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CLIMATOLOGIA
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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
CLIMATOLOGIA
DOCENTE
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................4
1.1. Objectivos.....................................................................................................................4
1.2. Metodologia.................................................................................................................4
3. Mudanças climáticas..........................................................................................................12
4. Conclusão..........................................................................................................................14
5. Bibliografias......................................................................................................................15
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1. Introdução
Portanto, debruçando sobre o clima, somos remetidos a abordar sobre as mudanças climáticas
que são uma realidade inegável e resultam, sobretudo, das acções humanas (antropogénicos).
Estas mudanças colocam em sério perigo a saúde humana e de outros seres vivos existentes
no planeta Terra. As manifestações dessas mudanças ocorrerem em múltiplos sectores e aos
diferentes níveis.
Alguns dos efeitos das mudanças climáticas já se fazem sentir em Moçambique, incluindo a
ocorrência com relativa frequência de eventos climáticos, como vagas de calor e de frio, secas
e cheias. Apesar de Moçambique não ser grande tributário das mudanças climáticas globais,
tem corroborado em incitativas e esforços internacionais de forma activa.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Conhecer a classificação climática e os climas da terra.
1.1.2. Objectivos específicos
Demonstrar a classificação climática em diferentes vertentes;
Caracterizar os climas da terra;
Descrever as mudanças climáticas;
Identificar as causas das mudanças climáticas
Indicar as consequências das mudanças climáticas.
1.2. Metodologia
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2. Classificação climática e climas da terra
2.1. Clima (conceito)
O clima pode ser entendido como as condições atmosféricas médias de uma região (Rolim et
al., 2007).
A classificação climática visa identificar em uma grande área ou região, zonas com
características climáticas e biogeográficas relativamente homogéneas fornecendo indicações
valiosas sobre as condições ecológicas, suas potencialidades agrícolas e o meio ambiente da
região (Andrade Júnior et al., 2005).
De acordo com Barros al. (2012) a classificação de Köppen-Geiger é o sistema mais utilizado
em geografia, climatologia e ecologia. A classificação é baseada no pressuposto, com origem
na fitossociologia e na ecologia, de que a vegetação natural de cada grande região da Terra é
essencialmente uma expressão do clima que nela prevalecente.
De acordo com Barros et al. (2012), Thornthwaite deu uma grande contribuição ao introduzir
ainda, além da precipitação pluviométrica e temperatura do ar, a evapotranspiração potencial
como elemento de classificação climática. Para ele não seria possível caracterizar o clima em
seco ou húmido, analisando apenas a pluviometria, mas também a relacionando com as
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necessidades hídricas ou água necessária para suprir a demanda de evapotranspiração. Além
disso, tinha a preocupação comum de Köppen, de levar em conta o clima ecológico, mas
representa um maior esforço de sistematização por meio de fórmulas de evapotranspiração
potencial e real, constituindo aspecto inovador e construtivo para a classificação climática.
Portanto, a classificação climática de Thornthwaite apoia-se em duas grandezas principais que
são funções directas da evapotranspiração potencial: o índice efectivo de humidade e o índice
de eficiência térmica (Ometto, 1981).
Assim, este SCC é considerado um método mais refinado que o de Köppen para aplicações
agrícolas (TREWARTHA, 1954). O mesmo autor, entretanto, critica que a evapotranspiração
potencial utilizada no SCC é estimada em geral somente pela temperatura devido à falta de
disponibilidade de medidas dos outros elementos meteorológicos. Dessa forma, isso faz com
que o SCC de Thornthwaite não traga melhorias na definição dos climas em comparação à de
Köppen, sendo ainda, um sistema muito mais complexo e de difícil entendimento. BALLING
(1984), entretanto, verificou que o sistema de Thornthwaite trouxe uma sensibilidade muito
maior na definição dos climas nos Estados Unidos e que a quantidade de elementos
meteorológicos e de estações meteorológicas levados em consideração, define o grau de
abrangência e de sensibilidade dos SCC. Sendo assim, este autor propõe a utilização de
classificações baseadas em análise de cluster (TYRON, 1939) em que é possível a
determinação numérica da similaridade entre os climas, considerando mais elementos
meteorológicos ao mesmo tempo.
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é baseada no pressuposto, com origem na fitossociologia e na ecologia, de que a vegetação
natural de cada grande região da Terra é essencialmente uma expressão do clima nela
prevalecente.
Assim, as fronteiras entre regiões climáticas foram seleccionadas para corresponder, tanto
quanto possível, às áreas de predominância de cada tipo de vegetação, razão pela qual a
distribuição global dos tipos climáticos e a distribuição dos biomas apresenta elevada
correlação. Na determinação dos tipos climáticos de Köppen-Geiger são considerados a
sazonalidade e os valores médios anuais e mensais da temperatura do ar e da precipitação [2] .
Cada grande tipo climático é denotado por um código, constituído por letras maiúsculas e
minúsculas, cuja combinação denota os tipos e subtipos considerados. Contudo, a
classificação de Köppen-Geiger, em certos casos não distingue entre regiões com biomas
muito distintos, pelo que têm surgido classificações delas derivadas, a mais conhecida das
quais é a classificação climática de Trewartha.
Primeira letra: uma maiúscula ("A", "B", "C", "D", "E") que denota a característica
geral do clima de uma região, constituindo o indicador do grupo climático (em
grandes linhas, os climas mundiais escalonam-se de "A" a "E", indo do equador aos
pólos);
Segunda letra: uma minúscula, que estabelece o tipo de clima dentro do grupo, e
denota as particularidades do regime pluviométrico, isto é a quantidade e distribuição
da precipitação (apenas utilizada caso a primeira letra seja "A", "C" ou "D"). Nos
grupos cuja primeira letra seja "B" ou "E", a segunda letra é também uma maiúscula,
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denotando a quantidade da precipitação total anual (no caso "B") ou a temperatura
média anual do ar (no caso "E");
Terceira letra: minúscula, denotando a temperatura média mensal do ar dos meses
mais quentes (nos casos em que a primeira letra seja "C" ou "D") ou a temperatura
média anual do ar (no caso da primeira letra ser "B").
A terceira letra utiliza-se para distinguir climas com diferentes variações de temperatura do ar,
definindo-se com ela subtipos para os climas dos grupos B, C e D:
Da combinação da primeira e segunda letra dos códigos acima descritos obtém-se os seguintes
tipos climáticos:
Os tipos de clima na Terra determinam as paisagens em cada região. Alguns deles são:
subtropical, mediterrâneo, semiárido, polar, etc. A variação climática na Terra é decorrente da
junção de vários factores, entre eles: latitude, altitude, circulação de massas de ar, pressão e
correntes marítimas. Abaixo estão alguns dos tipos climáticos do planeta e sua ocorrência:
a) Equatorial
Clima quente e húmido durante o ano todo, em regiões localizadas próximas à linha do
Equador, com temperatura média anual de 25°C e chuvas com médias acima de 2.000 mm
anual.
b) Tropical
Clima quente com variações de humidade com localização entre os trópicos de Câncer e
Capricórnio, podendo ser mais seco (tropical seco) ou mais chuvoso (tropical húmido).
Temperaturas médias de 20°C e precipitações de 1.000 a 2.000 mm bem distribuídas durante
o ano, mas com mais concentração no verão.
c) Subtropical
Clima quente e frio com estações mais definidas, em que o verão é quente (média 20-25°C) e
o inverno mais rigoroso (0-10°C). Precipitações médias de 1.000 mm a 1.500 mm distribuídas
ao longo do ano.
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d) Mediterrâneo
Clima com verões quentes (média 25°C) e invernos brandos (0-15°C). As chuvas acontecem
no inverno e o verão é quente e seco, com médias variando de 500 a 1.000 mm.
e) Desértico
Clima muito quente durante o dia, com média de 30°C, e noites com temperaturas frias, pois a
amplitude térmica é bem alta (15-20°C). As chuvas são raras e podem demorar anos para
acontecer. A humidade do ar é muito baixa, aproximadamente de 15%.
f) Semiárido
Clima quente durante todo o dia, com média de 25°C. Chuvas escassas com média de 300 mm
ao ano. Humidade do ar baixa, mas mais alta que no clima desértico, cerca de 40%.´
g) Temperado
Clima com invernos frios (-5°C) e verões amenos (15°C). Precipitações anuais médias entre
1.000 a 2.000 mm.
Frio constante durante todo o ano em razão das altas altitudes das montanhas, com médias
anuais de 0°C e abaixo de zero, com presença de neve constante em altitudes mais elevadas.
Precipitações anuais médias de 1.500 mm.
i) Polar
Frio extremo com temperaturas sempre abaixo de 0°C, com humidade do ar muito alta em
face da constante presença de neve o ano todo.
3. Mudanças climáticas
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3.1. Causas antropogénicos
É importante ressaltar que o CO2 não é o único gás de efeito estufa que vem aumentando em
concentração na atmosfera em virtude das actividades humanas. Há também aumento das
concentrações de metano, óxidos de nitrogénio, ozónio troposférico e vapor d´água.
Derretimento das calotas polares, com aumento do nível médio do mar e inundação de regiões
mais baixas. A evaporação nas regiões equatoriais irá aumentar e por consequência os
sistemas meteorológicos, como furacões e tempestades tropicais, ficarão mais ativos. Além
disso, deverá haver aumento da incidência de doenças tropicais, tais como malária, dengue e
febre-amarela.
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4. Conclusão
Saber o clima de uma determina região é importante por diversos motivos, dentre os quais
figura o cultivo. Se alguém quiser plantar um tipo de planta num local, antes é importante
saber o clima ali e ver se ele atende as condições necessárias para o que essa planta precisa.
Contudo, no planeta Terra existem diversos climas. Os cientistas do clima criaram alguns
sistemas de classificação, de acordo com as principais características de cada um. Um dos
mais aceitos e usados é o modelo de classificação climática de Köppen. Sua classificação está
baseada em cinco tipos de climas (com subdivisões) e levou em consideração as chuvas, tipos
de vegetação e temperaturas.
Portanto, o Clima sendo conjunto de condições médias de temperatura e ambiente num lugar,
ao longo de muitos anos está sujeito a mudanças provocadas pelo Homem. A mudança
climática é uma mudança nessas condições médias. A rápida mudança climática que estamos
vendo agora é causada pelo uso humano de petróleo, gás e carvão para casas, fábricas e
transporte.
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5. Bibliografias
Barcellos, C. et al. Mudanças climáticas e ambientais e as doenças infecciosas:
cenários e incertezas para o Brasil. Epidemiol. Sev. Saúde Brasília, v. 18, n.3, p. 285-
304, 2009.
Bernardi, M. Global climate change: a feasibility perspective of its effect on human
health at a local scale. Geospatial Health, v. 2, n.2, p. 137-150, 2008.
Barros, A. H. C.; Araújo Filho, J. C. de; Silva, A. B. da; Santiago. G. A. C. F.
Climatologia do Estado de Alagoas. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento n.211.
Recife: Embrapa Solos, 32p. 2012.
Burgos, J.J. Agroclimatic classifications and representations: report of the
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purposes. Varsovia: WMO, Comission for Agricultural Meteorology, 1958. (CaM
II/Doc.18)
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=16801300 Contributors: Alchimista,
Angrense, DCandido, Dante Raglione, Darwinius,
Köppen, W.; Geiger, R. Klimate der Erde. Gotha: Verlagcondicionadas. Justus
Perthes. n.p. 1928.
Lakatos. E. M. e Marconi. M. Metodologia de trabalho Cientifico. Editora Atlas, São
Paulo. 1992.
Rolim, G. de S.; Camargo, M. B. P. de; Lania, D. G.; Moraes, J. F. L. de.
Classificação climática de Köppen e de Thornthwaite e sua aplicabilidade na
determinação de zonas agroclimáticas para o Estado de São Paulo. Bragantia, v.66,
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Ometto, J. C. Bioclimatologia vegetal. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres Ltda., 413p.
1981.
TREWARTHA, G.T. An Introduction to Climate. New York: McGraw-Hill, 1954.
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Thornthwaite, C. W. An approach toward a rational classification of climate. Geogr.
Ver., v.38, p.55-94, 1948.
Tyron, R. C. Cluster Analysis. Ann Arbor, MI: EdwardsBrothers.1939. 422p.
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