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partir de 2012
Anteriormente, regia a norma Proconve P-5 (equivalente à Euro 3) a qual era
atendida com o aprimoramento do processo de injeção (diesel eletrônico) e
EGR, sem, praticamente, necessidade de pós-tratamento.
Com a entrada do Proconve P7 (para pesados) equivalente à norma Euro 5,
melhorias foram implantadas nos motores do ciclo Diesel. Os exemplos de
aplicação correspondem ao sistema Bluetec da Cummins/Mercedes (pesados)
e ao sistema DPNR da Toyota (leves).
Emissões Diesel
No motor Diesel, o combustível é injetado por um curto período, perto do PMS.
A rápida combustão, associada a um alto fator de excesso de ar, contribui para
a alta eficiência do motor Diesel. No entanto, essa rápida combustão propicia o
aumento considerável da pressão dentro da câmara e com isto, picos de alta
temperatura de combustão, o que resulta na formação de NOx.
Por outro lado, a quantidade máxima de combustível injetado deve estar de
acordo com a massa de ar admitida de forma a minimizar o particulado emitido.
Isto requer que o excesso de ar permaneça na faixa de 10% a 20% (Lambda
entre 1,1 e 1,2). O particulado, juntamente com o NOx, são os principais
poluentes na composição dos gases de escape.
Se comparado com o motor de ciclo Otto e sem considerar o pós-tratamento
realizado pelo catalisador, o motor Diesel emite CO, HC, e NOx em
quantidades menores. Em contrapartida, as emissões de SO2 (anidrido
sulfuroso ou dióxido de enxofre) e de material particulado são superiores.
Com relação às emissões NOx, ainda sendo menores que aquelas do motor
ciclo Otto, não podem ser diminuídas utilizando catalisador de 3 vias. Isto em
função de que o motor Diesel trabalha com excesso de ar, fato este que
impede a ação redutora (transformação do NOx em O2 e N2 livres) do
catalisador de 3 vias, que requer lambda em torno de 1 para máxima eficiência
de conversão. Como resultado, a redução da emissão de NOx em motores
Diesel tem exigido o desenvolvimento de novos tipos de catalisadores.
As figuras mostram, de forma qualitativa um comparativo entre as emissões do
motor ciclo Otto e ciclo Diesel.
Na figura, a comparação é entre as emissões no escape de veículos sem
catalisador, ou seja, as emissões reais dos motores
Combustível
Como mencionado, o objetivo do pós-tratamento é a diminuição das emissões
de CO, HC, NOx e material particulado, restando ainda, o enxofre no
combustível, como componente poluente.
Este, além de ser o componente básico do ácido sulfúrico na atmosfera (chuva
ácida), prejudica de forma irreversível o funcionamento e efetividade dos
elementos de pós-tratamento como o catalisador de NOx e o filtro de
particulado.
Ainda existindo a tecnologia necessária à sua eliminação, na forma de
catalisador de enxofre, o caminho escolhido pelos fabricantes é o da
diminuição do teor de enxofre no combustível.
A experimentação durante os processos de desenvolvimento dos sistemas de
pós-tratamento mostrou que o nível máximo de enxofre no combustível, que
oferece o melhor desempenho, é 10 ppm (S10). No Brasil, os níveis utilizados
atualmente são:
Diesel Metropolitano: S50 (50 ppm). Em Janeiro 2013 começou a oferta de
S10.
Diesel Interior: S500 (500 ppm). No entanto, S500 não pode ser utilizado em
veículos produzidos depois de 2012