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PROJETO DE UM CARRO COMPACTO VISANDO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA,


MENOR ÍNDICE DE POLUIÇÃO E MOBILIDADE

Gustavo Barbosa Mendes 1, Jean Antunes Ribeiro 2


gustavo.mendes@edu.sc.senai.br 1, jean.ar93@gmail.com 2

Filipe Antunes 1
lipeantunes@gmail.com 1

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Faculdade FUCAP, Engenharia Mecânica - Avenida das Nações Unidas, 500
Cep 88.745-000 - Capivari de Baixo - SC - Brasil.

Resumo

Identificar um problema no ambiente em que vivemos, incentiva o desenvolvimento e


a utilização de mecanismos que visam amenizar e controlar uma situação
inconsistente e recorrente, como a poluição veicular. Para que isso ocorra, são
necessários vários estudos, estatísticas, criação e alguns testes. A eficiência
energética de um veículo consiste em utilizar de maneira inteligente os recursos de
sua fonte de energia de modo que, o seu consumo seja o menor possível e que polua
menos o meio ambiente. Para estudar a influência que um veículo automotor tem na
contribuição do melhoramento do ar e trânsito, foi desenvolvido uma análise a partir
da criação de um veículo compacto conceito, com a proposta de facilitar a mobilidade
urbana, consumir menos combustível e gerar menos gases poluentes.
Em seu planejamento o veículo tem tamanho menor que um carro convencional, com
capacidade para duas pessoas e possui motor de 15 hp, monocilíndrico, movido à
gasolina. Para comprovar a sua eficácia, foram realizados testes de rodagem para a
identificação do seu consumo de combustível e também testes de poluição do ar,
através de uma inspeção com aparelhos eletrônicos regulamentados pelo INMETRO.
Palavras-chave: Poluição veicular, Eficiência energética, Veículo compacto,
Consumo de combustível.
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1. Introdução

É através da queima irregular de combustível de um veículo através de seu


escapamento que, diversos poluentes são gerados e lançados na atmosfera. Os
principais são, o Monóxido de Carbono (CO), um gás inflamável e inodoro, o
Hidrocarboneto (HC), composto orgânico insolúvel em água, o Óxido de Nitrogênio
(NOx), um contaminante atmosférico que sofre combustão em altas temperaturas,
material particulado (MP) e outros. Considera-se que os veículos movidos à gasolina
são os mais utilizados pela população (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2013).
Segundo Gonzalez (2018), a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima
que, com o crescente aumento da poluição das últimas décadas, nove em cada dez
pessoas respiram ar poluído e contaminado. Esses dados pressionam as fabricantes
de automóveis à reduzirem suas taxas de emissões de poluentes e, para que isso
ocorra, alguns dispositivos são utilizados de acordo com o tipo do veículo como o
catalisador, o filtro de partículas ou, o sistema SCR (Selective Catalytic Reduction)
também chamado de redução catalítica seletiva.
O objetivo deste trabalho de conclusão de curso é, estudar sobre como os
efeitos negativos dos gases poluentes emitidos pelos veículos automotores impactam
no meio ambiente e no ser humano e como a mobilidade urbana também é afetada
pelo aumento de carros nas ruas.
Este trabalho permitirá ainda, a formulação de dados relevantes através de
um projeto de carro compacto e, como este tipo de veículo pode auxiliar na diminuição
da poluição por sua eficiência energética e também facilitar a mobilidade diária das
pessoas.

2. Revisão Bibliográfica

O presente capítulo tem como objetivo, apresentar através de


fundamentação teórica necessária para a compreensão deste trabalho de conclusão
de curso, abordagens sobre a poluição ambiental causada por veículos automotores
e como pode ser controlada.

2.1 Veículos automotores movidos à gasolina


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A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos compostos por seis a doze
átomos de carbono em suas moléculas, e dependendo da sua origem, pode
apresentar composição e propriedades variadas (HILSDORF et. al, 2014).
De acordo com Oliveira (2018), pode-se dizer que é considerado o
combustível mais utilizado dentre os consumidores e no quesito poluição, está entre
os que mais liberam gases poluentes.
Segundo Mendes (2004), o uso de veículos automotores origina emissões
de gases e partículas através de seu escapamento, assim como emissões
evaporativas de combustível ou ainda, emissões de gases do cárter do motor. Esses
gases são subprodutos da combustão que passam pelos anéis de segmento do motor
e por vapores do óleo lubrificante. A figura 1 ilustra alguns desses pontos:

Figura 1: Pontos de emissão de poluentes do ar em um veículo (LOUREIRO, 2005).

De acordo com Boamar (2010), o tipo de gasolina utilizada em um veículo


automotor pode ser determinado por alguns fatores como por exemplo: as
características construtivas do motor, a taxa de compressão, sistema de injeção
eletrônica e determinadas variáveis internas do motor, que estão sujeitas a ação de
temperaturas e pressões.
A maior fabricante de gasolina no Brasil, a empresa Petrobrás, produz um
grande número de gasolinas destinadas aos mais diversos segmentos. Algumas
destas gasolinas, são misturadas com aditivos com o objetivo de melhorar e adequar
o combustível para a sua utilização em determinada área (Boamar, 2010).
Abaixo na tabela 1, estão listados os principais tipos de gasolina ou ainda
os mais utilizados, suas propriedades e algumas características. Em cada tipo de
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gasolina, existe o índice de octanagem, que significa a resistência à detonação, ou
seja, a capacidade da gasolina de resistir à queima no interior do motor.

Tabela 1 - Tipos de gasolina (HELDER, 2018)

TIPOS PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS

ACUMULA RESÍDUOS DE
✓ OCTANAGEM MÍNIMA 87 COMBUSTÃO QUE FICAM
GASOLINA COMUM ✓ 25% DE ETANOL ANIDRO DEPOSITADOS SOBRE AS
VÁLVULAS DE ADMISSÃO DO
MOTOR

✓OCTANAGEM MÍNIMA 87 MANTÉM LIMPO VELAS, BICOS


✓ 25% DE ETANOL ANIDRO INJETORES, VÁLVULAS DE
ADMISSÃO E CÂMARA DE
✓ ADITIVOS DETERGENTES E
GASOLINA ADITIVADA COMBUSTÃO REMOVENDO E
DISPERSANTES
DESPRENDENDO RESÍDUOS
✓ POSSUI UM CORANTE DE ACUMULADOS.
COR ESVERDEADA

POSSUI ALTA PERFORMANCE,


PERMITINDO QUE O MOTOR
✓ OCTANAGEM MÍNIMA 91 OPERE COM MAIOR TAXA DE
GASOLINA PREMIUM ✓ 25% ETANOL ANIDRO COMPRESSÃO, RESULTANDO
EM MELHOR EFICIÊNCIA.
UTILIZADA EM VEÍCULOS
ESPORTIVOS DE LUXO.

Com o número cada vez maior de veículos nas ruas, o índice de poluição
do ar através de seu processo de combustão se torna significativamente prejudicial,
tanto para a saúde das pessoas quanto ao ecossistema (PORTAL G1, 2011).

2.2 Poluentes gerados

Atualmente, o que vem se tornando cada vez mais preocupante é a


emissão de gases poluentes pelos veículos automotores. Segundo Galdino (2015), as
origens da poluição atmosférica estão classificadas em primárias e secundárias,
sendo a primeira, emitindo gases tóxicos principalmente através dos escapamentos
dos veículos como CO, NOx, NO2, HC, entre outros e as secundárias, através de
processos físico-químicos como o ozônio (O3), que se forma no ar quando os
poluentes primários reagem.
Segundo Drumm et al (2013) alguns poluentes como o monóxido de
carbono (CO), óxido de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos (HC), dióxido de enxofre
(SO2) e material particulado (MP) são resultados da combustão incompleta devido
ineficiência do motor ou por uma incorreta relação ar/combustível.
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De acordo com Batista (2018), veículos automotores que utilizam a
gasolina como fonte de combustível, podem gerar em média 120 gramas de gás
carbônico a cada quilômetro rodado.
Em 2009 foi aprovada uma Resolução chamada de Plano de Controle da
Poluição Veicular - PCPV, que visa a gestão da qualidade do ar. O objetivo principal
deste plano é, tomar ciência dos poluentes gerados pelo veículos automotores e se
estes atendem aos padrões de qualidade do ar, através de dados fornecidos pelos
Estados ou municípios, especialmente em centros urbanos. Além disso, tem o objetivo
de promover o desenvolvimento tecnológico, criar o programa de inspeção veicular e
também promover junto à população, uma conscientização do melhor aproveitamento
dos recursos (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2010).
Abaixo, destacam-se os tipos de poluentes mais comuns provenientes da
queima irregular de combustível dos veículos automotores movidos principalmente a
gasolina.
✓ Monóxido de Carbono (CO): Resultado da combustão incompleta de
matéria orgânica, o monóxido de carbono não tem cheiro, cor, não tem gosto e por
isso, não é percebido pelos sentidos humanos. Ainda que emitido pelas indústrias, o
principal emissor deste poluente é o veículo automotor, fator este que corrobora com
seus altos índices em grandes centros urbanos, onde a concentração de veículos é
maior (PCPV SEMAS, 2016).
✓ Hidrocarboneto (HC): Segundo o CETESB (2015), é o resultado do
combustível não queimado ou que sofreu apenas oxidação parcial, gerando gases e
vapores com odor desagradável (similar à gasolina ou diesel).
✓ Dióxido de carbono (CO2): É um composto inorgânico da categoria dos
óxidos, que pode ser lançado no ar como gás poluente pela queima de combustível
fóssil (gasolina). É um gás incolor, inodoro e solúvel em água (DIAS, 2016).
✓ Óxido de nitrogênio (NO e NO2 - NOx): É a combinação entre Monóxido
de Nitrogênio (NO) e Dióxido de Nitrogênio (NO2) que, se formam durante os
processos de combustão principalmente através da temperatura no interior da
câmara. Possuem coloração marrom alaranjada, odor forte e irritante (PCPV SEMAS,
2016).
A figura 2 a seguir, é uma ilustração de como o NOx, se forma durante um
processo inadequado de combustão, através da reação química do monóxido de
nitrogênio com o oxigênio.
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É possível observar ainda que, a formação do NOx é um procedimento em
cadeia pois, primeiramente existe a geração do NO2 que logo após reagindo com o
NO, resulta no gás poluente.

Figura 2 - Formação de NOx (BORBON E CONDUTTA, 2018).

✓ Material Particulado (MP): É um conjunto de poluentes. Resulta da


queima de combustível por veículos automotores e constituído de poeiras, fumaças e
todo o tipo de material sólido e líquido que, devido ao pequeno tamanho de seus
componentes, mantém-se suspenso na atmosfera (PCPV CETESB, 2017).
✓ Dióxido de Enxofre (SO2): Composto químico constituído de dois
átomos de oxigênio e um de enxofre. Segundo o PCPV CETESB (2017), é um gás
sem cor e com forte cheiro, produzido através da queima de combustível e lançado
para a atmosfera.
✓ Ozônio (O3): É um gás formado de três átomos de oxigênio. Segundo
Drumm et al (2013), é altamente reativo, não tem cor ou cheiro e é o principal
componente da névoa fotoquímica. O O3 acontece quando existe a reação entre os
hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio, que são lançados pelos escapamentos dos
veículos e ativados pela radiação solar.
Cada um desses poluentes é liberado em maior ou menor quantidade em
função do combustível utilizado, do tipo de motor, da sua regulagem, da manutenção
e também do modo de dirigir. Em veículos novos essas emissões estão sendo
controladas através de catalisadores, injeção eletrônica de combustível, filtros de
partículas ou ainda sistema de redução catalítica. Apesar de, individualmente, esse
tipo de emissão ser aparentemente insignificante, ao se analisar o número de veículos
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existentes nas grandes cidades, verifica-se a geração de toneladas de poluentes por
dia (LOUREIRO, 2005).
A tabela 2 abaixo, refere-se à uma pesquisa segundo Rodrigues e Silva
(2016), mostrando a estimativa de emissões anuais em toneladas de CO2. Os
combustíveis utilizados para análise foram a gasolina e o álcool.

Tabela 2 - Estimativa de emissões de CO2/ton (RODRIGUES E SILVA, 2016)

Período Gasolina Álcool

2010 164.133 2.710

2011 168.235 2.435

2012 188.361 1.877

2013 204.691 1.761

2014 229.583 1.876

2015 209.615 2.544

É possível observar através deste demonstrativo, a quantidade de


emissões poluentes em um período compreendido de 2010 a 2015 além de, um
crescente aumento de liberação de CO2 na atmosfera e a gasolina sendo o mais
poluente.
De acordo com Lopes et al (2017), a grande maioria dos veículos atuais é
movida por motores de combustão interna, os quais convertem energia térmica em
energia mecânica.
Segundo as nações unidas (2018), uma pesquisa aponta que se reduzidos
os componentes químicos lançados no ar, pode haver uma queda de até 26% no
número de mortes causadas pela poluição.
Ainda de acordo com as Nações Unidas (2018), em um levantamento feito
em 2010, o ozônio foi responsável pelo prejuízo de 7,4 milhões de toneladas em
produtos agrícolas como o arroz, soja, milho, trigo.
A Organização Mundial da Saúde - OMS estipula limites de concentração
por tipo de poluentes durante um período de uma hora, entendendo que, acima disso,
já torna-se extremamente prejudicial à saúde das pessoas (VASCONCELLOS, 2012).
A tabela 3 abaixo, indica os valores máximos.
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Tabela 3 - Limites aceitáveis de concentração de poluentes na atmosfera
(VASCONCELLOS, 2012)

POLUENTE CONCENTRAÇÃO MÁXIMA

CO - monóxido de carbono 30mg/m³ durante 1 hora

SO2 - dióxido de enxofre 350 μ g/m³ durante 1 hora

NOx - óxidos de nitrogênio 400 μ g/m³ durante 1 hora

Pb – chumbo 0,5 - 1,0 μ g/m³ durante 1 hora

Devido ao aumento do número de veículos automotores juntamente com a


industrialização das cidades, a emissão de gás carbônico na atmosfera vem
crescendo, intensificando um fenômeno conhecido como efeito estufa. O Efeito estufa
é responsável pelo aquecimento do globo terrestre devido a retenção do gás
carbônico. Este efeito também reduz a capacidade de regeneração do meio ambiente
(Galdino, 2015).
Na tabela 4, o PCPV CETESB (2017) apresenta um inventário de poluentes
emitidos por veículos automotores no estado de São Paulo no ano de 2016. A base
de dados para elaboração do inventário são os fatores de emissão, a intensidade de
uso e o consumo de combustível.
É possível observar que a gasolina se destaca em maior quantidade de
emissão por poluente.

Tabela 4 - Indicativo de emissões veiculares por poluente (PCPV CETESB, 2017)

Emissão por poluente (t)


Categoria Combustível
CO NOx MP (1) SO2 (2) COV

Gasolina C 90.947 11.827 51 131 19.273


Automóveis
Etanol 39.707 3.227 Nd Nd 7.666

2.3 Os efeitos dos gases poluentes na população e meio ambiente

De acordo com o PCPV Semas (2016), poluente é qualquer substância que


quando solta no ar, apresenta agentes nocivos à saúde das pessoas e danos ao meio
ambiente.
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Os combustíveis que são compostos basicamente de carbono e hidrogênio,
ao reagirem com o oxigênio sofrem oxidação e liberam grande quantidade de energia.
Um exemplo dos resultados desta reação é o dióxido de enxofre (SO2) um gás
altamente poluente e tóxico (SILVA, MORAES e ASSIS, 2010).
Abaixo, estão discriminados os gases poluentes que mais se sobressaem
com a queima irregular da gasolina e também, quais as suas principais consequências
negativas para as pessoas e para o meio ambiente, tendo em vista que são altamente
tóxicos:
✓ Monóxido de Carbono (CO): Este gás é responsável pela chuva ácida
afetando plantas e animais além de rios onde, as águas ficam mais ácidas (SOUSA,
2019). A tabela 5 a seguir, mostra quais os efeitos negativos ao ser humano:

Tabela 5 - Efeitos do Monóxido de Carbono sobre o Homem (SINDITESTRS, 2014)

PARTÍCULAS POR MINUTO


MINUTOS

200 400 800 1600 3200 6400 12800

15

40

120

DOR DE CABEÇA TONTURA DESMAIO MORTE

✓ Hidrocarboneto (HC): Causa irritação dos olhos, do nariz e da pele.


Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2013), o HC é a principal fonte para
desencadear a formação do ozônio troposférico e do efeito estufa, quando em forma
de metano.
✓ Dióxido de carbono (CO2): É um dos principais causadores do efeito
estufa, pois absorve parte da radiação infravermelha da superfície da terra, evitando
que vá para o espaço e aumentando a temperatura média do globo. Além disso, pode
causar intoxicação no sistema respiratório sendo fatal ao ser humano (DIAS, 2016).
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✓ Óxidos de nitrogênio (NO e NO2 - NOx): É um gás altamente tóxico ao
ser humano, levando à infecções respiratórias. No meio ambiente, pode provocar a
formação de ácido nítrico, compostos orgânicos tóxicos e ainda levar a formação da
chuva ácida, causando danos à fauna e flora (PCPV SEMAS, 2016).
✓ Material particulado (MP): De acordo com PCPV Semas (2016), suas
partículas minúsculas, causam irritação nos olhos e garganta, reduzindo a resistência
às infecções e provocando doenças crônicas. Além disso, causam danos à vegetação
e são também responsáveis pela redução da visibilidade.
✓ Dióxido de Enxofre (SO2): Em contato com a água, esse gás reage
formando a chuva ácida, sendo nociva ao meio ambiente pois, diminui o pH e altera o
metabolismo das plantas, além de degradação de casas e edifícios devido a corrosão.
Por ser altamente tóxico, nos seres humanos causa irritação das vias respiratórias,
das mucosas dos olhos e pele e pode ainda causar queimaduras (PCPV CETESB,
2017).
✓ Ozônio (O3): Apesar de exercer uma função ecológica importante a
35km da atmosfera filtrando os raios UV-B, é extremamente nocivo na superfície
terrestre. Ao ser inalado, danifica o sistema respiratório humano e em repetidas vezes,
causa inflamação nos tecidos dos pulmões resultando em dificuldades para respirar
(PCPV CETESB, 2017).

2.4 Equipamento para controle da poluição veicular

Em todo o mundo, há milhões de veículos circulando nas ruas e cada um


deles emite poluentes tóxicos para o meio ambiente e para as pessoas. Esses gases
que poluem o ar, são sentidos diariamente e principalmente em grandes cidades,
onde a concentração é maior (BERGAMO, 2010).
Por isso, é importante destacar que existem equipamentos que auxiliam na
redução dos gases tóxicos emitidos pelos escapamentos dos veículos, conforme já
citados anteriormente no item 1. Através destes dispositivos, juntamente com a
manutenção veicular em dia e obedecendo as regras antipoluição, transformam os
poluentes em produtos inofensivos à saúde humana e ao meio ambiente. Nos veículos
movidos à gasolina, o principal equipamento é o catalisador.
O catalisador é um dispositivo acoplado ao escapamento de um carro, entre
o motor e o silenciador, que trata principalmente gases tóxicos como CO, HC e NOx
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não queimados, resultado da combustão incompleta do motor. Esses gases passam
por uma estrutura em forma de colmeia, composta por substâncias químicas
chamadas paládio, platina e ródio, que reagem e convertem-se em vapor de água e
gases não tóxicos (UMICORE, 2019).
Desde 1983 todos os veículos brasileiros devem possuir catalisador, com
exceção apenas para os carros que já fazem a conversão de gases poluentes para
não poluentes. E com o uso de catalisadores nos carros, a emissão de gases tóxicos
é 99% inofensivos e 1% nocivos, ou seja, há uma significativa redução e consequente
melhoria na qualidade do ar (BERGAMO, 2010).
De acordo com o Umicore (2019), esse dispositivo tem vida útil de
aproximadamente 80.000km, devendo ser trocado assim que atingir essa marca pois,
a eficiência poderá ficar comprometida. Além disso, a qualidade do combustível
utilizado no veículo influencia na durabilidade e eficácia do equipamento. A figura 3,
demonstra a estrutura de um catalisador e como os gases são transformados:

Figura 3 – Estrutura de um catalisador (UMICORE, 2019).

Segundo Loureiro (2005), o controle dos gases poluentes pode também ser
realizado através de alguns fatores como: relação ar/combustível, tempo de ignição,
razão de compressão, velocidade, condições do motor, temperatura do radiador e
configuração da câmara de combustão.
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2.5 Legislação brasileira e europeia de controle de emissões veiculares

O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, é um projeto brasileiro


criado em 1982 que, além de promover pesquisas, também propõe ao governo a
melhor direção para a preservação do meio ambiente. Dentro deste, em 1986 criou-
se o Proconve - Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores
onde, através de suas regras faz exigências tecnológicas, além de fixar prazos e
instituir limites máximos de emissão de gases poluentes (MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE, 2013).
Os limites de emissões preconizados pelo Proconve são aferidos através
de dinamômetros e com combustíveis referência e além disso, são feitos ensaios de
produção de veículos em fase de fabricação (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE,
2013).
O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a adotar uma legislação
destinada a redução da emissão de poluentes provenientes dos veículos automotores.
Esta norma regulamentadora tem influência direta nas montadoras instaladas no país,
pois, predomina diretamente nos projetos veiculares, delimitando os limites máximos
de emissões.
De acordo com o Ibama (2017), alguns órgãos e empresas se empenharam
na responsabilidade de implantação do PROCONVE como CETESB, ANFAVEA,
INMETRO, PETROBRAS, entre outros.
O padrão europeu de emissão de gases poluentes chamado de Normas
Euro, é equivalente ao Proconve e, os regulamentos da UE introduzem diferentes
limites de emissão para veículos com motores à diesel e à gasolina, sendo o diesel
com padrões de CO mais rigorosos. Os testes de controle de emissões na Europa em
2017 passaram a ser em operações reais ou seja, fora do teste de emissões em
laboratório. Estados-Membros podem ter incentivos fiscais para a introdução de
veículos que cumpram essas normas de emissão (DIESELNET, 2019).
A tabela 6 a seguir, mostra da fase atual do Proconve chamada L-6 para
veículos leves movidos à gasolina e que está em vigor desde 2014. Já na tabela 7, os
dados são o padrão das Normas Euro com uma evolução nos limites de poluição
permitidos desde a Euro 1 até a Euro 6.
Os dados da tabela abaixo estão em g/km.
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Tabela 6 - Limites Máximos de Emissão de Poluentes para Veículos Automotores
leves movidos a gasolina (IBAMA, 2017)

LIMITES VEÍCULOS LEVES À GASOLINA (g/km)


PROCONVE
FASE L-6 DESDE 01/01/2014

Monóxido de carbono (CO) 1,30

Hidrocarbonetos (HC) 0,30 (2)

Hidrocarbonetos não metano (NMHC) 0,05

Óxidos de nitrogênio (NOx) 0,08

Material Particulado (MP) 0,025

Aldeídos (CHO) 0,02

Emissão evaporativa 1,5 ou 2,0

Emissão de gás no cárter Nula

Tabela 7 - Normas de emissão da União Europeia para veículos comerciais ligeiros


a gasolina (DIESELNET, 2019)

CO HC HC+NOx NOx PM
Categoria Norma Data g/km g/km g/km g/km g/km

Euro 1 1994.10 2.72 - 0.97 - -

Euro 2 1997.1 2.2 - 0.50 - -


N1 Class I
Euro 3 2000.1 2.3 0.20 - 0.15 -
≤ 1305kg
Euro 4 2005.1 1.0 0.10 - 0.08 -

Euro 5 2009.09 1.0 0.10g - 0.06 0.005

Euro 6 2014.09 1.0 0.10g - 0.06 0.005

Ainda de acordo com o Ibama (2017), os resultados no Brasil com a


rigorosidade do Proconve estão satisfatórios e os mais expressivos são:
modernização dos veículos automotivos, utilização e desenvolvimento de novas
tecnologias, melhoria na qualidade dos combustíveis, mão-de-obra técnica altamente
especializada e redução em até 98% de emissão de poluentes.

2.6 Eficiência energética, mobilidade urbana e carro compacto


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Eficiência energética consiste em melhorar o uso das fontes de energia.
Está relacionada entre a quantidade de energia utilizada em uma atividade e aquela
disponibilizada para sua realização (CONPET, 2012). É o que se consegue aproveitar
de um potencial existente, por exemplo, se algo pode fornecer 100 kcal/kg e se
consegue aproveitar 70 kcal/kg, o resultado é uma eficiência de 70%.
Segundo Wickert (2013), uma preocupação está na eficiência das
máquinas que queimam combustível, liberam energia térmica e convertem-se em
calor. Se esse procedimento é aumentado, é possível o aumento da economia de
combustível de um automóvel e sua potência final.
No Brasil, existe desde 1991 o CONPET (Programa Nacional de
Racionalização do uso dos derivados do petróleo e do gás natural), que visa promover
o desenvolvimento de anti desperdício dos recursos naturais não renováveis,
estimulando a eficiência energética com ênfase nos transportes.
Segundo o CONPET (2012), o desempenho energético e ambiental dos
veículos automotivos é de total relevância pois, embora os motores mais eficientes
sejam também os menos poluidores, podem existir situações em que apresentem uma
não coincidência entre melhor desempenho e menor emissão de gases.
Ainda de acordo com o CONPET (2012), o Programa Brasileiro de
Etiquetagem Veicular (PBEV), é aplicado de maneira voluntária à veículos leves
movidos à gasolina e outros. Os fabricantes testam alguns modelos que serão
comercializados e declaram ao INMETRO os valores de consumo relacionado a cada
tipo de combustível. Os modelos de veículos participantes são classificados com letras
de “A” a “E”, onde A possui o menor consumo energético ou seja, é mais econômico,
e E maior consumo energético, de acordo com a figura 4 (a). Essa classificação
geralmente é fixada nos vidros dos automóveis novos em forma de etiqueta, ou ainda
é possível consultar nos sites do INMETRO ou PBEV conforme a figura 4 (b) a seguir.

Figura 4 (a) - Classificação quanto ao consumo energético (CONPET, 2012).


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Figura 4 (b) - Exemplo de etiqueta (CONPET, 2016).

Sobre os padrões de eficiência, Barczak e Duarte (2012) mencionam que,


são medidas de controle sobre combustíveis ou tecnologias veiculares, os quais visam
introduzir no mercado alternativas com menor emissão de poluentes. O setor de
transportes é um dos principais causadores das emissões de gases poluentes e esse
fator, está ligado à mobilidade urbana que vem conhecendo uma crescente
motorização individual, consumindo cada vez mais espaço urbano tanto em vias de
circulação de automóveis, como em áreas de estacionamento.
Para Barczak e Duarte (2012), combustíveis, tecnologias limpas e
melhoramentos na eficiência energética poderiam ser considerados medidas
estruturais pois, introduzem as bases para possíveis alterações nos processos de
produção e consumo final de energia, resultando em um grande potencial de redução
na emissão de CO2 pelos veículos.
No trânsito diário Vasconcellos (2012) explica que, alguns aspectos
interferem em como as pessoas se locomovem para realizarem suas atividades como:
os pessoais que se referem às condições físicas e financeiras, os familiares com base
na sua cultura local e como vivem e, os fatores externos que são vinculados à oferta
dos meios de transporte.
Em um estudo Rubim e Leitão (2013) relatam que, mais de 50% das casas
brasileiras possuem um carro ou uma moto em sua garagem, ou até mais de um. Além
disso, a frota brasileira tem aumentado onde, 138,6% é o número crescente de
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automóveis enquanto a população brasileira expandiu em apenas 12,2% em um
período comparado entre 2003 a 2013.
Contudo, possuir um carro é um dos detalhes mais relevantes com relação
à mobilidade nas grandes cidades, se agravando pela utilização diária e excessiva
dos veículos. A cidade de Nova York tem uma das maiores taxas de motorização do
mundo, mas é em São Paulo por exemplo, que as pessoas gastam mais tempo com
deslocamento de casa para o trabalho ou do trabalho para casa (RUBIM E LEITÃO,
2013).
Mitchell, Borroni-Bird e Burns (2010) destacam que, na busca pela
mobilidade pessoal, as pessoas acabam por danificar o meio ambiente, consumir cada
vez mais recursos naturais, além de perderem tempo no trânsito e causarem
acidentes. Por isso, se faz importante aliar as tecnologias e novos projetos de
veículos, como de um carro compacto, que tragam eficiência na locomoção diária
principalmente em cidades grandes.
É possível ressaltar ainda que, a tecnologia é a chave para a maioria das
ações estratégicas de emissões relacionadas à mobilidade urbana. Por isso, grandes
empresas automotivas estão investindo alto em desenvolvimento de motores mais
eficientes com energia limpa pois, é uma alternativa para continuar incentivando a
motorização individual, principalmente em cidades com fluxo de veículos cada vez
maiores (BARCZAK E DUARTE, 2012).
Conforme ainda Barczak e Duarte (2012), o modelo do veículo escolhido
pela população para seu deslocamento, tem uma relação forte com o custo financeiro
pretendido. A maioria das pessoas ainda opta por transporte individual e, com isso há
o aumento de veículos nas ruas gerando grandes danos ao meio ambiente e à
sociedade. Isso está fazendo com que existam medidas que penalizam o transporte
individual motorizado, como os altos preços dos impostos ou taxas sobre
combustíveis, além de grande custo no licenciamento de veículos entre outros.
De acordo com o jornalista Burgos (2005), no período compreendido entre
1975 a 1999, São Paulo teve um aumento em seu número de frota circulante de
345,9%. Em Los Angeles mesmo com avenidas de dez faixas, existe superlotação de
veículos.
Guimarães (2011) explica que a categoria de carros compactos vem
ganhando destaque e as montadoras estão vendo a necessidade de se conectar aos
consumidores, visto que estes, estão mais preocupados com a sua mobilidade e com
17
o meio ambiente, além de buscarem performance nas ruas. Os carros grandes e
pesados deixam de ser atrativos e o que chama a atenção são os motores mais
tecnológicos, com dimensões menores e com alta eficiência energética e menor índice
de poluentes.
Segundo Andrade (2018) alguns veículos brasileiros considerados
compactos estão sendo opções de compra para muitos consumidores. E através de
uma lista com as principais características destes modelos menores é possível
observar que, possuem dimensões estruturais inferiores se comparados à um carro
estilo SUV ou Sedã. Os compactos não ultrapassam os 4,00 m de comprimento, os
entre-eixos são de no máximo 2,40 m e a largura de até 1,70 m. Um SUV por exemplo,
chega à quase 5,00 m de comprimento, entre-eixos de até 2,67 m e 1,80 m de largura.
Além disso, de acordo com as especificações citadas por Andrade (2018),
esses modelos compactos possuem motorização de até 90 cv e capacidade para duas
ou cinco pessoas variando com o tipo do veículo. Por ser um carro pequeno, um motor
com baixas cilindradas se torna ideal, apresentando bom desempenho, tanto para a
economia de combustível e quanto para a diminuição de gases tóxicos.
Em um relatório divulgado pela Fenabrave (2019), em agosto de 2019, um
modelo de carro compacto se sobressaiu em números de emplacamentos, estando
em primeiro lugar, com 30,76% de participação nas vendas no mercado brasileiro de
automóveis. Com relação à facilidade e custos de reparos, segundo uma avaliação
apresentada pelo Cesvi - Centro de Experimentação e Segurança Viária (2019) em
agosto, as versões compactas estão nos primeiros lugares do ranking Car Group.
Neste contexto, a tendência de um veículo compacto é se tornar cada vez
mais aperfeiçoado, ter um custo baixo de aquisição e ainda, contribuir com a
sustentabilidade. Além disso, com a opção de utilizar um carro de estrutura menor e
com a manutenção feita correta e periodicamente, é possível atuar diretamente no
controle da emissão dos gases poluentes.

3. Procedimento metodológico

A metodologia utilizada neste trabalho de conclusão de curso consistiu, em


uma definição dos problemas causados pela poluição veicular e os transtornos atuais
da mobilidade urbana. Também teve como objetivo, o desenvolvimento de um veículo
compacto conceito utilizando peças e equipamentos de veículos convencionais e, em
18
uma análise de como este pode ser eficaz em sua autonomia, na diminuição de gases
poluentes lançados no ar e na facilidade no trânsito diário.

3.1 Caracterização do veículo compacto conceito

3.1.1 Estrutura

Inicialmente, a partir de um chassi construído conforme a figura 5 (a), para


compor a estrutura do veículo compacto conceito, foi feito uma base para a montagem
de todo o sistema elétrico.

Figura 5 (a) - Chassi construído e base para sistema elétrico.

Fonte: Do autor.
O desenvolvimento da suspensão “duplo A” possui dois braços triangulares
atrelados ao chassi por meio de buchas de tecnil, fabricadas em um torno CNC
conforme figuras 5 (b), (c) e (d).

Figura 5 (b) - Bandeja suspensão “duplo A”.


Fonte: Do autor.
19

Figura 5 (c) - Fabricação de buchas em CNC.


Fonte: Do autor.

Figura 5 (d) - Embuchamento de tecnil.


Fonte: Do autor.

Todo o sistema de suspensão do veículo foi adaptado com peças de outros


automóveis e utilizado materiais como barras de aço carbono tubulares cilíndricas.
Estas barras possuem as medidas de 31,5 mm de diâmetro externo, 29,7 mm de
diâmetro interno e 1,8 mm de espessura. A figura 6 a seguir, mostra as dimensões do
veículo fabricado.
20

Figura 6 - Dimensões do veículo fabricado


Fonte: Do autor.

A suspensão traseira possui amortecedores adaptados do veículo Gol


geração 1 de 1996, que foram fixados na estrutura da suspensão através de solda e
parafusos, com um ângulo de inclinação de 45º e com as torres voltadas para o centro
da estrutura do carro. Já a suspensão dianteira, foi desenvolvida com a adaptação de
amortecedores da moto Yamaha 125 cc, com inclinação de 45º, também com as torres
voltadas para o centro da estrutura do veículo além de, quatro cantoneiras de aço
carbono, que foram soldadas na estrutura da suspensão para servir de fixação dos
amortecedores. As dimensões das cantoneiras são de 37 mm de largura, 3,6 mm de
espessura e 120 mm de comprimento.
Todo o sistema de suspensão está fixado através de soldas, cantoneiras e
parafusos na estrutura do veículo, que foi desenvolvida com barras de aço carbono
tubular quadrada com as medidas de 2 mm de espessura, medida externa de 30 mm
e interna de 28 mm.
No sistema de tração, foram utilizados alguns componentes como polias,
correia em V, caixa de marchas e semi-eixo interno proveniente de um veículo
convencional modelo Uno e semi-eixo parte externa da junta homocinética de um
veículo modelo Gol.
Para o sistema de direção, foi utilizado uma caixa de direção hidráulica do
veículo C4 Lounge 2016 sendo este sistema isolado, passando para um modo
mecanizado, para facilitar a adaptação ao veículo desenvolvido. Na coluna de direção,
utilizou-se do veículo Corsa ano 2000, assim como o volante. Todo o sistema de
direção foi fixado na estrutura do veículo através de cantoneiras de aço carbono,
parafusos e solda MIG. O sistema de transmissão mecânica é de 5 velocidades.
21
Em seguida, foi desenvolvido a parte de freios convencionais, com dois
discos de freio na dianteira e um disco de freio na traseira para o freio de mão,
finalizando a parte de suspensão e freios.
Os faróis e vidros elétricos são de um Uno ano 2000 e as lanternas de uma
Ford Pampa.
Na parte eletrônica do veículo foram utilizados o painel e velocímetro de
um Fusca com as funções de indicar luz de reserva, luz de óleo, bateria, combustível,
freio de estacionamento e conta giros. Além disso, foram instalados acessórios como
DVD com tela retrátil e auto falantes. O veículo possui ainda alarme, interface e travas.
Os bancos do motorista e passageiro foram reutilizados de um Etios da
Toyota assim como as rodas, onde foi observado que teria um bom desempenho e
estabilidade na pista.
Para a estrutura de capô, teto, tampa do porta-malas e paralamas, foram
utilizadas chapas 0,75 mm e fixadas ao chassi através de solda tipo MIG conforme
figura 7.

Figura 7 - Estrutura revestida com chapas 0,75 mm e solda MIG.


Fonte: Do autor.

3.1.2 Motorização

Para a movimentação do veículo foi utilizado um motor 4 tempos de 15 hp,


estacionário, da marca Kawashima, mesmo modelo conforme mostra a figura 8.
Neste motor, foi acoplado um alternador que fornece energia para alimentar a bateria
que auxiliará na partida. A mesma bateria utiliza-se para o sistema de sinalização e
iluminação.
22
A tabela 8 a seguir contém as especificações do motor utilizado:

Tabela 8 - Especificações da motorização (CCM DO BRASIL, 2018)

Monocilíndrico, 4T
TIPO horizontal, refrigerado a ar
OHV, gasolina

DIÂMETRO X CURSO 90 x 66 mm

CILINDRADA 420 cc

POTÊNCIA MÁXIMA 15 hp

ROTAÇÃO MÁXIMA 4000 rpm

TORQUE MÁXIMO 25 N.m 2500 rpm

CONSUMO MÁX. 374 g/kw/h


COMBUSTÍVEL

TAXA DE COMPRESSÃO 8,0:1

FILTRO DE AR Seco, com duplo elemento

SISTEMA DE PARTIDA Elétrica e manual

SENSOR DE NÍVEL DE ÓLEO Sim

CAPACIDADE DO CÁRTER 1,1L

CAPACIDADE DO TANQUE DE 6,7L


COMBUSTÍVEL

DIMENSÕES 500 x 413 x 440 mm

PESO LÍQUIDO 35Kg

ÓLEO DE LUBRIFICAÇÃO SAE 15W-40

Figura 8 - Modelo motor Kawashima, 4T, monocilíndrico (CCM do Brasil, 2018).


23
3.1.3 Tratamento Catalítico

O sistema original de escapamento do motor utilizado, não possui nenhum


tratamento catalítico para reduzir a emissão dos poluentes provenientes da
combustão interna gerada pelo motor. Para reduzir essa emissão no carro compacto,
foi aprimorado seu sistema de escapamento com a inclusão de um catalisador na
tubulação, conforme as figuras 9 (a) e (b). O catalisador utilizado foi da Honda CG
FAN.

Figura 9 (a) - Estrutura do escapamento com catalisador.


Fonte: Do autor.

Figura 9 (b) - Catalisador instalado no escapamento do carro fabricado.


Fonte: Do autor.
24
3.1.4 Veículo compacto pronto

Após a estrutura do veículo pronta, foi realizado o processo da pintura com


equipamentos adequados e utilizando os produtos Wash Primer, Primer PU, tinta
poliéster e verniz.
Com a conclusão do processo de desenvolvimento do carro compacto,
foram feitos testes de verificação de luzes, freios, setas e direção.
As figuras 10 (a) e (b) mostram o veículo pronto.

Figura 10 (a) - Veículo compacto pronto (lateral esquerda).


Fonte: Do autor.

Figura 10 (b) - Veículo compacto pronto (traseira e lateral direita).


Fonte: Do autor.

4. Resultados e análises

Neste capítulo serão apresentados dados de autonomia e emissão de


poluição do veículo compacto objeto deste estudo e, comparação com um veículo
25
convencional de motorização 1.2 Puretech. Serão divulgados testes de emissão de
gases poluentes e média de consumo de combustível.

4.1 Caracterização, análise e testes

O modelo de comparação ao veículo compacto desenvolvido, é o Peugeot


208 com motor 1.2 Puretech de 84 cv na gasolina, 3 cilindros e torque de 12,1 kgf.m.
Sua autonomia de acordo com testes, chega a 15,1 km/l em perímetro urbano e 16,9
km/l nas rodovias, utilizando gasolina. Segundo a Peugeot (2016), a fábrica PSA
Peugeot-Citroën aposta que o motor 1.2 Puretech é o mais econômico do Brasil,
podendo chegar até 20 km/l, com funcionamento linear e torque abaixo de 2.000 giros.
O carro compacto desenvolvido e objeto deste estudo, está equipado com
motor 420cc, monocilíndrico e 15 hp, movido à gasolina. Sua autonomia segundo teste
de rodagem realizado, chegou a 27 km/l em perímetro urbano. A figura 11 abaixo,
mostra a diferença entre a autonomia em perímetro urbano do veículo compacto
fabricado e o veículo comparado.

30

27

25

20

15,1
15

10

0
PERÍMETRO URBANO

AUTONOMIA CARRO COMPACTO (KM/L) AUTONOMIA PEUGEOT 208 (KM/L)

Figura 11 – Autonomia do veículo compacto x Peugeot 208.


Fonte: Do autor.
26
De acordo com a inspeção regulamentada pelo Inmetro e realizada no
veículo fabricado, a redução na emissão de gases poluentes ficou abaixo do limite
estabelecido pela fase L-6 do Proconve. Tendo como base a norma brasileira, as
emissões do carro compacto fabricado são equivalentes a 24% de NMHC, 21,85% de
CO e 22,5% de NOx.
A figura 12 abaixo, indica os gases poluentes em g/km e uma comparação,
entre os limites permitidos no Brasil, os emitidos pelo carro fabricado e também pelo
veículo 208:

1,4
1,3

1,2

0,8

0,6

0,404
0,4
0,284

0,2

0,05 0,08
0,012 0,017 0,018 0,026
0
NMHC CO NOx

Proconve L-6 Carro Compacto 208

Figura 12 - Emissões de poluentes Proconve L-6 x Carro Compacto x 208.


Fonte: Do autor.

Abaixo, as figuras 13 (a) e (b), mostram a inspeção sendo executada no


veículo compacto e os resultados sendo indicados por um analisador
computadorizado.
27

Figura 13 (a) - Sonda de amostragem de gases inserida no tubo do escapamento.


Fonte: Do autor.

Figura 13 (b) – Resultados através de analisador de gases computadorizado.


Fonte: Do autor.

A tabela 9 a seguir, juntamente com algumas especificações dos veículos


como motorização, sistema de transmissão, sistema de direção e tipo de combustível,
mostra a quantidade de emissões poluentes em g/km e também a autonomia em um
comparativo entre o Peugeot 208 e o carro compacto fabricado:
28
Tabela 9 - Emissões no escapamento e quilometragem por litro (DO AUTOR)

Emissões no Escapamento
Quilometragem por
litro

Modelo Motor Transmissão Direção Combustível

Poluentes Gás efeito


estufa

Gasolina Gasolina
NMHC CO NOx
g/km g/km g/km

CO2 fóssil Cidade Estrada


g/km km/l km/l

208 1200cc Manual - 5 Elétrica Flex (álc/gas) 0,017 0,404 0,026 89 15,1 16,9

Carro
compacto 420cc Manual - 5 Hidráulica Gasolina 0,012 0,284 0,018 54 27 --
conceito

5. Conclusões

Com o estudo e desenvolvimento deste trabalho, pode-se chegar às


seguintes observações:
O objetivo de desenvolver um veículo compacto com menor consumo de
combustível foi alcançado. O veículo fabricado apresentou um rendimento 78,8%
maior que o modelo comparado.
Nas emissões de poluentes o objetivo também foi alcançado. Com relação
ao veículo convencional, o carro compacto lança menos gases na atmosfera,
apresentando em média 42,36% abaixo do que polui o Peugeot 208.
A cada quilômetro rodado, em comparação ao Peugeot 208, o veículo
compacto fabricado emite 41,68% menos NMHC, 42,28% menos CO e 44,98% menos
NOx. Na emissão de CO2 fóssil, o carro compacto tem uma redução de 55,57% do
que é emitido pelo 208.
Todo o planejamento realizado, bem como toda e qualquer busca de
informações sobre o meio ambiente, aumento da poluição, os malefícios à saúde
humana e as dificuldades da mobilidade urbana, foram essenciais para idealizar o
projeto do veículo compacto e deste trabalho, sendo possível colocar em prática todo
o aprendizado obtido durante o processo acadêmico, abrangendo de maneira mais
aprofundada as funções de um profissional de engenharia mecânica.
Durante o processo de desenvolvimento do veículo compacto foram
aproveitados peças e acessórios de carros convencionais em ótimo estado de
29
conservação e assim, utilizados técnicas de solda, montagem e aperfeiçoamento,
baseado no projeto e no objetivo deste. O motor utilizado foi pensado tanto para a
economia do combustível quanto para melhor aproveitamento nas ruas.
Após a conclusão do projeto e deste trabalho ficou comprovado que, um
veículo compacto tem propensão a consumir menos combustível, diminuir a poluição
e facilitar a mobilidade urbana por ser um carro menor do que um veículo
convencional.
30
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