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Curso Online:

Auxiliar de Mecânico de Autos


GNV – gás novo veicular.....................................................................................2

Montagem de sistemas de armazenamento e alimentação de GNV..................3

Manutenção de sistemas de injeção eletrônica...................................................6

Tecnologia de motores ciclo otto.........................................................................9

Montagem de sistemas eletroeletrônicos de GNV.............................................11

Sistema de lubrificação......................................................................................14

Kit GNV para o carro..........................................................................................17

Legislação aplicável...........................................................................................18

Referências bibliográficas..................................................................................20

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GNV – GÁS NOVO VEICULAR

A sigla GNV significa: gás natural veicular. Essa é uma das maneiras
encontradas por alguns motoristas para diminuir os gastos com combustível.
Mas, nem só de fatores favoráveis vive a instalação de GNV.

A tendência é que esse serviço seja mais vantajoso para motoristas que rodam
muito com o carro e precisam economizar de alguma forma.

Atualmente, principalmente com o preço dos combustíveis subindo cada vez


mais, a demanda pela instalação do gás natural vem se tornando prioridade
para alguns motoristas, principalmente os que trabalham com o carro na rua.

Associação Brasileira das Empresas de Gás Canalizado (Abegás) realizou uma


pesquisa recentemente, para entender quais são os benefícios da instalação
de GNV, já que esse é o maior propósito de quem opta por esse tipo de
combustível para o carro.

A economia com uso do GNV em comparação à gasolina varia entre 43% e


58% e de 44% a 66% em comparação ao etanol. Isso depende, é claro, do
valor que estiver sendo praticado na bomba, nos postos.

Atualmente, 1.567 postos têm GNV no Brasil, informa a Abegás. Segundo a


entidade, é o suficiente para atender a procura atual. Mas os estados do Acre,
Piauí, Rondônia, Roraima, Tocantins, Pará e Maranhão ainda não possuem
postos com Gás Natural Veicular.

O carro com GNV precisa passar por uma vistoria especial de funcionamento
todo ano antes de fazer o licenciamento, a mesma que é feita após a
conversão. Feito por laboratórios credenciados, o laudo pode ter preço
variando de local para local.

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MONTAGEM DE SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO E ALIMENTAÇÃO DE
GNV

O gás natural veicular (GNV), conhecido como combustível do futuro, é uma


mistura de hidrocarbonetos leves que, sob temperatura ambiente e pressão
atmosférica, permanece no estado gasoso. É constituído predominantemente
por metano (CH4) com teor mínimo em torno de 87%. Ele é encontrado
acumulado em rochas porosas no subsolo, frequentemente acompanhado por
petróleo e constituindo um reservatório.

A queima do GNV é reconhecidamente uma das mais limpas, praticamente


sem emissão de monóxido de carbono. Por não possuir enxofre em sua
composição, a queima do gás natural não lança compostos que produzam
chuva ácida quando em contato com a umidade atmosférica, contribuindo,
assim, para a melhoria da qualidade de vida da população.

Importante:

Sistema de classificação adotado: Norma ABNT-NBR 14725-2:2009 – versão


corrigida 2:2010. Sistema Globalmente Harmonizado para a Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos, ONU.

Outros perigos que não resultam em uma classificação: Explode


espontaneamente com cloro sob luz solar. Em elevadas concentrações, causa
asfixia através da redução da concentração de oxigênio no ar.

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Frases de perigo: Gás extremamente inflamável. Contém gás sob pressão:
pode explodir sob efeito do calor. Pode causar sonolência e vertigem (efeitos
narcóticos).

Imagem: www.br.com.br

As substâncias desta categoria contêm principalmente moléculas de


hidrocarbonetos de baixo peso molecular, as quais são o perigo dominante nos
gases de hidrocarbonetos de petróleo. Suas características físicas e químicas
exigem que sejam mantidos dentro de sistemas rigorosamente fechados. Ao
contrário de gases de refinaria, gases de hidrocarbonetos de petróleo não
contêm compostos inorgânicos (por exemplo, sulfeto de hidrogênio, amônia,
monóxido de carbono).

Veículos leves do ciclo Otto tendem a emitir, potencialmente, como poluentes,


mais CO e HCT7 (OLIVEIRA, 1997; SALA, 1999), sendo que os veículos a
diesel tendem a emitir mais NOx, SOx, MP8 e PAH´s9 (LIN, 2006; FILHO,
2006; SALA, 1999; OLIVEIRA, 1997). Conforme estudos internacionais vêm
comprovando são justamente os tipos de emissões características do óleo
diesel que têm apresentando maior impacto ambiental, principalmente quando
a externalidade considerada é sobre a saúde humana10. Estudos comprovam
o potencial cancerígeno dos poluentes relacionados às emissões da
combustão de diesel (SALDIVA et al, 2005; POPE, 2002; COHEN et al., 2004;
CHUNG, 2006; TAVARES et al., 2004; ABRANTES et al., 2003; TOMATIS,
1990; HEMMINK et al., 1994; OLIVEIRA, 1997). Estudos epidemiológicos
apontam a concentração de MP como estando diretamente associada à
mortalidade por doenças cárdio-respiratórias em diferentes cidades ao redor do
mundo11 (BALDASSARI, 2005; DOCKERY et al., 1993; TORNQVIST et al.,
1994; NYBERG et al., 2000; ROEMER, 2001).

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Imagens: gava.com.br

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MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE INJEÇÃO ELETRÔNICA

Evite o contato com a pele, olhos e roupas. Evite respirar vapores/névoas do


produto. Utilize equipamento de proteção individual ao manusear o produto. Se
o gás for lançado para um lugar confinado, imediatamente evacue a área.

Imagem: Motores de Combustão Interna - Vol. 1 . Por Franco Brunetti

Promova ventilação mecânica e sistema de exaustão direta para o meio


exterior. Estas medidas auxiliam na redução da exposição ao produto quando
ocorrer formação de poeiras do produto. É recomendado tornar disponíveis
chuveiros de emergência e lava olhos na área de trabalho.

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Esse sistema possui vários componentes. O principal é a Central, onde ficam
gravadas as informações do veículo e os seus parâmetros de fábrica, ela
também realiza os cálculos programados para gerenciar o motor (alimentação
e ignição). Os outros componentes podem ser divididos em dois
gruposː Sensores e Atuadores.

No Brasil, é comum se recomendar a limpeza dos injetores de forma


preventiva, mas em geral não é uma operação necessária sem que se
pesquise antes a origem de um eventual mal funcionamento do motor.
Realisticamente, em nenhum manual de manutenção existe recomendação
para que se execute essa limpeza de forma preventiva. Alguns fabricantes de
veículos, em seus programas de manutenção periódica, chegam a classificar
essa operação de limpeza como desnecessária. Nos casos raros em que
precisa ser feita (por exemplo, em motores mais antigos com injetores de
primeira geração, de meados dos anos 1990), a manutenção deve ser efetuada
por um reparador capacitado. A injeção eletrônica está em constante evolução
e possui componentes que manuseados de forma incorreta podem ser
danificados.

A injeção eletrônica em veículos é uma solução tecnológica para intermediar


combustível, motor e ar. Intencionado em produzir menos poluentes, o sistema
apresenta sensores que localizam defeitos rapidamente. Sua função não é
apenas substituir os carburadores.

Autuadores: alimentação e queima de combustível do motor;


sensores: análise de funcionamento do motor e transferência de informações
para a central;

Central de informações: peça chave, recebe todas as informações


transmitidas pelos sensores. Define como se dará a administração do motor.
Além de sempre comparar com as informações de fábrica. Tudo em prol de
fornecer o melhor desempenho do motor.

Cuidados

 Jatos de pressão para lavagem de motor podem ocasionar problemas


aos eletrônicos;
 andar com o veículo na reserva aumenta temperatura interior do tanque
de combustível. Tire essa ação do cotidiano para não danificar a bomba
elétrica;

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 pisar no acelerador ao ligar o automóvel pode prejudicar os sensores;
 ―pegar no tranco‖ na falta de bateria pode prejudicar potencialmente o
veículo.

Imagem: Título Motores de Combustão Interna - Vol. 1. Franco Brunetti

Imagem: Título Motores de Combustão Interna - Vol. 1. Franco Brunetti

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TECNOLOGIA DE MOTORES CICLO OTTO

O ciclo de Otto é um ciclo termodinâmico idealizado que descreve o


funcionamento de um típico motor de pistão de ignição com faísca. É o ciclo
termodinâmico mais comum em motores de automóveis, funcionando nos
chamados quatro tempos: Admissão, compressão, combustão e exaustão
(escape).

Este ciclo é uma descrição do que acontece com uma massa de gás submetida
a trocas de calor e variações de pressão, temperatura e volume. A massa de
gás sujeita a essas mudanças é chamada de sistema, logo o sistema, neste
caso, é definido como o fluido (gás) dentro do cilindro. Ao descrever as
mudanças que ocorrem dentro do sistema, também descreverá em inverso, o
efeito do sistema sobre o meio ambiente. No caso do ciclo Otto, o efeito será
produzir o trabalho líquido suficiente para impulsionar um automóvel e seus
ocupantes.

Tal ciclo consiste em compressão isentrópica (em termodinâmica, a


compressão onde a entropia do sistema permanece constante), adição de calor
em volume constante, expansão isentrópica e rejeição de calor em volume
constante. No caso de um ciclo Otto de quatro tempos, tecnicamente, existem
dois processos adicionais: um para o escape de calor residual e produtos de
combustão a pressão constante (isobárica) e outro para a ingestão de ar fresco
rico em oxigênio também a pressão constante. No entanto, estes são muitas
vezes omitidos em uma análise simplificada.

O sistema é definido como a massa de ar que é extraída da atmosfera para


dentro do cilindro, comprimida pelo pistão e aquecida pela faísca de ignição
injetada pelo combustível, permitindo expandir a medida que comprime o
pistão, e finalmente exaurir o ar de volta para a atmosfera. A massa de ar
segue com seu volume, pressão e variação de temperatura durante as várias
etapas termodinâmicas.

O pistão é capaz de se mover ao longo do cilindro, o volume de ar muda de


acordo com a posição do pistão no cilindro. Os processos de compressão e
expansão do gás, induzido pelo pistão é ideal e reversível, isto é,
nenhum trabalho útil é perdido pela turbulência ou pelo atrito, e nenhum calor é
transferido de ou para o gás durante esses dois processos. A energia é

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adicionada ao ar, pela combustão do combustível. O trabalho útil é extraído
pela expansão do gás no cilindro. Depois de completa a expansão no cilindro, o
calor remanescente é extraído, e finalmente o gás é liberado para o meio
ambiente.

O trabalho mecânico útil é produzido durante a expansão do processo, e parte


dele é usado para comprimir a massa de ar do ciclo seguinte. O trabalho útil
mecânico produzido, menos o usado para o processo de compressão é o
trabalho liquido obtido, que pode ser usado para propulsão ou para dirigir
outras máquinas. Alternativamente o trabalho útil obtido é a diferença entre o
calor adicionado e o calor removido.

Os ciclos termodinâmicos associados às máquinas reais se diferem


sensivelmente da idealização, já que os processos ocorrem apenas de forma
aproximada à maneira descrita e que os motores estão suscetíveis a
fenômenos não reversíveis como o atrito.

Etapas do Ciclo de Otto:

1 - Admissão. A válvula de admissão se abre, injetando no cilindro a mistura


de ar-combustível

2 - Compressão. O pistão comprime a mistura.

3 - Combustão. A vela de ignição solta uma pequena faísca, explodindo a


mistura e levando o pistão de volta ao ponto morto inferior (PMI).

4 - Exaustão. A válvula de escape se abre, liberando os gases resultantes da


combustão para o sistema de escapamento do motor.

O cilindro encontra-se agora cheio de gases queimados. É nesta altura, em que


o êmbolo impulsionado por meio de manivelas retoma o seu movimento
ascendente, que a válvula de escape se abre, permitindo a expulsão para a
atmosfera dos gases impelidos pelo êmbolo no seu movimento até ao PMS,
altura em que se fecha a válvula de escape. A este quarto passeio do êmbolo é
chamado o quarto tempo do ciclo, ou tempo de exaustão (escape).

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MONTAGEM DE SISTEMAS ELETROELETRÔNICOS DE GNV

O GNV é um combustível mais barato que a gasolina e o etanol. Segundo a


Comgas, a economia no abastecimento pode compensar o custo de conversão
do carro para o gás em apenas quatro meses. Esse é o tempo de retorno
médio do investimento na instalação do equipamento de gás para motoristas
que percorrem 8.000 quilômetros por mês. E para quem percorre 1.000
quilômetros por mês, como é o caso de pessoas que usam o carro para uso
particular, o prazo de retorno é de 30 meses, ou dois anos e meio. Por meio de
testes, a Comgás chegou ao prazo médio para que a economia com o GNV
compense o investimento no kit gás – equipamento que permite que o carro
seja abastecido com o GNV – para diferentes quilometragens. Foi considerado
um custo de 4.000 reais do kit gás (custo médio do equipamento de quinta
geração) e os seguintes preços médios de combustíveis: 2,89 reais por litro de
gasolina, 1,89 real por litro de etanol e 1,72 real por m³ de GNV – preços
médios nacionais, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

A NBR 16583 de 02/2017 – Qualificação de pessoas no processo de instalação


e manutenção de sistemas GNV em veículos automotivos – Perfil profissional
do mecânico de instalação de sistemas de GNV estabelece as competências
desejadas para o perfil profissional do mecânico de instalação de sistemas de
GNV, para qualificar profissionais na atividade de instalação, desinstalação e
manutenção de sistemas de GNV.

Esta norma representa o consenso entre os representantes do processo de


instalação, desinstalação e manutenção de sistemas de GNV – produtores,
trabalhadores, consumidores e neutros. O mecânico de instalação de sistemas
de GNV ocupa-se principalmente da instalação, desinstalação e manutenção
de sistemas de GNV, conforme projetos e documentos técnicos específicos, de
acordo com as normas brasileiras e legislações vigentes, considerando saúde,
segurança, meio ambiente e qualidade. O profissional deve atuar dentro das
atividades de montagem, desmontagem e manutenção em sistemas de GNV,
em oficinas certificadas e registradas junto às autoridades competentes para
esta finalidade.

O gás natural é a alternativa mais viável para a solução dos problemas


ambientais associados a veículos automotores. A queima do gás natural é
muito mais completa que a da gasolina, álcool ou diesel. Por isso, os veículos

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que utilizam o GNV emitem menos poluentes como óxidos nitrosos, dióxido de
carbono (CO2) e principalmente monóxido de carbono (CO), tornando-se uma
grande opção de combustível nos grandes centros urbanos, ajudando no
controle dos níveis de poluição e melhorando a qualidade de vida.

O Kit GNV de 5ª geração é um dos mais modernos do mercado, pois traz


atualizações que reduzem a perda de potência e diminui a necessidade de
manutenção constante.

Os cuidados com a manutenção de um veículo com Kit GNV instalado são,


basicamente, os mesmos de um veículo comum. ―O proprietário deve seguir os
prazos de revisões indicados no manual do proprietário. Para o sistema de
GNV, a recomendação é fazer inspeção do sistema a cada 10 mil km e realizar
a troca do filtro de GNV a cada 30 mil km rodados‖, explica o gerente
Comercial de GNV da Comgás, Ricardo Vallejo. Também é preciso atentar aos
períodos de reteste hidrostático obrigatório dos cilindros (a cada 5 anos), que
deve ser realizado por órgão acreditado pelo Inmetro durante a vida útil do
mesmo (15 anos).

A primeira fase ao receber o carro do cliente na oficina é fazer a análise do


estado do veículo e o diagnóstico básico da mecânica. Em veículos zero-
quilômetro, verifique filtro de ar, níveis do óleo e demais fluidos. Em automóveis
com quilometragem entre 10 mil km e 50 mil km, é importante checar ainda o
estado das velas de ignição. Acima de 50 mil km, é indicada também a
medição da compressão dos cilindros e a inspeção visual do corpo de
borboleta. Caso haja alguma não conformidade na mecânica do carro, é
recomendado que seja realizado o reparo por completo antes do início da
instalação do Kit GNV.

Verifique o funcionamento da injeção eletrônica com o auxílio de um scanner.


Conecte-o à porta OBD do carro para buscar por anomalias e códigos de falha
no sistema. O modelo utilizado nesta reportagem, um Honda Civic EXL
2018/2018, estava com apenas 2.000 km rodados e passou sem observações
pela fase de diagnóstico.

O Kit de GNV de 5ª geração é composto pelos seguintes itens: redutor de


pressão, válvula de abastecimento, manômetro, filtro de GNV, sensor de
pressão e fluxo, sensor de temperatura, bicos injetores de GNV, chicote,
módulo eletrônico, chave comutadora e mangueiras de gás e água.

Para início da instalação do Kit na parte dianteira, é necessário fazer a


remoção do coletor de admissão. Antes, porém, retire o conjunto de bicos
injetores com a ajuda de um canhão de ¼ de polegada e um soquete de 10
mm.

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Na sequência, utilize um soquete longo de 19 mm, uma extensão curta de 1/2
polegada e outra longa de mesma medida para remover o coletor de admissão.
Com o carro no elevador, é necessário ainda fazer a remoção do protetor de
cárter pela parte inferior.

O próximo passo é a instalação dos niples dos injetores de GNV dentro do


cabeçote, para que faça a conexão entre
a mangueira do injetor ao conjunto de injetores de GNV. Antes disso, porém,
faça uma rosca para fixação com um macho de 6 mm e uma catraca.

Com um canhão de 8 mm e uma cola trava rosca (8a), faça a instalação dos
niples de injeção. A norma é um niple por cilindro (8b) – neste veículo, portanto
são 4 niples (4 cilindros).

Instale o redutor de pressão com um soquete de 10 mm com encaixe de ¼ de


polegada para fazer a fixação do suporte acoplado ao redutor na carroceria.
Siga a norma do fabricante do Kit GNV para fazer a instalação na posição
correta e garantir a eficiência do componente.

Instale a válvula de abastecimento (acoplada ao manômetro) na própria


estrutura do carro. O componente deve ser posicionado a, no mínimo, 200 mm
de distância da bateria do carro, conforme norma do Inmetro. Para a fixação,
use uma catraca com soquete 13 mm e uma chave combinada de 13 mm.

Faça a instalação dos bicos injetores de GNV. Fixe-os na chapa protetora da


flauta de injeção original do carro. Para isso, faça um pequeno furo na chapa e
fixe com um parafuso M6x10 e uma porca M6. Faça o aperto com um canhão
com encaixe de ¼ pol., soquete de 10 mm e uma chave combinada de 10 mm.

Hora de fazer a ligação entre os componentes. Para isso, instale as


mangueiras ligando o redutor, filtro, sensor de pressão e bicos injetores de
acordo com as indicações do fabricante do Kit GNV. É preciso atentar-se ao
layout de instalação e roteiro para cada carro, tomando o cuidado para que as
mangueiras não tenham atrito com outros tubos e componentes do veículo. As
mangueiras são conectadas com abraçadeiras metálicas (apertadas com chave
phillips).

É preciso fazer a ligação do sistema de água original do carro para o redutor.


Isto é necessário, pois o redutor precisa de aquecimento. Devido à baixa
temperatura do fluxo de pressão do GNV, pode haver congelamento do
redutor. Faça a ligação com um conector em forma de T e obedeça às normas
do Inmetro para o roteiro de instalação.

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SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

Um motor de combustão interna é desenvolvido para funcionar por centenas e


até milhares de quilômetros. Para que isso seja possível o motor é provido de
um sistema de lubrificação, caso contrário não duraria alguns minutos. Isso
aconteceria devido movimento incessante de peças dentro do motor, sendo
que estas peças estão em contato com outras peças de mesmo ou semelhante
material. O sistema de lubrificação garante que essas peças trabalhem com um
filme de óleo entre elas (atrito úmido), que reduz consideravelmente o atrito e
consequentemente o desgaste. Além disso, o sistema também exerce uma
função refrigerante auxiliar ao sistema de arrefecimento, retém partículas em
suspensão no óleo que venham a alcançar os canais de lubrificação sobre
intenso trabalho das peças de força, previne a oxidação das peças e a
formação da carbonização.

A lubrificação tem um papel muito importante dentro dos mais diversos


sistemas mecânicos presentes nas industriais. É a lubrificação que proporciona
ao sistema a redução de atrito entre duas superfícies diferentes que estão em
contato em sequencia de movimentos. Por meio do lubrificante, o atrito, sempre
necessário para tais sistemas, é reduzido e tem sua força controlada, limitando
para o que o sistema precisa para proporcionar trabalho. Sendo assim, há
garantia de uma operação fluida e sem falhas mecânicas.

O sistema de lubrificação é necessário para muitos setores. Os principais que


têm dentro do sistema hidráulico de seus maquinários são, entre muitos, a
petroquímica, a siderúrgica, o transporte e a mineração.

Componentes de um sistema de lubrificação:

Para funcionar de forma ideal, o sistema de lubrificação precisa de alguns


componentes próprios. São eles: bomba de óleo, pescador de óleo, interruptor
de pressão de óleo, cárter de motor e filtro de óleo.

Eles têm funções altamente recomendadas para um sistema hidráulico. Entre


elas, destacam-se o controle da pressão do sistema e a filtragem dos fluidos
para que a lubrificação chegue em todos os momentos de atrito.

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Além desses, o principal componente de um sistema de lubrificação é o
lubrificante. No caso da maioria dos maquinários, o melhor a ser usado é um
óleo específico para cada tipo de aplicação. É preciso acertar o tipo de óleo, a
quantidade e a qualidade para evitar problemas maiores nos sistemas.

Roteiro de Instalação

Este é um resumo para 3ª e 4ª geração segundo a NBR- 11353-1, pelas


normas do INMETRO, que não tem específico para 5ª ou 6ª geração, pois
seguirá o mesmo princípio.

Escolha de local para instalação do Redutor de Pressão.

Furação e fixação do Redutor de Pressão.

Escolha de local para instalação da válvula de abastecimento.

Furação e fixação da válvula de abastecimento

Instalação da chave comutadora bicombustível

Fixação da eletro-válvula do combustível original (somente em veículos


carburados)

Fixação da mangueira do combustível original (somente em veículos


carburados)

Instalação do injetor de "GNV > Mesclador" ou Misturador

Fixação da mangueira de baixa pressão Redutor ao Mesclador

Fixação da tubulação de alta pressão entre a válvula de abastecimento e o


redutor

Fixação do manômetro.

Fixação da Válvula de Cilindro.

Furação e fixação do suporte de cilindro(s).

Furação e fixação dos flanges.

Instalação da tubulação de alta pressão

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Anilhamento e fixação da tubulação de alta pressão na válvula de
abastecimento.

Fixação da tubulação de alta pressão espaçamento máximo de presilhas = 50


cm.

Anilhamento e fixação da tubulação de alta pressão na válvula de cilindro.

Fixação do(s) cilindro(s) com as cintas no suporte.

Instalação da mangueira de escape do "GNV"

Ligação elétrica das eletros-válvulas.

Fixação do ponto de aterramento

Revisão Geral (reaperto).

Verificação de vazamentos

Regulagem do veículo: com o "Pulmão de GNV"

Dosador de alta rotação (torque máximo).

Dosador de baixa rotação (marcha lenta)

Para garantir o funcionamento perfeito do carro e evitar danos ao sistema


de injeção eletrônica de combustível líquido do veículo, é preciso manter um
pouco de gasolina ou etanol no tanque. O reservatório de partida a frio também
deve ser mantido com gasolina.

O óleo lubrificante automotivo é indispensável para o bom funcionamento do


veículo e aumenta a vida útil do motor. Ele tem como funções principais reduzir
o atrito entre peças para diminuir o desgaste e também controlar a temperatura
do motor, a fim de evitar o superaquecimento. O lubrificante também mantém o
motor limpo, livre de borras e vernizes. Portanto, é preciso ter uma atenção
especial a lubrificação do motor.

Existem duas formas de trocar o óleo: sangria, que é a mais tradicional e a


vácuo. A sangria é feita com a retirada do bujão do cárter, por onde o
lubrificante antigo sai. No sistema a vácuo a troca é feita com o auxílio de uma
máquina específica. Neste caso, como o lubrificante é retirado por sucção, o
procedimento de troca é mais rápido do que na sangria.

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KIT GNV PARA O CARRO

Em uma época que a sustentabilidade, principalmente ligada ao setor


automotivo, leva muitos motoristas a procurarem alternativas não poluentes, é
necessário enxergar as alternativas disponíveis no mercado. É verdade que
carros elétricos e híbridos já têm certa aceitação, porém ainda são opções que
não cabem nos bolsos da maioria. E é aí que o GNV entra novamente em
cena. Permitido em carros leves desde 1996, o combustível que está em sua 6ª
geração já é bem conhecido pelas oficinas independentes e atende muito bem
aqueles que buscam um mundo melhor, pois sua queima é a mais limpa em
comparação com os outros combustíveis.

Com relação ao veículo, dependendo da capacidade do cilindro, ele pode pesar


na faixa dos 60 quilos. Sendo assim, é recomendado que se faça um reforço na
suspensão traseira, com a troca das molas originais por outras reforçadas.
Além disso, o GNV pode causar maior desgaste em outros componentes do
veículo, como as velas de ignição, cabos de vela e filtro de ar. O óleo também
deve ser verificado com maior frequência.

No caso dos bicos injetores, para evitar um maior desgaste e mantê-los


lubrificados, sempre que sair com o veículo, é recomendado trafegar no álcool
ou na gasolina por aproximadamente um quilômetro. Esse procedimento deve
ser realizado duas vezes: na primeira saída com o veículo e, depois, antes de
guardá-lo na garagem.

Esse tipo de combustível apresenta um valor final bem mais baixo do que as
tradicionais alternativas, como o etanol, a gasolina e o diesel.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP), o Gás Natural Veicular se coloca como uma alternativa
financeiramente mais vantajosa para o consumidor, proporcionando
uma redução de custos de até 40% em alguns casos.
Além disso, o GNV também apresenta um rendimento maior que os
combustíveis à base de petróleo. Isso significa que o motorista consegue rodar
mais quilômetros com 1m³ de GNV do que com 1 litro de gasolina ou etanol,
por exemplo. Ou seja, é possível rodar mais gastando menos.

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LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Existem critérios do Programa de Avaliação da Conformidade para a inspeção


de segurança veicular dos veículos rodoviários automotores com sistemas de
gás natural veicular, em atendimento às Resoluções do Conselho Nacional de
Trânsito n.º 280/08 e n.º 292/08, visando aumentar a segurança na condução e
no transporte desses veículos. (ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 49/2010)

Para efeito de utilização deste Regulamento Técnico da Qualidade são


adotadas as terminologias da ABNT NBR 11353 (parte 1), do Regulamento
Técnico da Qualidade de Componentes para Instalação do Sistema para Gás
Natural Veicular (publicado pela Portaria Inmetro n.º 417/07).

Requalificação - Processo de inspeção periódica do cilindro para


armazenamento de gás natural veicular, a cada 05 (cinco) anos a partir da data
de sua fabricação, que compreende as seguintes verificações: inspeção visual
interna, inspeção visual externa, avaliação da massa (pesagem), inspeção da
rosca e ensaio hidrostático.

Selo de Identificação da Conformidade - Identificação adotada pelo Inmetro


para a certificação, no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da
Conformidade, dos componentes dos sistemas de gás natural veicular.

Selo Gás Natural Veicular - Selo de Identificação da Conformidade adotado


pelo Inmetro, preenchido e emitido por Organismo de Inspeção Acreditado-
Segurança Veicular ou Entidade Técnica Pública ou Paraestatal, após
aprovação técnica das inspeções de segurança de veículos rodoviários
automotores com sistemas de gás natural veicular.

Os cilindros para armazenamento de GNV projetados e fabricados conforme os


requisitos técnicos estabelecidos na ISO 11439 ou suas traduções somente
poderão ser instalados e mantidos em operação, dentro do seu tempo de vida
útil ou no prazo de validade máximo de 20 (vinte) anos.

Os cilindros de GNV usados, projetados e fabricados a partir de 2001 conforme


os requisitos técnicos estabelecidos na ABNT NBR ISO 4705 poderão
permanecer em serviço até completarem 20 (vinte) anos da data de fabricação
ou enquanto forem aprovados nas requalificações, até o prazo máximo de 24
(vinte e quatro) anos da data de fabricação.

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Agradecemos por escolher a iEstudar.

Blog https://iestudar.com/blog/

Site https://iestudar.com/

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Referências Bibliográficas:

Minuto Seguro.10 de julho de 2018.A instalação de GNV diminui a poluição? Saiba


tudo sobre o combustível.

Disponível em:

https://www.minutoseguros.com.br/blog/instalacao-de-
gnv/#:~:text=A%20instala%C3%A7%C3%A3o%20de%20GNV%20%C3%A9,economiz
ar%20combust%C3%ADvel%2C%20entre%20outras%20coisas.

Por Rafael Miotto, G1 — São Paulo.05/06/2018 14h18.Kit GNV pode ser instalado em
qualquer carro; veja dicas, preços e cuidados.

Disponível em:

https://g1.globo.com/carros/noticia/kit-gnv-pode-ser-instalado-em-qualquer-carro-veja-
dicas-precos-e-cuidados.ghtml

Petrobrás.GÁS NATURAL VEICULAR.

Disponível em:

https://www.br.com.br/pc/produtos-e-servicos/para-seu-veiculo/gas-natural-veicular

GAVA.Informações>Sistema GNV

Disponível em:

https://www.gava.com.br/index2.php?id_conteudo=18#:~:text=Conforme%20Loureiro
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%20carburadores.

Título Motores de Combustão Interna - Vol. 1

Autor Franco Brunetti

Editora Editora Blucher, 2018

ISBN 8521218133, 9788521218135

Num. págs. 554 páginas

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https://books.google.com.br/books?id=ppvqDwAAQBAJ&hl=pt-
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Redação.05/04/2019.Vale a pena instalar GNV? As vantagens e desvantagens do kit


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Portaria nº 49, de 24 de fevereiro de 2010. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO,


INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA,
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http://www.inmetro.gov.br/

MINISTÉRIO DA ECONOMIA.INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA,


QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO.CONSULTA PÚBLICA Nº 12, DE 23 DE
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