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Os principais problemas atmosféricos urbanos são as 

ilhas de calor,
a inversão térmica e a chuva ácida. Eles estão relacionados, quase
sempre, com os impactos gerados pelas atividades humanas sobre o
meio, sobretudo a poluição do ar. Afinal, não é raro ouvir por aí que
“antigamente o clima de um lugar era mais frio do que atualmente”, o
que revela, em partes, uma dinâmica que não é necessariamente
global, mas que pode se referir à forma como o ambiente das cidades
transformou-se nos últimos tempos

Ilhas de Calor

As ilhas de calor são uns dos principais problemas climáticos urbanos.


Trata-se da elevação das temperaturas nos ambientes mais
urbanizadas, ou seja, nas áreas centrais, comerciais e mais habitadas.
Em muitos casos, a diferença de temperatura entre o centro de uma
cidade e suas zonas periféricas chega a alcançar os 10ºC.

A causa das ilhas de calor é uma combinação de fatores: ausência


de vegetação, presença excessiva de grandes edifícios, poluição do ar
e inserção de materiais na superfície que retêm o calor em maior
quantidade (concreto, asfalto e outros).

A remoção ou não preservação das áreas verdes nas cidades diminui


a presença de oxigênio e também a produção local de umidade, isso
sem falar no controle da temperatura do ar. Os grandes prédios, por
sua vez, funcionam como uma barreira que impede ou prejudica a livre
circulação do ar, dificultando também a dispersão dos poluentes, que
se acumulam e formam uma espécie de “pequeno efeito estufa” local.
Com o recobrimento do solo com asfalto e concreto, além da grande
presença de materiais reflexivos (janelas, vidros e espelhos), o calor
conserva-se com muito mais intensidade, transformando certas áreas
em verdadeiros “fornos” a céu aberto.
Inversão térmica

A inversão térmica é um fenômeno natural, ou seja, acontece sem a


necessidade da ação humana. No entanto, a sua ocorrência atrelada à
intensiva poluição do ar prejudica sobremaneira o ambiente das
cidades, podendo causar problemas respiratórios em boa parte da
população urbana.
Normalmente, quando não há inversão térmica em um local, existe
uma circulação natural do ar. Dessa forma, o ar frio das áreas mais
altas, por ser mais denso, desce em direção à superfície, onde se
aquece e sobe novamente em direção às áreas mais elevadas, dando
sequência ao ciclo. 

O problema acontece quando a superfície não se aquece, geralmente


em dias de inverno e também pela manhã. Com isso, o ar não circula
normalmente, pois uma camada de ar frio e denso acumula-se sobre a
superfície, enquanto uma camada de ar quente permanece
estacionada sobre essa camada de ar frio. Nessa configuração, não
há movimentação do ar e, consequentemente, os poluentes gerados
pelas chaminés das fábricas e também pelos carros não são
dispersados.
Chuva ácida
A chuva ácida é, por definição, uma reação causada pela elevada
quantidade de elementos tóxicos emitidos no ar com a poluição
atmosférica, fazendo com que a precipitação tenha um nível de acidez
capaz de causar uma série de prejuízos socioambientais nas cidades
e áreas de entorno.
A grande quantidade de elementos químicos emitidos no ambiente
das cidades em forma de poluição atmosférica passa a reagir com o
vapor d'água nela existente, formando uma série de componentes
ácidos que caem na atmosfera em conjunto com as chuvas. Os
impactos das chuvas ácidas são: destruição gradativa de edificações e
patrimônios públicos, danificação das florestas e dos solos, elevação
da acidez de lagos e represas com morte da fauna fluvial e prejuízos à
saúde humana (ressecamento da pele ou doenças respiratórias, em
caso de inalação dos poluentes que geram a acidez das chuvas).

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