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GASOLINA
Lavras, 2023
1. INTRODUÇÃO:
No início do século XIX, teve início a exploração do petróleo como fonte de energia,
inicialmente focada no desenvolvimento de óleo iluminante e lubrificantes. A compreensão
do potencial da gasolina como combustível surgiu no mesmo século, após a perfuração do
primeiro poço de petróleo em 1859 nos EUA.
Carvalho (2009) afirma que, dentre as várias formas de degradação ambiental, a poluição do
ar atmosférico é uma das que acarreta mais prejuízos à civilização, afetando não somente a
saúde humana, mas também os ecossistemas, o patrimônio histórico-cultural e o clima.
Considera-se poluente atmosférico qualquer substância presente no ar que, devido à sua
concentração, possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao
bem-estar público, danoso às estruturas, à fauna, à flora ou ainda prejudicial à segurança, ao
uso da propriedade e às atividades normais da comunidade.
No que se refere aos resíduos já gerados, a reciclagem se configura como uma solução viável.
Materiais como plásticos, metais e outros elementos derivados da gasolina podem ser
devidamente coletados e reciclados, minimizando sua acumulação em aterros sanitários e a
poluição associada.
De acordo com Mendes (2004) para mitigar as emissões de NOx, há diversas estratégias e
tecnologias disponíveis. Uma abordagem comum é o uso de catalisadores, como os
catalisadores de redução seletiva (SCR), que convertem óxidos de nitrogênio em gases
inofensivos por meio de reações químicas com agentes redutores, como a ureia.
Além disso, avanços tecnológicos nos motores, como a injeção precisa de ar e combustível
em momentos específicos do ciclo de combustão, podem otimizar a queima e minimizar a
formação de óxidos de nitrogênio.
A manutenção adequada do motor é essencial para garantir seu desempenho e minimizar a
formação de componentes nitrogenados prejudiciais. A troca regular de óleo, filtros de ar e
combustível, juntamente com ajustes periódicos, são medidas preventivas cruciais para
manter um funcionamento eficiente e reduzir as emissões nocivas.
4. O CHUMBO NA GASOLINA
No século XX, o chumbo foi introduzido na gasolina como um aditivo com o propósito de
combater a detonação em motores de combustão interna, que operavam com elevadas taxas de
compressão, ocasionando ruídos excessivos e danos aos propulsores. O tetraetila de chumbo
atuava como um antidetonante e lubrificante para as válvulas dos motores. Entretanto, a
exposição ao chumbo ou a compostos que o contenham pode resultar em sérios danos à saúde
e, em casos extremos, levar ao óbito (KLASSEN, 1991).
Conscientes desses malefícios à saúde e ao meio ambiente decorrentes do uso do chumbo, sua
utilização foi proibida, levando à busca de aditivos alternativos mais seguros, como
compostos de oxigênio e etanol, com o intuito de manter o desempenho dos motores sem
prejudicar a saúde e o ambiente.
5. NÚMERO DE OCTANOS
6. CONCLUSÃO
No caso dos óxidos de nitrogênio (NOx) dos motores, tecnologias como os catalisadores de
redução seletiva (SCR) são promissoras. Eliminar o chumbo da gasolina, conforme a Lei
2389/99 no Brasil, exemplifica a necessidade de adaptação para equilibrar desempenho
veicular e preservação ambiental. Em suma, lidar com esses resíduos exige uma abordagem
integrada, unindo regulamentações eficazes, conscientização, avanços tecnológicos e pesquisa
para enfrentar os desafios ambientais e de saúde.
7. BIBLIOGRAFIA
AZEREDO, R. N.; RODRIGUES, R. A. Atuação da Metrologia Legal no Controle da
Poluição do Ar por Veículos Automotores. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial – INMETRO. Diretoria de Metrologia Legal – DIMEL. Divisão de
Metrologia na Saúde, Segurança e Meio Ambiente –
DISMA. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2003
CARVALHO M. B. F. Poluição Atmosférica E Mudanças Climáticas. 2009. Disponível em:
<http://www.puc-rio.br/pibic/relatorio_resumo2009/relatorio/dir/mariana_carvalho.pdf>.
Acesso em: 04 de setembro de 2023
Cepetro: http://www.cepetro.unicamp.br/petroleo/index_petroleo.html. Acesso em 03 de
setembro de 2023
MENDES. Avaliação de programas de controle de poluição atmosférica por veículos leves no
Brasil. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro 2004.
KLAASSEN, Curtis D. Metais Pesados e seus Antagonistas. In: GILMAN, A. Goodman et al.
As bases farmacológicas da terapêutica. 8.Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
p.1061- 1065.