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POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Prof. Renan Laughton Milo


COMPOSIÇÃO DO AR ATMOSFÉRICO
Componentes Gasosos %

Nitrogênio 78%
Oxigênio 20,95%
Argônio 0,93%
Dióxido de Carbono 0,03%
Neônio 0,0018%
Hélio 0,00052%
Metano 0,00022%
Criptônio 0,00010%
Óxido Nitroso 0,00010%
Hidrogênio 0,000050%
Xenônio 0,0000080%
Condição normal
Inversão térmica

Inversão térmica
Poluição do Ar
Interações entre Fontes poluentes
e
Processos atmosféricos
(Diluição e/ou reações químicas)

Nível de qualidade do ar

Efeitos negativos sobre a saúde humana e o ambiente em geral


Outros efeitos causados pela poluição
Efeitos sobre os materiais Efeitos sobre a
vegetação

Efeitos sobre a visibilidade


POLUENTE ATMOSFÉRICO
Poluente atmosférico é toda e qualquer forma de matéria sólida,
líquida ou gasosa e de energia que, presente na atmosfera, pode
torná-la poluída.

Os poluentes atmosféricos em forma de matéria podem ser


classificados inicialmente em função do estado físico, em dois
grupos: material particulado; gases e vapores.

De acordo com a sua origem, os poluentes em forma de matéria


podem ser classificados em poluentes primários, emitidos já na
forma de poluentes, e poluentes secundários, que são formados na
atmosfera por reações químicas ou mesmo fotoquímicas
Material Particulado
São as partículas sólidas ou líquidas emitidas por
fontes de poluição do ar ou mesmo aquelas
formadas na atmosfera.

As partículas de maior interesse para a saúde pública são as


chamadas partículas inaláveis, ou seja, com diâmetro
aerodinâmico equivalente (diâmetro que incorpora a
densidade da partícula pela comparação com a velocidade
de queda de uma partícula de densidade 1 g/cm3) menor
que 10 micrômetros.
Material particulado - classificação
O material particulado pode ser classificado,
segundo método de formação, em:
POEIRAS (poeira de cimento, poeira de amianto,
poeira de algodão, poeira de rua),
FUMOS (fumos de chumbo, fumos de alumínio,
fumos de zinco, fumos de cloreto de amônia)
FUMAÇA - partículas da combustão de
combustíveis fósseis, materiais asfálticos ou
madeira, contém fuligem, partículas líquidas e, no
caso de madeira e carvão, uma fração mineral
(cinzas);
NÉVOAS - Partículas líquidas.
Gases e vapores
São poluentes na forma molecular, quer como gases
permanentes, como por exemplo, o dióxido de enxofre,
o monóxido de carbono, o ozônio, os óxidos nitrosos,
quer como aqueles na forma gasosa transitória de
vapor, como os vapores orgânicos em geral (vapores
da gasolina, vapores de solventes etc.).
DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)
 FONTES
 respiração, decomposição de plantas e animais e queimadas
naturais de florestas;
 queima de combustíveis fósseis, desflorestamento, queima de
biomassa e fabricação de cimento

 CONCENTRAÇÃO
 antes 1750 - 280 ppmv (partes por milhão por volume )
 em 1958 – 315 ppmv
 em 1992 – 355 ppmv
DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)

 REDUÇÃO
 Redução 60%
 Criada FCCC na ECO 92

 EFEITOS
 Principal gás do “efeito estufa”
METANO (CH4)

 FONTES
 Matéria orgânica em decomposição
 Cultivo de arroz, queima de biomassa, queima de combustíveis
fósseis

 CONCENTRAÇÃO
 Atual – 1,72 ppmv
 Antes Revolução Industrial – 0,8 ppmv
METANO (CH4)

 REDUÇÃO
 15 – 20%

 EFEITOS
 Pulmões
 Sistema cardiovascular e sistema nervoso
ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (NO, NO2)

 FONTES
 Oceanos, florestas tropicais
 Produção de nylon, ácido nítrico, atividades agrícolas, queima
de biomassa e queima de combustíveis fósseis

 CONCENTRAÇÃO
 Em 1993 – 310 ppbv (partes por bilhão por volume)
 Antes Revolução Industrial – 275 ppbv
ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (NO, NO2)

 REDUÇÃO
 70 – 80%

 EFEITOS
 Inflamações do sistema respiratório (traqueítes, bronquites
crônicas, enfisema pulmonar, broncopneumonias)
 Reduz fotossíntese
HALOCARBONOS (CFCs, HCFCs, HFCs)

 FONTES
 Produção de aerossóis, espuma, indústria de ar condicionado

 CONCENTRAÇÃO
 Em 1992 - CFC 11 – 280 pptv (partes por trilhão por
volume)
- CFC 12 – 484 pptv
- CFC 113 – 60 pptv
HALOCARBONOS (CFCs, HCFCs, HFCs)

 REDUÇÃO
 Entre 1988 – 1992 : 40%

 EFEITOS
 Destruição da camada de ozônio
 Efeito estufa
 Radiação ultravioleta (queimaduras de pele, câncer de pele)
MONÓXIDO DE CARBONO (CO)
 FONTES
 Tráfego (veículos)
 Indústrias
 Vegetação

CONCENTRAÇÃO
 A partir dos anos 80, a emissão de CO pelos automóveis
passou de 33 gramas por quilômetro rodado (gCO/Km)
para 0,43 gCO/Km o que resultou numa queda progressiva
na poluição, mesmo com o aumento da frota de veículos.
Contudo em 2000 apresentou um pequeno crescimento.
DIÓXIDO DE ENXOFRE (SO2)

 FONTES
 Combustão (petróleo e carvão mineral)
 Veículos à diesel

 EFEITOS
 Sistema respiratório
 Problemas cardiovasculares
 Chuva ácida
OZÔNIO (O3)

 FONTES
 reação dos hidrocarbonetos e óxido de nitrogênio na presença
de luz solar

 CONCENTRAÇÃO
 0,3 ppmv
OZÔNIO (O3)

 REDUÇÃO
 Controle dos veículos automotores (combustão)

 EFEITOS
 Irritação dos olhos e vias respiratórias
 Envelhecimento precoce e corrosão dos tecidos
Poluentes mundiais

Dióxido de Carbono

• Presente na combustão de produtos carbonados


diversos;
• Favorece ao Efeito Estufa.
Poluentes mundiais

Monóxido de Carbono

• Resultante da combustão incompleta de materiais fósseis, como o


petróleo e carvão;
• Incolor e inodoro;
• Extremamente tóxico para o homem.
Poluentes mundiais
Dióxido de Enxofre

• Emanações de centrais elétricas, indústrias, veículos automotores


e combustíveis domésticos freqüentemente carregado de ácido
sulfúrico;
• Agrava as afecções respiratórias, ataca as árvores e plantas,
certos tecidos sintéticos, etc.;
• Favorece ao fenômeno da chuva ácida.
Poluentes mundiais
Óxidos de Nitrogênio

• Provêm de motores a combustão, aviões, incineradores,


do emprego excessivo de certos fertilizantes, de
queimadas e de instalações industriais;
• Causam nevoeiros, podem provocar afecções
respiratórias e bronquites em recém-nascidos;
• Favorecem ao fenômeno da chuva ácida.
Poluentes mundiais
Petróleo

• Originado, principalmente, de descargas ou acidentes


com navios petroleiros e da extração e do refino do
petróleo;
• Poluição das águas;
• Impede a penetração de luz, o que afeta a flora.
Gases e vapores – Classificação
complementar

Independentemente do estado físico, tem importância sub-


classificações como as substâncias causadoras de odores
incômodos (gás sulfídrico, mercaptanas, solventes
orgânicos, etc.), e os poluentes altamente tóxicos
(dioxinas, furanos, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos
- HPAs, metais em geral, metais pesados, etc.)
Padrões de Qualidade do Ar
A poluição do ar ocorre quando a alteração da
composição da atmosfera resulta em danos
reais ou potenciais. Dentro deste conceito,
pressupõe-se a existência de níveis de
referência para diferenciar a atmosfera
poluída da atmosfera não poluída.

O nível de referência sob o aspecto legal é


denominado Padrão de Qualidade do Ar.
Padrão de Emissão
Padrão de Emissão é um limite estabelecido
legalmente e que deve ser respeitado para a
emissão na fonte. Estes podem estar
expressos em concentração (ex.: mg/Nm3
base seca a 12% de oxigênio), em taxa de
emissão (ex.: kg/hora) ou em função de um
parâmetro da fonte (ex.: kg/tonelada
incinerada).
MÉTODOS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR

Historicamente tem-se utilizado o termo


“controle de poluição” para todas as ações
que eliminam ou reduzem a geração de
poluentes e para aquelas de tratamento das
emissões. Dentro deste enfoque as medidas
de controle da poluição do ar envolvem desde
o planejamento do assentamento de núcleos
urbanos e industriais e do sistema viário, até
a ação direta sobre a fonte de emissão.
Medidas para impedir a geração do poluente
Em muitos casos os poluentes podem ser eliminados
totalmente através da substituição de combustíveis,
matérias-primas e reagentes que entram no
processo, mudança de equipamentos e de
processos.

A substituição de combustíveis com enxofre por


combustíveis sem enxofre elimina a formação e a
emissão de compostos de enxofre à atmosfera. O
gás natural é praticamente isento de enxofre e
pode substituir os óleos combustíveis que contêm
teores altos de enxofre.
Medidas para reduzir a geração de poluentes
A diminuição da quantidade de poluentes gerada pode ser
conseguida pelas seguintes medidas:

Uso de equipamentos dentro da sua capacidade


nominal;
Boa operação e manutenção adequada de
equipamentos produtivos; armazenamento adequado de
materiais pulverulentos e/ou fragmentados, evitando a
ação dos ventos sobre o mesmo;
Adequada limpeza do ambiente, em especial aqueles
onde há possibilidade de ação de microorganismos e
conseqüente geração de odor, como é o caso de
diversos tipos resíduos urbanos;
Medidas para reduzir a geração de poluentes
utilização de processos, equipamentos e
operações de menor potencial poluidor.
utilização de combustíveis de menor potencial
poluidor.
Ruas pavimentadas e limpas reduzem a emissão
de poeira para a atmosfera, o que pode ser
reduzido ainda mais pela umectação;
 evitar deixar áreas com solo sem vegetação,
mantendo-as pelo menos gramadas, o que
contribui inclusive para reduzir a erosão e o
assoreamento.
Tratamento das Emissões
Os equipamentos de controle de poluição do ar são
divididos em função do estado físico de poluente a ser
considerado, ou seja, Equipamentos de Controle de
Material Particulado e Equipamentos de Controle
de Gases e Vapores.

Sempre em conjunto com o equipamento de controle de


poluição industrial existe um sistema de exaustão
(captores, dutos, ventilador e chaminé), cuja função é
captar, concentrar e conduzir os poluentes para serem
"filtrados", com posterior lançamento do residual no ar.
Tratamento das Emissões
O material particulado pode ser removido do fluxo gasoso
poluído por sistemas secos (coletores mecânicos inerciais e
gravitacionais; coletores centrífugos, como os ciclones;
precipitadores eletrostáticos secos e filtros de tecido, como,
por exemplo, os filtros tipo mangas) e por sistemas úmidos
(lavadores dos mais variados tipos e precipitadores
eletrostáticos úmidos).

Os gases e vapores podem ser removidos do fluxo poluído


através de absorvedores (lavadores de gases), de
adsorvedores (carvão ativado), ou por incineração térmica
ou catalítica, como os combustores catalíticos dos
automóveis, por condensadores, biofiltros e por processos
especiais.
Planejamento urbano
Este método consiste basicamente numa melhor
distribuição espacial das fontes potencialmente
poluidoras do ar, aumentando a distância fonte-
receptor, diminuindo a concentração de atividades
poluidoras próximas a núcleos residenciais,
melhorando o sistema viário, proibindo a implantação
de fontes de alto potencial poluidor em regiões críticas,
localizando as fontes preferencialmente à jusante dos
ventos predominantes na região, em relação a
assentamentos residenciais, e controle da circulação de
veículos em áreas congestionadas.
Diluição através de chaminés altas
A utilização de chaminés altas visa a redução da
concentração do poluente ao nível do solo, sem a
redução da quantidade emitida. Trata-se,
portanto, de medida cuja eficácia fica dependente
da distribuição espacial das fontes e das
condições meteorológicas e topográficas da
região. É uma técnica recomendável como
medida adicional para melhoria das condições de
dispersão dos poluentes residuais na atmosfera,
mas somente após a tomada de outras medidas
para reduzir a geração de poluentes ou a sua
emissão.
Câmara de Sedimentação
Gravitacional
 Mecanismo de coleta: força gravitacional
 Uso: pré-coletor para retirada de partículas grosseiras
 Vantagens: baixa perda de carga (10 a 25 mmCA) e
custo relativamente baixo
 Desvantagens: baixa eficiência e espaço ocupado
Ciclones
Lavadores (scrubbers)
Vantagens: Não apresentam restrição quanto à temperatura e
umidade dos gases, podem ser utilizados para partículas e alguns
gases, podem controlar partículas adesivas, em geral são
compactos, podem ser conseguidas altas eficiências de coleta.
Desvantagens: Alto consumo de energia quando se necessita
eficiência alta, exigem tratamento de efluentes líquidos, vida útil
em geral menor por causa da umidade, necessita água. necessitam
de materiais resistentes à corrosão, no lavador e após o mesmo;
formação de pluma visível nos dias frios, pela condensação da
umidade; o material coletado está na forma úmida e, em geral,
necessita tratamento para sua reutilização;
Exemplos: lavadores de spray, lavadores ciclônicos, torres de
enchimento, lavadores de impactação, lavador venturi, lavador
ejetor.
Lavadores (scrubbers)
Filtro de Tecido
Princípio de funcionamento: passagem da mistura gasosa
que contém as partículas através de um material filtrante,
sendo que o gás atravessa os seus poros e as partículas, na
sua maioria, ficam retidas na sua superfície, que de
tempos em tempos tem que ser retiradas para evitar uma
camada muito espessa, que dificultaria a passagem do gás
(aumento da perda da carga). No começo do processo de
filtragem, a coleta se inicia com a colisão das partículas
contra as fibras do meio filtrante e sua posterior aderência
às mesmas. A medida que o processo continua a camada
de partículas coletadas vai aumentando tornando-se então
o meio de coleta e aumentando a eficiência do processo.
Filtro de Tecido
Principais Vantagens do Filtro de tecido:
- apresenta alta eficiência de coleta
- coleta material a seco e em forma reutilizável
- perda de carga e custo de operação moderados
 
Principais Desvantagens:
- custo de manutenção geralmente alto
- exige controle de temperatura
- exige material filtrante ou controles especiais nos casos de
possibilidade de condensação de umidade no filtro.
exige espaço médio para sua instalação
Filtro de Tecido
Precipitadores Eletrostáticos
Atividades
Industriais

As atividades industriais emitem:

SO2 – Óxidos de Enxofre

NOx – Óxidos de Nitrogênio


Emissões Veiculares
Queima incompleta de combustíveis
como a gasolina e o diesel,
emitem os seguintes poluentes:

- CO - Monóxido de Carbono
- NOx - Óxidos de Nitrogênio
- COVs - Compostos Orgânicos
Voláteis
- MP - Material Particulado

Evaporação e (re) distribuição de


combustíveis:
COVs - Compostos Orgânicos
Voláteis
Efeitos sobre a saúde

  Interferência na capacidade do sangue de oxigenar os tecidos e órgãos


CO vitais como o coração e o cérebro. Danos à percepção, à acuidade visual,
Monóxido de Carbono à atividade mental e aos reflexos.

  Irritação às vias respiratórias, aos olhos, danos à pele e às plantas.


SO2
Dióxido de Enxofre

Debilita o sistema imunológico, aumentando a suscetibilidade à


NOx contaminação por vírus e bactérias, podem provocar desconforto
Óxidos de Nitrogênio respiratório e alterações celulares.

Irritações no trato respiratório, nos olhos, nariz e pele, efeitos narcóticos,


COV mal-estar, dor de cabeça e sonolências. Responsáveis pelo aumento de
Compostos Orgânicos Voláteis incidência de câncer no pulmão.
 

  Irritação nos olhos, no nariz e garganta, dores de cabeça, redução das


O3 funções pulmonares, envelhecimento precoce, diminuição da capacidade
Ozônio do organismo de resistir a infecções respiratórias.

 
  As partículas maiores ficam retidas no nariz e na garganta, causando
  MP irritação nas vias respiratórias e facilitando a propagação de infecções
  Material Particulado virais e bacterianas. Partículas menores atingem o pulmão e podem
  causar alergias, asma e bronquite, aumentando as doenças pulmonares e
  cardíacas.
 
 
Definição de:
   Estratégias

 Limites máximos de emissão

 Adoção de padrões nacionais de qualidade do ar.

 Padrões primários: se ultrapassados poderão afetar a saúde da


população.

 Padrões secundários: mínimo efeito adverso sobre o bem estar


da população, assim como o mínimo dano à fauna e à flora, aos
materiais e ao meio ambiente em geral.

 Prevenção de deterioração significativa da qualidade do ar.


 Áreas enquadradas em Classes I (preservação, lazer e
turismo); Classe II (deterioração limitada pelos padrões
secundários); Classe III (padrões primários atendidos)

 Monitoramento da qualidade do ar >> Rede nacional

 Inventário Nacional de fontes e poluentes do ar

 Compete ao IBAMA o gerenciamento do PRONAR,


e aos estados o estabelecimento e implementação dos
programas específicos.
Resolução 03 / 1990:

Art.2: Padrões de qualidade do ar:

Partículas totais em suspensão:

 Primário: Conc. média geométrica anual de 80 ug/m 3.


Conc. média de 24 hs de 240 ug/m3 de ar - não excedida mais de
uma vez por ano.

 Secundário: Conc. média geom. anual de 60 ug/m3.


Conc. média 24 hs de 150 ug/m3.
 
Fumaça:

 Primário: Conc. média aritmética anual de 60 ug/m3.


Conc. média 24 hs de 150 ug/m3.

 Secundário: Anual = 40 ug/m3.


24 hs = 100 ug/m3.

  Partículas inaláveis:

 Primário / Secundário: Anual = 50 ug/m3.


24 hs = 150 ug/m3.
Dióxido de enxôfre:

 Primário: Anual = 80 ug/m3


24 hs = 365 ug/m3.

 Secundário: Anual = 40 ug/m3.


24 hs = 100 ug/m3.
 
Monóxido de carbono:

 Primário e secundário: Média de 8 hs = 10000 ug/m3 (9 ppm)


Média de 1 h = 40000 ug/m3 (35 ppm)
 
Ozônio:
 Primário e secundário: Média de 1 h = 160 ug/m3. 

Dióxido de nitrogênio:

 Primário: Anual = 100 ug/m3.


1 h = 120 ug/m3.

 Secundário: Anual = 100 ug/m3.


1 h = 190 ug/m3

Art.4: Estabelece os métodos de amostragem e análise dos


poluentes.

Art.5: O monitoramento da qualidade do ar é atribuição dos


estados.
Medidas para impedir a geração do poluente
Em muitos casos os poluentes podem ser eliminados
totalmente através da substituição de combustíveis,
matérias-primas e reagentes que entram no
processo, mudança de equipamentos e de
processos.

A substituição de combustíveis com enxofre por


combustíveis sem enxofre elimina a formação e a
emissão de compostos de enxofre à atmosfera. O
gás natural é praticamente isento de enxofre e
pode substituir os óleos combustíveis que contêm
teores altos de enxofre.
Medidas para reduzir a geração de poluentes
A diminuição da quantidade de poluentes gerada pode ser
conseguida pelas seguintes medidas:

Uso de equipamentos dentro da sua capacidade


nominal;
Boa operação e manutenção adequada de
equipamentos produtivos; armazenamento adequado de
materiais pulverulentos e/ou fragmentados, evitando a
ação dos ventos sobre o mesmo;
Adequada limpeza do ambiente, em especial aqueles
onde há possibilidade de ação de microorganismos e
conseqüente geração de odor, como é o caso de
diversos tipos resíduos urbanos;
Medidas para reduzir a geração de poluentes
utilização de processos, equipamentos e operações
de menor potencial poluidor.
utilização de combustíveis de menor potencial
poluidor.
Ruas pavimentadas e limpas reduzem a emissão
de poeira para a atmosfera, o que pode ser
reduzido ainda mais pela umectação;
evitar deixar áreas com solo sem vegetação,
mantendo-as pelo menos gramadas, o que
contribui inclusive para reduzir a erosão e o
assoreamento.
Tratamento das Emissões
Os equipamentos de controle de poluição do ar são
divididos em função do estado físico de poluente a ser
considerado, ou seja, Equipamentos de Controle de
Material Particulado e Equipamentos de Controle
de Gases e Vapores.

Sempre em conjunto com o equipamento de controle de


poluição industrial existe um sistema de exaustão
(captores, dutos, ventilador e chaminé), cuja função é
captar, concentrar e conduzir os poluentes para serem
"filtrados", com posterior lançamento do residual no ar.
Tratamento das Emissões
O material particulado pode ser removido do fluxo gasoso
poluído por sistemas secos (coletores mecânicos inerciais e
gravitacionais; coletores centrífugos, como os ciclones;
precipitadores eletrostáticos secos e filtros de tecido, como,
por exemplo, os filtros tipo mangas) e por sistemas úmidos
(lavadores dos mais variados tipos e precipitadores
eletrostáticos úmidos).

Os gases e vapores podem ser removidos do fluxo poluído


através de absorvedores (lavadores de gases), de
adsorvedores (carvão ativado), ou por incineração térmica
ou catalítica, como os combustores catalíticos dos
automóveis, por condensadores, biofiltros e por processos
especiais.
Tratamento de Gases
Princípios:
• Deposição: partículas são carregadas em uma corrente de ar.
Quando a velocidade desta corrente é reduzida, as partículas se
depositam no fundo do coletor.
• Forças inerciais: a direção da corrente de ar é modificada e as
partículas mais pesadas tendem a continuar seguindo a trajetória
anterior. As partículas colidem com as paredes do equipamento e
precipitam no fundo do coletor.
• Filtração: A corrente de ar saturado com material particulado passa
através de um material poroso que retém as partículas, liberando ar
limpo.
• Atração eletrostática: partículas carregadas eletrostaticamente são
atraídas por objetos com carga oposta e removidos da corrente de ar.
Parâmetros para seleção de equipamentos

• Características da partícula: tamanho, formato, densidade,


viscosidade e propriedades elétricas.

• Outras características: temperatura, concentração e fatores


econômicos.
Fatores de Emissão

Um Fator de Emissão é um número que relaciona a


quantidade de poluentes emitidos para a atmosfera
relacionada com uma atividade potencialmente
poluidora.

Estes fatores são, usualmente, expressos em unidades de


massa de contaminante (ou poluente) dividido por
unidade de comprimento, peso, distância ou duração da
atividade emissora de poluentes (ex. Kg de material
particulado emitido por tonelada de carvão mineral
queimado).
Fatores de Emissão

Estes fatores facilitam significativamente a estimativa das


emissões de vários tipos de fontes, pois contém uma
grande base de dados. Por exemplo:
• Processos de combustão
• Aterros sanitários
• Perdas por evaporação em tanques de produtos voláteis
• Industria petroquímica
• Processamento de alimentos
• Mineração
• Industrias metalurgicas e siderurgicas
• e outros.
Fatores de Emissão

A equação geral para a utilização dos fatores de emissão


é:

E = A x EF x (1 - ER/100)

onde:
E = Emissão
A = Taxa de execução da atividade
EF = Fator de emissão característico da atividade
ER = % de eficiência do equipamento de controle de
poluição utilizado
Exemplo

Calcule a emissão de CO de um queimador industrial,


que consome 90000 litros de óleo destilado por dia.
O fator de emissão para queimadores industriais que
utilizam óleo destilado é 0,6 kilogramas de CO por 10³
litros de óleo queimado. Então as emissões de CO são:
E = Fator de Emissão de CO x Volume de óleo
consumido por dia
= 0,6 x 90
= 54 Kg/dia

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