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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL


DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA
INSTITUTO DE ENGENHARIAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
CURSO ENGENHARIA DE ENERGIAS

Relatório de Hidrologia

RESERVATÓRIO: AÇUDE DE PACAJUS

PROFESSOR: George Mamede

DISCENTES:

João Clemente Nogueira


Lourenço Passos João

REDENÇÃO – CE
2023
João Clemente Nogueira
Lourenço Passos João

RESERVATÓRIO: AÇUDE PACAJUS

Trabalho apresentado à disciplina de Hidrologia do curso de


Engenharia de Energias da Universidade da Integração da
Lusofonia Afro-Brasileira, como pré-requisito para obtenção
de aprovação na disciplina.
Orientador: Prof. Dr. George Leite Mamede.

REDENÇÃO-CE
2023
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Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 4
2. OJETIVO ............................................................................................................................................ 7
3. METODOLOGIA ............................................................................................................................... 8
3.1 TRAÇADOS DA BACIA ..................................................................................................................... 8
3.2 CARACTERIZAÇÃO DA BACIA ....................................................................................................... 10
3.3 PRECIPITAÇÃO MÉDIA NA BACIA ................................................................................................. 12
3.3.1 Método de médias aritméticas ............................................................................................ 12
3.3.2 Método de Thiessen ............................................................................................................. 12
3.3.3 Método das Isoietas .............................................................................................................. 13
3.4 PRECIPITAÇÃO MÁXIMA ...................................................................................................... 14
3. 4.1 Método de Gumbel ...................................................................................................................... 14
3.5 EVAPORAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO .......................................................................................... 15
3.5. 1 Método de Pennam ............................................................................................................. 15
3.5.2 Método de Thornthwaite .................................................................................................... 16
3.6 ESCOAMENTO SUPERFICIAL ........................................................................................................ 18
3.6. 1 MÉTODO DE SNYDER. .......................................................................................................... 18
3.6. 2 MÉTODO SCS ....................................................................................................................... 19
3.7 BALANÇO HÍDRICO ...................................................................................................................... 20
4. RESULTADO E DISCUSSÕES ................................................................................................................ 22
4.1 TRAÇADO DA BACIA .................................................................................................................... 22
4.2 CARACTERIZAÇÃO DA BACIA ............................................................................................ 25
4.3 PRECIPITAÇÃO DA BACIA ............................................................................................................. 26
4.3.1 Estudo de Consistência pelo método de dupla massa. ......................................................... 28
4.3.2 CURVA INTENSIDADE-DURAÇÃO FREQUÊNCIA ...................................................... 29
4. 4 EVAPORAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO ......................................................................... 32
4. 4. 1 Balanço De Energia Por Penman (Método Combinado) .................................................... 32
4. 4. 2 Método de Penmam ........................................................................................................... 32
4. 4. 3 MÉTODO DE THORNTHWAITE ............................................................................................ 35
4. 5 ESCOAMENTO SUPERFICIAL .............................................................................................. 37
4. 5 . 1 Método de Snyder ............................................................................................................. 37
4. 5 . 2 Método SCS ..................................................................................................................... 39
4.6 BALANÇO HÍDRICO ...................................................................................................................... 40
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 42
6. REFERENCIAS ..................................................................................................................................... 43
1. INTRODUÇÃO

O ciclo hidrológico é normalmente estudado com maior interesse na fase terrestre,


onde o elemento fundamental de análise é a bacia hidrográfica. A bacia hidrográfica pode ser
considerada um sistema físico onde a entrada é o volume de água precipitado e a saída é o
volume de água escoado pelo exutório, considerando-se como perdas intermediárias os
volumes evaporados e transpirados e também os infiltrados profundamente.(TUCCI,2001).
De acordo com (COLLISCHONN,2013) diversos fatores influenciam na forma como
a água da chuva interage com a bacia hidrográfica, os fatores mais importantes são o clima, o
solo, as rochas do subsolo e a vegetação e os fatores morfométricos.
Uma bacia hidrográfica é composta por alguns elementos básicos também chamados
estruturas da bacia, temos; nascente, rio principal, divisor de águas, afluentes e foz ou
exutório. Estes elementos interligados são de igual importância para o devido funcionamento
ordenado da bacia como um todo.
Dado importância, existem diversos estudos hidrológicos e algumas ferramentas
computacionais que podem ser utilizadas para obter informações mais precisas de uma bacia
hidrográfica, como por exemplo; os softwares Google Earth, ArcGIS dentre outros, que
podem ser utilizados dentre outras coisas para a delimitação da bacia de interesse.
A caracterização de uma bacia hidrográfica comumente é obtida por meio de dados
fisiográficos que podem ser extraídos de mapas, fotografias aéreas e imagens de satélite
De acordo com (COLLISCHONN,2013) às características morfométricas de uma bacia
hidrográfica estão associadas ao relevo, e incluem a área de drenagem, o comprimento do
curso d' água principal, e a declividade. Com isso podemos destacar algumas destas
características tais como;
A área da bacia hidrográfica; a área de drenagem é a característica mais importante,
pois a área é um dado fundamental para definir a potencialidade hídrica de uma bacia, uma
vez que a bacia é a região de captura da água da chuva. Assim, a área da bacia multiplicada
pela lâmina precipitada ao longo de um intervalo de tempo define o volume de água recebido
ao longo desse intervalo de tempo.
A amplitude aritmética é definida como a diferença entre o ponto mais alto e o ponto
mais baixo da bacia. a amplitude aritmética tem relação com a energia potencial máxima que
a água pode ter na superfície da bacia, e, por isso, está relacionada com a velocidade do
escoamento e com taxas de erosão.
O perfil longitudinal do rio principal descreve a forma como a altitude varia ao longo
da distância. O perfil longitudinal é obtido elaborando um gráfico da altitude pela distância ao
longo do curso de água principal da bacia. A distância pode ser medida desde a foz, seguindo
para montante, ou desde a cabeceira, seguindo para a jusante.
O comprimento da drenagem principal de uma bacia é uma característica importante,
pois o tempo em que a água leva para escoar ao longo de um rio depende da velocidade da
água e da distância a ser percorrida. A distância que deve ser percorrida pela água da chuva
até chegar ao exutório da bacia depende do ponto de origem da água. O comprimento da
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drenagem principal é calculado somando os comprimentos dos trechos dos rios desde o ponto
mais distante do exutório onde é possível identificar o início da rede de drenagem superficial
(um pequeno canal, ainda que temporário) até o exutório.
A declividade da drenagem principal ou declividade média da bacia e do curso d’água
principal também são características que afetam diretamente o tempo de viagem da água ao
longo da bacia hidrográfica.
A forma da bacia em alguns casos é considerada como uma característica importante,
capaz de explicar o seu comportamento em termos de resposta às chuvas. A análise da forma
da bacia visa diferenciar bacias de formato mais alongado das bacias de formato menos
alongado, ou mais circular.
A densidade de drenagem é definida como a soma do comprimento de todos os cursos
d’água no interior da bacia, incluindo cursos efêmeros e intermitentes, dividida pela área da
bacia. Quando os solos e a litologia são mais permeáveis (solos arenosos e rochas de arenito,
por exemplo), a densidade de drenagem é mais baixa. Quando os solos são menos permeáveis,
ou são rasos, e as rochas dos subsolos são menos porosas e apresentam baixa permeabilidade,
a densidade de drenagem é mais alta.
A ordem dos cursos de água; em muitos casos a bacia hidrográfica também é descrita
em função da forma e das características da rede de drenagem. Entre as características da rede
de drenagem mais utilizadas está o ordenamento dos cursos de água.
A precipitação é entendida em hidrologia como toda água proveniente do meio
atmosférico que atinge a superfície terrestre. neblina, chuva, granizo, saraiva, orvalho, geada e
neve são formas diferentes de precipitações. O que diferencia essas formas de precipitações é
o estado em que a água se encontra (TUCCI,2001).
As características principais da precipitação são o seu local, duração e distribuição
temporal e espacial. Temos também que as precipitações podem ser classificadas em;
Convectivas, quando em tempo calmo, o ar úmido for aquecido na vizinhança do solo,
podem-se criar camadas de ar que se mantêm em equilíbrio instável. São geralmente chuvas
de grande intensidade e de pequena duração, restritas a áreas pequenas que podem provocar
inundações em pequenas bacias.
Orográficas, quando ventos quentes e úmidos sopram geralmente do oceano para o
continente, encontram uma barreira montanhosa, elevam-se e se resfriam adiabaticamente
havendo condensação do vapor, formação de nuvens e ocorrência de chuvas. São chuvas de
pequena intensidade e de grande duração, que cobrem pequenas áreas.
Frontais ou Ciclônicas provem da interação de massas de ar quentes e frias. O ar mais
quente e úmido é violentamente impulsionado para cima, resultando no seu resfriamento e na
condensação do vapor de água, de forma a produzir chuvas, são chuvas de grande duração,
atingindo grandes áreas com intensidade média.
Dentre as grandezas que caracterizam as precipitações temos: a altura pluviométrica (P
ou r), a duração (t), a intensidade (i) e a frequência de probabilidade e tempo de recorrência
(Tr). A avaliação estatística dos totais precipitados e o tratamento de precipitações intensas
podem passar por um tratamento estatístico que consiste na identificação e correção de alguns
erros que podem surgir como lacunas, que devem ser preenchidas por alguns métodos tais
como: método ponderação regional, método de regressão linear, método da ponderação
regional com base na regressão linear, dentre outros.
Para a precipitação média de uma bacia ou superfície qualquer, é necessário utilizar as
observações das estações dentro dessa superfície e nas vizinhanças. Há três métodos de
cálculo: média aritmética, método de Thiessen e método de isoietas (PINTO,1998).
O conhecimento da perda d’água de uma superfície natural é de suma importância nos
diferentes campos do conhecimento científico, especialmente nas aplicações de Meteorologia
e da Hidrologia às diversas áreas humanas. Aos meteorologistas interessa o estudo do
fenômeno, pois ele condiciona a energética da atmosfera e altera as características das massas
de ar nelas existentes. Os hidrologistas estão interessados em conhecer a perda d’água em
correntes, canais, reservatórios, bem como qual a quantidade d’água a ser adicionada por
irrigação (VILLELA,1975).
De acordo com (PINTO,1998), Evaporação é o conjunto dos fenômenos de natureza
física que transformam em vapor a água da superfície do solo, a dos cursos d' água, lagos,
reservatórios de acumulação e mares. Transpiração é a evaporação devida à ação fisiológica
dos vegetais. As plantas, através de suas raízes, retiram do solo a água para suas atividades
vitais. Parte dessa água é cedida à atmosfera, sob a forma de vapor, na superfície das folhas,
ao conjunto das duas ações denomina-se evapotranspiração.
O escoamento superficial é o segmento do ciclo hidrológico que estuda o
deslocamento das águas na superfície da terra. Esse estudo considera o movimento da água a
partir da menor porção de chuva que caindo sobre um solo saturado de umidade ou
impermeável, escoa pela superfície formando sucessivamente as enxurradas ou torrentes,
córregos, ribeirões, rios e lagos ou reservatórios de acumulação (PINTO,1998).
Temos também o hidrograma que é uma denominação dada ao gráfico que relaciona a
vazão no tempo. A distribuição da vazão no tempo é resultado da interação de todos
componentes do ciclo hidrológico entre a ocorrência da precipitação e a vazão da bacia
hidrográfica(TUCCI,2001).
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2. OJETIVO

 Este relatório tem como objetivo principal fazer um estudo hidrológico do açude de
Pacajus;

 Entender o conceito de bacia hidrográfica;

 Identificar o rio principal de uma bacia hidrográfica;

 Analisar o reservatório monitorado pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos


com base em dados disponibilizados pela FUNCEME utilizando ferramentas de
Sistemas de Informações Geográficas (SIG);

 Aplicar os conhecimentos aprendidos em sala de aula e em vídeos-aulas da disciplina


para que tenhamos mais prática e domínio da matéria;
3. METODOLOGIA
3.1 TRAÇADOS DA BACIA

A bacia hidrográfica ou bacia de drenagem é a área onde, devido ao relevo e geografia,


a água da chuva escorre para um rio principal e seus afluentes. A forma das terras na região da
bacia fazem com que a água corra por riachos e rios menores para um mesmo rio principal,
localizado num ponto mais baixo da paisagem.
A área de uma bacia é separada das demais por um divisor de águas, uma formação do
relevo – em geral a crista das elevações do terreno – que separa a rede de drenagem (captação
da água da chuva) de uma e outra bacia.
Começamos o a atividade com a procura de um reservatório no site da Companhia de
Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) - entidade responsável pelo gerenciamento da água
acumulada nos reservatórios públicos do Ceará além dos canais e adutoras da região
metropolitana de Fortaleza, para que só assim pudéssemos iniciar o processo de identificação
da bacia que faz parte do Açude de Pacajus, assim como a localização e delimitação da
mesma.
Na delimitação de bacia utilizamos a base de dados SRTM, que podem ser baixados e
facilmente encontrados no site da EMBRAPA. A delimitação da bacia é de suma importância,
pois possibilita conhecer informações de extrema relevância, da bacia como perímetro, área
entre outras informações importantes que são necessárias para a realização do traçado.
Nesta primeira etapa do projeto foi utilizado a ferramenta do estudo o software de
servidor e serviços de sistema de informação geográfica mais conhecido o ArcGIS para fazer
a delimitação da bacia, utilizando dados SRTM do estado do Ceará, esses dados foram
tratados e feitas as conversões necessárias para trabalhar corretamente.
Essa delimitação foi feita também através do Google Earth coletando dados de
coordenadas X e Y de um ponto localizado a 90 m do historio da bacia.
Para a realização do traçado, separamos em aproximadamente em quatro etapas que
podem ser confirmadas abaixo:
 I. Preenchimento de falhas: De acordo com a literatura os dados SRTM depende da
topografia do local, dessa forma pode haver erros nos dados referentes ao terreno causando
depressões. Essas depressões preenchemos com a ferramenta Fill, que está localizada em
Spatial Analyst Tools>Hydrology>Fill do Argis.

 II. Direção de Fluxo: A direção de fluxo define as relações entre os diversos pontos
da bacia e sua continuidade topológica define a rede de drenagem eficiente, ou seja,
define as direções do fluxo da corrente. A direção de fluxo pode foi feita através da
ferramenta Flow Direction , que está localizada em Spatial Analyst
Tools>Hydrology>Flow Direction no shotware ulizado que é o Arcgis.
 III. Direção de Acumulação: A direção de fluxo foi feita através da ferramenta Flow
Accumulation, que está localizada em Spatial Analyst Tools>Hydrology>Flow Accumulation.
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Com todas essas alterações feitas com os dados SRTM, logo após foi feita a localização do
exutório do reservatório no Google Earth e importado para o ArcGIS, com isso foi possível
fazer a última etapa do processo de traçado da bacia.
 IV. Watershed: Foi a última ferramenta utilizada para delimitar a bacia com base no
polígono, que está localizada em Spatial Analyst Tools>Hydrology>Watershed
3.2 CARACTERIZAÇÃO DA BACIA

A caracterização da bacia é uma parte muito importante visto que permite


compreender as características de uma bacia hidrográfica. Após a bacia estar devidamente
delimitada, já é possível extrair informações que irão possibilitar fazer a caracterização
corretamente da bacia. Informações como:

✔ Área de drenagem;

✔ Perímetro da bacia,

✔ Comprimento do rio principal;


✔ Comprimento da rede de drenagem da bacia;
Todos esses dados fora obtidos utilizando as ferramentas do SIG.
A bacia pode adotar várias formas e possuir diversas irregularidades quanto ao seu
formato e para saber o quão irregular ela pode ser se faz necessário conhecer o valor do
coeficiente de compacidade (Kc), onde está relacionado com sua irregularidade e quanto
maior o valor desse coeficiente mais irregular é a bacia. Ele relaciona a área de drenagem com
a equação de um círculo. Como mostra a equação a seguir:

Onde:
P - é o perímetro da bacia
A - é a área de drenagem.
Já fator de forma (Kf) é a relação entre a largura média e o comprimento axial da
bacia. Mede-se o comprimento da bacia (L) quando se segue o curso d'água mais longo desde
a desembocadura até a cabeceira mais distante na bacia.

Onde:
L - é o comprimento paralelo ao rio principal
B - é a largura média da bacia.
A densidade de drenagem é a relação entre o comprimento total do curso d 'água de
uma bacia e sua área total. A densidade de drenagem varia inversamente com a extensão do
escoamento superficial e, portanto, fornece uma indicação da eficiência da drenagem de bacia
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hidrográfica, pode-se afirmar que este índice varia de 0,5 Km/Km2 para bacias com drenagem
pobre, a 3,5 ou mais, para bacias excepcionalmente bem drenadas.
Equação (3)
Dd = D/A
A extensão média de escoamento é um índice definido como sendo a distância média
em que a água da chuva teria que escoar sobre os terrenos de uma bacia, caso o escoamento se
desse em linha reta desde onde a chuva caiu até o ponto mais próximo no leito de um curso
d'água qualquer da bacia.
Equação (4)
Lr = A/4*L
Onde:
A - é a área da bacia
L - é o comprimento total dos rios.
A sinuosidade do curso d 'água é a relação entre o comprimento L e o comprimento de
um D tal . Através deste índice é possível identificar o grau de sinuosidade do rio principal,
pois quando os valores se encontram próximos de 1,0 significa que o curso hídrico tende a ser
retilíneo, já para valores acima de 1,8 indicam que o canal é mais tortuoso e valores
intermediários são considerados canais tradicionais, regulares e irregulares.
Equação (5)
Sin = L/Dtal
3.3 PRECIPITAÇÃO MÉDIA NA BACIA

O conhecimento sobre a precipitação em uma bacia hidrográfica é crucial para o


gerenciamento eficiente dos recursos hídricos, o planejamento de infraestrutura, a prevenção
de enchentes e a avaliação do impacto das mudanças climáticas na disponibilidade de água.
Sistemas de monitoramento e previsão meteorológica são utilizados para acompanhar a
precipitação e fornecer informações valiosas para tomadores de decisão e cientistas que
estudam os recursos hídricos.

3.3.1 Método de médias aritméticas

Para se realizar os cálculos da precipitação média em uma área, utilizam-se diversos


métodos como o método de thiessen e o método de isiotes.

A precipitação média é calculada como a média aritmetrica do valores medidos.

Equação (6)

Onde:

Pi  é a precipitação média obtida de cada posto próximo a bacia


n  é o numero de amostras.

3.3.2 Método de Thiessen

O método de Thiesssen permite calcular as áreas de influência, ou seja, as áreas de


cada posto pluviométricos. É indicado quando não existe distribuição uniforme dos postos
pluviométricos dentro da bacia hidrográfica. Esse método consiste em subdivide a área da
bacia em áreas delimitadas por retas unindo os pontos das estações, dando origem a vários
triângulos.

É um método que considera a não-uniformidade da distribuição espacial dos postos,


mas leva em conta o relevo da bacia, sendo assim o método fornece bons resultados quando o
terreno não é muito acidentado.
Equação (7)

Onde:

A  é a área total;
 é a área de influência do i-ésimo posto pluviométrico;
 é a precipitação registrada no i–ésimo posto pluviométrico
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3.3.3 Método das Isoietas

As isoietas são linhas de igual precipitação que podem ser traçadas para um evento ou
para uma duração específica. Este metódo, ao inves de pontos utilizam-se curvas de
precipitação, cujo traçado é simples e semelhante ao das curvas de nível, onde a altura da
chuva substitui a cota do terreno.

Os traçados as curvas, medem-se as áreas, (A i) entre as isoietas sucessivas (h r e h r


+1) e calcula-se a altura média como sendo;

Equação (8)

Para obtenção de dados de precipitação, foi utilizado uma base de dados


pluviométricos que são disponibilizados pela FUNCEME a fim de identificar quais os postos
com monitoramento mais próximos da bacia de estudo, para então conhecer a precipitação
média anual de cada posto. Com o auxílio de ferramentas de SIG foi possível identificar quais
postos têm influência sobre a bacia de Pacajus, para posteriormente trabalhar com dados
depostos mais próximos a bacia com intuito de obter resultados ainda mais confiáveis.

As isoietas da bacia também foram traçadas utilizando ferramentas de SIG, assim com
sua precipitação média foi obtida. Dessa forma é possível fazer a comparação e eficácia dos
métodos.
3.4 PRECIPITAÇÃO MÁXIMA

3. 4.1 Método de Gumbel

É um método de avaliação da PMP que basea-se na maximização do fator de


recorrência da equação geral de frequência proposta por Grow 1964), ou seja o método de
Gumbel propõe um modelo probabilístico para chuvas futuras de grande intensidade, onde se
faz necessário conhecer a área de localização que está relacionado com a sua isozona que é
dada pela equação:
Equação (9)

onde;

x  é a chuva média da série


S x  é o desvio padrão da série
Y  é a variável reduzida
Y n ,Sn  são a média e o desvio padrão da variável reduzida.

Com base em arquivos de estudo a bacia hidrográfica de Pacajus fica localizada na


Isozona D, como mostra as ilustrações a seguir:

Figura 1: Mapa de Isozonas

Fonte: Material do docente


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3.5 EVAPORAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO

A evaporação é o processo natural pelo qual a água, de uma superfície livre (líquida) ou de uma
superfície úmida, passa para a atmosfera na forma de vapor, a uma temperatura inferior a de ebulição
ou também se pode dizer que é a perda d’água para a atmosfera de uma superfície líquida (ou sólida
saturada) exposta livremente às condições ambientais.

EVAPORAÇÃO POTENCIAL
É a máxima quantidade de água que pode evaporar de uma superfície com
disponibilidade de água de água para a realização do processo.
EVAPORAÇÃO REAL
Ocorre a uma taxa inferior à taxa potencial devido a deficiência de água para o
processo.
SUAS GRANDEZAS

- Lâmina evaporada mm;


- Intensidade de evaporação mm/h;

3.5. 1 Método de Pennam

As equações para o cálculo de evapotranspiração são do tipo empírico ou de base


fisica. A princial equalção de avapotranspiração é a equação Penman-Moneteih. Essa equação
pode ser obtida a partir de representações simplificadas do fluxo de calor latente e sensivel a
partir de uma superficie úmida, comninadas à equação de balaço de energia em uma
superficie Ao aplicar esse metódo, foram necessário algumas informações referente a região
onde está situada a bacia.
Para encontar os valores de evaporação e evapotranspiração utilizou-se os seguintes
parametros e equações:

Termo aerodinâmico (mm/dia) Parâmetro (-) Evaporação potencial (mm/dia)

Equação (10) Equação (11) Equação (12)

Penman (1948) + Monteith (1965)


Equação (13)
Onde:

E i = Termo aerodinâmico (mm/dia);


Δ/y = Parâmetro;
E 0 = Evaporação potencial (mm/dia)
E= Taxa de evaporação da água (m.s)
λ = Calor latente de evaporação da água (MJ.kg)
Δ = Taxa de variação da pressão de saturação do vapor
R= Radiação líquida na superfície (MJ.m.s)
G= Fluxo de energia para o solo (MJ.m.s)
r A = Massa específica do ar (Kg.m)
r W = Massa específica da água (Kg.m)
C p = Calor específico do ar úmido (MJ.Kg.°C)
e s = Pressão de vapor de saturação (KPa)
e d = Pressão de vapor (KPa)
γ = Constante psicrométrica (KPa.°C)
r s = Resistência superficial da vegetação (s.m)
r a = Resistência aerodinâmica (s.m)

3.5.2 Método de Thornthwaite

A expressão mais clara do método de Thorntwaite foi desenvolvida pelo mesmo


(Thornthwaite), inicialmente, com o objetivo de estimar a Evapotranspiração Potencial
Mensal (ETP) de um posto meteorológico. Daí considera- se ETP como a chuva ideal para
que determinado posto não apresente excesso e deficiência hídrica ao longo do ano.
As equações de Thornthwaite é uma equação muito utilizada para a estimativa da
evaporação potencial quando se dispõe de poucos dados. Essa equação serve para calcular a
evapotranspiração em intervalo de tempo mensal, a partir de dados de temperatura.

A equação de Thornthwaite foi desenvolvida com dados restritos do Hemisfério Norte


e se tornou popular mais pela sua simplicidade - usa apenas a temperatura - do que pela sua
exatidão. Sua aplicação nas demais regiões do mundo exigiu a adaptação de um fator de cor-
reção, cujo valor depende do mês do ano e da latitude. Como por exemplo a latitude 4° Suti-
lizada para os cálculos.

Equação (13) Equação (14) Equação (15) Equação (16)

Equação (17) Equação (18)


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Onde:

F c = representa o fator de correção em função da latitude e mês;


T= representa a temperatura média mensal (°C);
i= Índice mensal calculado com base na temperatura média do mês;
I= Índice de calor anual;
h= Números de horas de insolação;
n= Números de dias no mês.
3.6 ESCOAMENTO SUPERFICIAL

O escoamento superficial de uma bacia hidrográfica é o deslocamento da água que


ocorre nas encostas quando o solo se torna saturado, também esta relacionado com o
movimento da água na superfície do solo em direção aos rios Equivale ao resultado da
precipitação que excede a capacitação de infiltração da água no solo.

No escoamento superficial, vamos falar de dois métodos que são os métodos SCS e o
método Snyder que são os métodos que vão gerar o hidrograma sintético.

3.6. 1 MÉTODO DE SNYDER.

Trata-se de um método utilizado para estimar a resposta de uma bacia hidrográfica à


chuva de duração específica. É um método bastante utilizado para prever parâmetros de esco-
amento superficial e analisar seu comportamento na bacia hidrográfica. É o primeiro hidro-
grama unitário feito no mundo para bacias muito grandes Ele é indicado para bacias de 30m^2
a 30.000km^2.

Para calcular o método Snyder, foram utilizadas as seguintes formulas:

Equação (19) Equação (20) Equação (21)

Equação (22)

Onde:

Tp = Tempo de pico inicial (h);


T p = Tempo de pico corrigido (h);
Δ t = Duração da chuva (h);
t ch = Duração da chuva corrigida (h);
Q p = Vazão de pico do hidrograma (m³/s);
A = Área da bacia (km²);
C p = Coeficiente variando entre 0,56 e 0,69;
L = Comprimento do rio principal (Km);
L c = Distância do exutório ao ponto do rio principal mais próximo do centro de gravidade da
bacia (Km);
C t = Coeficiente que varia entre 1,35 e 1,65
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3.6. 2 MÉTODO SCS

Em uma bacia hidrográfica, uma das informações mais relevantes para a estimativa de
parâmetros hidrológicos e hidráulicos é a precipitação. Uma parcela da chuva se converte em
escoamento superficial e se incorpora no corpo d’água da bacia. Um método utilizado para
determinar esse tipo de ocorrência é o método SCS. Esse método é muito utilizado para esti-
mar o escoamento superficial em uma bacia hidrográfica. Ele se baseia em uma abordagem
simplificada para estimar o escoamento, levando em consideração fatores como precipitação,
infiltração do solo, a capacidade de armazenamento. É aplicado para áreas que variam de
2km^2 a 5.000 km^2.

Ele possui as seguintes equações para o procedimento dos cálculos:

Equação (22) Equação (23) Equação (24)

Equação (25)

Onde:

L= Comprimento do rio principal (m);


y= Declividade média do talvegue (em unidades absolutas);
S= Capacidade de armazenamento da camada superior do solo (mm);
H= Constante igual a 1,67.
3.7 BALANÇO HÍDRICO

O conhecimento dos processos hidrológicos de uma bacia hidrográfica é essencial para


o direcionamento de ações voltadas para gestão de recursos hídricos. O Balanço Hídrico pode
ser entendido como a contabilização das entradas e saídas de água de um determinado espaço.
O balanço pode ser calculado para uma camada do solo, um trecho de rio ou para conjuntos
de bacias hidrográficas.

O entendimento do Balanço Hídrico é complexo e depende de vários fatores como


conhecimento do ciclo hidrológico (precipitação, escoamento superficial, evapotranspiração,
infiltração), variáveis climáticas, condições do solo e sua utilização, hidrogeologia da bacia,
usos da água existentes, histórico de monitoramento dos principais parâmetros que indicam a
qualidade da água, entre outros.

Para a realização dos cálculos, usou-se a equação abaixo e alguns dados já calculados
anteriormente.

Equação (26)

Existem algumas regras de operação de Reservatório das quais são:

 Falha no atendimento da vazão de referência

- Nível de água abaixo da cota da tomada d’água


- Volume disponível insuficiente para atender a demanda
- Volume disponível inferior ao volume de alerta

 Garantia de abastecimento (g)

Equação (27)
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 Curva de garantia do reservatório

Fonte: Material de aula.

 Curva de Regularização de Vazão

Fonte: Material de aula.

 Curva de Permanência de Níveis

Fonte: Material de aula.


4. RESULTADO E DISCUSSÕES
4.1 TRAÇADO DA BACIA

Ao decorrer da realização do projeto, foram-se obtendo dados relevantes para nosso


banco de informações. Na figura abaixo, está mostrando a bacia escolhida e devidamente
identificada e localizada no software ArcGis.

Figura1: Preenchimento das Falhas

Fonte: Os autores

O mapa de preenchimento de falhas faz correções quanto às depressões que existem


nos dados SRTM, dessa forma, os empecilhos que existiam no escoamento passam a não
existir garantindo uma delimitação confiável.

Na figura abaixo está identificado o mapa de direção de fluxo da chuva na região


estudada.

Fonte: Os autores
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O mapa de direção de fluxo obtido, permite identificar a direção do fluxo de


escoamento de água nas vertentes, assim como informações sobre o relevo da bacia.

Figura: Mapa de Acumulo de fkuxo

Fonte: Os autores

O mapa acima traz informações em termos de características de divisores de água que


ficam a montante e também da confluência e divergência em relação às linhas de fluxo. Dessa
forma, é possível observar a formação das linhas de fluxo que originam a bacia.
A figura abaixo mostra o polígono da bacia hidrográfica

Fonte: Os autores

O polígono acima permite o conhecimento de informações importantes como área e


perímetro e permite posteriormente delimitar toda a região da rede de drenagem.
Por fim, foi obtido a delimitação da área da bacia que seria estudada, como mostra a
figura abaixo
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4.2 CARACTERIZAÇÃO DA BACIA


Utilizando o software Arcgis, elaboramos a seguinte tabela

Parâmetros da Bacia
Tabela 1 - Parâmetros da Bacia

Figura 1: Divisão de vários rios da Bacia

Fonte: Os autores, 2023.

Visto que, a figura acima mostra os rios dentro da nossa bacia hidrográfica, pela visualização
consegue-se fazer o traçado do rio principal, que é o curso de água principal. Foram eliminados os
pequenos pedaços dos rios e deixar somente o rio principal.
Figura 2: Traçado do Rio Principal

Fonte: Os autores

4.3 PRECIPITAÇÃO DA BACIA

Na figura abaixo, encontra-se representado os polígonos de Thiessen da bacia de


Pacajus. Através das ferramentas de SIG, foi possível calcular a precipitação média anual da
bacia hidrográfica de Pacajus. Com estes polígonos é possível perceber quais postos têm
maior influência na bacia assim como as suas respetivas áreas e em seguida obter a média de
precipitação através de ponderação.

Figura 1 - Poligono de Thiessen da bacia de Pacajus

Fonte: Os autores.

De seguida, usando novamente as ferramentas de SIG, foi gerada as isoietas para


mesma bacia, para se obter de forma diferente a precipitação média anual.
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Figura 2 - Isoetas da bacia de Pacajus

Fonte: Os autores.

Em seguida, obtivemos o histograma com os dados de precipitação para a bacia em


estudo Pacajus e também fez-se a analise dos valores de precipitação média, máxima e
mínima.

Figura 3 - Histograma de precipitação

Fonte: Os autores.
De acordo com o gráfico gerado, o vermelho é a precipitação máxima, o azul
precipitação média e o amarelo – precipitação mínima

Apresentamos abaixo, a tabela com as precipitações

Tabela 1: Precipitação média anual

Média de 938.4

Fonte: Os autores.

4.3.1 Estudo de Consistência pelo método de dupla massa.

Esse método comprova a homogeneidade dos dados em um determinado posto com


relação aos dados regionais. A precipitação da dupla massa gerou uma série anual corrigida
para o posto estudo e assim conseguimos gerar o gráfico e a tabela como nos foi pedido

Tabela 2: Precipitação anual acumulada do posto de Pacajus e o gráfico gerado

Fonte: Os autores
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4.3.2 CURVA INTENSIDADE-DURAÇÃO FREQUÊNCIA

Curva IDF é um método utilizado para se obter intensidade máxima de precipitação,


isso se faz importante pois isso traz informações quanto a vazões, volumes para possível
dimensionamento de estrutura hidráulicas. É possível também obter tempos de retorno, ou
seja, quanto tempo irá demorar para determinada região atingir novamente a precipitação
máxima ocorrido em uma quantidade N de amostras. Para esses cálculos se faz necessário
conhecer o fator de recorrência em anos. Como está mostrado na tabela a seguir:

Tabela 3: Isozona - D
Tempo (anos) 5 10 25 50 100 1000 10000

Fator de 24h para 1h 42% 41,6% 41,1% 40,7% 40,3% 39% 37,8%

Fator de 24h para 6 11.2% 11.2% 11,2% 11,2% 10% 10% 10%
min

A tabela abaixo mostra a precipitação máxima obtida por média aritmética para o
posto de Pacajus dos anos de 1974 a 2023

Tabel: Precipitação máxima por Aritmética

Média 3,49

Desvio Padrão 1,375

Fonte: Elaboração própria, 2023.


A tabela abaixo mostra a precipitação máxima obtida pelo método de Gumbel para o posto de
Pacajus dos anos de 1974 a 2022.
Tabela 6: Precipitação máxima por Gumbel

Tempo (anos) 5 10 25 50 100 1000 10000

1 dia 110,87 132,21 159,19 179,20 199,06 264,69 330,21

Fonte: Elaboração própria, 2023


Fig: Método de Gumbel

Fonte: Elaboração própria, 2023.


Em seguida, foi calculada a intensidade e precipitação máxima para os anos de retorno
5, 10, 25, 50, 100, 1000 e 10000 anos. Os resultados obtidos estão na tabela 7 e tabela 8,
respectivamente.
Tabela 7: Intensidade para os anos de retorno.

Tempo (anos) 5 10 25 50 100 1000 10000

1 dia 4,62 5,51 6,63 7,47 8,29 11,03 13,76

24 h 5,08 6,06 7,30 8,21 9,12 12,13 15,13

1h 51,22 60,50 71,97 80,23 88,24 113,55 137,30

6 min 136,59 162,89 196,12 197,12 218,96 291,16 363,23

Fonte: Elaboração própria, 2023.

Tabela 8: Precipitação máxima para os anos de retorno

Tempo (anos) 5 10 25 50 100 1000 10000

1 dia 110,87 132,21 159,19 179,20 199,06 264,69 330,21

24 h 121,95 145,43 175,10 197,12 218,96 291,16 363,23

1h 51,22 60,50 71,97 80,23 88,24 113,55 137,30

6 min 13,66 16,29 19,61 19,71 21,90 29,12 36,32

Fonte: Elaboração própria, 2023.


Com os valores obtidos, foi gerada a curva de Intensidade Duração Frequência.
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Figura 15: Curva IDF para Bacia de Pacajus.


4. 4 EVAPORAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO

4. 4. 1 Balanço De Energia Por Penman (Método Combinado)

Para a aplicação do método combinado por Penman, foi necessário alcançar os dados
de temperatura média, umidade relativa, intensidade do vento e insolação total do posto mais
próximo do açude de Pacajus que foi o posto de Fortaleza, foi tirado os dados pelo banco de
dados do INMET para podermos fazer os cálculos. Os dados tirados foram do período 1991 -
2020
Tabela: Balanço De Energia Por Penman (Método Combinado)

Fonte: Os autores – Excel, 2023

4. 4. 2 Método de Penmam

Com o método de Penman foi possível encontrar os valores de evaporação e


evapotranspiração por dia, de seguida, fizemos a transformação para cada mês dando um ano.
Pode ser confirmado na tabela abaixo:
Tabela: Evaporação e evapotranspiração por Penman.

Fonte: Os autores, excel 2023


De seguida, a seguir se encontra uma tabela para comparação dos dados de avaporação
e evapotranspiração medidos por norma Climatologicas.
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Tabela: Comparação dos dados Estimados de Evaporação pelo método Penman e valores
medidos por norma climatologicas.
Mês Evaporação Estimado Evaporação medido por Evapotranspiração Evapotranspiração medido
nome climatologica Estimado por nome climatologica

Janeiro 189,189 144,1 155,589 182,8


Fevereiro 169,495 118,7 133,940 164,3
Março 156,555 86,8 127,985 159,5
Abril 138,812 71,6 112,787 173,0
Maio 153,146 87,2 124,373 159,0
Junho 151,689 96,1 123,995 142,7
Julho 171,348 137,1 140,192 145,1
Agosto 203,863 175,0 168,466 151,2
Setembro 218,557 185,0 181,462 170,0

Outubro 233,488 194,0 193,819 157,2


Novembro 225,403 207,4 186,591 172,6
Dezembro 214,688 199,9 178,190 175,1
Fonte; Os autores,2023
Diante dos valores encontrados é possível fazer a comparação em relação aos valores
obtidos de evaporação e evapotranspiração, como mostram os gráficos abaixo:

Grafico: 1 Comparação dos valores de Evaporação estimados com os valores medido por
norma climatológica.

250

200
Evaporação Estimado
150

100 Evaporação medido


por nome
50 climatologica

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Fonte: Os autores, 2023


Nos resultados obtidos de evaporação pelo método de Penman, foi possível observar
que os valores encontrados pelo método de Penman foram satisfatórios relacionados aos
valores fornecidos pelas normais climatológicas, embora tenha certa discrepância. Essa
discrepância de resultados na evaporação e na evapotranspiração mostrada no gráfico abaixo
pode ser justificado por aproximações feitas quanto a latitude, a escolha do posto, visto que
não foi trabalhado com dados fornecidos para a bacia de estudo e sim de um posto mais
próximo.
Grafico: 2 Comparação dos valores de Evapotranspiração estimados com os valores medido por
norma climatológica.

250

200

Evapotranspiração
150 Estimado

100 Evapotranspiração
medido por nome
climatologica
50

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Fonte: Os autores, 2023


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4. 4. 3 MÉTODO DE THORNTHWAITE

Para a construção desse método, foram utilizados as temperaturas médias do ar posto


de Fortaleza-CE e as horas de insolação já conhecidas para a latitude 4.
Tabela: Evapotranspiração por Thornthwaite
Nº de dias horas ETP ETP
Mês T (ºC) Fc i
n (h) (mm/mês) (mm/dia)
Jan 31 27,4 12,30 1,06 13,14 159,29 5,14
Fev 28 27,4 12,20 0,95 13,14 142,70 5,10
Mar 31 26,9 12,10 1,04 12,78 146,02 4,71
Abr 30 26,6 12,00 1,00 12,56 134,24 4,47
Mai 31 26,7 11,90 1,02 12,63 139,55 4,50
Jun 30 26,1 11,80 0,98 12,21 122,74 4,09
Jul 31 26,1 11,90 1,02 12,21 127,91 4,13
Ago 31 25,0 12,00 1,03 11,44 109,36 3,53
Set 30 26,9 12,10 1,01 12,78 141,31 4,71
Out 31 27,3 12,20 1,05 13,07 155,79 5,03
Nov 30 27,7 12,30 1,03 13,36 160,72 5,36
Dez 31 27,8 12,40 1,07 13,43 169,76 5,48
Fonte: Os autores, excel 2023
Tabela: Comparação dos dados Estimados de Evapotranspiração Estimado MÉTODO DE
THORNTHWAITE

e valores medidos por norma climatologicas


Mes Evaporação Estimado Evaporação medido por Evapotranspiração Evapotranspiração medido
nome climatologica Estimado por nome climatologica
MÉTODO DE
THORNTHWAITE

Janeiro 189,189 144,1 182,8


159,29
Fevereiro 169,495 118,7 164,3
142,70
Março 156,555 86,8 159,5
146,02
Abril 138,812 71,6 173,0
134,24
Maio 153,146 87,2 159,0
139,55
Junho 151,689 96,1 142,7
122,74
Julho 171,348 137,1 145,1
127,91
Agosto 203,863 175,0 151,2
109,36
Setembro 218,557 185,0 170,0
141,31
Outubro 233,488 194,0 157,2
155,79
Novembro 225,403 207,4 172,6
160,72
Dezembro 214,688 199,9 175,1
169,76
Fonte: Os autores.

Grafico: 1 Comparação dos valores de Evaporação estimados com os valores medido por norma
climatológica

250

200
Evaporação Estimado
150

100 Evaporação medido


por nome
50 climatologica

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
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Grafico: 2 Comparação dos valores de Evapotranspiração pelo MÉTODO DE THORNTHWAITE


estimados com os valores medido por norma climatológica.

4. 5 ESCOAMENTO SUPERFICIAL
4. 5 . 1 Método de Snyder

Para este método, usou-se os dados que tinhamos encontrado previamente nos pontos
anteriores utilizando o progrma ArcGis que são:

Area = 182,7155 km^2


L = 30.87 km
Lc = 43,74 km
Ct = 1.5 (VALOR ADOTADO)
Cp = 0.63 (VALOR ADOTADO)

Com os dados acima, encontrou-se o tempo de pico inical, Duração da chuva revisado,
tempo de pico revisado, tempo de base e vazão de pico pq, considerando esse tempo para
pequenas bacias e considerando o tempo de duração de 1h incial.
Tabela: Dados da bacia hidrográfica com os cálculos feitos

Fonte: Os autores, excel, 2023


Depois de achado os calculos, foi possivel pilotar o hidrograma sintético para os dados acima.

Figura: Histograma sintético pelo método de Snyder

Fonte: Os autores.2023
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4. 5 . 2 Método SCS

Para esse método foi considerado um CN = 39 que é um parametro que leva em


consideração o tipo de solo e qual a finalidad do solo usou-se os dados que tinhamos
encontrado previamente nos pontos anteriores que são:
Area = 182,7155 km^2
L = 3087 m
y = 2% m
Duração da chuva inicial = 0.25
Constante H = 1.67
Com os parâmetros pré encontrados assim como no método de snyder, foi encontrado
o número da curva CN, Capac de armazenamento da camada superior do solo S, tempo de
pico, tempo de pico relativo, tempo de concentração, vazão de pico, tempo de recessão e tem-
po de base:

Tabela: Dados da bacia hidrográfica com os cálculos feitos

Fonte: Os autores, excel, 2023


Figura: Histograma sintético pelo método de SCS
4.6 BALANÇO HÍDRICO

Com base nos dados de precipitações e as correções de falhas de precipitações foi


tirado alguns meses para gerar assim a tabela.
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Gráfico – Curva de garantia para Q90 do Açude de Pacajus

Fonte, os autores
5. CONCLUSÃO

Pode-se concluir que o Açude de Pacajus tem uma área favorável e relativamente
pequena comparada a outros açudes, sem muitas declividades o que não ajuda na elevação de
seus índices pluviométricos principalmente no escoamento da água da chuva e também nos
recursos hídricos da região. Além disso, podemos concluir que a bacia estudada é um tipo de
bacia muito alongada, estando menos sujeita à inundações. Possui uma drenagem pobre e a
sinuosidade bem elevada.

A análise de precipitação média por diversos métodos foi importante por permitir o
conhecimento de técnicas diferentes para obtenção dos mesmos parâmetros. Também foi pos-
sível concluir que o método de Thiessen e das Isoietas são bons métodos e a diferença entre
eles é pouco significativa. Quanto ao método da média aritmética, embora seja um método
bem mais simples de realizar, trouxe bons resultados e a margem de erro baixa em relação aos
outros métodos.

Ao tratarmos de escoamento superficial de uma bacia é importante ressaltar que o mé-


todo SCS é uma abordagem simplificada e pode apresentar limitações em algumas situações,
especialmente em bacias hidrográficas com características complexas. Portanto, é recomenda-
do o uso de métodos mais avançados e modelos hidrológicos para análises mais precisas e
detalhadas do escoamento superficial. Por outro lado, o método de Snyder também é uma
abordagem simplificada mais que assume a linearidade e a invariabilidade no tempo do hidro-
grama unitário. Portanto, é mais adequado para bacias hidrográficas pequenas a médias e para
eventos de chuva de curta duração. Em bacias de maior porte e eventos de chuva mais longos,
outros métodos e modelos hidrológicos mais complexos podem ser necessários para uma aná-
lise mais precisa.

Ao longo do trabalho, nos deparamos com algumas dificuldades para obtenção de al-
guns dados e realização dos cálculos, o que poderá afetar alguns pontos do trabalho deixando
algumas margens de erro, mas acreditamos que não tenha afetado drasticamente todo o traba-
lho feito.
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6. REFERENCIAS

 Comitê de Bacia Hidrográfica da Baía da Ilha Grande < CBH BIG > Acessado em 23
de Novembro de 2023
 COLLISCHONN, W. DORNELLES, F. Hidrologia para Engenharia e Ciências
Ambientais. 2ª ed. Porto Alegre: ABRH, 2013.
 PINTO, N. L. de S. Hidrologia básica. 1.ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1998
 Processamento dos dados SRTM disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/265794798_Delimitacao_automatica_da_m
icrobacia_hidrografica_do_Rio_das_Lontras_atraves_de_dados_SRTM#pf4> Acesso
em 2023.
 Cálculo de precipitação média utilizando método de Thiessen disponivel em:
<https://www.scielo.br/j/ambiagua/a/sdNHVHFwqXBgsTRG5KsR6BK/?lang=ptfile://
/C:/Users/Am%C3%A9lia/Downloads/Capitulo%2003_Evaporacao%20e%20ETP.pdf
> Acessado em 2023

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