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Termo de Responsabilidade do Autor do Projeto de Arranjos

Exteriores

Ana Rita Gomes Pereira, Engenheira Civil, com morada técnica Rua S. Sebastião, n.º
116, 4620 - 654 Silvares, Lousada, contribuinte fiscal n.º 234 188 588, inscrita na
Ordem dos Engenheiros – OE, sob o n.º 79371, declara, para efeitos do disposto no
n.º 1, do artigo 10º, do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redação que
lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 136/14 de 9 Setembro, que o Projeto de Arranjos
Exteriores, de que é autor, relativo à obra de Ampliação de Habitação Unifamiliar,
localizada em Rua de Santa Isabel, na freguesia de Lodares, neste concelho de
Lousada, cujo licenciamento foi requerido pela Sra. Marinha da Glória Moreira da
Costa, com morada na Rua São Veríssimo, n.º 321, 4620 - 924 Nevogilde, Lousada:
a) Observa as normas técnicas gerais e especificas de construção, bem como as
disposições legais e regulamentares aplicáveis, designadamente o Regulamento Geral
das Edificações Urbanas (R.G.E.U.), o PDM de Lousada, e demais legislação
aplicável.
b) Está conforme com os planos municipais ou intermunicipais de ordenamento
do território aplicáveis à pretensão.

Lousada, 03 de Janeiro de 2022

O TÉCNICO
DECLARAÇÃO

O Conselho Diretivo da Região Norte da Ordem dos Engenheiros declara que a Engenheira Ana
Rita Gomes Pereira está inscrita como Membro Efetivo, nesta associação pública profissional,
sendo portadora da Cédula Profissional n.º 79371, titular do curso de Mestrado em Engenharia
Civil pelo(a) Universidade de Aveiro em 26-07-2016, agrupado na(s) Especialidade(s) de Civil
desde 06-11-2017, com o título de qualificação de Engenheiro Nível 2 , está na efetividade dos
seus direitos como Engenheira.

Elaboração e subscrição de projetos de engenharia relativos a obras de:


- Categorias I e II (estabelecidas no quadro 2 do anexo III da Lei
Ato de Engenharia 40/2015);
- Categoria III (estabelecidas no quadro 1 do anexo III da Lei 40/2015);
Coordenação de Projeto, em obras até à classe 4.

Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, a que se refere o n.º3, do


artigo 10.º, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº
66/2019, de 21 de maio;
Lei n.º 31/2009, de 3 de julho, alterada e republicada pela Lei nº
Legislação Aplicável 40/2015, de 1 de junho, a que se referem:
- quadros 1 e 2 do anexo III, conforme estabelecido no n.º 3 do artigo
10º;
- anexo I, conforme estabelecido no n.º 3 do artigo 4º;
Portaria 701-H/2008, de 30 de outubro a que se refere o anexo I e II.

A presente declaração destina-se a ser exibida perante as entidades


Validade competentes, apenas para efeitos da prática do(s) ato(s) de engenharia
nela descritos e é válida pelo prazo de 1 ano.

Assinatura Porto, 7 de outubro de 2021.

Joaquim Poças Martins


Presidente do Conselho Diretivo

Elementos de validação Rua Rodrigues Sampaio, N.º 123, Porto


Código: 9EI089HB Tel. 222071300
Ref.ª: PCP0002
Declaração n.º: RN54163/2021 www.oern.pt

Para efeitos de validação desta declaração, aceder sigoe.ordemdosengenheiros.pt e introduzir na pesquisa o código de validação
acima mencionado, verificando que o documento obtido corresponde a esta declaração.
Requerente: Marinha da Glória Moreira da Costa
Localização: Rua de Santa Isabel – Lodares – Lousada
Natureza: Ampliação de Habitação Unifamiliar

Memória Descritiva e Justificativa

1.0 INTRODUÇÃO

Refere-se a presente Memória Descritiva ao Projeto de Arranjos Exteriores, da


zona envolvente de uma moradia unifamiliar, cujo requerente, pretende levar a
efeito no local supra indicado.

2.0 DESCRIÇÃO

Em termos gerais podemos enquadrar a proposta de arranjos exteriores que


aqui se apresenta sobre dois pontos distintos, mas que no seu conjunto,
traduzem a intervenção em termos paisagísticos. Em primeiro lugar salienta-se
os espaços ajardinados com a plantação de árvores, onde se procurou criar
uma certa uniformidade quer em termos plataformas previstas, quer em termos
de “Alçado Rua” e em segundo lugar, os acessos pedonais e automóvel
previstos e suas delimitações que acentuam na preocupação de enquadrar
aprazivelmente o conjunto edificado e a sua abertura para a envolvente.

3.0 ÁREAS AJARDINADAS

Como será facilmente percetível na peça desenhada, o primeiro ponto de


abordagem que atrás se referiu, é relativo ao tratamento das zonas verdes
previstas e de enquadramento, donde se realçam ainda pequenos canteiros na
frente da habitação, onde serão plantados em maciços contínuos, arbustos de
pequeno porte, sendo que em termos de revestimento herbáceo propõe-se a
aplicação de tapete de relva.

Salienta-se para o facto de que serão levadas em conta, a escolha das


espécies vegetais, as condições edáfo-climáticas do local e que as zonas
verdes serão regadas automaticamente.
3.1 - Natureza e qualidade dos materiais

De seguida serão caracterizados todos os materiais a utilizar, quer inertes quer


não inertes a utilizar na boa execução deste processo de ajardinamento.

3.1.1- Materiais inertes

3.1.1.1 - Atilhos

São de ráfia, cordel ou de sisal, com resistência e elasticidade suficiente de


modo a não danificarem as plantas. Aceita-se outros sistemas de elásticos
mais recentes.

3.1.1.2 - Tutores

Os tutores deverão ser caracterizados por varolas de pinho ou eucalipto, limpas


e com altura e grossuras de acordo com as plantas a que se destinam, e
deverão ter sido a autoclave.

3.1.2 - Materiais não inertes

3.1.2.1 - Terra Viva

A terra viva a utilizar na zona verde, será proveniente da camada superficial de


terreno agrícola ou de mata. A terra deverá ainda apresentar textura franca,
assim como deverá estar isenta de pedras e outros materiais estranhos,
estando previstos cerca de 0.30m de terra viva espalhada sobre o terreno
compactado, para posteriormente receber o tapete ou sementeira de relva.

3.1.2.2 - Fertilizantes e Corretivos

Adubo químico – Composto NPK 7-21-21


Estrume – bem curtido e proveniente da cama de gado cavalar ou bovino
Corretivo orgânico – Ferthumus ou equivalente
3.1.2.3 - Material Vegetal

Todas as plantas a utilizar, deverão ser exemplares novos, bem conformados,


ramificados desde o colo, possuir desenvolvimento compatível, com a espécie
a que se referem e de acordo com as dimensões abaixo indicadas. As plantas
de folha caduca, a fornecer em raiz nua, deverão ter um sistema radicular bem
desenvolvido e com cabelame abundante. As plantas de folha persistente,
deverão ser fornecidas com torrão suficientemente consistente para não se
desfazer facilmente

3.1.2.4. - Árvores

As árvores deverão ter plumagem, com flecha e intacta e raízes bem


desenvolvidas. Quanto à sua altura, deverão apresentar as seguintes ou
respeitar o PAP indicado:

Árvore de folha caduca 3.00m a 4.00m


Arvore de folha persistente 2.00m a 3.00m

3.1.2.5. - Relvados

Será usado tapete de relva. A mistura escolhida deverá ser aprovada pela
fiscalização.

3.2 – Modo de execução dos trabalhos

3.2.1 - Limpeza e desmatagem

Todos os lixos e entulhos resultantes das construções, bem como raizames de


árvores e de arbustos, que se encontrem no espaço destinado às plantações e
sementeiras, deverão ser removidos e jamais colocados em profundidade.
3.2.2 - Regularização Manual das superfícies de terreno

Antes de iniciar os trabalhos de preparação do terreno, para se preceder às


plantações, o terreno deverá ser modelado até às cotas definidas. Realce-se o
facto de que todas as superfícies planas deverão ficar com inclinação, entre
1.5% e 2%, de modo a se permitir o escorrimento superficial das águas
pluviais.

A terra vegetal aplicada, deverá encontrar-se desfeita, isenta de pedras, raízes


e ervas. O grau de rugosidade para boa aderência, à camada de terra vegetal,
pode conseguir-se com acabamento deixado pela maquinaria.

3.2.3 - Espalhamento de terra viva

Só depois do ponto anterior se encontrar de acordo com o proposto, se


procederá ao espalhamento de terra viva, numa camada mínima que deverá
rondar o 30cm de espessura. Para que as sementes e fertilizantes encontrem
boas condições de fixação, é indispensável que a superfície de terra não fique
demasiado lisa.

3.2.4 - Mobilização, Desprega, Regularização do Terreno e Fertilização

Após a colocação da terra vegetal, esta deverá ser sujeita a mobilização até
30cm de profundidade, por meio de surriba, lavoura ou cava. Sempre que
possível, deve recorrer-se ao trabalho mecânico, reservando-se apenas para a
cava manual, as superfícies inacessíveis às máquinas. Em seguida terá lugar
escarificação, gradagem ou recava até 20cm de espessura para
destorroamento e melhor preparação do terreno para as operações seguintes.
De seguida far-se-á a regularização às cotas definidas, seguindo-se o
espalhamento de fertilizantes e corretivos.

3.2.5 - Plantação das Árvores

As plantações efetuam-se durante o Outono/Inverno, quando as espécies de


folha caduca se encontram despidas. Inicialmente deverão ser marcadas no
local a localização das arvores, após o qual se procederá à abertura das covas,
que deverão ter cerca de 1.00m de profundidade por um metro de lado. O
fundo e os lados deverão ser picados, até 0.10m para permitir uma melhor
aderência da terra de enchimento. Sempre que a terra do fundo das covas seja
de má qualidade, deverá ser retirada para vazadouro e substituída por terra
viva de superfície. A fertilização das árvores, far-se-á de à razão de 0.1m3 de
estrume ou adubo orgânico, acrescido de 0.2Kg de adubo composto. Os
fertilizantes deverão ser espalhados sobre a terra das covas e bem misturados
com esta aquando do enchimento das mesmas.

O enchimento das covas deverá ter um lugar com a terra encharcada, ou muito
húmida, e far-se-á o calcamento a pé, à medida do seu enchimento. Depois
das covas cheias com terra fertilizada e devidamente compactada, abrem-se as
pequenas covas de plantação, à medida do torrão, ou do sistema radicular, no
caso da raiz apresentar-se nua. Seguir-se-á a plantação propriamente dita,
havendo o cuidado de deixar a parte superior do torrão, no caso de plantadas
envazadas, ou o colo das plantas, no caso da raiz nua à superfície para evitara
a asfixia da raiz. Deverão ser aplicados tutores (3 por cada árvore e respetivos
elásticos ou atilhos) e efetuar-se a primeira rega.

3.2.6 - Relvado

Antes da sementeira ou aplicação do tapete, deverá verificar-se o estado do


terreno, quer em termos de modelação, quer em termos de humidade e quer
em termos de granulometria. Deverá efetuar-se, caso seja necessário, uma
compactação, caso seja possível, com cilindro de preferência “Cross kill”, com
o peso máximo de 150Kg, por metro linear de geratriz, ou, como alternativa,
com cilindro de pedra ou ferro, empurrado ou rebocado por trabalhador. Depois
da compactação, far-se-ão as correções necessárias, nos pontos onde houver
abatimentos, devendo a superfície do terreno, apresentar-se no final
perfeitamente desempenada e a sementeira pode fazer-se então manual ou
mecanicamente.
4.0 ACESSOS OU ZONAS DE CIRCULAÇÃO (pedonais e automóvel)

No que diz respeito às zonas de circulação automóvel e pedonal serão


pavimentadas em lajetas de betão.
Para a delimitação destas zonas de circulação serão utilizadas guias de granito
amarelo de 0.10m de espessura que determinam também os espaços a
ajardinar. Para o conveniente escoamento das águas pluviais destas zonas de
circulação, note-te que as mesmas irão dotar de inclinação transversal de cerca
de 1%, excluindo as várias rampas previstas, escoando as águas para as
caixas de grelha que as conduzirá ao coletor de águas pluviais, conforme se
pode verificar em projeto da rede de drenagem de águas pluviais.

4.1 – Execução dos Trabalhos

Para a conveniente pavimentação das zonas de circulação pedonal e


automóvel, os trabalhos começarão pela abertura da caixa com a profundidade
de 0.30 m, cujo fundo será regularizado e convenientemente consolidado com
cilindro de 8 a 10 toneladas devendo ficar com uma superfície paralela à que
deve vir a ter o pavimento depois de concluído e terá, portanto, uma inclinação
transversal idêntica. Será aplicada uma camada de material de granulometria
extensa que pode ser brita ou tout-venant 0-40 mm, com espessura de 0.10m,
depois de regularizada e compactada através dum compactador mecânico.
Depois de regularizada deverá ser novamente cilindrada com um cilindro de 8 a
10 toneladas, empregando as corridas necessárias para que se obtenha um
pavimento perfeitamente firme, unido e resistente. Durante esta operação o
pavimento será regado e espalhar-se-á saibro, sarrulho ou pico de pedra em
ligeiras camadas para posteriormente proceder-se ao espalhamento sobre a
base, uma camada de areia média com 0.06 m de espessura, que servirá de
leito para o assentamento dos cubos de granito. O assentamento dos cubos
será efetuado colocando-se pedras em fiadas retilíneas, de modo que as juntas
de cada fiada fiquem desencontradas com as fiadas contíguas. Os recortes
serão feitos em cubos ou paralelepípedos que se ajustarão às guias. Durante o
assentamento dos cubos as juntas serão preenchidas com areia e depois de
concluído o assentamento, efetuar-se-á a compactação do pavimento
utilizando um compactador mecânico, de preferência vibrador.

4.2 – Guias de bordadura

As guias de bordadura serão em granito amarelo de 10’’ e serão assentes


sobre fundação de alvenaria hidráulica ou betão ao traço 1:2:4 com a largura
de 20 cm e altura de 20 cm. A guia depois de assente deverá apresentar um
espelho uniforme de 10 cm. As guias serão todas assentes sobre a respetiva
fundação, devendo ser molhadas por ocasião do seu assentamento com
emprego de argamassa de cimento e areia ao traço 1:4. Serão bem batidas e
introduzidas lascas de granito duro na argamassa. As juntas de topo serão, no
final refechadas com argamassa fluida de cimento ao traço 1:2, depois de se
proceder ao acerto final das arestas. As pedras serão duras e de boa qualidade
de cor uniforme e não apresentarão lesins ou outros defeitos.

5.0 DIVERSOS

Em todo o omisso à presente memória, deverão ser respeitadas as boas


normas de aplicação e disposições regulamentares.

Contudo, todos os materiais que serão apresentados em obra, deverão ser


aprovados previamente pela fiscalização.

Lousada, 03 de Janeiro de 2022

O TÉCNICO

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