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Conceito
Quimicamente, chuva ácida não seria uma expressão adequada, porque para a
Química toda chuva é ácida devido à presença do ácido carbônico (H2CO3), mas para a
Geografia toda chuva com pH abaixo do N.T (Nível de tolerância pH) igual à
aproximadamente 5,5 é considerada ácida. Ela também pode acarretar sérios danos às
trutas por exemplo, uma vez que se cair uma chuva ácida num ambiente lacustre de uma
truta, abaixo ou acima do N.T, a truta morrerá. Os efeitos ambientais da precipitação
ácida levaram à adopção, pela generalidade dos países, de medidas legais restritivas da
queima de combustíveis ricos em enxofre e obrigando à adopção de tecnologias de
redução das emissões de azoto reactivo para a atmosfera.
História
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das suas águas pela deposição ácida, trazendo a questão da chuva ácida para a ribalta da
política ambiental.
Chama-se de chuva ácida a precipitação na forma de água que possui baixo pH,
geralmente abaixo do valor 5,6, que é o patamar considerado normal para as chuvas. A
escala de pH mede o índice de acidez de uma determinada solução. Considera-se uma
substância ácida quando o seu pH é menor do que 7. Dessa forma, podemos afirmar
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que, em condições normais, as chuvas apresentam certo grau de acidez, mas sem que
haja quaisquer tipos de prejuízo para a natureza ou para a saúde humana.
Composição
A chuva ácida é formada a partir da reação dos óxidos presentes nos gases
poluentes com as gotículas de água que se encontram em suspensão na atmosfera. Nesse
processo, ocorre a formação de compostos ácidos, que, no momento da condensação e
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precipitação, são depositados sobre as cidades, vegetação e superfícies aquáticas. Em
função disso, a chuva ácida é chamada também de deposição ácida.
O esquema
abaixo mostra, de
forma simplificada,
como se dá o processo de
formação da chuva ácida e
algumas de suas
consequências.
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As águas continentais também estão sofrendo acidificação a um ritmo muito
rápido, um fato especialmente preocupante se tivermos em consideração que, apesar de
apenas 1% da água do planeta ser doce, 40% dos peixes vivem nela. Tal acidificação
aumenta a concentração de íons metálicos — principalmente íon de alumínio —, o que
poderia ocasionar a morte de uma grande parte dos peixes, anfíbios e plantas aquáticas
dos lagos acidificados. Além disso, os metais pesados são deslocados para as águas
subterrâneas, que deixam de ser aptas para o consumo.
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Estudos ecotoxicológicos demonstraram que a precipitação ácida têm impactos
adversos sobre as florestas, as massas de água doce e os solos, matando plânctons,
insetos, peixes e anfíbios. Também demonstraram efeitos negativos sobre a saúde
humana. Para além disso, a precipitação ácida aumenta a corrosividade da atmosfera,
causando danos em edifícios e outras estruturas e equipamentos expostos ao ar.
Por exemplo, a presença de elevada acidez na água (pH < 5) inibe a produção
das enzimas que permitem que as larvas da maior parte das espécies de peixes de água
doce, incluindo a maioria da espécies de truta, escapem das suas ovas.
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Os lagos são particularmente afectados por receberem e concentrarem a acidez
proveniente do escorrimento através de solos acidificados pela precipitação e por
concentrarem parte importante da carga dos iões solubilizados.
2H+ (aq)
+ Mg2+ (argilas) ⇌ 2H+ (argilas) +
Mg2+(aq)
A química dos
solos sofre profundas
modificações quando catiões
importantes para o suporte
da vegetação, como o Ca++
e Mg++, são perdidos por
lexiviação.
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Efeitos sobre a saúde humana
A precipitação ácida pode causar danos nos edifícios e estruturas expostas ao ar,
com destaque para os edifícios históricos e monumentos, especialmente os construídos
ou revestidos com calcários e mármores. Esse aumento da corrosividade resulta da
reacção do ácido sulfúrico contido na precipitação com os compostos de cálcio contidos
na pedra, formando gesso que é solubilizado ou se desagrega da estrutura:
CaCO3 (s) + H2SO4 (aq) ⇌ CaSO4 (aq) + CO2 (g) + H2O (l)
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As regiões particularmente afectadas pela precipitação ácida incluem a maior
parte da Europa, particularmente a Escandinávia, onde muitos dos lagos estão tão
acidificados que já não têm peixes e com extensas áreas florestais fortemente
danificadas, grande parte do nordeste dos Estados Unidos e do sudeste do Canadá.
Outras regiões afectadas são sudeste da China e Taiwan.
Soluções
Nos EUA, muitas usinas de energia que queimam carvão usam o sistema de
dessulfuração de gás de fumeiro (FGD) para retirar os gases contendo enxofre de suas
chaminés. Um exemplo de FGD é o depurador molhado que geralmente é usado nos
EUA e em muitos outros países. Um depurador molhado é basicamente uma torre de
reacção equipada com um ventilador que extrai a fumaça de gases quentes da chaminé
de uma usina de energia. O calcário ou a pedra calcária em forma de slurry também é
injectada na torre para se misturar com os gases da pilha e combinar-se com o dióxido
de enxofre presente. O carbonato de cálcio da pedra calcária produz sulfato de cálcio de
pH neutro, que é fisicamente retirado do depurador. Ou seja, o depurador transforma a
poluição de enxofre em sulfatos industriais.
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Em algumas áreas os sulfatos são vendidos a companhias químicas como gesso
quando a pureza de sulfato de cálcio é alta. Em outros, eles são colocados num aterro.
Conservar energia;
Transporte colectivo;
Utilização do metrô;
Utilizar fontes de energia menos poluentes;
Purificação dos escapamentos dos veículos;
Utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre.
Causas
A chuva ácida pode ter origem antrópica ou natural, sendo que esse último
ocorre em menor escala. Os principais geradores naturais de chuva ácida são os vulcões,
que emitem à atmosfera gases, partículas, compostos de enxofre e poeira. Além disso,
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os processos biológicos ocorridos nos solos, pântanos e oceanos, além da respiração
animal e vegetal, também causam chuva ácida.
Vale dizer que a chuva ácida não ocorre apenas no local onde há emissões de
gases à atmosfera. É possível que o vento transporte esses gases para regiões mais
afastadas, podendo provocar o fenômeno atmosférico em outras regiões.
Consequências
Vegetação: a chuva ácida danifica as folhas e as raízes das árvores, o que resulta
em diminuição da cobertura do dossel e morte dos vegetais. Além disso, as plantas
podem tornar-se suscetíveis à ocorrência de pragas e doenças.
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Materiais e edifícios: monumentos de pedra feitos de mármore e calcário, bem
como materiais de construção contendo grandes quantidades de carbonato são
suscetíveis à chuva ácida. Isso pode representar uma grande perda de patrimônios,
incluindo os registros históricos e culturais.
Saúde humana: aumento da ingestão de metais pesados, pois eles ficam mais
disponíveis no solo. Os metais pesados mais comuns, como Al, Cd, Zn, Pb, Hg, Mn e
Fe, são dissolvidos no solo e na água. Assim, acabam fazendo o seu caminho para as
águas subterrâneas, que são consumidas por humanos, e contaminam os alimentos
(peixes, carnes e vegetais) e novos consumidores.
CONCLUSÃO
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Inicialmente, é importante que você saiba que demorou anos para a sociedade
começar, de fato, a ter noção dos reais impactos ambientais devido à intensificação da
poluição. Isto é, muitos fenômenos já estavam ocorrendo por todo o mundo, mas foram
descobertos/estudados tardiamente, o que agravou ainda mais a situação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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