação
pela exposição a radiação solar. Essa
redução tende a se estabilizar após o
primeiro ano de uso. Devido ao seu baixo
custo de fabricação esse tipo de célula é
muito utilizada em calculadoras,
brinquedos e pequenos aparelhos
eletrônicos que demandam uma baixa
energia em seu funcionamento.

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Eficiência
• Tipos de células:
• Células multijunção:

• As células multijunção, por sua vez, ao utilizar o empilhamento de duas ou mais células
fotovoltaicas, conseguem cobrir uma maior faixa do espectro de radiação solar,
aumentando a absorção de energia;

• Porém, o complexo processo de fabricação e o os custos elevados dos materiais


utilizados tornam essa tecnologia muito cara;

• Em geral, seu uso é feito em conjunto com um sistema de concentração, uma vez que
se necessita de menores células nesses arranjos.

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Eficiência
• Tipos de células:

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Eficiência

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Eficiência
• Perdas por reflexão:

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Eficiência
• Camada anti-reflexiva:

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Eficiência

28
Eficiência
• Pirâmide Invertida:

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Módulos FV

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Módulos FV
• Vimos que as células FV geram tensões muito baixas (da ordem de 0,5 a 0,8 V);
• Em aplicações práticas se faz necessário tensões mais elevadas;
• Os módulos FV são formados por células FV ligadas em série para se obter tensões
mais elevadas em seus terminais.

4 x 9 = 36 células, ≅ 21,6 𝑉

Esquema de ligação das células de um módulo FV.

Simbologia para um módulo FV.


Fonte: Bluesol, 2021.

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Módulos FV
• Exercício:
• Se a tensão de circuito aberto de célula dos módulos abaixo é 0,6 V, qual será a sua
tensão de circuito aberto?

Fonte: Bluesol, 2021.

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Módulos FV
• Partes de um módulo:

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Módulos FV
• Partes de um módulo:

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Módulos FV
• Identificação de módulos fotovoltaicos de silício cristalino:

Silício monocristalino Silício policristalino


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Parâmetros externos que afetam as
características elétricas de um módulo FV
• Influência da irradiância solar:

• A irradiância solar afeta principalmente a corrente gerada pela célula ou módulo;


• A corrente cresce linearmente com o aumento da irradiância, já a tensão cresce em
escala logarítmica.

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Parâmetros externos que afetam as
características elétricas de um módulo FV

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Parâmetros externos que afetam as
características elétricas de um módulo FV
• Influência da temperatura da célula:

• As variações na irradiância solar e na temperatura ambiente afetam a temperatura da


célula (existem outros fatores);

• Um aumento na temperatura da célula cousa uma grande redução em VOC e um


pequeno incremento em ISC, o que reduz a eficiência da célula.

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Parâmetros externos que afetam as
características elétricas de um módulo FV

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Parâmetros externos que afetam as
características elétricas de um módulo FV
• Influência da temperatura da célula:

• β é o coeficiente de temperatura para VOC que é da ordem de -0,3%/°C;

T -> Temperatura de operação das células;


VOCSTC -> Tensão de circuito aberto em STC;
VOC (T) -> Tensão de circuito aberto em uma determinada
temperatura de operação.

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Parâmetros externos que afetam as
características elétricas de um módulo FV
• Influência da temperatura da célula:

• 𝛾 é o coeficiente de temperatura para PMPP que é da ordem de -0,4%/°C;

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Parâmetros externos que afetam as
características elétricas de um módulo FV
• Influência da temperatura da célula:

• Para determinar a temperatura das células em um módulo podemos utilizar a


equação abaixo:
Encontrado no
catálogo do módulo.

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Parâmetros externos que afetam as
características elétricas de um módulo FV
• Exemplo:

• Calcule a temperatura da célula de um módulo FV com irradiância incidente de 800


W/m², temperatura ambiente de 40 °C e temperatura de trabalho em condições de
NOCT de 45 °C. Caso esse módulo possua um coeficiente de temperatura sobre VOC
(𝛽) de -0,28%/°C e 𝑉𝑂𝐶𝑆𝑇𝐶 = 49,8 V, qual será a sua tensão de circuito aberto?

𝑁𝑂𝐶𝑇 − 20 45 − 20
𝐾𝑡 = = = 0,03125
800 800
𝑇𝑚𝑜𝑑 = 𝑇𝑎𝑚𝑏 + 𝐾𝑡 𝐺 = 40 + 0,03125.800 = 65°𝐶
0,28
𝑉𝑂𝐶 𝑇 = 𝑉𝑂𝐶𝑆𝑇𝐶 1 + 𝛽. 𝑇𝑚𝑜𝑑 − 25 = 49,8 1 − . 65 − 25 = 43,5 𝑉
100

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Parâmetros externos que afetam as
características elétricas de um módulo FV
• Exemplo:

• Caso esse módulo possua um coeficiente de temperatura sobre Pmax de -0,36%/°C


(𝛾) e potência nominal de 400Wp, qual será a sua potência máxima para a condição
de operação descrita?
𝑁𝑂𝐶𝑇 − 20 45 − 20
𝐾𝑡 = = = 0,03125
800 800
𝑇𝑚𝑜𝑑 = 𝑇𝑎𝑚𝑏 + 𝐾𝑡 𝐺 = 40 + 0,03125.800 = 65°𝐶
0,36
𝑃𝑀𝑎𝑥 𝑇 = 𝑃𝑀𝑎𝑥 1 + 𝛾. 𝑇𝑚𝑜𝑑 − 25 = 400 1 − . 65 − 25
100
14,4
= 400 1 − = 342,4 𝑊𝑝
100
Obs: Os dados utilizados são reais e pertencem ao módulo JKM400M-72H-V de 400Wp do
fabricante Jinko.

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Folha de dados

Módulo Jinko

45
Folha de dados
Módulo Jinko

46
Folha de dados

47
Folha de dados

Especificações e etiqueta do PROCEL

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Parâmetros externos que afetam as
características elétricas de um módulo FV

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Parâmetros externos que afetam as
características elétricas de um módulo FV

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Tecnologias de módulos

Fonte: Greener, 2019.

51
PERC

Fonte: Greener, 2019.

52
PERC

Fonte: Greener, 2019.

53
PERC

Fonte: Greener, 2019.

54
Half-cell

Fonte: Greener, 2019.

55
Half-cell

Fonte: Greener, 2019.

56
Half-cell

Fonte: Greener, 2019.

57
Bifacial

Fonte: Greener, 2019.

58
Bifacial

Fonte: Greener, 2019.

59
Bifacial

Fonte: Greener, 2019.

60
Filme Fino

Fonte: Greener, 2019.

61
Filme Fino

Fonte: Greener, 2019.

62
Filme Fino

Fonte: Greener, 2019.

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Novas aplicações

(Building Integrated PhotoVoltaics)

Fonte: Greener, 2019.

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Tecnologias de módulos

(Building Integrated PhotoVoltaics)

Fonte: Greener, 2019.

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Tecnologias de módulos

(Building Integrated PhotoVoltaics)

Fonte: Greener, 2019.

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Tecnologias de módulos:
comentários

Fonte: Greener, 2019.

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Arranjos Fotovoltaicos

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Arranjos Fotovoltaicos
• Arranjo FV: conjunto de módulos fotovoltaicos ou subarranjos fotovoltaicos mecânica
e eletricamente integrados, incluindo a estrutura de suporte. Um arranjo fotovoltaico
não inclui sua fundação, aparato de rastreamento, controle térmico e outros
elementos similares (NBR 16690, 2019).

• Série fotovoltaica: circuito no qual módulos fotovoltaicos são conectados em série,


com o intuito de gerar a tensão de saída desejada de um arranjo fotovoltaico (NBR
16690, 2019).

• Subarranjo fotovoltaico: parte de um arranjo fotovoltaico que pode ser considerada


uma unidade (NBR 16690, 2019).

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Arranjos Fotovoltaicos

Fonte: NBR 1690, 2019.

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Arranjos Fotovoltaicos

Fonte: NBR 1690, 2019.

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Associação de módulos FV
• Nos projetos FV comumente precisamos associar módulos para atingir faixas de
tensão, corrente e potência desejadas;

• Módulos ligados em série:


• Ligamos o terminal positivo de um módulo ao negativo do
próximo, e assim por diante;

• Teremos:

𝑉𝑇 = 𝑉1 + 𝑉2 + ⋯ + 𝑉𝑛

𝐼𝑇 = 𝐼1 = 𝐼2 = ⋯ = 𝐼𝑛

Nunca devemos conectar módulos com características diferentes em série.

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Associação de módulos FV
• Exemplo:
• Vejamos o resultado de uma conexão série entre dois módulos fotovoltaicos que
apresentam para as condições de teste padrão STC as seguintes características
elétricas:

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Associação de módulos FV
• Módulos ligados em Paralelo:
• Ao associar módulos fotovoltaicos em paralelo as correntes geradas por cada módulo
se somam e a tensão entre eles permanece a mesma. Esse tipo de associação também
soma as potências de cada módulo resultando em uma potência final maior.

• Teremos:

𝑉𝑇 = 𝑉1 = 𝑉2 = ⋯ = 𝑉𝑛

𝐼𝑇 = 𝐼1 + 𝐼2 + ⋯ + 𝐼𝑛

Nunca devemos conectar módulos com características diferentes em paralelo.

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Associação de módulos FV
• Exemplo:
• Vejamos o resultado de uma conexão paralelo entre dois módulos fotovoltaicos que
apresentam para as condições de teste padrão STC as seguintes características
elétricas:

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Associação de módulos FV
• Associação mista (série-paralelo):
• É muito comum a associação mista entre módulos fotovoltaicos aplicados a projetos
de médio/grande porte para atingir níveis de tensões e potências mais altas do que
um simples string pode chegar. Ao conectarmos strings em paralelo estaremos
somando as correntes de cada string e no final de tudo somando as potências de
todos os módulos fotovoltaicos.

• Teremos:

𝑉𝑇 = 𝑉𝑀1 + 𝑉𝑀2 = 𝑉𝑀3 + 𝑉𝑀4


1 3
𝐼𝑇 = 𝐼1 + 𝐼2 + ⋯ + 𝐼𝑛

Nunca devemos conectar strings com número e/ou


2 4
características diferentes em paralelo.

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Efeitos do sombreamento
• Quando um módulo fotovoltaico é sombreado parcialmente, onde apenas uma ou
mais células passam a receber menos radiação solar em relação as demais, o mesmo
diminui sua capacidade de geração elétrica. Como as células em um módulo
fotovoltaico são conectadas em série, a célula sombreada que teve sua capacidade de
geração reduzida acaba limitando a passagem de corrente das demais
comprometendo toda a geração do módulo. O efeito de sombreamento parcial pode
ser gerado por uma folha de uma árvore que caiu sobre o módulo, pela sombra
causada por uma antena ou por qualquer outro objeto que venha gerar sombra.

• A potência gerada não entregue a carga é dissipada nas células sombreadas causando
pontos quentes (hotspots), podendo causar danos irreversíveis a célula e ao módulo.:

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Efeitos do sombreamento
Sombreamento por sujeira não uniforme

78
Efeitos do sombreamento
Identificação de célula trincada por termografia ou
ensaio de eletroluminescência

79
Efeitos do sombreamento
Identificação de célula trincada por termografia

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Efeitos do sombreamento
Causa de pontos quentes por sombreamento de
cabeamento aéreo

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Efeitos do sombreamento
Causa de pontos quentes por sombreamento
devido a sujeira de pássaros

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Efeitos do sombreamento

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Diodo de Desvio (Bypass)
• Para minimizar a ocorrência de hotspots e a perda de geração ocasionado pelo
sombreamento os módulos são dotados de diodos de by-pass.

• Quando ocorre o sombreamento a


corrente é desviada pelo diodo.

• Geralmente os módulos já possuem


de fábrica esses diodos

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Diodo de Desvio (Bypass)
• Caso 1 – Sem sombreamento e sem diodos:
• Ao incidir radiação solar sobre as células fotovoltaicas as mesmas passam a gerar
corrente elétrica se conectadas a uma carga. Nesse caso a geração ocorre de forma
natural com boa intensidade de corrente a depender apenas do nível de irradiância
incidente

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Diodo de Desvio (Bypass)
• Caso 2 – Com sombreamento e sem diodos:
• No momento em que uma das células é sombreada ou danificada a mesma passa a
limitar a corrente gerada pelas outras células, gerando aquecimento e diminuindo a
quantidade de energia gerada pelo conjunto.

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Diodo de Desvio (Bypass)
• Caso 3 – Sem sombreamento e com diodos:
• A partir do momento em que são instalados os diodos de desvio (também chamados
de diodos de derivação) a corrente flui normalmente pelas células caso nenhuma
delas seja sombreada ou apresente defeito. Assim toda a corrente passará pelas
células e os diodos acabam não interferindo no conjunto.

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Diodo de Desvio (Bypass)
• Caso 4 – Com sombreamento e com diodos:
• Notamos o efeito dos diodos de desvio quando uma ou mais células são sombreadas
ou apresentam defeito, pois a corrente é desviada pelo diodo aproveitando assim a
geração das demais células que estão em perfeito funcionamento. Um detalhe
importante é que com o desvio da corrente a célula que estava sombreada evita de
dissipar muita energia atuando como uma carga, preservando sua vida útil.

88
Diodo de Desvio (Bypass)

89
Diodo de Desvio (Bypass)

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Diodo de Desvio (Bypass)

Figura: Módulo afetado por sombreamento. Não há pontos quentes na porção totalmente
sombreada pois o diodo de bypass desviou a corrente. Porém, há uma pequena porção de
sombra que não é suficiente para ativar o segundo diodo de bypass. Nessa região ocorreu um
hot spot com temperatura de 110,5 ºC. Fonte: Canal Solar, 2019.

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Diodo de Desvio (Bypass)
• Projeto:

• Ter tensão nominal de pelo menos 2 × VOC MOD do módulo fotovoltaico protegido;

• Ter corrente nominal de pelo menos 1,4 × ISC MOD.

• Consultar NBR 16690, item 6.5.3 para maiores detalhes.

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Diodo de Bloqueio
• O diodo de bloqueio é utilizado para proteger quando se tem módulos (ou strings de
módulos) conectados em paralelo.

• Evita bloqueia o fluxo de corrente de uma string com maior tensão para uma de
menor.

• Além disso, ele bloqueia o fluxo de corrente da bateria para o módulo (principalmente
a noite) em sistemas isolados.

• Diodos de bloqueio não podem ser utilizados como substitutos da proteção contra
sobrecorrente, pois seu modo de falha é geralmente em um estado de curto-circuito.

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Diodo de Bloqueio

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Diodo de Bloqueio

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Diodo de Bloqueio

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Diodo de Bloqueio
• Projeto:

• Ter tensão nominal de pelo menos 2 vezes a tensão máxima do arranjo fotovoltaico,
determinada em 6.1.3;.

• Ter uma corrente nominal de pelo menos 1,4 vez a corrente de curto-circuito nas STC
do circuito que se destinam, ou seja:

– 1,4 × ISC MOD para séries fotovoltaicas;


– 1,4 × ISC S-ARRANJO para subarranjos fotovoltaicos;
– 1,4 × ISC ARRANJO para arranjos fotovoltaicos.

• Mais detalhes no item 6.5.4 e Anexo C da NBR 16690.

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Referências
PINHO, J. T.; GALDINO, M. A. Manual de engenharia para sistemas fotovoltaicos. Rio de
Janeiro: CEPEL, 2014. Disponível em:
<http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/Manual_de_Engenharia_FV_201
4.pdf>.

GIZ; SENAI. Energia Fotovoltaica: Instalador de Sistemas Fotovoltaicos. Brasil, 2018.


Disponível em: <http://energif.mec.gov.br/publicacoes/energif>.

Materiais do Prof. Mario Pin, IFSP – Campus Boituva;

Materiais do Prof. Rodrigo Fiorotti, IFES.

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Agradecimentos

Obrigado pela atenção!

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