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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

UNIDADE ORGÂNICA DE CHIMOIO

MIQUILINA CONDE MELO

CLIMATOLOGIA

LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

CHIMOIO, MARÇO, 2023

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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

UNIDADE ORGÂNICA DE CHIMOIO

CLIMATOLOGIA

DOCENTE

MSC: AALEXANDRE TIQUE


REALIZADO POR

MIQUILINA CONDE MELO

LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

CHIMOIO, MARÇO, 2023

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Índice
1. Introdução............................................................................................................................4

1.1. Objectivos.....................................................................................................................4

1.1.1. Objectivo geral......................................................................................................4

1.1.2. Objectivos específicos..........................................................................................4

1.2. Metodologia.................................................................................................................4

2. Classificação climática e climas da terra.............................................................................5

2.1. Clima (conceito)...........................................................................................................5

2.2. Classificação climática.................................................................................................5

2.2.1. Classificação climática de Thornthwaite..............................................................5

2.2.2. Classificação climática de Köppen.......................................................................6

2.2.2.1. Estrutura geral da classificação.........................................................................7

2.2.3. Tipos e subtipos climáticos.................................................................................10

2.3. Climas da Terra..........................................................................................................11

3. Mudanças climáticas..........................................................................................................12

3.1. Causas antropogénicos...............................................................................................13

3.2. E quais são/serão as principais consequências do aquecimento global?....................13

4. Conclusão..........................................................................................................................14

5. Bibliografias......................................................................................................................15

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1. Introdução

Os sistemas de classificações climáticas (SCC) são de grande importância, pois, analisam e


definem os climas das diferentes regiões levando em consideração vários elementos
climáticos ao mesmo tempo, facilitando a troca de informações e análises posteriores para
diferentes objectivos.

As classificações climáticas são métodos empregados na identificação e caracterização de


tipos climáticos, apresentando aplicações em várias áreas que dependem directa ou
indirectamente das condições ambientais.

Portanto, debruçando sobre o clima, somos remetidos a abordar sobre as mudanças climáticas
que são uma realidade inegável e resultam, sobretudo, das acções humanas (antropogénicos).
Estas mudanças colocam em sério perigo a saúde humana e de outros seres vivos existentes
no planeta Terra. As manifestações dessas mudanças ocorrerem em múltiplos sectores e aos
diferentes níveis.

Alguns dos efeitos das mudanças climáticas já se fazem sentir em Moçambique, incluindo a
ocorrência com relativa frequência de eventos climáticos, como vagas de calor e de frio, secas
e cheias. Apesar de Moçambique não ser grande tributário das mudanças climáticas globais,
tem corroborado em incitativas e esforços internacionais de forma activa.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Conhecer a classificação climática e os climas da terra.
1.1.2. Objectivos específicos
 Demonstrar a classificação climática em diferentes vertentes;
 Caracterizar os climas da terra;
 Descrever as mudanças climáticas;
 Identificar as causas das mudanças climáticas
 Indicar as consequências das mudanças climáticas.
1.2. Metodologia

A metodologia usada para a materialização do presente trabalho foi o método bibliográfico,


que na óptica de Lakatos (1992) “consiste em colocar o pesquisador em contacto directo com
tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre um dado assunto”.

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2. Classificação climática e climas da terra
2.1. Clima (conceito)

O clima pode ser entendido como as condições atmosféricas médias de uma região (Rolim et
al., 2007).

O termo “clima” refere-se, de acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa de Almeida


Costa; Sampaio e Melo (1987),

“ao conjunto de fenómenos meteorológicos que caracterizam o estado médio da


atmosfera numa dada região, meio ou ambiente”.

2.2. Classificação climática

A classificação climática visa identificar em uma grande área ou região, zonas com
características climáticas e biogeográficas relativamente homogéneas fornecendo indicações
valiosas sobre as condições ecológicas, suas potencialidades agrícolas e o meio ambiente da
região (Andrade Júnior et al., 2005).

De acordo com Barros al. (2012) a classificação de Köppen-Geiger é o sistema mais utilizado
em geografia, climatologia e ecologia. A classificação é baseada no pressuposto, com origem
na fitossociologia e na ecologia, de que a vegetação natural de cada grande região da Terra é
essencialmente uma expressão do clima que nela prevalecente.

Assim, as regiões climáticas são caracterizadas para corresponder às áreas de predominância


de cada tipo de vegetação. No entanto, essa classificação em certos casos não distingue
regiões com biomas muito distintos (Köppen & Geiger, 1928).

Os sistemas de classificações climáticas (SCC) são de grande importância, pois, analisam e


definem os climas das diferentes regiões levando em consideração vários elementos
climáticos ao mesmo tempo, facilitando a troca de informações e análises posteriores para
diferentes objectivos.

2.2.1. Classificação climática de Thornthwaite

De acordo com Barros et al. (2012), Thornthwaite deu uma grande contribuição ao introduzir
ainda, além da precipitação pluviométrica e temperatura do ar, a evapotranspiração potencial
como elemento de classificação climática. Para ele não seria possível caracterizar o clima em
seco ou húmido, analisando apenas a pluviometria, mas também a relacionando com as
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necessidades hídricas ou água necessária para suprir a demanda de evapotranspiração. Além
disso, tinha a preocupação comum de Köppen, de levar em conta o clima ecológico, mas
representa um maior esforço de sistematização por meio de fórmulas de evapotranspiração
potencial e real, constituindo aspecto inovador e construtivo para a classificação climática.
Portanto, a classificação climática de Thornthwaite apoia-se em duas grandezas principais que
são funções directas da evapotranspiração potencial: o índice efectivo de humidade e o índice
de eficiência térmica (Ometto, 1981).

No SCC de Thornthwaite (THORNTHWAITE,1948), a planta não é vista como um


instrumento de integração dos elementos climáticos, e sim, como simplesmente um meio
físico pelo qual é possível transportar água do solo para a atmosfera. Dessa forma, um tipo de
clima é definido como seco ou húmido relacionado às necessidades hídricas das plantas, ou
seja, dependente de um balanço hídrico.

Assim, este SCC é considerado um método mais refinado que o de Köppen para aplicações
agrícolas (TREWARTHA, 1954). O mesmo autor, entretanto, critica que a evapotranspiração
potencial utilizada no SCC é estimada em geral somente pela temperatura devido à falta de
disponibilidade de medidas dos outros elementos meteorológicos. Dessa forma, isso faz com
que o SCC de Thornthwaite não traga melhorias na definição dos climas em comparação à de
Köppen, sendo ainda, um sistema muito mais complexo e de difícil entendimento. BALLING
(1984), entretanto, verificou que o sistema de Thornthwaite trouxe uma sensibilidade muito
maior na definição dos climas nos Estados Unidos e que a quantidade de elementos
meteorológicos e de estações meteorológicas levados em consideração, define o grau de
abrangência e de sensibilidade dos SCC. Sendo assim, este autor propõe a utilização de
classificações baseadas em análise de cluster (TYRON, 1939) em que é possível a
determinação numérica da similaridade entre os climas, considerando mais elementos
meteorológicos ao mesmo tempo.

2.2.2. Classificação climática de Köppen

Köppen-Geiger, mais conhecida por classificação climática de Köppen, é o sistema de


classificação global dos tipos climáticos mais utilizada em geografia, climatologia e ecologia.
A classificação foi proposta em 1900 pelo climatologista alemão Wladimir Köppen, tendo
sido por ele aperfeiçoada em 1918, 1927 e 1936 com a publicação de novas versões,
preparadas em colaboração com Rudolf Geiger (daí o nome Köppen-Geiger). A classificação

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é baseada no pressuposto, com origem na fitossociologia e na ecologia, de que a vegetação
natural de cada grande região da Terra é essencialmente uma expressão do clima nela
prevalecente.

Assim, as fronteiras entre regiões climáticas foram seleccionadas para corresponder, tanto
quanto possível, às áreas de predominância de cada tipo de vegetação, razão pela qual a
distribuição global dos tipos climáticos e a distribuição dos biomas apresenta elevada
correlação. Na determinação dos tipos climáticos de Köppen-Geiger são considerados a
sazonalidade e os valores médios anuais e mensais da temperatura do ar e da precipitação [2] .
Cada grande tipo climático é denotado por um código, constituído por letras maiúsculas e
minúsculas, cuja combinação denota os tipos e subtipos considerados. Contudo, a
classificação de Köppen-Geiger, em certos casos não distingue entre regiões com biomas
muito distintos, pelo que têm surgido classificações delas derivadas, a mais conhecida das
quais é a classificação climática de Trewartha.

BURGOS (1958) concluiu que classificações descritivas como a de Köppen trazem


informações mais adaptadas a estudos geográficos e climatológicos do que agro-
meteorológicos, pois necessita de poucos parâmetros, simplificando demais situações
complexas da relação do clima com a produtividade de culturas agrícolas. Entretanto, ainda
poucos estudos trazem informações quantitativas da relação da classificação e sua
aplicabilidade em estudos agro-meteorológicos.

2.2.2.1. Estrutura geral da classificação

A classificação climática de Köppen-Geiger divide os climas em 5 grandes grupos ("A", "B",


"C", "D", "E") e diversos tipos e subtipos. Cada clima é representado por um conjunto
variável de letras (com 2 ou 3 caracteres) com a seguinte significação:

 Primeira letra: uma maiúscula ("A", "B", "C", "D", "E") que denota a característica
geral do clima de uma região, constituindo o indicador do grupo climático (em
grandes linhas, os climas mundiais escalonam-se de "A" a "E", indo do equador aos
pólos);
 Segunda letra: uma minúscula, que estabelece o tipo de clima dentro do grupo, e
denota as particularidades do regime pluviométrico, isto é a quantidade e distribuição
da precipitação (apenas utilizada caso a primeira letra seja "A", "C" ou "D"). Nos
grupos cuja primeira letra seja "B" ou "E", a segunda letra é também uma maiúscula,
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denotando a quantidade da precipitação total anual (no caso "B") ou a temperatura
média anual do ar (no caso "E");
 Terceira letra: minúscula, denotando a temperatura média mensal do ar dos meses
mais quentes (nos casos em que a primeira letra seja "C" ou "D") ou a temperatura
média anual do ar (no caso da primeira letra ser "B").

Um resumo global sinóptico das classificações é dado pelo seguinte quadro:

Classificação climática de Köppen-Geiger


Temperatura do ar Precipitação
T F M S W f m w s
A Tropical Equatorial Monções Savana, Savana, chuva
Af Am chuva de Inverno As
de Verão Aw
B Árido Estepário Desértico
BS BW
C Temperado Subtropical Pampeano Mediterrânico
Cfa, Cwa, Cwb Csa, Csb
Oceânico
Cfb
D Continental Continental Manchurian
Dfa, Dfb, o
Subártico Dwa, Dwb
Dfc, Dfd
E Glacial Tundra Polar Alpino
ET EF EM

a) A primeira letra (indicador de grupo)

O significado de cada uma das primeiras letras utilizadas é o seguinte:

Códig Tipo Descrição


o
A Clima tropical • Climas megatérmicos
• Temperatura média do mês mais frio do ano > 18°C
• Estação invernosa ausente
• Forte precipitação anual (superior à evapotranspiração potencial anual)
B Clima árido • Climas secos (precipitação anual inferior a 500 mm)
• Evapotranspiração potencial anual superior à precipitação anual
• Não existem cursos de água permanentes
C Clima temperado ou • Climas mesotérmicos
Clima temperado quente • Temperatura média do ar dos 3 meses mais frios compreendidas entre -
3°C e 18°C
• Temperatura média do mês mais quente > 10°C
• Estações de Verão e Inverno bem definidas
D Clima continental • Climas microtérmicos
ou Clima temperado frio • Temperatura média do ar no mês mais frios < -3°C
• Temperatura média do ar no mês mais quente > 10°C
• Estações de Verão e Inverno bem definidas
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E Clima glacial • Climas polares e de alta montanha
• Temperatura média do ar no mês mais quente < 10°C
• Estação do Verão pouco definida ou inexistente.

b) A segunda letra (indicador de tipo)

O significado de cada uma das segundas letras utilizadas é o seguinte:

Código Descrição Aplica-se ao


grupo
S • Clima das estepes B
• Precipitação anual total média compreendida entre 380 e 760 mm
W • Clima desértico B
• Precipitação anual total média < 250 mm
f • Clima húmido A-C-D
• Ocorrência de precipitação em todos os meses do ano
• Inexistência de estação seca definida
w • Chuvas de Verão A-C-D
s • Chuvas de Inverno A-C-D
w` • Chuvas de Verão-outono A-C-D
s` • Chuvas de Inverno-outono A-C-D
m • Clima de monção: A
• Precipitação total anual média > 1500 mm
• Precipitação do mês mais seco < 60 mm
T • Temperatura média do ar no mês mais quente compreendida entre 0 e E
10°C
F • Temperatura média do mês mais quente < 0°C E
M • Precipitação abundante E
• Inverno pouco rigoroso

c) A terceira letra (indicador de subtipo)

A terceira letra utiliza-se para distinguir climas com diferentes variações de temperatura do ar,
definindo-se com ela subtipos para os climas dos grupos B, C e D:

Código Descrição Aplica-se


aos
grupos
a : Verão quente • Temperatura média do ar no mês mais quente > 22°C C-D
b : Verão temperado • Temperatura média do ar no mês mais quente < 22°C C-D
• Temperaturas médias do ar nos 4 meses mais quentes > 10°C
c : Verão curto e • Temperatura média do ar no mês mais quente < 22°C C-D
fresco • Temperaturas médias do ar > 10°C durante menos de 4 meses
• Temperatura média do ar no mês mais frio > -38°C
d : Inverno muito frio • Temperatura média do ar no mês mais frio < -38°C D
h : seco e quente • Temperatura média anual do ar > 18°C B
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• Deserto ou semideserto quente (temperatura anual média do ar
igual ou superior a 18°C)
k : seco e frio • Temperatura media anual do ar < 18°C B
• Deserto ou semideserto frio (temperatura anual média do ar
inferior a 18°C)

2.2.3. Tipos e subtipos climáticos

Da combinação da primeira e segunda letra dos códigos acima descritos obtém-se os seguintes
tipos climáticos:

 A: Clima tropical — climas megatérmicos das regiões tropicais e subtropicais


 Af: clima tropical húmido ou clima equatorial
 Am: clima de monção
 Aw : clima tropical com estação seca de Inverno
 As: clima tropical com estação seca de Verão
 B: Clima árido — climas das regiões áridas e dos desertos das regiões subtropicais e
de média latitude.
 BS : clima das estepes
 BSh : clima das estepes quentes de baixa latitude e altitude
 BSk : clima das estepes frias de média latitude e grande altitude
 BW : clima desértico
 BWh : clima das regiões desérticas quentes de baixa latitude e altitude
 BWk : clima das regiões desérticas frias das latitudes médias ou de grande
altitude
 C: Clima oceânico — climas das regiões oceânicas e marítimas e das regiões costeiras
ocidentais dos continentes
 Cf : clima temperado húmido sem estação seca
 Cfa : clima temperado húmido com Verão quente
 Cfb : clima temperado húmido com Verão temperado
 Cfc : clima temperado húmido com Verão curto e fresco
 Cw : clima temperado húmido com Inverno seco
 Cwa : clima temperado húmido com Inverno seco e Verão quente
 Cwb : clima temperado húmido com Inverno seco e Verão temperado
 Cwc : clima temperado húmido com Inverno seco e Verão curto e fresco
 Cs : clima temperado húmido com Verão seco (clima mediterrânico)
 Csa : clima temperado húmido com Verão seco e quente
 Csb : clima temperado húmido com Verão seco e temperado
 Csc : clima temperado húmido com Verão seco, curto e fresco
 D: Clima continental ou climas temperados frios — clima das grandes regiões
continentais de média e alta latitude
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• Df : clima temperado frio sem estação seca
• Dfa : clima temperado frio sem estação seca e com Verão quente
• Dfb : clima temperado frio sem estação seca e com Verão temperado
• Dfc : clima temperado frio sem estação seca e com Verão curto e fresco
• Dfd : clima temperado frio sem estação seca e com Inverno muito frio
• Dw : clima temperado frio com Inverno seco
• Dwa : clima temperado frio com Inverno seco e com Verão quente
• Dwb : clima temperado frio com Inverno seco e com Verão temperado
• Dwc : clima temperado frio com Inverno seco e com Verão curto e fresco
• Dwd : clima temperado frio com Inverno seco e muito frio
• E: Clima glacial — clima das regiões circumpolares e das altas montanhas
• ET : clima de tundra
• EF : clima das calotes polares
• EM : clima das altas montanhas
2.3. Climas da Terra

Os tipos de clima na Terra determinam as paisagens em cada região. Alguns deles são:
subtropical, mediterrâneo, semiárido, polar, etc. A variação climática na Terra é decorrente da
junção de vários factores, entre eles: latitude, altitude, circulação de massas de ar, pressão e
correntes marítimas. Abaixo estão alguns dos tipos climáticos do planeta e sua ocorrência:

a) Equatorial

Clima quente e húmido durante o ano todo, em regiões localizadas próximas à linha do
Equador, com temperatura média anual de 25°C e chuvas com médias acima de 2.000 mm
anual.

b) Tropical

Clima quente com variações de humidade com localização entre os trópicos de Câncer e
Capricórnio, podendo ser mais seco (tropical seco) ou mais chuvoso (tropical húmido).
Temperaturas médias de 20°C e precipitações de 1.000 a 2.000 mm bem distribuídas durante
o ano, mas com mais concentração no verão.

c) Subtropical

Clima quente e frio com estações mais definidas, em que o verão é quente (média 20-25°C) e
o inverno mais rigoroso (0-10°C). Precipitações médias de 1.000 mm a 1.500 mm distribuídas
ao longo do ano.

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d) Mediterrâneo

Clima com verões quentes (média 25°C) e invernos brandos (0-15°C). As chuvas acontecem
no inverno e o verão é quente e seco, com médias variando de 500 a 1.000 mm.

e) Desértico

Clima muito quente durante o dia, com média de 30°C, e noites com temperaturas frias, pois a
amplitude térmica é bem alta (15-20°C). As chuvas são raras e podem demorar anos para
acontecer. A humidade do ar é muito baixa, aproximadamente de 15%.

f) Semiárido

Clima quente durante todo o dia, com média de 25°C. Chuvas escassas com média de 300 mm
ao ano. Humidade do ar baixa, mas mais alta que no clima desértico, cerca de 40%.´

g) Temperado

Clima com invernos frios (-5°C) e verões amenos (15°C). Precipitações anuais médias entre
1.000 a 2.000 mm.

h) Frio de montanha ou de altitude:

Frio constante durante todo o ano em razão das altas altitudes das montanhas, com médias
anuais de 0°C e abaixo de zero, com presença de neve constante em altitudes mais elevadas.
Precipitações anuais médias de 1.500 mm.

i) Polar

Frio extremo com temperaturas sempre abaixo de 0°C, com humidade do ar muito alta em
face da constante presença de neve o ano todo.

3. Mudanças climáticas

As designações “mudanças climáticas” ou “alterações climáticas” referem-se às variações


regionais ou globais do clima ao longo do tempo observadas na Terra, devido à variabilidade
natural ou como resultado das acções humanas (BARCELLOS et al., 2009; BERNARDI,
2008).

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3.1. Causas antropogénicos

Considerando os avanços científicos sintetizados pelos relatórios do IPCC e os estudos


recentes observacionais e de modelagem sobre a variabilidade climática de longo prazo e
mudanças climáticas futuras, chega-se à conclusão de que o clima, de fato, está mudando
global e regionalmente.

As mudanças climáticas antropogénicas estão associadas às actividades humanas pelo


aumento da poluição por queima de combustíveis fósseis, queimadas, desmatamento,
formação de ilhas de calor etc. Com isso, há também um crescente aumento da temperatura
global, como pode ser observado na Figura 2, que apresenta a variação da temperatura global
média desde 1860 em relação ao período de 1951-1980. Da mesma forma, também há um
aumento médio global da temperatura da superfície do mar.

Os países desenvolvidos são os principais emissores de dióxido de carbono na atmosfera,


todavia, em alguns países em desenvolvimento, é também grande a quantidade de emissão de
dióxido de carbono por mudanças no uso do solo.

É importante ressaltar que o CO2 não é o único gás de efeito estufa que vem aumentando em
concentração na atmosfera em virtude das actividades humanas. Há também aumento das
concentrações de metano, óxidos de nitrogénio, ozónio troposférico e vapor d´água.

3.2. E quais são/serão as principais consequências do aquecimento global?

Derretimento das calotas polares, com aumento do nível médio do mar e inundação de regiões
mais baixas. A evaporação nas regiões equatoriais irá aumentar e por consequência os
sistemas meteorológicos, como furacões e tempestades tropicais, ficarão mais ativos. Além
disso, deverá haver aumento da incidência de doenças tropicais, tais como malária, dengue e
febre-amarela.

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4. Conclusão

Durante a materialização do presente trabalho, percebeu-se que o clima refere-se ao conjunto


das condições atmosféricas que caracterizam uma região.

Saber o clima de uma determina região é importante por diversos motivos, dentre os quais
figura o cultivo. Se alguém quiser plantar um tipo de planta num local, antes é importante
saber o clima ali e ver se ele atende as condições necessárias para o que essa planta precisa.

Contudo, no planeta Terra existem diversos climas. Os cientistas do clima criaram alguns
sistemas de classificação, de acordo com as principais características de cada um. Um dos
mais aceitos e usados é o modelo de classificação climática de Köppen. Sua classificação está
baseada em cinco tipos de climas (com subdivisões) e levou em consideração as chuvas, tipos
de vegetação e temperaturas.

A Classificação Climática de Thornthwaite é um sistema de classificação climática criado


por Charles Warren Thornthwaite, no qual o factor mais importante é
a evapotranspiração potencial e a sua comparação com a precipitação que são típicas de uma
determinada área. Com base nesses dados, são calculados vários índices. 

Portanto, o Clima sendo conjunto de condições médias de temperatura e ambiente num lugar,
ao longo de muitos anos está sujeito a mudanças provocadas pelo Homem. A mudança
climática é uma mudança nessas condições médias. A rápida mudança climática que estamos
vendo agora é causada pelo uso humano de petróleo, gás e carvão para casas, fábricas e
transporte.

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5. Bibliografias
 Barcellos, C. et al. Mudanças climáticas e ambientais e as doenças infecciosas:
cenários e incertezas para o Brasil. Epidemiol. Sev. Saúde Brasília, v. 18, n.3, p. 285-
304, 2009.
 Bernardi, M. Global climate change: a feasibility perspective of its effect on human
health at a local scale. Geospatial Health, v. 2, n.2, p. 137-150, 2008.
 Barros, A. H. C.; Araújo Filho, J. C. de; Silva, A. B. da; Santiago. G. A. C. F.
Climatologia do Estado de Alagoas. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento n.211.
Recife: Embrapa Solos, 32p. 2012.
 Burgos, J.J. Agroclimatic classifications and representations: report of the
applications value of climatic and agroclimatic classification for agricultural
purposes. Varsovia: WMO, Comission for Agricultural Meteorology, 1958. (CaM
II/Doc.18)
 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=16801300 Contributors: Alchimista,
Angrense, DCandido, Dante Raglione, Darwinius,
 Köppen, W.; Geiger, R. Klimate der Erde. Gotha: Verlagcondicionadas. Justus
Perthes. n.p. 1928.
 Lakatos. E. M. e Marconi. M. Metodologia de trabalho Cientifico. Editora Atlas, São
Paulo. 1992.
 Rolim, G. de S.; Camargo, M. B. P. de; Lania, D. G.; Moraes, J. F. L. de.
Classificação climática de Köppen e de Thornthwaite e sua aplicabilidade na
determinação de zonas agroclimáticas para o Estado de São Paulo. Bragantia, v.66,
p.711-720, 2007.
 Ometto, J. C. Bioclimatologia vegetal. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres Ltda., 413p.
1981.
 TREWARTHA, G.T. An Introduction to Climate. New York: McGraw-Hill, 1954.
402p.
 Thornthwaite, C. W. An approach toward a rational classification of climate. Geogr.
Ver., v.38, p.55-94, 1948.
 Tyron, R. C. Cluster Analysis. Ann Arbor, MI: EdwardsBrothers.1939. 422p.

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