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RIO DE JANEIRO
2017
ADSON REZENDE CARVALHO
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Assinatura do Orientador
NOTA FINAL:____________
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Assinatura do Aluno
COMBUSTÍVIES MARÍTIMOS: SEUS POLUENTES E O IMPACTO
NO MEIO AMBIENTE
RESUMO
O Transporte Marítimo movimenta 90% das mercadorias de todo o mundo. Cerca de 70 mil
navios mercantes cruzam os oceanos todos os dias, é a forma mais eficiente de transporte,
assumindo-se como eixo central da economia global de hoje. Nesse contexto global torna-se
relevante observar o impacto ambiental causado por esta indústria que produz mais de um
bilhão de toneladas de emissões por ano, o que afeta o ecossistema e pode provocar danos na
saúde humana. O óleo combustível é originado do petróleo e seus derivados são de alto teor
contaminante. O Bunker é tecnicamente o combustível utilizado pelos navios, é o resultado da
mistura entre óleo combustível e óleo diesel. É necessário observar as emissões causadas pelo
uso do combustível, é necessário observar o quantitativo de carga movimentada pelos navios,
o tipo de motor utilizado. Os gases gerados pelo processo de combustão, como o monóxido de
azoto (NO) e o dióxido de azoto (NO2), dióxido de enxofre (SO2), óxidos de carbono (CO e
CO2), são causadores de chuva ácida, estão ligados a mortes prematuras após entrarem nos
pulmões e também podem conter partículas cancerígenas. O Transporte Marítimo é um tema
vasto, englobando segurança, eficiência, impacto ambiental e crescimento econômico,
tornando-se importante agregar e partilhar informação para que o setor continue se
fortalecendo com o objetivo de enfrentar um futuro cada vez mais globalizado e ter a
capacidade de tomar os rumos certos no uso das novas tecnologias para a solução de seus
problemas. Para tal, foram utilizadas pesquisas em livros, revistas, artigos em websites de
companhias e organizações dos setores envolvidos no tema, bem como monografias
anteriormente elaboradas sobre o assunto. A abordagem é expositiva, contêm tabelas e
gráficos que ajudam na compreensão do assunto abordado.
O presente trabalho tem como objetivo o estudo dos combustíveis marítimos e seus
poluentes, visa o impacto no meio ambiente.
O Transporte Marítimo movimenta 90% das mercadorias de todo o mundo. Com isso
observou – se segundo os estudos, que a poluição gerada por essa indústria é crescente o que
afeta diretamente o meio ambiente e consequentemente a saúde do ser humano, tendo em
vista o quantitativo de gases tóxicos que são emitidos pela queima dos combustíveis.
Os óleos combustíveis são originários do petróleo e produzidos a partir de formulações
contendo principalmente frações pesadas da destilação (resíduos) e outros óleos diluentes.
Existem frações mais leves do processo de refino, é o diesel marítimo. Da mistura entre óleo
combustível e o óleo diesel obtém – se o Bunker que é o combustível utilizado pelos navios.
De acordo com a legislação vigente a indústria naval precisa seguir protocolos que são
exigidos pela MARPOL. Esses protocolos visam a melhoria na tecnologia dos navios para o
maior controle da emissão dos gases. Eles discorrem sobre a regulamentações a serem
seguidas do máximo de poluição que poderá ser gerada pelos motores dos navios.
1 COMBUSTÍVEIS MARÍTIMOS
2 EMISSÕES DE POLUENTES
2.1 Poluentes do ar
Os gases de efeito de estufa são substâncias gasosas que absorvem parte da radiação
infravermelha, emitida principalmente pela superfície terrestre, dificultando o seu escape para
o espaço, impedindo que ocorra uma perda excessiva de calor e mantendo a Terra aquecida. O
efeito de estufa é um fenómeno natural e acontece desde a formação da Terra, sendo
necessário para a manutenção da vida no planeta. Sem o efeito de estufa, a temperatura média
da Terra seria 33°C mais baixa, impossibilitando a vida no planeta tal como conhecemos hoje.
Porém, o aumento dos gases de efeito de estufa na atmosfera, tem potencializado este
fenómeno natural, causando um aumento da temperatura global.
A atmosfera é uma camada que envolve o planeta, constituída por vários gases. Os
principais são o azoto (N2) e o oxigénio (O2) que, juntos, compõem cerca de 99% da
atmosfera. Alguns outros gases encontram-se presentes em pequenas quantidades, incluindo
os conhecidos como gases de efeito de estufa (GHG). Entre estes gases, está o dióxido de
carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), os perfluorcarbonetos (PFCs), os
hidrofluorcarbonetos (HFC) e também o vapor de água.
Entre os gases de efeito de estufa que estão a aumentar a sua concentração, o CO2, o
CH4 e o N2O são os mais importantes. Os clorofluorcarbonetos (CFCs) também têm a
capacidade de reter a radiação infravermelha emitida pela Terra. Contudo, as ações para
diminuir as suas emissões (substituição pelos hidrofluorocarbonetos) estão num estágio mais
avançado, quando comparado com as emissões dos outros gases.
Das emissões globais de CO2, 75% resultam da queima de combustíveis fósseis por
parte dos países industrializados; 25% resultam das mudanças de uso da terra por parte dos
países em desenvolvimento.
Nos últimos 100 anos, devido a um progressivo incremento na concentração dos gases
de efeito de estufa, a temperatura global do planeta tem aumentado. Tal incremento tem sido
provocado pelas atividades humanas que emitem esses gases.
4 A REGULAMENTAÇÃO
Fonte: https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fars.els-cdn.com%2Fcontent%2Fimage%2F1-s2.0-
S0360544217304486-
gr1.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.sciencedirect.com%2Fscience%2Farticle%2Fpii%2FS0360544217304486&docid=fQKzoHkhW
t3sXM&tbnid=LBErXfBkujxMFM%3A&vet=10ahUKEwjG4P29sa3XAhUBQJAKHRKdDTc4ZBAzCBgoFjAW..i&w=535&h=554&bih=
662&biw=1366&q=ecg%2C%20sulphur%20content%20in%20marine%20fuels&ved=0ahUKEwjG4P29sa3XAhUBQJAKHRKdDTc4ZBA
zCBgoFjAW&iact=mrc&uact=8
A única forma de combater eficazmente as emissões de NOx na Europa consiste na
aprovação de um regulamento que também considere a frota existente, a qual é responsável
pela maior parte das emissões. Embora alguns Estados-Membros estejam atualmente a
discutir a possibilidade de classificar áreas NECAs na Europa, não há nenhuma indicação de
que a EU esteja a planear a transposição das normas internacionais para o direito comunitário,
nem a procurar formas de lidar com as emissões de NOx da f existente. SECAs: Baltic Sea &
North Sea.
5 OS POLUENTES DO AR
Fonte:
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjshcrr_a_XAhUEE5AKHd
zWDi4QjhwIBQ&url=https%3A%2F%2Ftransportemaritimoglobal.com%2F2013%2F11%2F18%2Fmudanca-de-paradigma-no-transporte-
maritimo%2F&psig=AOvVaw3D6ikD9Woor9ogy1nJSB3i&ust=1510265026249866
De momento não existem NECAs na Europa, embora tenham sido realizados estudos
avaliando o impacto potencial de estabelecer, por exemplo, a NECA do Mar do Norte. Devido
à falta de NECAs e o facto de os limites de emissões de NOX se aplicarem apenas a novos
navios, o impacto dos regulamentos NOx por parte da IMO parecem ser limitados no
presente. A Estratégia Temática sobre Poluição do Ar, concluída em 2005 na Europa,
concluiu a importância da redução das emissões de dióxido de enxofre (SO2), NOx e PM a
partir de navios, com o objectivo de melhorar a saúde e o meio ambiente. A Directiva
1999/32/CE, relativa à redução do teor de enxofre de determinados combustíveis líquidos,
limita o teor máximo de enxofre dos combustíveis navais. A Diretiva inclui também alguns
requisitos específicos de combustível para navios que escalem os portos da UE, as obrigações
relacionadas com o uso de combustíveis abrangidos pela diretiva, bem como a colocação no
mercado de determinados combustíveis. A diretiva não contém disposições para regular as
emissões de navios de NOx ou PM. Esta diretiva foi alterada pela Diretiva 2005/33/CE, que
designou o Mar Báltico, o Canal da Mancha e o Mar do Norte como zonas de controlo das
emissões de enxofre (SECAs), limitando o teor máximo de enxofre nos combustíveis
utilizados pelos navios que operem nestas áreas marítimas a 1,5%. Este padrão de
combustível aplica-se também aos navios de passageiros que operam no serviço regular fora
das SECAs. Além disso, introduziu também uma exigência de teor máximo de enxofre de
0,1% para os combustíveis utilizados pelos navios atracados nos portos da EU, tendo início
em 1 Janeiro de 2010. Recentemente, foi adaptada a Diretiva 2012/33/EU que altera a
Diretiva 1999/32/EC. Esta alteração entrou em vigor em 17 de Dezembro de 2012 e alinha
com as disposições de enxofre estabelecidas pela IMO, na alteração do Anexo VI da
MARPOL, em 2008. Além disso, a diretiva fixa a introdução do teor máximo de enxofre no
combustível em 0,5% até 2020, independentemente de um possível adiamento da IMO, e
estabelece um teor máximo de enxofre de 3,5% para os combustíveis utilizados em navios
equipados com um lavador de gases de evacuação, exceto para lavadores operando em modo
fechado. Até o momento, existem diferentes exigências sobre o teor de enxofre dos
combustíveis navais, dependendo da localização, tipo de navio e, no caso de NOx, também, a
idade do navio. A figura abaixo apresenta uma visão geral dos diferentes limites de enxofre
implementadas e planeadas para combustíveis navais sob a legislação da IMO e da UE.
Comparado com outros tipos de transporte, o teor de enxofre permanece relativamente alto.
Para o transporte fluvial, os requisitos de qualidade dos combustíveis iniciado em 2012 estão
ao mesmo nível dos exigidos para o transporte rodoviário.
A nível global e até a data, não foi estabelecida nenhuma meta de redução de emissões
de gases com efeito de estufa, no sector do transporte marítimo. Devido à dimensão global de
operação dos navios, a Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC
United Nations Framework Convention on Climate Change) reconheceu que a IMO é a
melhor organização para abordar as emissões de gases de efeito de estufa (GHG Greenhouse
Gas) provenientes dos navios. A IMO adoptou em 2003 uma resolução instando a comissão
MEPC (Marine Environment Protection Committee) a avaliar e a desenvolver mecanismos
para reduzir as emissões de gases de efeito de estufa provenientes dos navios. Em 2009, o
MEPC apresentou um pacote de medidas técnicas/ operacionais para lidar com as emissões de
gases com efeito de estufa, a partir dos navios. Os principais instrumentos neste pacote foram
o Índice de Projecto e Eficiência Energética (EEDI Energy Efficiency Design Index), o
Indicador Operacional de Eficiência Energética (EEOI Energy Efficiency Operational
Indicator) e o Plano de Gestão de Eficiência Energética do Navio (SEEMP Ship Energy
Efficiency Management Plan). O EEOI e o SEEMP foram finalizados como medidas
voluntárias, enquanto o EEDI poderia ser adoptado como uma medida obrigatória para navios
construídos no futuro.
Recentemente, em 2011, as Partes do Anexo VI da Convenção MARPOL adoptaram
medidas obrigatórias para reduzir as emissões dos novos navios, sob um novo capítulo 4
intitulado ‘Regulamento de eficiência energética dos navios’. Este regulamento torna
obrigatório o uso do EEDI em novos navios e embarcações que sofreram grande revisão após
01 Janeiro de 2013. O regulamento aplica-se aos navios com mais de 400 GT, portanto, não
cobre todas as embarcações. Adicionalmente, foi introduzida uma alteração ao Anexo VI da
MARPOL, que obriga cada navio a ter um SEEMP a bordo. No entanto, não torna obrigatório
a implementação das medidas descritas no mesmo. A UE comprometeu-se a reduzir as
emissões de gases de efeito de estufa em pelo menos 20% até 2020, até que um acordo global
e abrangente pós-2012 seja concluído. O transporte marítimo internacional é o único sector da
EU não coberto por uma meta de redução de emissões. Em 2011, um grupo de trabalho foi
criado no âmbito do Programa Europeu sobre Alterações Climáticas (ECCP European
Climate Change Programme) e as medidas de redução e instrumentos foram avaliados e
discutidos. Em Junho de 2013 a UE apresentou uma estratégia para a criação de um sistema
de monitorização, comunicação e verificação (MRV Monitoring, Reporting and Verification)
das emissões de dióxido de carbono (CO2) dos transportes marítimos, a partir de 2018, que
aguarda aprovação do Parlamento Europeu e do Conselho.
5.2 Nomenclaturas
No entanto:
- Será aplicada uma meta de melhoria global de 10% na eficiência energética, aos novos
navios construídos entre 2015 e 2019;
- Os navios construídos entre 2020 e 2024 terão de melhorar a sua eficiência energética de 15
a 20%, dependendo do tipo de navio;
- Os navios entregues após 2024 terão de ser 30% mais eficientes.
Ao ritmo de renovação da frota, vai demorar uma ou duas décadas antes do EEDI ser
totalmente eficaz para todos os navios, o que significa que não vai realmente fazer uma
diferença significativa para as emissões globais de navegação, antes de 2035. O Índice EEDI
será aplicado a todos os navios e a todos os países. No entanto, alguns países podem decidir
renunciar às exigências do EEDI. A cláusula de renúncia é limitada no tempo e só pode ser
aplicada durante quatro anos após a entrada em vigor do regulamento. Ainda não há nenhuma
indicação sobre o potencial de utilização da cláusula de dispensa por alguns estados bandeira,
mas em todo o caso, o impacto da dispensa pode ser limitado no longo prazo. Um navio não
compatível com o EEDI terá um valor inferior no mercado de segunda mão e a sua
capacidade de obter um contrato pode ser reduzida, dado que os fretadores preferem navios
mais eficientes. O Brasil, China, Índia, África do Sul, Arábia Saudita e outros países em
desenvolvimento, opuseram-se fortemente à aprovação do EEDI, não tanto porque são contra
as normas, mas porque o EEDI é uma medida que foi projectada para aplicação universal.
Para esses países, o EEDI estabelece um precedente contra o princípio de política climática
‘responsabilidades comuns, mas diferenciadas’ (CBDR common but differentiated
responsibilities) ou seja, que o mundo em desenvolvimento deve ter que fazer menos para
reduzir as emissões do que os países desenvolvidos.
Como pode a aplicação do EEDI resultar em emissões mais baixas? Se os navios
forem mais eficientes, irão queimar menos combustível e, como consequência, emitem menos
dióxido de carbono. As estimativas indicam que, se o EEDI for implementado de acordo com
o cronograma original, com navios compatíveis a navegar a partir de 2015, poderão ser
evitadas 15 a 45 milhões de toneladas (Mt) de CO2 por ano até 2020 e entre 141 e 263
milhões de toneladas de CO2 por ano em 2030. Se a implementação for adiada por quatro
anos para todos os navios (aplicação das disposições de isenção EEDI), o potencial de
redução de CO2 cairá para 2 a 6 milhões de toneladas de CO2 em 2020 e 80 a 143 milhões de
toneladas em 2030. Ações voluntárias e outras práticas Outra abordagem que visa reduzir as
emissões do transporte marítimo, consiste na sensibilização dos operadores do sector.
Organizações como o Danish Eco Council (2012) defendem a introdução da chamada
rotulagem individual dos navios, identificando a sua eficiência energética, facilitando a
seleção de navios energeticamente eficientes quando os mesmos são fretados por empresas. É
importante ter em mente que, atualmente e na maioria dos casos, as atividades de rotulagem
consideram informação de projeto de navios como a incluída nos registos internacionais e,
portanto, devem ser considerados como rótulos teóricos. O consumo de energia real de um
navio e sua eficiência durante uma viagem em particular, é também determinada por
procedimentos operacionais do navio e fatores externos, como as condições climatéricas. Um
exemplo de um sistema de rotulagem energética, é a aplicação desenvolvida pela
ShippingEfficiency.org e pela RightShip, hospedada pelo Carbon War Room, designada por
Índice de Design de Navios Existente (EVDI Existing Vessel Design Index) e Gases de Efeito
de Estufa (GHG Greenhouse Gas Emissions Rating). Esta iniciativa tem o objetivo de
aumentar de fluxos de informação, em torno da eficiência energética do transporte marítimo
internacional e ajudar a reduzir os impactos ambientais da frota de navios do mundo.
• Semelhante ao Índice de Projeto de Eficiência Energética da IMO (EEDI), o EVDI
mede as emissões de CO2 de um navio. No entanto, ao contrário do EEDI que é
aplicado a novos navios tendo início em 2013, o EVDI foi projetado para ser aplicado
à frota existente.
O EVDI é calculado usando as características do navio, com incorporação de parâmetros que
incluem:
- Capacidade do navio;
- Velocidade de projeto;
- Consumo de combustível. Para determinar o EVDI de um navio, são utilizados dados de
várias e reputadas fontes independentes, incluindo:
- IHS Fairplay;
- RightShip’s Ship Vetting Information System (SVIS);
- Sociedades de classificação;
- Os dados do proprietário;
- Dados de origem do navio.
6 ESCALA A a G
Fonte: https://transportemaritimoglobal.com/2013/09/05/publicacao-poluicao-e-o-transporte-maritimo/
Fonte: http://ppgee.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/dissertacoes/DM22_2016_Suzane%20Cruz%20de%20Aquino.pdf
7 AS SOLUÇÕES
Com a lavagem dos gases de evacuação por água do mar (scrubbing), as emissões de
SO2 podem ser reduzidas até 75% e as partículas de matéria até 25%. O método mais
eficiente para reduzir as emissões de NOx, consiste na instalação de tecnologia de redução
catalítica selectiva (SCR Selective Catalytic Reduction) com capacidade para reduzir as
emissões de NOx em 80%. Medidas alternativas são, por exemplo, o uso de injetores de
combustível com válvula deslizante (slide fuel valve) em vez de válvulas convencionais,
reduzindo as emissões de NOx e PM e, adicionalmente, a utilização de filtros de partículas
(DPF Diesel Particulate Filter). Em relação às emissões de partículas, as válvulas deslizantes
podem reduzir as respectivas emissões em 25 a 50% e os filtros DPFs podem atingir cerca de
70 a 95% de redução de PM e 95 a 99% de redução de emissões de carbono negro BC (Black
Carbon). Procedimentos operacionais do navio Devido aos preços relativamente elevados dos
combustíveis marítimos, da crise económica e do grande excesso de capacidade de navios
disponíveis, algumas empresas iniciaram a prática de 'slow steaming'. Basicamente, a
velocidade do navio é reduzida o que significa que o motor não é usado na potência máxima,
economizando combustível e reduzindo as emissões de CO2 e de poluentes atmosféricos. A
redução de 10% da velocidade do navio permite uma redução de 27% das emissões do navio.
Em geral, se todos os navios aplicassem esta prática, a capacidade disponível no
mercado seria reduzida (mais navios seriam necessários para realizar o mesmo trabalho de
transporte). Se as emissões adicionais de construir e operar esses novos navios forem
considerados na equação, então reduzir a velocidade da frota em 10% levaria a uma poupança
global de CO2 de 19%.
Reduzir a velocidade dos navios multiplica os efeitos positivos do índice de eficiência
energética, dado que queimam menos combustíveis e, portanto, emitem menos gases de efeito
de estufa CO2 e outros. Contribui também para reduzir significativamente as emissões de
poluentes atmosféricos, tais como NOx e PM. A prática de slow steaming, é muitas vezes
considerada como a forma com a melhor relação custo-benefício para reduzir as emissões de
CO2, uma vez que pode ser feito sem quase nenhum custo, traduzindo-se em economia para
as operadoras. Um representante da Maersk, a maior empresa de transporte de contentores do
mundo, afirmou que a empresa opera em slow steaming com sucesso desde 2007, com
diminuição da carga dos motores até 35%, sem quaisquer problemas técnicos. Pelo contrário,
esta prática trouxe economia de combustível, redução de custos de manutenção e problemas
operacionais. O representante da Maersk afirmou também, que a sua empresa não vê
problemas técnicos na implementação do chamado super-slow steaming, o que significa
diminuir a potência do motor até 90%.
Outro procedimento operacional que pode reduzir as emissões é o chamado shore
power. Consiste em desligar os motores principais e auxiliares de um navio quando atracado e
realizar a conexão à rede eléctrica do porto. Os petroleiros e navios de passageiros, nem
sempre usam a eletricidade do porto. Os petroleiros usam os motores principais para descarga
de energia e bombas de carga e os navios de passageiros usam a potência extra para ventilar e
manter os serviços eléctricos gerais em funcionamento, enquanto os passageiros e a carga
realizam o embarque ou desembarque.
CONCLUSÃO
Shipping accounts for 90% of the world's merchandise. Some 70,000 merchant ships cross the
oceans every day, it is the most efficient form of transportation, assuming itself as the central
axis of today's global economy. In this global context it becomes relevant to observe the
environmental impact caused by this industry that produces more than one billion tons of
emissions per year, which affects the ecosystem and can cause damages to human health. The
fuel oil is derived from petroleum and its derivatives are of high contaminant content. Bunker
is technically the fuel used by ships, it is the result of the mixture between fuel oil and diesel
oil. It is necessary to observe the emissions caused by the use of the fuel, it is necessary to
observe the quantity of cargo handled by the ships, the type of engine used. The gases
generated by the combustion process, such as nitrogen monoxide (NO) and nitrogen dioxide
(NO2), sulfur dioxide (SO2), carbon oxides (CO and CO2), cause acid rain, are bound to
premature deaths after entering the lungs and may also contain carcinogenic particles.
Maritime transport is a vast subject, encompassing safety, efficiency, environmental impact
and economic growth, making it important to aggregate and share information so that the
sector continues to strengthen in order to face an increasingly globalized future and to have
the capacity to take the right direction in the use of new technologies to solve their problems.
To this end, research was used in books, magazines, articles on websites of companies and
organizations in the sectors involved, as well as monographs previously elaborated on the
subject. The approach is expositive, contain tables and charts that help in understanding the
subject addressed
ZERO methane emissions. Disponível em: <https://rmi.org/>. Acesso em: set. 2017.