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Consequências das chuvas ácidas

Os principais efeitos das chuvas ácidas são:


 Corrosão de metais;
 Degradação de materiais de construção;
 Redução da vida aquática;
 Fragilização das espécies vegetais;
 Libertação de iões metálicos a partir das rochas,
 Modificação do pH do solo;
 Arrastamento de nutrientes dos solos.

O aumento da acidez atmosférica ocorre quando há formação de ácidos por dissolução


dos óxidos na água da atmosfera. A transferência para a superfície ocorre então por
precipitação em forma de chuva, nevoeiro, neve, isto é, por deposição húmida.
Contudo, os óxidos de azoto e enxofre podem reagir com outras substâncias da
atmosfera para formar compostos que se depositam sob a forma de matéria
particulada, como o NH4HSO4. Também o contacto direto dos óxidos de enxofre e azoto
com superfícies (águas, solos, edificações, etc.) provoca a acidificação. A deposição de
compostos ácidos sob forma não aquosa toma o nome de deposição seca.
Os ácidos das chuvas, sulfúrico e nítrico, reagem com carbonato de cálcio existente em
monumentos, nas esculturas e noutras edificações feitiços no calcário e no mármore e
essas químicas podem ser traduzidas por equações de reação ácido-base, em que um 
dos produtos é o dióxido de carbono (CO2):

Qualquer uma das reações é uma reação ácido-base e tem como produtos de reação o
sulfato de cálcio (1) e o nitrato de cálcio (2).  O sulfato de cálcio é um componente
pouco solúvel em água e que forma, por isso, depósitos sólidos nas fendas e poros dos
calcários e mármores, promovendo a sua desintegração.

Em qualquer dos casos, são bem conhecidos os danos causados pela deposição e
chuva ácida nos materiais, águas naturais, solos, vida vegetal e mesmo no homem.
Materiais- a acidez das chuvas causa danos em muitos materiais usados no património
edificado pelo homem. As chuvas e as poeiras ácidas afetam em especial as estruturas
metálicas e as construções com pedras calcárias. Assim, automóveis, edificações,
monumentos, instalações elétricas, canalizações, etc. vão ficando progressivamente
danificados.
Águas naturais- A principal consequência do aumento da acidez em lagos e rios é o
prejuízo para a flora e para a fauna aquáticas. Quando o pH atinge valores abaixo de 4
poucos são os seres vivos que conseguem sobreviver. Um pH baixo promove a
dissolução de alumínio a partir das rochas, lançando-o nas águas de lagos e rios. A
acidez e as altas concentrações de alumínio são responsáveis pela morte de peixes,
sobretudo os mais jovens.
Solos e vida vegetal- a acidificação dos terrenos reduz a capacidade de crescimento de
algumas plantas, pois o pH é um dos fatores que mais condiciona a produtividade dos
solos. Por outro lado, as chuvas ácidas arrastam consigo os nutrientes, tais como o
potássio, o cálcio e o magnésio, causando problemas também na produção agrícola.
Nas florestas a chuva ácida é responsável pelo enfraquecimento das árvores, o que as
torna mais suscetíveis a secas, geadas e à ação de parasitas e de doenças. A diminuição
da folhagem, o aparecimento de manchas amarelas e a morte das pontas são os
primeiros sintomas. Segue-se a formação de clareiras na floresta por morte de algumas
árvores. Em casos extremos ocorre uma diminuição acentuada da cobertura vegetal.

No homem- As chuvas ácidas não apresentam perigo direto para o homem, pois não
são suficientemente ácidas para serem corrosivas. Contudo, é sabido que os poluentes
que lhes estão associados causam, por exemplo, problemas respiratórios.
O perigo maior das chuvas ácidas resulta do facto de poderem libertar metais tóxicos
dos solos, como o mercúrio, o chumbo e o cádmio, lançando-os em cursos de água, de
onde podem entrar na cadeia alimentar.
Principais poluentes atmosféricos:

A altas temperaturas atingidas nos sistemas de combustão, em certas industrias e nos meios
de transporte que usam combustíveis fosseis, favorecem: a formação de monóxido de azoto:  

Numa atmosfera rica em oxigénio, O2, o NO rapidamente se transforma num gás castanho-
avermelhado, de dióxido de nitrogénio, NO2:

   
O NO2 reage com a agua presente na atmosfera  dando origem ao ácido nítrico, HNO2, e ao
ácido nítrico (um acido forte).

                                                                            

Quando queimando, o enxofre S, contido nos                                 


combustíveis fosseis origina dióxido de enxofre, SO2.

Na presença de 02, o SO2, converte-se em trióxido de                 


enxofre, SO3.
Os óxidos SO2 e SO3, na presença de agua, originam acido sulfuroso, H2SO3, e o acido
sulfúrico, H2SO4 (um ácido forte).

- Redução de poluentes atmosféricos: (aplicar a física) 


Conhecidas as causas e consequências da poluição atmosférica, é importante minimizar a
libertação de gases poluentes para a atmosfera. 
As melhorias que têm verificado na diminuição de emissão de gases poluentes ocorrem como
consequência de um conjunto de fatores que têm vindo a ser implementados e que é
fundamental manter, como, a melhoria da eficácia energética, a evolução tecnológica dos
processos industrias e o aumento da exigência relativamente á qualidade dos combustíveis.

- Na industria, uma das formas de redução dos níveis de SO2, consiste em conduzir esse gás
através de torres de tratamento onde se faz passar um chuveiro de agua sobre oxido de cálcio,
CaO.

 A agua reage com o CaO formando uma base, o hidroxilo de cálcio, Ca(OH)2. Este ao reagir
com H2SO3, com a agua, forma sulfito de cálcio de-hidratado, CaSO3.2H2O:
 Nos veículos automóveis usam-se catalisadores nos tubos de escape.  Estes facilitam a reação
entre os óxidos de nitrogénio, NO2, monóxido de carbono CO, E combustível por queimar,
transformando-os em substâncias não poluentes, dióxido de carbono, água e nitrogénio. 

 Soluções :  www.explicatorium.com/sociedade/chuvas-acidas.html
-Incentivar a utilização dos transportes coletivos, como forma de diminuir o número de
veículos que circulam nas estradas.
-Utilizar metros (subterrâneos ou de superfície) em substituição à frota de autocarros a
diesel, ou então promover a sua substituição por frotas não poluentes (com recurso a motores
elétricos, por exemplo).
-Incentivar a descentralização industrial.
-Dessulfurar os combustíveis com alto teor de enxofre antes da sua distribuição e consumo.
-Dessulfurar os gases de combustão nas indústrias antes do seu lançamento na atmosfera.
-Subsidiar a utilização de combustíveis limpos, ou seja, menos poluentes (gás natural,
energia elétrica de origem hidráulica, energia solar e energia eólica) em fontes de poluição
tipicamente urbanas como hospitais, lavandarias e restaurantes.

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