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- Soluções para resolver os problemas e o que podemos fazer para interromper mais
degradação.
Contaminação do ar
A contaminação da atmosfera está diretamente relacionada com o desenvolvimento industrial.
Com a Revolução Industrial (séc. XIX), ocorreu um êxodo rural associado ao desenvolvimento
industrial das regiões urbanas. Foi utilizado intensivamente carvão como fonte de calor e de
energia. Nos locais onde se concentraram as indústrias formaram-se densas neblinas, conhecidas
como "smog industrial" constituídas por uma mistura de óxidos de carbono, compostos azotados
e vapor de água.
A partir dos anos 50 (séc. XX), com o uso crescente de veículos motorizados, as grandes áreas
urbanas começaram a ficar envoltas numa neblina denominado “smog fotoquímico". O smog
provoca dores de cabeça, náuseas, irritação nos olhos e na garganta, agravando os problemas
respiratórios (ex.: asma). podendo mesmo causar um elevado número de óbitos, caso a situação
se prolongue.
Os efeitos da contaminação do ar não atingem apenas o Homem, mas também as árvores e
outras plantas, que começam a desaparecer nas cidades e seus arredores.
Para determinar a forma como os contaminantes danificam a vegetação, são efetuados testes nos
quais se cultivam plantas em câmaras onde são submetidas a diferentes doses de diversos
contaminantes. Os resultados obtidos são comparados com os observados no campo. Com estas
experiências determinam-se quais os contaminantes que danificam a vegetação e em que
concentrações.
As águas com pH baixo têm um elevado poder dissolvente e promovem a libertação de alguns
metais das rochas ou do solo para a água. Muitos dos metais podem ser altamente tóxicos para
as plantas e para os animais. Quando os lagos ou rios acidificam, os peixes podem acumular
mercúrio, que é extremamente tóxico.
Contudo, nem todas as massas de água que recebem precipitações ácidas sofrem um
abaixamento do pH. Alguns constituintes das rochas como, por exemplo, o carbonato de cálcio
(CaCO3). podem neutralizar os ácidos, impedindo que a água se torne ácida. No entanto, os
neutralizantes têm uma capacidade limitada, e os que se consomem
numa reação de neutralização ficam indisponíveis.
A partir de 1980, assistiu-se com preocupação degradação de muitas manchas florestais. A
maioria dos casos deveu-se a reações químicas das chuvas ácidas com os solos.
No início, o azoto e o enxofre transportado pelas chuvas ácidas estimularam o crescimento das
árvores. Contudo, estas substâncias também arrastaram, por lixiviação, os neutralizantes (sais de
magnésio e de cálcio) e parte dos nutrientes essenciais ao crescimento. Quando os sais deixam
de neutralizar a chuva ácida, desprendem-se iões de alumínio dos minerais do solo. A
combinação do alumínio, que é muito tóxico, com a escassez do cálcio (essencial para as
plantas) reduz o crescimento das árvores e provoca a sua morte. O alumínio e outras substâncias
tóxicas libertadas por ação das chuvas ácidas também podem contaminar as águas superficiais e
subterrâneas.
Como resultado da acidificação do solo, é frequente ocorrer a proliferação de plantas mais
resistentes, como, por exemplo, o abeto balsâmico.
O aumento da acidez da água pode ser suficiente para remover o chumbo das tubagens dos
tubos de cobre por onde a água circula até a consumirmos, contaminando-a, e para deteriorar
edifícios e outros monumentos, principalmente os de calcário e mármore.
Contudo, estas medidas são economicamente dispendiosas, uma vez que exigem tecnologia
avançada, à exceção dos depuradores, que são muito eficazes e pouco onerosos.
Nem todos os contaminantes atmosféricos são produzidos pela atividade humana, pois alguns
podem ser libertados durante as erupções vulcânicas.
A atividade vulcânica também arrefece a Terra, pois emite elevadas quantidades de partículas e
de aerossóis que podem entrar na atmosfera, refletindo as radiações. Este arrefecimento pode ser
global e durar alguns anos, até ocorrer a precipitação das partículas ou a sua transformação
química.
Existem evidências geológicas de que a Terra passou por grandes alterações climáticas, que vão
desde as glaciações aos períodos interglaciares. As variações na temperatura da Terra têm
repercussões ao nível do clima global. A variação da concentração dos gases com efeito de
estufa poderá estar na origem de muitas alterações climáticas. Durante a última glaciação (há 18
000 anos), as temperaturas da Terra eram 3 a5°C inferiores às atuais. A análise das bolhas de
gás retidas nos glaciares, formadas nessa época, demonstra que as concentrações de Co, eram
60% inferiores às atuais.
As medições ao longo das últimas décadas têm revelado um crescimento muito significativo na
concentração de CO2. A queima de combustíveis fósseis é o principal responsável por este
aumento. Para além do CO, existem outros gases de estufa cuja concentração tem aumentado
muito nos últimos anos, como, por exemplo:
- vapor de água;
- metano (CH4). proveniente das reações microbianas de fermentação e de explorações
petrolíferas;
- ácido nítrico e óxido de azoto, provenientes da queima de biomassa e do uso de fertilizantes
químicos na agricultura: clorofluorcarbonetos (CFC) e outros hidrocarbonetos usados na
refrigeração, bem como solventes, retardadores do fogo ou sprays. Os CFC, considerados
responsáveis pelo "buraco de ozono" estratosférico, resultam massivamente da atividade
industrial. Apresentam uma capacidade de absorção dos raios IV superior ao CO,
clorofluorcarbonetos (CFC) e outros hidrocarbonetos usados na refrigeração, bem como
solventes, retardadores do fogo ou sprays. Os CFC, considerados responsáveis pelo "buraco de
ozono" estratosférico, resultam massivamente da atividade industrial. Apresentam uma
capacidade de absorção dos raios IV superior ao CO.
As comunidades científicas e políticas encontram-se a discutir as causas e consequências da
intensificação do efeito de estufa. Os dados apontam para um provável aumento da temperatura
média do globo terrestre. O aquecimento global provocará uma perturbação do regime e da
distribuição das chuvas, uma alteração das correntes marinhas (maior frequência do "El Niño"),
uma maior intensidade e frequência de cheias e ventos ciclónicos, uma redução da
biodiversidade, uma alteração da produção agrícola e um aumento da desertificação.
Para prevenir e minimizar o efeito de estufa devem ser adotadas as seguintes diretrizes:
- estabelecer e cumprir um máximo mundial para as emissões de CO, mediante limitações do
uso de combustíveis fósseis na indústria nos transportes;
- efetuar acordos internacionais para pôr fim à emissão de CFC:
- deter a desflorestação e incrementar a plantação de árvores em vastas áreas atualmente
desflorestadas:
- sensibilizar para a energia renováveis;
- conservação de energia e apostar em formas de energias renováveis;
- fomentar a escolha pelos transportes públicos.
O ozono é um gás atmosférico, que pode ser encontrado na troposfera ou na estratosfera. O que
se situa na estratosfera constitui a camada de ozono, que desempenha um papel vital para a vida
na Terra,
As radiações ultravioleta (UV) são nocivas para os seres vivos, pois danificam as proteínas e o
DNA. A camada de ozono absorve parte dos UV, reduzindo a quantidade que atinge a superfície
terrestre. O ozono forma-se a partir do oxigénio e pode ser degradado por determinados
compostos. Destacam-se os CFC, que danificam a camada do ozono devido aos átomos de cloro
que libertam na estratosfera, em resultado da decomposição fotoquímica:
Os átomos de cloro libertados reagem com o ozono, formando monóxido de cloro (CLO) e
oxigénio molecular (O). As moléculas de monóxido de cloro reagem entre si, libertando mais
cloro e outra molécula de O:
Estas duas reações químicas integram o ciclo do cloro, no qual há regeneração deste elemento
catalisador da degradação do ozono. No outono de 1985, meteorologistas ingleses, em pesquisas
na Antártida, detetaram a presença de um adelgaçamento da camada de ozono
- "buraco de ozono". Nesse local, numa área equivalente aos EUA, a concentração de ozono era
50 a 70% inferior ao normal.
A camada de ozono sofre variações naturais da sua espessura ao longo dos anos. O frio intenso
e o turbilhão de ventos polares acima da Antártida provocam, de setembro a dezembro. um
decréscimo Localizado na espessura da camada de ozono. Na estação seguinte, o ozono volta
a formar-se.
Embora as perdas de ozono sejam superiores nas regiões polares, elas ocorrem por todo o globo.
Na década de 80 do século XX, houve perdas de 5% a 15% de ozono estratosférico nas regiões
temperadas e tropicais de ambos os hemisférios. Nestes locais, uma maior quantidade de
radiações UV atingiu a Terra, tendo afetado os seres vivos.
As imagens de um "buraco" cada vez maior na camada de ozono desencadearam uma resposta
em todo o planeta. Em 1997, na cidade de Montreal (Canadá), os 140 países que constituem a
ONU chegaram a um acordo, conhecido como Protocolo de Montreal, cujo objetivo era reduzir
para 50% a emissão de CFC até 2000, bem como o agendamento do fim da emissão destes
gases.
Guião final
- A contaminação do ar
A contaminação do ar é um problema grave, relacionado diretamente com o desenvolvimento
industrial. Durante a Revolução Industrial, houve uma migração das áreas rurais para as
urbanas, levando a uma intensa utilização de carvão como fonte de energia. Essa atividade
resultou em neblinas densas, conhecidas como "smog industrial", formadas por óxidos de
carbono, compostos azotados e vapor de água.
Esse tipo de poluição do ar pode causar dores de cabeça, náuseas, irritação nos olhos e na
garganta, bem como agravar problemas respiratórios, incluindo asma.
Para entender melhor os efeitos da poluição atmosférica, é importante conhecer a composição e
as propriedades da atmosfera. A troposfera é a camada inferior, onde ocorrem correntes
verticais de ar que permitem a ascensão dos contaminantes. Já a estratosfera é a camada onde se
encontra a camada de ozono, que absorve a radiação ultravioleta do sol.