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Manual Combustiveis Maritimos 2021
Manual Combustiveis Maritimos 2021
COMBUSTÍVEIS
MARÍTIMOS
Informações Técnicas
1 Gasolina de aviação
Informações Técnicas (versão 1.0)
COMBUSTÍVEIS MARÍTIMOS
2 Combustíveis Marítimos
Informações Técnicas (versão jan/2021)
COMBUSTÍVEIS MARÍTIMOS
Índice
1- DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO 4
2- PRINCIPAIS APLICAÇÕES 4
4.1.2. Viscosidade 5
4.1.3. Escoamento 5
5- PRODUÇÃO 9
8- INFORMAÇÕES ADICIONAIS 10
9- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
Versão jan/2021
Este material é sujeito a atualizações sem aviso prévio. A última versão está disponível no endereço:
http://sites.petrobras.com.br/minisite/assistenciatecnica/
3 Combustíveis Marítimos
Informações Técnicas (versão jan/2021)
COMBUSTÍVEIS MARÍTIMOS
1 - DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO
Os combustíveis utilizados em navios podem ser (MGO). Os óleos combustíveis marítimos são
classificados em duas categorias: os residuais ou óleos produzidos a partir de formulações contendo frações
combustíveis marítimos, que recebem a denominação pesadas da destilação (resíduos) e outros óleos
de OCM, MF (marine fuel), VLSFO (Very Low Sulfur diluentes, sendo denominados óleos bunker. Apesar
Fuel Oil) ou bunker, e os produzidos a partir das de poderem ser preparados com o mesmo tipo de
frações mais leves do processo de refino (gasóleos matéria-prima residual que os óleos combustíveis
atmosféricos, majoritariamente) e que são chamados industriais, diferem destes quanto à sua formulação e
de diesel marítimo, DMA, DMB ou marine gasoil possuem especificações mais restritivas.
2 - PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Os óleos combustíveis marítimos (MF) e o Diesel necessários aos óleos combustíveis industriais. O
Marítimo (DMA) são utilizados em motores principais, diesel marítimo é utilizado principalmente nos
de grandes dimensões, nos sistemas de propulsão de sistemas auxiliares de geração de energia ou de
navios de grande porte. São motores de combustão emergência dessas embarcações. Entretanto, pode
interna que operam segundo o ciclo Diesel e, por isso, ser utilizado em motores principais, de propulsão, em
apresentam requisitos de qualidade diversos daqueles embarcações de médio e pequeno porte.
Os combustíveis marítimos podem ser: Óleo Diesel Marítimo, também denominado MGO
ou DMA, possui requisitos de especificação
Óleos bunker ou MF, que são comercializados em diferentes dos MF’s. A viscosidade cinemática e a
diversos tipos, classificados de acordo com a massa específica são inferiores às observadas para
viscosidade cinemática a 50 °C, desde o MF 10 até o MF 10. O combustível deve atender a
o MF 700. As diversas faixas de viscosidade propriedades como, por exemplo, o índice de
atendem às necessidades dos motores, com base cetano, estabilidade à oxidação e aparência. Com
nas temperaturas possíveis de se aquecer o óleo na relação ao teor de enxofre, a Resolução ANP n°52
instalação que o utiliza. Além da diferença nos de 2010, especifica para os destilados 0,5% e
valores das viscosidades, a massa específica, os enquanto a norma ISO 8217 indica que seja seguida
teores de água, vanádio, sódio, alumínio + silício, a determinação da IMO, que, atualmente, também
resíduo de carbono e teor de cinzas também é de 0,5% S. MGO é uma denominação genérica de
distinguem os óleos combustíveis marítimos. Com diesel marítimo, possuindo os mesmos requisitos
relação ao teor de enxofre, a ANP especificou, em de qualidade, mas sem a obrigação de atender
consonância com a IMO (Organização marítima uma especificação atual. No caso da Petrobras,
mundial), em suas RANP 52/2010 e RANP existem dois tipos, o MGO 8217:2010 que atende a
789/2019, para os óleos residuais, um teor máximo especificação da ISO 8217:2010, que pode ser
de 0,5% de enxofre para os sistemas de propulsão comercializado para armadores de longo curso e
que não possuem sistemas de abatimento das de cabotagem e o MGO 8217:2005, que atende a
emissões (scrubbers). A ISO 8217:2010, que não é especificação ISO 8217:2005, mas não atende a
mandatória, indica a adoção dos valores indicados especificação brasileira atual e pode ser
pela IMO em função da área de circulação (global comercializado para armadores de longo curso,
de 0,5% máximo e nas áreas de controle de não sujeitos a especificação local.
emissões (ECAs), de 0,1%, ou aqueles definidos por
especificações nacionais mais restritivas, como na
Califórnia, Estados Unidos;
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Informações Técnicas (versão jan/2021)
COMBUSTÍVEIS MARÍTIMOS
Diesel Marítimo
Por ser utilizado em motores de maiores Para uma mesma faixa de ebulição, os combustíveis
dimensões e mais lentos (menor rotação), a marítimos podem apresentar maiores valores de
exigência de qualidade de combustão, do densidade, maiores valores de CCAI e pior qualidade
diesel marítimo, avaliada pelo número de de ignição. Um ensaio alternativo que determina o
cetano é menor do que no caso do óleo diesel retardo de ignição numa câmara de combustão a
automotivo; volume constante que opera conforme o ciclo Diesel,
o FCA/FIA (fuel combustion analyser), em alguns
Por outro lado, por ser armazenado em casos é utilizado como complemento ao CCAI e como
ambiente mais confinado (navios) possui
critério para avaliação da qualidade de ignição do
requisito de segurança no armazenamento
óleo bunker. Entretanto o fabricante do equipamento
(ponto de fulgor ≥60°C), mais crítico do que
descontinuou sua produção, mas está disponível em
o do óleo diesel automotivo.
alguns laboratórios ao redor do mundo, inclusive na
Óleo Combustível Marítimo Petrobras
Ser facilmente nebulizado para favorecer a O resíduo de carbono indica a tendência à formação
sua vaporização, permitindo sua queima com de depósitos no motor, o que pode acarretar uma
o mínimo de emissões de particulados; característica de combustão pobre. Normalmente,
está diretamente relacionado ao teor de asfaltenos,
Escoar adequadamente nas temperaturas de cuja presença compromete a nebulização e
armazenamento e manuseio; combustão do óleo bunker e do óleo industrial e
provoca a precipitação de “borras” por
Minimizar o desgaste de peças do motor; incompatibilidade com outras substâncias presentes
no óleo.
Minimizar emissão de poluentes;
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COMBUSTÍVEIS MARÍTIMOS
as temperaturas ambientes podem ser transportados aromaticidade e maior o CCAI, o que se reflete em
por oleodutos e estocados em tanques sem maior dificuldade para a ignição do óleo bunker.
aquecimento.
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COMBUSTÍVEIS MARÍTIMOS
(1) A comercialização de óleos combustíveis marítimos com viscosidades distintas das especificadas nesta Tabela está autorizada mediante
acordo entre fornecedor e consumidor final.
(2) Áreas costeiras e portuárias de alguns países poderão requerer limites mais restritivos conforme Anexo VI do Protocolo de 1997 da
Organização Marítima Internacional - IMO. No caso de a embarcação trafegar em áreas ambientais controladas, o enxofre total no
combustível deverá ser no máximo 1,0 % massa.
(3) O método de referência em caso de disputa será o ABNT NBR 7148.
(4) O valor do índice calculado de aromaticidade carbônica se obtém da seguinte fórmula:
ICAC = ρ15 - 81 - 141. log[ log (ν + 0,85) ]
Onde:
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COMBUSTÍVEIS MARÍTIMOS
5 - PRODUÇÃO
A matéria-prima básica para produção dos óleos Dessa forma, a matéria-prima para produzir esses
bunker é o resíduo da destilação a vácuo, ao qual óleos, deve ser fabricada de acordo com as
devem ser adicionados diluentes para acerto da especificações, e diferente daquela usada para
viscosidade, em função do tipo de óleo desejado. óleos combustíveis industriais
Para manter a qualidade final do óleo bunker, os todo cuidado deve ser tomado para se evitar que
seguintes cuidados devem ser tomados: contaminem o produto;
Adotar rotina de inspeção e limpeza nos
Garantir a limpeza e a ausência de água e sistemas de armazenagem do produto,
sedimentos/borras no transporte e checando, entre outros itens, o estado de
armazenamento do produto. A água e materiais conservação do interior dos tanques;
sólidos devem ser drenados dos tanques, pois
podem alterar a qualidade do óleo bunker e
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8 - INFORMAÇÕES ADICIONAIS
O uso adequado do óleo bunker propiciará aos seus Realizar inspeção e limpeza periódicas dos
usuários evitar gastos excessivos com combustível tanques de armazenamento de modo a garantir
e com a manutenção dos equipamentos e sistemas a manutenção da qualidade do combustível;
de combustão, além de atender aos requisitos de Verificar a necessidade de aquecimento das
segurança. Para que se possa tirar o máximo linhas de transferência de óleo bunker em
proveito desse combustível, recomenda-se a função da sua viscosidade e da temperatura
adoção dos seguintes cuidados: ambiente de modo a evitar obstrução da linha;
No caso de armazenamento do óleo bunker a
Realizar as manutenções periódicas temperaturas superiores a 100 °C, a presença de
especificadas pelo fabricante do motor; água pode acarretar o fenômeno conhecido
Caso seja necessário usar o óleo bunker como “boil over” devido à vaporização rápida
estocado por um longo período de tempo, da água e provocar acidentes e danos
realizar os ensaios de especificação do produto ambientais.
para atestar a qualidade do produto. O tanque
de armazenamento deverá ser drenado para
eliminar a água e sedimentos que possam ter
decantado;
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9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Elaborado por:
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