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Aula 7 Eng. Félix Mateus/Msc

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10/06/2022 Tecnologia de Energias Renováveis
Capítulo V. Central Solar

Tecnologia de Energias Renováveis 2


10/06/2022
Capítulo V. Central Solar
Introdução
 Central solar é uma instalação que produz energia eléctrica a
partir da radiação solar. Este processo pode ser feito através do
uso de sistemas fototérmicos ou sistemas fotovoltaicos.
 No processo fototérmico,
 O calor proveniente da radiação solar aquece um fluido,
tornando-o em vapor que é direccionado para uma turbina
que acciona um alternador de modo a produzir energia
eléctrica.
 O processo de captura e concentração da radiação solar,
ocorre em dispositivos denominados heliostatos (espelhos)
que actuam automaticamente para acompanhar a variação
da orientação do sol em relação a terra.
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Capítulo V. Central Solar
Introdução

 Existem vários tipos de centrais de energia solar térmica,


mas as mais comuns são do tipo torre com um grande
número de heliostatos que reflectem a luz solar para um
reservatório que contem um líquido.

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Capítulo V. Central Solar
Introdução

 No processos fotovoltaicos
 A radiação solar incide sobre uma superfí cie de um cristal
semicondutor, célula solar, e produzem directamente uma
corrente eléctrica por efeito fotovoltaico.

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Capítulo V. Central Solar
5.1. Central fotovoltaica - Célula fotovoltaica

5.1.1. Estrutura microscópica


 Um átomo de silí cio é formado por 14 (catorze) protões
(p+) e 14 (catorze) electrões (e-).
 Na camada mais exterior, conhecida como camada de
valência, existem quatro electrões.
 Quando se constitui um cristal de silí cio, os átomos
alinham-se segundo uma estrutura em teia (teia de
diamante), formando quatro ligações covalentes com
quatro átomos vizinhos.

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Capítulo V. Central Solar
5.1. Central fotovoltaica - Célula fotovoltaica
5.1.1. Estrutura microscópica

Em cada ligação covalente, um


átomo partilha um dos seus
electrões de valência com um dos
electrões de valência do átomo
vizinho. Como resultado desta
partilha, os electrões ficam presos
na camada de valência e o átomo
está num estado estável ou seja a
camada de valência que pode
conter até oito electrões fica cheia.
Fonte: Manual de apoio
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Capítulo V. Central Solar
5.1. Central fotovoltaica - Célula fotovoltaica
5.1.1. Estrutura microscópica
 Para que os electrões se possam deslocar têm de
adquirir energia suficiente para passarem da banda de
valência para a banda de condução, esta energia é
designada por hiato (band gap energy) e no caso do
cristal de silício vale 1,12 eV (electron-volt).
 Quando um fotão da radiação solar contendo energia
suficiente atinge um electrão da banda de valência, este
move-se para a banda de condução deixando um buraco
(lacuna) no seu lugar, o qual se comporta como uma
carga positiva, neste caso, diz-se que o fotão criou um
par electrão-lacuna.
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Capítulo V. Central Solar
5.1. Central fotovoltaica - Célula fotovoltaica

5.1.1. Estrutura microscópica


 Uma célula fotovoltaica é constituí da por cristais de
silício puro. Portanto, não produziria energia eléctrica,
pois os electrões passariam para a banda de condução
mas acabariam por se recombinar com as lacunas, não
dando origem a qualquer corrente eléctrica.
 Para haver corrente eléctrica é necessário que exista um
campo eléctrico, isto é, uma diferença de potencial
entre duas zonas da célula.

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Capítulo V. Central Solar
5.1. Central fotovoltaica - Célula fotovoltaica
5.1.1. Estrutura microscópica
 Através do processo conhecido como dopagem do
silício, que consiste na introdução de elementos
trivalentes ou pentavalentes com o objectivo de alterar
as suas propriedades eléctricas, é possível criar duas
camadas na célula:
 A camada tipo p;
 A camada tipo n.
 Que possuem, respectivamente, um excesso de cargas
positivas e um excesso de cargas negativas, relativamente
ao silício puro.
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Capítulo V. Central Solar
5.1. Central fotovoltaica - Célula fotovoltaica
5.1.1. Estrutura microscópica
 Na região onde os dois materiais se encontram,
designada por junção p-n, cria-se um campo eléctrico
que separa os portadores de carga que a atingem.
 Os electrões excitados pelos fotões com energia
suficiente para excitar electrões da banda de valência
para a banda de condução, são acelerados para um
terminal negativo enquanto que as lacunas são enviadas
para um terminal positivo, nestas condições, ligando os
terminais a um circuito que se fecha exteriormente
através de uma carga que circulará corrente eléctrica.

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Capítulo V. Central Solar
5.1. Central fotovoltaica - Célula fotovoltaica
5.1.2. Estrutura macroscópica

a) Superfície activa de uma célula fotovoltaica típica b) Pormenor da grelha colectora metálica na superfície
Fonte: Manual de apoio
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Capítulo V. Central Solar
5.1. Central fotovoltaica - Célula fotovoltaica
5.1.3. Constituição interna de uma célula fotovoltaica típica

Fonte: Manual de apoio


Constituição interna de uma célula fotovoltaica típica
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Capítulo V. Central Solar
5.1. Central fotovoltaica - Célula fotovoltaica
5.1.3. Constituição interna de uma célula fotovoltaica típica
 Grelha e contactos frontais (grid, front contacts): os
contactos frontais, em cobre, constituem os terminais
negativos.
 Pelí cula anti-reflexo (anti-reflection coating): esta película,
reduz a reflexão da radiação incidente para valores abaixo
de 5%. Em conjunto com texturas especiais usadas em
células de alto rendimento a reflexão pode ser reduzida
para valores da ordem de 2%. Sem este revestimento a
célula reflectiria cerca de um terço da radiação.

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Capítulo V. Central Solar
5.1. Central fotovoltaica - Célula fotovoltaica
5.1.3. Constituição interna de uma célula fotovoltaica típica
 Camada tipo n (n-type silicon): silí
cio dopado com fósforo,
constituindo a região negativa da célula e a espessura desta
camada é cerca de 300 nm.
 Camada tipo p (p-type silicon): silí cio dopado com boro,
constituindo a região positiva da célula e a espessura desta
camada é cerca de 250000 nm.
 Contacto traseiro (back contact): contacto metálico
localizado na parte posterior da célula, que constitui o
terminal positivo.

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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.1.Estabelecimento do modelo
Em termos de modelo matemático simplificado, uma célula
pode ser descrita através do circuito eléctrico equivalente
que se mostra na Figura abaixo.

Circuito eléctrico equivalente de uma célula fotovoltaica alimentando uma carga Z.


Fonte: Manual de apoio
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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.1.Estabelecimento do modelo
 A fonte de corrente Is representa a corrente eléctrica
gerada pelo feixe de radiação luminosa, constituído por
fotões, ao atingir a superfície activa da célula (efeito
fotovoltaico); esta corrente unidireccional é constante
para uma dada radiação incidente.
 A junção p-n funciona como um dí odo que é atravessado
por uma corrente interna unidireccional ID, que depende
da tensão V aos terminais da célula. A corrente ID que
circula através do díodo é dada por:

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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros

5.2.1.Estabelecimento do modelo
𝑽
(eq.5.1)
𝑰𝑫 = 𝑰𝟎 ∙ 𝒆𝒎∙𝑽𝑻 −𝟏
I0 - corrente inversa máxima de saturação do díodo;
V – tensão aos terminais da célula;
m – factor de idealidade do díodo (díodo ideal: m = 1; díodo
real: m > 1);
𝑲∙𝑻
VT – designado por potencial térmico 𝑽𝑻 =
𝒒
K: constante de Boltzmann (K = 1,38x10-23 J/K)
T: temperatura da célula em K
q: carga eléctrica do electrão (q = 1,6x10-19 C)
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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.1.Estabelecimento do modelo
 A corrente I que circula pela carga é, portanto (ver o
circuito da célula fotovoltaica equivalente)
𝑽
(eq.5.2)
𝑰 = 𝑰𝒔 − 𝑰𝑫 = 𝑰𝒔 − 𝑰𝟎 ∙ 𝒆𝒎∙𝑽𝑻 −𝟏
Dois pontos de operação da célula merecem atenção
particular, nomeadamente:
o Curto-circuito exterior
V = 0; ID = 0; I = Is = Icc (eq.5.3)
A Icc é o valor máximo da corrente de carga, igual, portanto, à corrente
gerada por efeito fotovoltaico. O seu valor é uma característica da célula,
sendo um dado fornecido pelo fabricante para determinadas condições de
radiação incidente e temperatura.
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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.1.Estabelecimento do modelo
 Circuito aberto
I=0
𝑰𝒔
𝑽𝒄𝒂 = 𝒎 ∙ 𝑽𝑻 ∙ 𝒍𝒏 𝟏 +
𝑰𝟎 (eq.5.4)

 A tensão em vazio Vca é o valor máximo da tensão aos


terminais da célula, que ocorre quando esta está em
vazio. O seu valor é uma característica da célula, sendo
um dado fornecido pelo fabricante para determinadas
condições de radiação incidente e temperatura.

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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.1.Estabelecimento do modelo
 Potência eléctrica e rendimento
 As condições nominais de teste (STC- Standard Test
Condition), normalizadas para a realização das medidas
dos parâmetros característicos da célula, designadas
condições de referência, são:
 Temperatura, θr = 25 ºC ⇔ Tr = 298,16 K;
 Radiação incidente, Gr = 1000 W /m2.
 Na sequência, as grandezas referenciadas pelo í ndice
superior r consideram-se medidas nas condições de
referência – STC.
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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros

5.2.1.Estabelecimento do modelo
 Condições de referência
𝑽
(eq.5.5)
𝑷 = 𝑽 ∙ 𝑰 = 𝑽 𝑰𝒄𝒄 − 𝑰𝟎 𝒆𝒎∙𝑽𝑻
−𝟏
P - potência eléctrica de saída
 A potência máxima obtém-se para dP/dV = 0 , o que é
equivalente a:
𝑰𝒄𝒄
𝑽 𝑽 𝑽 𝑽 +𝟏
𝑰 𝟎
𝑰𝒄𝒄 + 𝑰𝟎 𝟏 − 𝒆𝒎∙𝑽𝑻 − ∙ 𝒆𝒎∙𝑽𝑻 = 𝟎 𝒆𝒎∙𝑽𝑻 = (eq.5.6)
𝒎 ∙ 𝑽𝑻 𝑽
+𝟏
𝒎 ∙ 𝑽𝑻

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5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.1.Estabelecimento do modelo
 Condições de referência
 A solução da equação anterior é V = Vmax e a
correspondente corrente é Imax. O ponto de potência
máxima é:
Pmax = Vmax ∙ Imax (eq.5.7)

Nas condições de referência será V = Vrmax, I = Irmax e P = Prmax


𝑰𝒄𝒄
+𝟏
𝒌+𝟏 𝑰𝟎
𝑽𝒎𝒂𝒙 = 𝒎 ∙ 𝑽𝑻 ∙ 𝒍𝒏 𝒌
𝑽𝒎𝒂𝒙 (eq.5.8)
+𝟏
𝒎 ∙ 𝑽𝑻
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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros

5.2.1.Estabelecimento do modelo
 Condições de referência
 Um método iterativo mais sofisticado é o de Newton, o
qual exibe uma convergência mais rápida. A expressão de
cálculo é:
𝒌 𝒌
𝑽𝒎𝒂𝒙 𝒌 𝑽𝒎𝒂𝒙
𝑽𝒎𝒂𝒙
𝑰𝒄𝒄 + 𝑰𝟎 𝟏 − 𝒆𝒎∙𝑽𝑻 − ∙ 𝒆𝒎∙𝑽𝑻
𝒌+𝟏 𝒌 𝒎 ∙ 𝑽𝑻
𝑽𝒎𝒂𝒙 = 𝑽𝒎𝒂𝒙 − 𝒌 (eq.5.9)
𝑽𝒎𝒂𝒙 𝒌
𝑰𝟎 𝒎∙𝑽𝑻
𝑽𝒎𝒂𝒙
− ∙𝒆 𝟐+
𝒎 ∙ 𝑽𝑻 𝒎 ∙ 𝑽𝑻

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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.1.Estabelecimento do modelo
 Condições de referência
 A correspondente corrente é:

𝑽𝒎𝒂𝒙
(eq.5.10)
𝑰𝒎𝒂𝒙 = 𝑰𝒄𝒄 − 𝑰𝟎 𝒆𝒎∙𝑽𝑻 −𝟏
Os valores de Vrca, Ircc e Prmax são característicos da célula,
sendo dados fornecidos pelo fabricante para as condições de
referência. A maioria dos fabricantes indica também os valores
de Vrmax e Irmax.

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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.1.Estabelecimento do modelo
 Condições de referência
 A potência máxima de saí da obtida nas Condições Padrão
de Teste (STC), designa-se por Peak power ou Maximum
Power Point – MPP (potência de pico).
 O rendimento nas condições de referência é a relação
entre a potência de pico e a potência da radiação
incidente:
𝑷 𝒓
𝒓 𝒎𝒂𝒙
𝜼 = (eq.5.11)
𝑨 ∙ 𝑮𝒓
em que A é a área da célula.
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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.1.Estabelecimento do modelo
 Condições de referência
 Para outras condições de funcionamento, será:

𝑷𝒎𝒂𝒙
𝜼= (eq.5.12)
𝑨∙𝑮
em que G é a radiação solar incidente por unidade de superfície.
O quociente entre a potência de pico e o produto Vrca ∙ Ircc
chama-se fill factor (factor de forma):
𝑷𝒓𝒎𝒂𝒙
𝑭𝑭 = 𝒓 (eq.5.13)
𝒓
𝑽𝒄𝒂 ∙ 𝑰𝒄𝒄
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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.1.Estabelecimento do modelo
 Condições de referência
 Para as células do mesmo tipo, os valores de Vrca e Ircc são
aproximadamente constantes, mas a forma da curva I-V
pode variar consideravelmente.
 As células em uso comercial apresentam um factor de
forma entre 0,7 e 0,85, e é desejável trabalhar com células
em que o factor de forma seja o maior possível.

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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.2. Desenvolvimento do modelo e aplicação
 Quando estão apenas disponí veis os valores de Vrca, Ircc e
Prmax o modelo é desenvolvido substituindo a eq. 5.3 e a
expressão de I0 isolada da eq. 5.4 na eq. 5.2, o que
permite escrever, para as condições de referência:

𝑽− 𝑽𝒓𝒄𝒂
𝒓 (eq.5.14)
𝑰= 𝑰𝒓𝒄𝒄 𝟏− 𝒆 𝒎∙𝑽 𝑻

𝑽𝒓𝒄𝒂 𝑽
𝒎∙𝑽𝒓 𝒎∙𝑽𝒓
Considerando que 𝒆 𝑻 ≫ 𝟏 𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝒆 𝑻 ≫𝟏
Neste caso, o factor 𝒎 é um parâmetro de ajuste da curva I-V.
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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.2. Desenvolvimento do modelo e aplicação
 Da eq. 5.17 obtém-se para o factor de idealidade do dí odo
resolvendo a eq. 5.12 em ordem a Ir0 , substituindo depois na
eq. 5.14, tendo em conta a eq. 5.13 e que:
𝑽𝒓
𝒄𝒂 𝑽𝒓
𝒎𝒂𝒙
𝒎∙𝑽𝒓 𝒎∙𝑽𝒓 𝑽𝒓𝒎𝒂𝒙 − 𝑽𝒓𝒄𝒂 (eq.5.18)
𝒆 𝑻 ≫𝟏 𝒆 𝒆 𝑻 ≫𝟏 𝒎= 𝒓 𝑰𝒓
𝑽𝑻 ∙𝒍𝒏(𝟏− 𝒎𝒂𝒙 )
𝑰𝒓𝒄𝒄
A eq. 5.18 permite calcular o factor de idealidade do díodo
apenas em função dos parâmetros característicos da célula
fornecidos pelos fabricantes. Este modelo considera o factor m
como constante. O modelo de um díodo e três parâmetros (m,
I0, IS) é completado com a eq. 5.16.
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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros

5.2.2. Desenvolvimento do modelo e aplicação


 Se estiverem também disponí veis os valores de Vrmax e Irmax, o
modelo pode ser refinado, do modo como se indica a seguir.
Para as condições de referência, a eq. 5.2 aplica-se nos pontos
de circuito aberto, curto-circuito e potência máxima, obtendo-
se, respectivamente:
𝑽𝒓𝒄𝒂
𝒓 (eq.5.15)
𝟎 = 𝑰𝒓𝒔 − 𝑰𝒓𝟎 𝒎∙𝑽
𝒆 𝑻 −𝟏

𝑰𝒓𝒄𝒄 = 𝑰𝒓𝒔 (eq.5.16)


𝑽𝒓𝒎𝒂𝒙
𝒓
𝑰𝒓𝒎𝒂𝒙 = 𝑰𝒓𝒔 − 𝑰𝒓𝟎 𝒆𝒎∙𝑽𝑻 −𝟏 (eq.5.17)
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Capítulo V. Central Solar
5.2. Modelo matemático de um díodo e três parâmetros
5.2.2. Desenvolvimento do modelo e aplicação

Curva I-V de uma célula típica de silício cristalino; resultados experimentais; condições de referência:
θr = 25 ºC, Gr = 1000 W/m2; A = 0,01 m2
Fonte: Manual de apoio
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