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AULA 3.

2 – Poluição atmosférica
1. Formação da Atmosfera
.Processo evolutivo ocorrido há milhões de anos;

.Após o Big Bang, agregado de poeira e meteoritos envoltos por hélio e hidrogênio;

.Atividade geológica e emissão de gases (CO2, SO2; vapor d’água e NOx);

.Resfriamento e formação de rios e oceanos;

.Surgimento da primeira planta marinha e ocorrência de fotossíntese.

Composição Atual da Atmosfera Composição Atual da Atmosfera (% v/v) . Fonte: MORAN, J.M;
MORGAN, M.D; WIERSMA, J.H. Introduction to environmental science, 1986

 Nitrogênio 78,08%
 Oxigênio 20,95%
 Argônio 0,93%
 Dióxido de Carbono 0,03%
 Neônio 0,0018 %
 Hélio 0,00052%
 Metano 0,00015 %
 Criptônio 0,00010%
 Óxido Nitroso 0,00005%
 Hidrogênio 0,00005%
 Ozônio 0,000007%
 Xenônio 0,000009%

Distribuição Global da Radiação Solar no Planeta


Perfil de Temperatura da Atmosfera em função da Altitude

2. Poluentes Atmosféricos
Poluentes Primários:
Substâncias lançadas diretamente na atmosfera: CO; NOx; SO2; Hidrocarbonetos e material
particulado;

Poluentes Secundários:
Formados em decorrência da reação entre as substâncias presentes na atmosfera em condições

adequadas;

 .SO3 (reação entre SO2 e O2)


 .Ácido Sulfúrico (reação entre o SO3 e vapor d’água);
 .Ozônio (reação entre óxidos de nitrogênio e oxigênio na presença de luz solar);
 .Ruído e calor também são considerados poluentes.

Poluição Natural
ERUPÇÃO VULCÂNICA EM PAPUA NOVA GUINÉ

EMISSÃO DE GASES DO VULCÃO KILAUEA (HAVAÍ)

Poluição Causada pelo Homem


EMISSÃO VEICULAR EM ÁREAS URBANIZADAS

PROCESSOS DE INCINERAÇÃO

Efeitos ou Escala da Poluição Atmosférica


 Locais:
o Os problemas de poluição limitam-se a uma região muito pequena, nas
proximidades da fonte ou na cidade.
 Globais:
o .Podem envolver regiões bastante extensas, como várias cidades, estados e até
países;
o .Em um sentido mais amplo, os problemas globais de poluição afetam toda a
ecosfera.

3. Efeitos Locais da Poluição: O homem e o meio ambiente são


afetados;
 Efeitos sobre o Homem:
o Problemas de saúde, principalmente doenças respiratórias;
o Plantas e animais dos quais ele depende são afetados.
 Efeitos sobre o meio ambiente:
o Fauna: atinge os animais da mesma forma que atinge o Homem;
o Flora: a absorção de poluentes pode resultar em desfolhamento e morte;
o Materiais: problemas estruturais ou estéticos em edificações, monumentos
culturais e automóveis;
o Atmosfera: diminuição da visibilidade.
 Efeitos dos Poluentes Atmosféricos sobre a Saúde Humana. Fonte: U.S. Department of
Health and Human Services, Pocket guide to chemical hazards. NIOSH, 1994.
o CO: Dores de cabeça, náusea, fraqueza, tontura e alucinações, exposições
prolongadas podem resultar em morte.
o SO2: Irritação das mucosas dos olhos, nariz e garganta, coriza, tosse e brônquio
constrição.
o NO2: Irritação das mucosas dos olhos, nariz e garganta, dispnéia, edema
pulmonar, diminuição da funções pulmonares, bronquite crônica, dores no
peito e taquicardia.
o O3: Irritação das mucosas dos olhos, nariz e garganta, edema pulmonar doenças
crônicas do sistema respiratório.

Efeitos da Estabilidade do Ar na Dispersão de Poluentes


Inversão Térmica
 .Fenômeno natural, que afeta as condições de dispersão de poluentes;
 .Mudança da tendência de variação da temperatura da atmosfera com a altitude;
 .Pode ser devida a três fatores distintos:
o . Subsidência de camadas de ar mais quente;
o . Resfriamento rápido da superfície do Planeta;
o . Fluxos de massa de ar próximos à encostas.
Número de inversões térmicas, abaixo de 200 m, na RMSP de 1985 a 2009

Dispersão de Poluentes
 .Refere-se ao processo pelo qual a concentração dos poluentes varia após o seu
lançamento na atmosfera;
 .A massa de poluentes lançada na atmosfera pode ser imaginada como sendo um balão
de ar quente;
 .Caso este balão seja lançado na atmosfera e não ocorra troca de calor (sistema
adiabático), a temperatura do gás contido no mesmo irá diminuir;
 .Nesta condição, a variação de temperatura será de – 1 °C para cada 100 m de elevação;
 .Este perfil de variação de temperatura é conhecido como adiabático seco, sendo
utilizado como referência para a dispersão;
 .Além disso os deslocamentos horizontais podem favorecer a mistura e dispersão dos
poluentes;
 .Os fenômenos de inversão térmica desfavorecem a dispersão.
Smog Industrial
 .Típico de regiões frias e úmidas;
 .Problemas mais acentuados ocorrem no inverno;
 .Resultante da queima de carvão e óleo combustível;
 .Predomina em regiões industrializadas ou nas proximidades de usinas termelétricas;
 .Principais componentes são o SO2 e Material particulado;

Smog Fotoquímico
 .Típico em cidades ensolaradas, quentes e de clima seco;
 .Resulta da emissão de: Hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono.
 .Na presença de luz solar dão origem a novos poluentes: . Ozônio e Peroxiacetil nitrato
(PAN).

4. Controle da Poluição Atmosférica


.Normas brasileiras de controle de poluição do ar seguem as americanas;

.Nestas normas são estabelecidos padrões de qualidade para o ar visando:

 Proteger os grupos mais sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com problemas
respiratórios;
 Garantir uma condição que não resulte em efeitos adversos sobre o bem estar da
população em geral e sobre o meio ambiente.

Normas de Controle da Poluição do Ar


 Federal:

Resolução CONAMA n° 18, 06/05/1986: .Institui o Programa de Controle de Poluição por


Veículos Automotores – PROCONVE.
Resolução CONAMA n° 03, 28/06/1990: .Estabelece os Padrões de Qualidade do Ar.

Resolução CONAMA n° 08, 06/12/1990: .Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes


do ar para processos de combustão externa em fontes novas fixas.

 .Estado de São Paulo:

Decreto 8.468/1973 (Título III – Poluição do Ar)

Índice de Qualidade do Ar
Atende ao Padrão de Qualidade

 N1 -BOA
 N2 -MODERADA

Não Atende ao Padrão de Qualidade

 N3 -RUIM
 N4 –MUITO RUIM
 N5 -PÉSSIMA

Significado do Índice de Qualidade do Ar


 Utilizado para relacionar as condições de qualidade do ar com os possíveis efeitos sobre
a saúde humana e medidas de controle;
 Baseado no indicador americano (Pollutant Standard Index – PSI);
 Relaciona a concentração do poluente na atmosfera e o seu padrão primário de
qualidade.

5. Efeitos Globais da Poluição Atmosférica


Chuva Ácida
Problema relacionado à emissão de óxidos de nitrogênio e de enxofre para a atmosfera;

Estes compostos reagem com o oxigênio e água presentes na atmosfera e dão origem à
substâncias ácidas;

Implicações: Atingem águas superficiais; Diminuem a capacidade de produção das florestas;


Provoca problemas de corrosão de metais.

Formação da Chuva Ácida (NOx):


2 NO(g) + O2 (g) ==> 2 NO2(g)

3 NO2(g) + H2O ==> 2 HNO3 + NO(g)

Formação da Chuva Ácida (SO2):


SO2 (g) + H2O ==> H2SO3

2 H2SO3 + O2(g) ==> H2SO4

2 SO2(g) + O2(g) ==> SO3(g)

SO3(g) + H2O ==> H2SO4


6. Modelo tradicional de controle da poluição: Padrões x emissões
 Todas as empresas devem atender aos padrões estabelecidos;
 Controle individualizado pelos órgãos fiscalizadores;
 Maior dificuldade na obtenção de conformidade com padrões de qualidade ambientais;
 Custos associados ao controle da poluição e fiscalização dos empreendimentos.
 Relação de dependência entre empresas e órgãos de controle ambiental;
 Dentro de uma mesma instalação podem existir várias fontes de emissão;
 Dificuldade da avaliação do efeito conjunto das emissões individuais.

7. Alternativa: Estados Unidos da América, Clean Air Act 1990


 Title IV – Acid Deposition Control.
 Estabelece um novo conceito para o controle das emissões de SO2 e NOx, responsáveis
pela ocorrência da chuva ácida;
 Baseada em um estudo de 10 anos para a avaliação das causas e efeitos relacionados à
chuva ácida.

Prerrogativas
 Presença de compostos ácidos e precursores na atmosfera: . Ameaça aos recursos
naturais, ecossistemas, materiais , visibilidade e saúde pública.
 Queima de combustíveis fósseis como principal fonte de compostos ácidos e
precursores;
 Disponibilidade de estratégias e tecnologias para controle de precursores e da
deposição ácida.
 As gerações atuais e futuras serão afetadas de maneira adversa pelo adiamento de
medidas de remediação;
 A redução da carga total de SO2 e NOx irá melhorar a proteção da saúde pública, bem
estar da população e o meio ambiente;
 Medidas de controle para reduzir as emissões de precursores pelas unidades de geração
de vapor e eletricidade devem ser iniciadas sem demora.

Finalidade
 Reduzir a emissão, em base anual, de SO2 em 10 milhões de toneladas, a partir dos
níveis de 1980;
 Reduzir a emissão, também em base anual, de NOx em 2 milhões de toneladas, a partir
dos níveis de 1980.

Emissões de SO2 nos EUA


 .1973: pico de 33 milhões de toneladas;
 .1980: 25,9 milhões de toneladas;
 .1990 : Proposta para reduzir em 10 milhões de toneladas em relação a 1980;
 .1995: Estabelecido o teto de emissão de 8,7 milhões de toneladas para os maiores
emissores.

Mecanismo alternativo para redução das emissões


Limitar a emissão por fontes afetadas, por meio de um programa específico;
O atendimento às exigências definidas pode ser obtido: Por métodos alternativos aos de
controle da poluição; Criação de um sistema de alocação e transferência de emissões.

Estratégias de longo prazo:


 Encorajar métodos de conservação de energia;
 Adotar tecnologias alternativas;
 Implantar programas de prevenção da poluição;
 Início de vigência do programa em 1995,com previsão de implantação até 2010.

Permissões Negociáveis
 Trata-se de um conceito no qual as fontes de emissão são consideradas em conjunto;
 Estabelecimento de um limite anual de emissão para poluentes específicos (Teto):
Toneladas por ano;
 Emissão de permissões para as empresas envolvidas no programa;
 Uma permissão equivale à uma determinada quantidade de poluentes que pode ser
emitida no ano;
 As permissões são distribuídas de acordo com a capacidade de produção de cada
instalação;
 Considerando-se o controle da emissão pelo setor elétrico, deve-se considerar a
produção de energia por todas as empresas envolvidas;
 No final do período cada empresa apresenta ao órgão de controle, uma quantidade de
permissões equivalentes a quantidade de poluentes emitidos.
 Na prática, o que ocorre é o estabelecimento de um limite máximo de emissão para
todas as empresas:

Atendimento dos limites estabelecidos


 A estratégia para atingir os níveis de emissão estabelecidos deve ser desenvolvida pela
indústria;
 Geralmente isto é feito com base em avaliações econômicas, levando-se em
consideração: O custo necessário para atingir os níveis de emissão estabelecidos; A
redução de poluentes obtida.
 Com base na análise do custo para controle da emissão, pode-se optar em comprar
permissões de empresas onde o custo marginal de abatimento seja menor.
 Minimização de custos com a comercialização das permissões
Medidas para controle da emissão
 . Diretamente no ponto de emissão;
 . Na cadeia produtiva de insumos utilizados (Controle Upstream);
 . Na cadeia dos usuários (Downstream).
 .Caso as empresas ultrapassem os limites de emissão alocados, elas são penalidades.

Resultados nos EUA


 Com a implantação do programa de permissões negociáveis houve uma significativa
redução das emissões;
 Dados relacionados à qualidade do ar têm mostrado um declínio na concentração de
SO2;
 Somente os benefícios relacionados à saúde, estimados para 2010 podem chegar a
valores variando de 17 a 70 bilhões de dólares anuais.

8. Depleção da Camada de Ozônio


 .Diminuição da concentração de ozônio encontrado na atmosfera (15 a 30 Km);
 .Resultado da degradação catalítica pelos Clorofluorcarbonos (CFC’s);
 .Importância do Ozônio: .Reduz a intensidade de radiação ultravioleta que chega à
superfície do Planeta, principalmente UVB e UVC.

Tipos de Radiação Ultravioleta Tipos de Radiação Ultravioleta


Implicações da Redução da Camada de Ozônio
 Aumento do índice de câncer de pele;
 Aumento do índice de catarata;
 Danos à materiais poliméricos, plantas e organismos matinhos.

Mecanismos de Atenuação

Degradação Catalítica pelo CFC


9. Mudanças Climáticas
“Efeito Estufa”
 Processo pelo qual a temperatura do Planeta é mantida constante;
 Em decorrência de um desequilíbrio no balanço térmico, maior acúmulo de energia,
existe uma tendência na elevação da temperatura;
 A causa deste desequilíbrio é atribuída a certos gases que são emitidos para a
atmosfera: .CO2; CH4 e Óxidos de nitrogênio, entre outros.
 Atribui-se ao CO2 a maior responsabilidade pela ocorrência do efeito estufa;
 Justificativas baseada nos estudos elaborados na Antártica, que possibilitou relacionar
a variação da temperatura do Planeta com a concentração de CO2;
 As evidências encontradas conduziram ao desenvolvimento de um acordo internacional,
para reduzir as emissões de CO2 para a atmosfera;

Implicações das Mudanças Climáticas


 Aumento da temperatura média do Planeta;
 Aumento na taxa de evaporação de água e aumento da precipitação;
 Diminuição da umidade do solo em várias regiões e aumento em outras;
 Aumento do nível dos oceanos;
 Alterações no equilíbrio do ecossistema.

Medidas de Controle
 Protocolo de Quioto para a redução das emissões de CO2;
 Reduzir as emissões aos níveis de 1990;
 Mecanismo de Desenvolvimento Limpo;
 Cria-se o conceito de crédito de emissão;
 Países industrializados por meio de compensações financeiras à países em
desenvolvimento ganham créditos para ultrapassar a cota estabelecida;
 Os investimentos podem ser feitos em projetos de reflorestamento.

10. Controle da Poluição do Ar


Medidas Preventivas
 Melhora da qualidade dos combustíveis;
 Uso de combustíveis com baixo teor de enxofre;
 Substituição de combustíveis fósseis por fontes alternativas;
 Manter programas de avaliação dos sistemas de combustão;
 Manter programas de manutenção preventiva nos sistemas relacionados à combustão.

Tratamento de Emissões Gasosas


 As principais técnicas para tratamento de resíduos gasosos envolvem:
 Transferência do contaminante para uma fase sólida ou líquida;
 Conversão para espécies com menor potencial de risco;
 Em muitos casos a dispersão dos poluentes gasosos é o procedimento mais utilizado;

Como principais alternativas para tratamento de resíduos gasosos destacam-se: Filtração;


Separação; Remoção de gases ácidos; Controle de NOx; Adsorção em carvão ativado ou
incineração.

11. A -Filtração
Indicada para a remoção de partículas em suspensão presentes nas correntes gasosas; Os
principais equipamentos de filtração incluem:

 Filtros de manga;
 Filtros cerâmicos;
 Filtros metálicos;
 Filtros absolutos (HEPA).

O processo está baseado na interceptação das partículas presentes na corrente gasosa, quando
esta atravessa um meio poroso;

São aplicadas para correntes gasosas secas;

Devem ser selecionadas em função do diâmetro da partícula que se deseja remover.

Filtro de Manga Pulsado https://youtu.be/1jEOIVQeilE

12. B -Separação
Aplica-se a remoção de materiais particulados de qualquer corrente gasosa (seca ou úmida);

O tipo de processo de separação a ser utilizado depende do diâmetro das partículas presentes;

Os dispositivos de separação podem ser ativos ou passivos;

As principais técnicas de separação disponíveis incluem:

 Separador gravitacional;
 Separador tipo ciclone;
 Precipitador eletrostático;
 Eliminador de umidade.

Separador tipo ciclone https://youtu.be/oZoweO_UX6s

Precipitador Eletrostático https://youtu.be/iUXHzYLgrB0

13. C – Remoção de Gases Ácidos


 Pode ser obtida em lavadores de gases ou pelo processo a seco;
 Os lavadores de gases aplicam-se a remoção de material particulado, SO2 e HCl;
 Gases e material particulado são absorvidos em uma solução adequada, geralmente
alcalina;
 A remoção dos gases ácidos a seco é feita pela adição de um material absorvedor que
irá reagir com o gás, dentro do próprio dispositivo de combustão;
 O material gerado será coletado nos sistemas de separação existentes;

14. D – Controle de NOx


O controle de efluentes gasosos contendo NOx pode ser realizado por um dos seguintes
processos:

 Controle da temperatura de combustão e relação ar/combustível;


 Redução catalítica seletiva;
 Redução não catalítica (adição de NH3 como agente redutor).
 Redução catalítica não seletiva;
 Decomposição direta com catalisador;
 Oxidação e lavagem (NO èNO2);
 Quelação e lavagem.

Só os lavadores de gases não são capazes de promover a remoção dos vapores de NOx presentes
nos gases de combustão;

Isto se justifica em razão da maior fração de NOx (90 a 95 %), estar na forma de NO, o qual não
é efetivamente capturado.

Lavador de gases tipo Venturi https://youtu.be/BRNPgPBEzfM

15. E – Adsorção em Carvão Ativado ou Incineração


Efluentes com compostos voláteis, hidrocarbonetos e solventes orgânicos, podem ser
submetidos a este tipo de processo;

Adsorção em carvão ativado:

 Contaminantes são retidos no carvão por processos físicos e químicos;


 Após a exaustão o carvão exaurido deverá ser gerenciado de forma adequada, podendo
ser regenerado ou incinerado;

Incineração os gases:

 Contaminantes voláteis são convertidos em substâncias menos tóxicas;


 Pode ser feita a recuperação de energia.

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