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APOSTILA DE GEOGRAFIA

V. 02 IMPACTOS AMBIENTAIS HUMANOS NO CLIMA


Unidade
Cruzeiro
do Sul
Série: 02 ANO Turno: manhã PROFESSOR: CASSIUS MOREIRA

IMPACTOS AMBIENTAIS CLIMÁTICOS EM ESPAÇOS URBANOS

ILHA DE CALOR

https://www.vivadecora.com.br/pro/ilhas-de-calor/
As ilhas de calor são zonas de elevadas temperaturas, quando comparadas com as
regiões ao seu redor, que acontecem principalmente nas grandes cidades. Por esse
motivo, esse fenômeno climático também é chamado de Ilha de Calor Urbano (ICU).
Isso ocorre porque quando os raios solares atingem diretamente os centros urbanos, o
calor tende a se acumular devido à dificuldade de se dissipar.

As principais causas das ilhas de calor e consequências

1- Alta concentração de elementos e materiais que absorvem calor durante o dia

Quando falamos de ilhar de calor, os raios solares que atingem a cidade se acumulam
devido a grande quantidade de asfalto, ruas, avenidas e prédios. Diante dessa
dificuldade de se dissipar, os raios de sol aumentar a temperatura das cidades causando
as ilhas de calor.

2- Falta de áreas verdes

Existem poucas áreas verdes nas grandes cidades, fato que intensifica as ilhas de calor.

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E porque isso acontece? A falta de vegetação diminui a presença de evaporação no ar, o
que consequentemente reduz a quantidade de vapor d’água na atmosfera. Sendo assim,
o ar fica mais aquecido e causa as ilhas de calor. Além disso, quanto maior a área verde,
maior é poder refletor dos raios solares. Se não há vegetação suficiente, o calor é
absorvido e

3- Impermeabilização do solo

Em áreas com muitas ruas e avenidas asfaltadas, o asfalto cria uma camada grossa que
impede a absorção da água pela terra. Ela é desviada para bueiros e galerias, o que
reduz o processo de evaporação e acaba retendo o calor no asfalto. Essa é uma das
principais características das ilhas de calor.

4- Alta concentração de edifícios

Uma das principais características de megacidades é a alta quantidade de edifícios. Nos


últimos anos, tem aumentado também a presença de arranha-céus cada vez mais altos.
Uma consequência desse crescimento é a intensificação das ilhas de calor. Grandes
edificações interferem na circulação dos ventos e tornam os bairros em volta mais
quentes.

5- Poluição do ar

Outro fator decisivo para a formação de ilhas de calor é a poluição, um problema das
grandes cidades que está longe de ser resolvido. Atividades industriais e intensa
circulação de carros, ônibus e caminhões lançam partículas finas na atmosfera e
aumentam a poluição do ar. Consequentemente, cresce também o efeito estufa, que
atrapalha a circulação dos ventos e a dispersão dos poluentes. Tudo isso contribui para a
formação das ilhas de calor.

6- Queimadas nas florestas

Nos últimos anos, o número de incêndios em florestas aumentou consideravelmente.


Além de impactar na questão ambiental, essas situação aumenta a quantidade de ilhas
de calor e prejudica à qualidade do ar.

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CONSEQUÊNCIAS
 Desconfortos físicos e algumas enfermidades, por exemplo (câncer de pele,
desidratação, desmaio), provocado por forte insolação e pelo desequilíbrio diário
da umidade relativa do ar
 Excesso e concentração de chuvas em áreas urbanas, gerando (enchentes,
alagamentos e inundações), etc.
 Desconfortos físicos e algumas enfermidades (câncer de pele), por exemplo,
provocado por insolação.
 Baixa infiltração da água pluvial, devido a impermeabilização do solo,
comprometendo o equilíbrio dos lençóis subterrâneos.
 A atmosférica além de mais aquecida, há redução da qualidade do ar por
poluentes.
 Redução da corrente de ventos e da brisa diária devido à redução ou ausência de
vegetação e pela arquitetura verticalizada.

INVERSÃO TÉRMICA

Smog em cidade chinês

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O impedimento da circulação natural dos ventos é chamado de inversão térmica. Esse
fenômeno acontece quando a camada de vento quente que fica na superfície não
consegue passar pela camada de vento frio e vice e versa. Geralmente esse movimento
é muito comum em locais que possuem maior poluição do ar, como nas grandes
cidades, a exemplo de São Pulo e Nova Iorque, e grandes centros industrializados. O
ar mais quente é mais leve e menos denso, por isso tem facilidade para se movimentar
em direção a altitudes maiores. Já o ar mais frio é mais pesado e mais denso, por isso
tende a estar na parte mais baixa.

Como a inversão térmica é um fenômeno atmosférico, é de certa forma um movimento


natural. De fato, ele ocorre comumente no período da madrugada quando o solo fica
muito tempo sem a exposição da luz do sol e assim acontece a diminuição da
temperatura do ar.

Além disso, no inverno também é comum o processo de inversão térmica, já que as


temperaturas já estão mais baixas. A inversão térmica se torna um problema quando há
a poluição excessiva do ar, potencializando o fenômeno e gerando consequências não
apenas ambientais, mas também de saúde para a população.

CAUSAS

Além das fatores térmicos naturais relacionados ao aquecimento das massas de ar.
Existem as causas antrópicas (humanas).

 Emissão de grandes massas gases poluentes na atmosfera das grandes


metrópoles: monóxido e dióxido de carbono, enxofre, dióxido de nitrogênio,
dióxido de metano, clorofluorcarbono, etc.
 Grande presença de massas de partículas sólidas no ar, como poeira, fumaças,
etc.
 Ausência de vegetação (arbórea, arbusto e herbácea)

 Presença de obras urbanas, como, por exemplo: túneis, pistas, edifícios – que
funcionam como estufas e dificultando a circulação de massas de ar, etc.

CONSEQUENCIAS

 Um maior contato das pessoas com o ar poluído, já que ele não consegue ser
dissipado com o bloqueio.

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 Problemas de saúde na população desses locais, como doenças
cardiorrespiratórias, coceiras nos olhos e na garganta, asma, bronquite, câncer
de pulmão e outras.

 Dor de cabeça e alergia


 Visualização menos nítida; com dificuldades para condutores de veículos leves
e pesados.

 Excesso de massas de poluentes no ar.

O Smog é uma expressão em inglês que junta as palavras smoke (fumaça)


e fog (nevoeiro) para descrever esse fenômeno moderno de grandes nuvens de
fumaça advindas de emissões veiculares, queima de carvão e outras fontes e que
tomam conta das cidades – o que pode ser agravado em dias de inversão térmica.

Além da Inversão térmica, é comum vários fatos que afeta diretamente à população no
inverno nos grandes centros:

TRAGÉDIAS TÍPICAS EM PERÍODO SECO E FRIO


 Incêndios em fábricas, residências e áreas rurais próximas aos grandes centros.
 Incêndios ambientais
 Mortes por hipotermias em humanos e animais.
 Alto risco de mortes por problemas cardiorrespiratórios: Enfartos e Acidente
Vascular Cerebral - AVC
 Dores do sistema ósseo muscular.

 Perdas de safras e plantio residenciais.


 Crises hídricas (racionamento no fornecimento de água)
 Destelhamentos, quedas de muros e outros danos devido às por fortes
ventanias.
CHUVAS ÁCIDAS

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A chuva ácida é qualquer forma de precipitação que carregue consigo componentes
ácidos, como o ácido sulfúrico e o ácido nítrico. Pode incluir a própria chuva como
também neve, neblina, granizo e até mesmo poeira. A chuva comum possui valor de
pH em torno de 5,6, considerado levemente ácido. Contudo, atividades que contribuem
para a poluição do ambiente promovem acidificação da chuva, reduzindo o pH para
valores entre 4,5 e 2,8.

Atividades humanas poluentes são as principais causadoras da chuva ácida,


destacando-se a queima de combustíveis fósseis no setor industrial, no transporte e na
geração de energia elétrica. As consequências da chuva ácida são verificadas no
desequilíbrio do ecossistema aquático, desnutrição do solo com degradação de florestas
e áreas plantadas e processos erosivos em construções baseadas em cimento e concreto,
como edifícios e monumentos.
CAUSAS

 A chuva ácida é um fenômeno atmosférico de precipitação em elevada acidez,


caracterizada pelo baixo valor de pH.
 Dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio são os principais gases responsáveis por
tornar a chuva ácida.
 A principal fonte natural desses gases são erupções vulcânicas.
 As atividades humanas são as principais acidificadoras da atmosfera, destacando-se
a queima de combustíveis fósseis, como o carvão e derivados de petróleo.
 Emissões de SO2 e NOx formam ácido sulfúrico e ácido nítrico pela reação química
com a água na atmosfera.

CONSEQUÊNCIAS
 A chuva ácida desequilibra o ecossistema aquático pela alteração de pH e por
proporcionar a permanência de espécies tóxicas na água.
 As florestas e plantações sofrem pela perda de nutrientes do solo em razão da chuva
ácida.
 Construções, edifícios e monumentos sofrem erosão pela chuva ácida.

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O Vale da Morte em Cubatão, nos anos 80 – local, de chuvas ácidas

REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS

LIVRO: TEMPO E CLIMA :Iracema Fonseca de Albuquerque


Cavalcanti (Editor), Nelson Jesus Ferreira (Editor), & 2 mais.

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