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Organização:

- Identificar problemas, o que provoca a degradação do recurso, quais as atitudes humanas


que levam a esses problemas.

- As consequências da degradação do mesmo, os impactos que causam nas nossas vidas.

- Soluções para resolver os problemas e o que podemos fazer para interromper mais
degradação.

Contaminação do ar
A contaminação da atmosfera está diretamente relacionada com o desenvolvimento industrial.
Com a Revolução Industrial (séc. XIX), ocorreu um êxodo rural associado ao desenvolvimento
industrial das regiões urbanas. Foi utilizado intensivamente carvão como fonte de calor e de
energia. Nos locais onde se concentraram as indústrias formaram-se densas neblinas, conhecidas
como "smog industrial" constituídas por uma mistura de óxidos de carbono, compostos azotados
e vapor de água.

A partir dos anos 50 (séc. XX), com o uso crescente de veículos motorizados, as grandes áreas
urbanas começaram a ficar envoltas numa neblina denominado “smog fotoquímico". O smog
provoca dores de cabeça, náuseas, irritação nos olhos e na garganta, agravando os problemas
respiratórios (ex.: asma). podendo mesmo causar um elevado número de óbitos, caso a situação
se prolongue.
Os efeitos da contaminação do ar não atingem apenas o Homem, mas também as árvores e
outras plantas, que começam a desaparecer nas cidades e seus arredores.

Para compreendermos os fenómenos associados à poluição atmosférica, necessitamos de


conhecer a composição e as propriedades da atmosfera, constituída por várias camadas de gases
que rodeiam a Terra.
A troposfera é a camada inferior, com uma espessura aproximada de 16 km, e ao longo da qual
há um arrefecimento acentuado da base para o topo. Nesta camada existem correntes verticais
de ar que possibilitam a ascensão dos contaminantes. Contém a quase totalidade do vapor de
água e das nuvens, sendo o local onde se origina o nosso clima e ocorrem os fenómenos
climáticos. As substâncias que se encontram na troposfera podem regressará superfície terrestre
por precipitação.

A estratosfera é uma camada que se estende até as 50 km de altitude. A sua temperatura


aumenta com a altitude, pois é na estratosfera que se encontra a camada de ozono que absorve a
radiação ultravioleta emitida pelo Sol. Como as correntes de ar verticais são insignificantes e a
quantidade de vapor de água é reduzida, as substâncias que alcançam esta camada permanecem
aí durante muito tempo. Para além da troposfera e da estratosfera, existem a mesosfera e a
termosfera, nas quais as concentrações de ozono são diminutas, havendo apenas quantidades
residuais de oxigénio e azoto.

Determinação e controlo da poluição atmosférica


O desaparecimento da vegetação junto às grandes áreas urbanas e a destruição dos campos de
cultivo e florestas que se encontram na direção do vento oriundo das cidades deve-se à
exposição ao ozono troposférico e a outros contaminantes fotoquímicos. A vegetação exposta
aos contaminantes atmosféricos fica mais sensível ao ataque de insetos e a outros organismos
causadores de doenças (ocorre um sinergismo entre os diferentes fatores).

Para determinar a forma como os contaminantes danificam a vegetação, são efetuados testes nos
quais se cultivam plantas em câmaras onde são submetidas a diferentes doses de diversos
contaminantes. Os resultados obtidos são comparados com os observados no campo. Com estas
experiências determinam-se quais os contaminantes que danificam a vegetação e em que
concentrações.

Através de bioindicadores, é possível determinar o grau de contaminação atmosférica e inferir


os seus efeitos ao nível da agricultura e das florestas.
O Homem dispõe de técnicas e conhecimentos suficientes para controlar a poluição do ar
provocada pelas suas atividades, sendo necessário:
- determinar as fontes dos contaminantes e identificá-los:
- demonstrar os efeitos na saúde e no ambiente de cada contaminante:
- preparar e pôr em prática medidas de prevenção e controlo da contaminação atmosférica,
como a colocação de filtros.

A imposição de regras internacionais que regulamentam as emissões de contaminantes


perigosos constitui um passo fundamental para proteger a Qualidade do ar. E importante
salientar que as normas que regem a qualidade do ar tiveram por base critérios de saúde humana
e não o impacte em outros seres vivos ou na constituição química da atmosfera.
Os três principais fenómenos relacionados com alterações atmosféricas, e que podem apresentar
impactes profundos no ambiente, são as chuvas ácidas, o aquecimento global (agravamento do
efeito de estufa) e a destruição da camada de ozono.

Os cientistas atribuem estas alterações a causas antropogénicas, pois resultam essencialmente


das atividades humanas.

A chuva ácida provoca profundas alterações nos ecossistemas


Na ausência de contaminação atmosférica, a chuva é ligeiramente ácida (pH 5,6). pois o CO,
reage com a água, originando ácido carbónico. Qualquer precipitação que tenha um pH inferior
a 5,0 é considerada ácida e gera-se quando as partículas secas e ácidas existentes na atmosfera
se combinam com a chuva, o granizo ou a neve. As regiões muito industrializadas podem ter
precipitações 100 vezes mais ácidas do que o normal, afetando os ecossistemas terrestres e
aquáticos. Nos EUA existem registos de chuvas com pH 2,8.
As análises químicas às precipitações ácidas detetaram presença de ácido sulfúrico (H,SO4) e
ácido nítrico (HNO,). Estes compostos formam-se a partir do dióxido de enxofre e de óxidos de
azoto (poluentes primários), que sofrem oxidação, transformando-se em poluentes secundários.
Estes poluentes reagem com a água ou aderem às gotas de água, formando a chuva ácida.
As chuvas ácidas não são apenas características das regiões industrializadas, pois os
contaminantes circulam na troposfera, em função do regime de ventos. As chaminés muito altas
nas indústrias aliviam os problemas locais de contaminação, mas disseminam no ar substâncias
ácidas que, deste modo, entram na circulação atmosférica regional.
A precipitação ácida pode alterar o pH dos rios e dos lagos, afetando os ecossistemas. A maioria
dos lagos e rios possui um pH que oscila entre 6 e 8, sendo este o valor para o qual a maioria
dos organismos de água doce se encontra adaptado. Os ovos, o esperma e os estados larvares
são extremamente sensíveis às variações do pH. A acidificação pode provocara morte dos
organismos ou impedir que se reproduzam. O crescimento do fitoplâncton também é inibido
pela diminuição do pH, afetando as cadeias alimentares.

As águas com pH baixo têm um elevado poder dissolvente e promovem a libertação de alguns
metais das rochas ou do solo para a água. Muitos dos metais podem ser altamente tóxicos para
as plantas e para os animais. Quando os lagos ou rios acidificam, os peixes podem acumular
mercúrio, que é extremamente tóxico.

Contudo, nem todas as massas de água que recebem precipitações ácidas sofrem um
abaixamento do pH. Alguns constituintes das rochas como, por exemplo, o carbonato de cálcio
(CaCO3). podem neutralizar os ácidos, impedindo que a água se torne ácida. No entanto, os
neutralizantes têm uma capacidade limitada, e os que se consomem
numa reação de neutralização ficam indisponíveis.
A partir de 1980, assistiu-se com preocupação degradação de muitas manchas florestais. A
maioria dos casos deveu-se a reações químicas das chuvas ácidas com os solos.
No início, o azoto e o enxofre transportado pelas chuvas ácidas estimularam o crescimento das
árvores. Contudo, estas substâncias também arrastaram, por lixiviação, os neutralizantes (sais de
magnésio e de cálcio) e parte dos nutrientes essenciais ao crescimento. Quando os sais deixam
de neutralizar a chuva ácida, desprendem-se iões de alumínio dos minerais do solo. A
combinação do alumínio, que é muito tóxico, com a escassez do cálcio (essencial para as
plantas) reduz o crescimento das árvores e provoca a sua morte. O alumínio e outras substâncias
tóxicas libertadas por ação das chuvas ácidas também podem contaminar as águas superficiais e
subterrâneas.
Como resultado da acidificação do solo, é frequente ocorrer a proliferação de plantas mais
resistentes, como, por exemplo, o abeto balsâmico.

O aumento da acidez da água pode ser suficiente para remover o chumbo das tubagens dos
tubos de cobre por onde a água circula até a consumirmos, contaminando-a, e para deteriorar
edifícios e outros monumentos, principalmente os de calcário e mármore.

A disseminação dos contaminantes atmosféricos ultrapassa as fronteiras dos países e


continentes, implicando que o problema seja enfrentado a nível nacional e internacional.
Algumas das medidas para minimizar as emissões de poluentes incluem:
-a instalação de depuradores (filtros líquidos) nas chaminés das indústrias mais poluentes. A
água e a cal presentes nestes filtros removem muitos dos compostos ácidos, reduzindo a emissão
de compostos que contribuem para as chuvas ácidas;
-a construção de centrais e equipamentos de energia alternativa (exs.: parques eólicos e solares);
-a redução do consumo de eletricidade.

Contudo, estas medidas são economicamente dispendiosas, uma vez que exigem tecnologia
avançada, à exceção dos depuradores, que são muito eficazes e pouco onerosos.
Nem todos os contaminantes atmosféricos são produzidos pela atividade humana, pois alguns
podem ser libertados durante as erupções vulcânicas.

A atmosfera funciona como uma estufa para o planeta Terra


A vida na Terra está dependente da existência de uma atmosfera composta por diversos gases.
Os gases que compõem a atmosfera são responsáveis pelo efeito de estufa, que impede a
ocorrência de oscilações térmicas significativas, a que a maioria dos planetas do nosso sistema
solar se encontra sujeito.
Parte da radiação solar que atravessa a atmosfera é absorvida pela Terra e convertida em calor à
superfície. A energia calorífica, sob a forma de infravermelhos (IV), é refletida para a atmosfera
e posteriormente para o espaço. Contudo, os gases de estufa (principalmente o dióxido de
carbono e o metano), a que naturalmente se encontram na troposfera, absorvem parte da
radiação IV e devolvem-na à superfície. Estes gases funcionam como uma barreira, impedindo
que a radiação IV escape para o espaço. Sem esta barreira, as temperaturas seriam 33°C
inferiores às atuais e com maiores variações, pelo que a Terra seria inabitável.
A temperatura à superfície da Terra resulta do equilíbrio entre o aquecimento gerado pelo efeito
de estufa e o arrefecimento. Este pode ser originado pelas nuvens, que cobrem
aproximadamente 50% da Superfície terrestre, refletindo para o espaço aproximadamente 21%
da radiação solar. Esta reflexão denomina-se albedo e impede que ocorra o aquecimento.

A atividade vulcânica também arrefece a Terra, pois emite elevadas quantidades de partículas e
de aerossóis que podem entrar na atmosfera, refletindo as radiações. Este arrefecimento pode ser
global e durar alguns anos, até ocorrer a precipitação das partículas ou a sua transformação
química.
Existem evidências geológicas de que a Terra passou por grandes alterações climáticas, que vão
desde as glaciações aos períodos interglaciares. As variações na temperatura da Terra têm
repercussões ao nível do clima global. A variação da concentração dos gases com efeito de
estufa poderá estar na origem de muitas alterações climáticas. Durante a última glaciação (há 18
000 anos), as temperaturas da Terra eram 3 a5°C inferiores às atuais. A análise das bolhas de
gás retidas nos glaciares, formadas nessa época, demonstra que as concentrações de Co, eram
60% inferiores às atuais.
As medições ao longo das últimas décadas têm revelado um crescimento muito significativo na
concentração de CO2. A queima de combustíveis fósseis é o principal responsável por este
aumento. Para além do CO, existem outros gases de estufa cuja concentração tem aumentado
muito nos últimos anos, como, por exemplo:
- vapor de água;
- metano (CH4). proveniente das reações microbianas de fermentação e de explorações
petrolíferas;
- ácido nítrico e óxido de azoto, provenientes da queima de biomassa e do uso de fertilizantes
químicos na agricultura: clorofluorcarbonetos (CFC) e outros hidrocarbonetos usados na
refrigeração, bem como solventes, retardadores do fogo ou sprays. Os CFC, considerados
responsáveis pelo "buraco de ozono" estratosférico, resultam massivamente da atividade
industrial. Apresentam uma capacidade de absorção dos raios IV superior ao CO,
clorofluorcarbonetos (CFC) e outros hidrocarbonetos usados na refrigeração, bem como
solventes, retardadores do fogo ou sprays. Os CFC, considerados responsáveis pelo "buraco de
ozono" estratosférico, resultam massivamente da atividade industrial. Apresentam uma
capacidade de absorção dos raios IV superior ao CO.
As comunidades científicas e políticas encontram-se a discutir as causas e consequências da
intensificação do efeito de estufa. Os dados apontam para um provável aumento da temperatura
média do globo terrestre. O aquecimento global provocará uma perturbação do regime e da
distribuição das chuvas, uma alteração das correntes marinhas (maior frequência do "El Niño"),
uma maior intensidade e frequência de cheias e ventos ciclónicos, uma redução da
biodiversidade, uma alteração da produção agrícola e um aumento da desertificação.
Para prevenir e minimizar o efeito de estufa devem ser adotadas as seguintes diretrizes:
- estabelecer e cumprir um máximo mundial para as emissões de CO, mediante limitações do
uso de combustíveis fósseis na indústria nos transportes;
- efetuar acordos internacionais para pôr fim à emissão de CFC:
- deter a desflorestação e incrementar a plantação de árvores em vastas áreas atualmente
desflorestadas:
- sensibilizar para a energia renováveis;
- conservação de energia e apostar em formas de energias renováveis;
- fomentar a escolha pelos transportes públicos.

A camada de ozono protege-nos dos efeitos nocivos das radiações

O ozono é um gás atmosférico, que pode ser encontrado na troposfera ou na estratosfera. O que
se situa na estratosfera constitui a camada de ozono, que desempenha um papel vital para a vida
na Terra,
As radiações ultravioleta (UV) são nocivas para os seres vivos, pois danificam as proteínas e o
DNA. A camada de ozono absorve parte dos UV, reduzindo a quantidade que atinge a superfície
terrestre. O ozono forma-se a partir do oxigénio e pode ser degradado por determinados
compostos. Destacam-se os CFC, que danificam a camada do ozono devido aos átomos de cloro
que libertam na estratosfera, em resultado da decomposição fotoquímica:

Os átomos de cloro libertados reagem com o ozono, formando monóxido de cloro (CLO) e
oxigénio molecular (O). As moléculas de monóxido de cloro reagem entre si, libertando mais
cloro e outra molécula de O:

Estas duas reações químicas integram o ciclo do cloro, no qual há regeneração deste elemento
catalisador da degradação do ozono. No outono de 1985, meteorologistas ingleses, em pesquisas
na Antártida, detetaram a presença de um adelgaçamento da camada de ozono
- "buraco de ozono". Nesse local, numa área equivalente aos EUA, a concentração de ozono era
50 a 70% inferior ao normal.
A camada de ozono sofre variações naturais da sua espessura ao longo dos anos. O frio intenso
e o turbilhão de ventos polares acima da Antártida provocam, de setembro a dezembro. um
decréscimo Localizado na espessura da camada de ozono. Na estação seguinte, o ozono volta
a formar-se.

Embora as perdas de ozono sejam superiores nas regiões polares, elas ocorrem por todo o globo.
Na década de 80 do século XX, houve perdas de 5% a 15% de ozono estratosférico nas regiões
temperadas e tropicais de ambos os hemisférios. Nestes locais, uma maior quantidade de
radiações UV atingiu a Terra, tendo afetado os seres vivos.
As imagens de um "buraco" cada vez maior na camada de ozono desencadearam uma resposta
em todo o planeta. Em 1997, na cidade de Montreal (Canadá), os 140 países que constituem a
ONU chegaram a um acordo, conhecido como Protocolo de Montreal, cujo objetivo era reduzir
para 50% a emissão de CFC até 2000, bem como o agendamento do fim da emissão destes
gases.

Guião final
- A contaminação do ar
A contaminação do ar é um problema grave, relacionado diretamente com o desenvolvimento
industrial. Durante a Revolução Industrial, houve uma migração das áreas rurais para as
urbanas, levando a uma intensa utilização de carvão como fonte de energia. Essa atividade
resultou em neblinas densas, conhecidas como "smog industrial", formadas por óxidos de
carbono, compostos azotados e vapor de água.
Esse tipo de poluição do ar pode causar dores de cabeça, náuseas, irritação nos olhos e na
garganta, bem como agravar problemas respiratórios, incluindo asma.
Para entender melhor os efeitos da poluição atmosférica, é importante conhecer a composição e
as propriedades da atmosfera. A troposfera é a camada inferior, onde ocorrem correntes
verticais de ar que permitem a ascensão dos contaminantes. Já a estratosfera é a camada onde se
encontra a camada de ozono, que absorve a radiação ultravioleta do sol.

- Determinação e controlo da poluição atmosférica


A poluição do ar tem efeitos negativos no ambiente, como o desaparecimento da vegetação nas
áreas urbanas e nos campos de cultivo devido à exposição ao ozono e outros contaminantes
fotoquímicos.
Através de bioindicadores, podemos avaliar o grau de contaminação atmosférica e inferir seus
efeitos na agricultura e nas florestas.
Existem técnicas e conhecimentos para controlar a poluição do ar causada pelas atividades
humanas. É essencial determinar as fontes dos contaminantes, demonstrar seus efeitos na saúde
e no meio ambiente, e implementar medidas preventivas e de controle, como a instalação de
filtros.
A imposição de regulamentos internacionais sobre a emissão de contaminantes perigosos é
fundamental para proteger a qualidade do ar. No entanto, é importante destacar que essas
normas são baseadas em critérios de saúde humana e não consideram plenamente o impacto em
outros seres vivos ou na composição química da atmosfera.
As alterações atmosféricas têm três fenômenos principais: chuvas ácidas, aquecimento global e
destruição da camada de ozono. Essas mudanças são atribuídas principalmente às atividades
humanas, ou seja, têm causas antropogénicas.

- A chuva ácida provoca profundas alterações nos ecossistemas


A chuva ácida é um problema causado pela contaminação atmosférica. Regiões industrializadas
podem ter chuvas até 100 vezes mais ácidas do que o normal, causando danos a ecossistemas
terrestres e aquáticos. As análises químicas mostram a presença de ácido sulfúrico e ácido
nítrico nas chuvas ácidas. Esses compostos são formados a partir de poluentes primários como
dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio, que se transformam em poluentes secundários. A
chuva ácida afeta o pH de rios e lagos, prejudicando organismos aquáticos, incluindo peixes e
fitoplâncton. Além disso, pode libertar metais tóxicos das rochas e do solo, contaminando a
água. A neutralização dos ácidos pelas rochas é limitada, levando à degradação de solos e
florestas. Medidas como filtros nas chaminés e energia alternativa são necessárias para reduzir
as emissões de poluentes e combater esse problema internacional.

- A atmosfera funciona como uma estufa para o planeta Terra


A atmosfera é essencial para a vida na Terra, funcionando como uma estufa que regula a
temperatura. Ela retém parte da radiação solar e impede grandes oscilações térmicas. No
entanto, certos gases de estufa presentes na atmosfera, como dióxido de carbono e metano,
absorvem e devolvem calor à superfície, criando uma barreira que evita a fuga de calor para o
espaço. Sem essa barreira, as temperaturas seriam 33°C mais baixas e a Terra seria inabitável.
Além disso, fatores como nuvens, atividade vulcânica e variações na concentração dos gases de
estufa afetam o equilíbrio térmico da Terra. O aumento das concentrações de dióxido de
carbono, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis, tem sido preocupante. Outros
gases, como vapor de água, metano e óxido de azoto, também contribuem para o efeito estufa.
A consequência do aumento do efeito estufa incluem mudanças climáticas, como perturbação
no regime de chuvas, intensificação de fenômenos como El Niño, aumento de eventos extremos
(cheias, ventos ciclónicos), redução da biodiversidade, impactos na agricultura e desertificação.
Para mitigar o efeito estufa, é necessário estabelecer limites de emissões de CO2, eliminar os
CFCs, combater o desmatamento e promover energias renováveis. A conscientização e o uso de
transportes públicos também são importantes nesse contexto.

- A camada de ozono protege-nos dos efeitos nocivos das radiações


A camada de ozono é crucial para a vida na Terra, pois absorve parte das radiações ultravioleta
(UV) prejudiciais. No entanto, certos compostos, como os CFC, podem degradar o ozono. O
ciclo do cloro desempenha um papel nessa degradação, libertando átomos de cloro que reagem
com o ozono, formando monóxido de cloro e oxigénio molecular. Essas reações integram o
ciclo do cloro, que regenera o cloro e continua a degradar o ozono.
Na Antártida, foi detetado um "buraco de ozono" em 1985, onde a concentração de ozono era
muito inferior ao normal. Embora ocorram variações naturais na espessura da camada de ozono
ao longo dos anos, as perdas de ozono afetam todo o globo. Na década de 80, houve perdas
significativas de ozono nas regiões temperadas e tropicais, resultando em maior exposição aos
UV e impacto nos seres vivos.
Em resposta a essa preocupação, em 1997, o Protocolo de Montreal foi estabelecido para
reduzir as emissões de CFC em 50% até 2000 e programar a eliminação desses gases. Esse
acordo global busca proteger a camada de ozono da Terra.

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