Você está na página 1de 72

Mestrado em Gestão Sustentável dos Espaços Rurais

Instrumentos de Avaliação e Gestão Ambiental


Luís Miguel Nunes
Margarida Teixeira
Veremos agora alguns instrumentos internacionais orientados para a gestão
ambiental, com relevância para a gestão ambiental

1. Declaração final da conferência das Nações Unidas sobre


Desenvolvimento Sustentável (Rio +20)
2. Diretiva Habitats
3. Diretiva-Quadro da Água
4. Lei de Bases do Ambiente
5. Outros intrumentos de planeamento
3. Lei de Bases do Ambiente

A Lei de Bases do Ambiente (Lei n.º 19/2014, de 14 de Abril) define as bases da política de
ambiente.

Tem como objetivos:

Efetivação dos direitos ambientais através Realização da política de ambiente, tanto


da promoção do desenvolvimento através da ação direta dos seus órgãos e
sustentável, suportada na gestão adequada agentes nos diversos níveis de decisão local,
do ambiente, em particular dos regional, nacional, europeia e internacional,
ecossistemas e dos recursos naturais, como através da mobilização e da
contribuindo para o desenvolvimento de coordenação de todos os cidadãos e forças
uma sociedade de baixo carbono e uma sociais, num processo participado e assente
«economia verde», racional e eficiente na no pleno exercício da cidadania ambiental.
utilização dos recursos naturais, que
assegure o bem-estar e a melhoria
progressiva da qualidade de vida dos
cidadãos.
3. Lei de Bases do Ambiente

A Lei de Bases do Ambiente define as bases da política de ambiente.

Estabelece os seguintes princípios, que se refletem em legislação específica:

Do desenvolvimento sustentável Do poluidor-pagador, da


(satisfação das necessidades do presente sem
comprometer as das gerações futuras) reponsabilidade e da recuperação
obriga o responsável pela poluição a assumir os custos
tanto da atividade poluente e complementares)

Da responsabilidade intra e
intergeracional
(utilização e ao aproveitamento dos recursos naturais e Do utilizador-pagador
humanos de uma forma racional e equilibrada) obriga o utente de serviços públicos a suportar os custos
da utilização dos recursos)

Da prevenção e da precaução
(adoção de medidas antecipatórias com o objetivo de
obviar ou minorar, prioritariamente na fonte, os impactes Do utilizador-pagador
adversos no ambiente) obriga o utente de serviços públicos a suportar os custos
da utilização dos recursos)
Para uma análise detalhada ao conteúdo da nova lei de bases do ambiente (Lei nº19/2014, de 14 de abril), que
veio subtituir a Lei nº 11/87, de 7 de abril, recomendo a leitura de:
https://www.archereassociados.pt/noticias/26-comentario-a-nova-lei-de-bases-do-ambiente
3. Lei de Bases do Ambiente

Enquadramento jurídico na Lei

Archer, A. B. (2020). Comentário à nova lei de bases do ambiente (Lei nº19/2014, de 14 de abril). Archer & Associados, RL. https://www.archereassociados.pt/
3. Lei de Bases do Ambiente

Instrumentos previsto na Lei – serão apresentados a seguir

Archer, A. B. (2020). Comentário à nova lei de bases do ambiente (Lei nº19/2014, de 14 de abril). Archer & Associados, RL. https://www.archereassociados.pt/
Veremos agora alguns instrumentos nacionais orientados para a gestão
ambiental, seguindo o conjunto instrumentos previstos na Lei de Bases do
Ambiente

1. Instrumentos normativos

• Planos de política, gestão e ordenamento


• Instrumentos económicos/fiscais
• Avaliação de impacte
• Avaliação de risco ambiental

2. Instrumentos voluntários

• ISO 14001
• EMAS
• Rótulo Ecológico
• Ecodesign e eco-inovação
• Certificação na construção civil
• Certificação na floresta
• Certificação na aquacultura e pescas
NORMATIVOS
1. INSTRUMENTOS NORMATIVOS

• Instrumentos de política, gestão e ordenamento


• Instrumentos económicos/fiscais
• Avaliação de impacte
• Avaliação de risco ambiental
1. Instrumentos normativos

• Instrumentos de política, gestão e ordenamento

As bases da política de ambiente nacional são definidas na Lei nº


19/2014, de 14 de Abril – Lei de Bases do Ambiente

“(…) visa a efetivação dos direitos ambientais através da promoção do


desenvolvimento sustentável, suportada na gestão adequada do ambiente,
em particular dos ecossistemas e dos recursos naturais, contribuindo para o
desenvolvimento de uma sociedade de baixo carbono e uma «economia verde»,
racional e eficiente na utilização dos recursos naturais, que assegure o bem -estar
e a melhoria progressiva da qualidade de vida dos cidadãos. “
1. Instrumentos normativos

Lei nº 19/2014, de 14 de Abril – Lei de Bases do Ambiente

Princípios:

• Do desenvolvimento sustentável
• Da responsabilidade intra e intergeracional
• Da prevenção e da precaução
• Da responsabilidade e do poluidor –pagador
• Do utilizador –pagador
• Da recuperação
1. Instrumentos normativos

Lei nº 19/2014, de 14 de Abril – Lei de Bases do Ambiente

Instrumentos previstos:

• Instrumentos de informação ambiental


o monitorização
o Comunicação

• De planeamento
o estratégias
o programas
o planos de âmbito nacional, regional, local ou sectorial
1. Instrumentos normativos - Lei nº 19/2014, de 14 de Abril – Lei de Bases do Ambiente
• Instrumentos de informação ambiental (e.g.)
o Sistema de informação sobre avaliação de impacte (SIAIA)
http://siaia.apambiente.pt/
o Base de dados online sobre qualidade do ar(Qualar)
ohttps://qualar.apambiente.pt/qualar/index.php
o Sistema integrado de licenciamento do ambiente(SILamb)
https://siliamb.apambiente.pt/pages/public/login.xhtml
o Registo Português de Licenças de Emissão (RPLE)
https://www.apambiente.pt/index.php?ref=77&subref=873
o Sistema nacional de informação de recursos hídricos (SNIRH)
https://snirh.apambiente.pt/
o Inventário nacional de sistemas de abastecimento de água e de águas residuais (INSAAR)
http://insaar.apambiente.pt/
o Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas (INERPA)
http://www.apambiente.pt/index.php?ref=17&subref=150
o Licenças ambientais emitidas no âmbito da política integrada de produto (PCIP)
http://ladigital.apambiente.pt/
o Monitorização do lixo marinho
http://www.apambiente.pt/index.php?ref=17&subref=1249
o Sistema de Monitorização do Litoral
o https://www.apambiente.pt/index.php?ref=16&subref=7&sub2ref=10&sub3ref=1192
o Registo de Emissões e Transferências de Poluentes (PRTR)
http://prtr.eea.europa.eu/#/home
o Base de dados de instrumentos de planeamento (IGEO)
http://www.igeo.pt/
1. Instrumentos normativos - Lei nº 19/2014, de 14 de Abril – Lei de Bases do Ambiente
• Instrumentos de planeamento (e.g.)
o Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC 2020)
o Política Integrada de Produto (PIP)

o Programa Nacional para as Alterações Climáticas 2020/2030 (PNAC 2020/2030)


o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT)
o Programa Nacional de Barragens

o Roteiro Nacional de Baixo Carbono (RNBC)


o Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde (PNAAS)
o Plano Nacional da Água
o Plano Nacional de Gestão de Resíduos (PNGR)
o Plano de Ação da Qualidade do Ar
o Planos de Melhoria da Qualidade do Ar
o Eco-innovation Action Plan (sem transposição até ao momento)
o Planos de Ordenamento
• de Ordenamento de Áreas Protegidas • Diretores Municipais
• De Ordenamento da Orla Costeira • De Pormenor
• De Gestão de Bacia Hidrográfica • De Urbanização
1. Instrumentos normativos

Lei nº 19/2014, de 14 de Abril – Lei de Bases do Ambiente

Instrumentos previstos:

• Económicos e financeiros
• De apoio financeiro (e.g., fundos ambientais)
• De compensação ambiental
• Remuneração dos serviços ambientais (e.g., taxas, preços, ou tarifas)
• Contratuais (com entidades públicas ou privadas)- e.g. compras verdes
• Fiscalidade ambiental
• Prestações e garantias financeiras (responsabilidade ambiental)
• Instrumentos de mercado (e.g., direitos de uso ou de emissão)

• De avaliação ambiental
o Avaliação ambiental prévia de programas, planos e projetos

• De autorização ou licenciamento ambiental


1. Instrumentos normativos - Lei nº 19/2014, de 14 de Abril – Lei de Bases do
Ambiente

• Económicos e financeiros
• De apoio financeiro (e.g., fundos ambientais)
• De compensação ambiental
• Remuneração dos serviços ambientais (e.g., taxas, preços, ou tarifas)
• Contratuais (com entidades públicas ou privadas)
• Fiscalidade ambiental
• Prestações e garantias financeiras (responsabilidade ambiental)
• Instrumentos de mercado (e.g., direitos de uso ou de emissão)

Exemplos
De apoio financeiro (e.g., fundos ambientais) – Decreto-Lei nº 42-A/2016, de
12 de Agosto

O Fundo Ambiental tem por finalidade:

• apoiar políticas ambientais para a prossecução dos objetivos do desenvolvimento


sustentável,

• contribuir para o cumprimento dos objetivos e compromissos nacionais e


internacionais, designadamente os relativos às alterações climáticas, aos recursos
hídricos, aos resíduos e à conservação da natureza e biodiversidade, financiando
entidades, que contribuam para os atingir.

http://www.fundoambiental.pt/
De apoio financeiro (e.g., fundos ambientais) – Decreto-Lei nº 42-A/2016, de
12 de Agosto

O Fundo Ambiental tem as seguintes receitas:

• leilões relativos ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE)


• leilões para o sector da aviação
• cobranças provenientes da harmonização fiscal entre o gasóleo de
aquecimento e o gasóleo rodoviário
• parcela da cobrança da taxa de recursos hídricos
• parcela da cobrança da taxa de gestão de resíduos
• cobranças provenientes da taxa sobre lâmpadas de baixa eficiência
energética
• compensações pelo não cumprimento da obrigação de incorporação de
biocombustíveis
• taxa sobre as garantias financeiras constituídas para assumir
responsabilidade ambiental
• outras
De apoio financeiro (e.g., fundos ambientais) – Decreto-Lei nº 42-A/2016, de
12 de Agosto

O Fundo Ambiental financia diversos investimentos públicos e privados em


que a consutla pública é parte integrante do processo.

DEVEMOS TODOS PARTICIPAR:

http://participa.pt/
Fiscalidade ambiental

Mendes (2004).Instrumentos
económicos de gestão
ambiental, o caso Português.
In: Workshop “Crescimento
Económico, Recursos Naturais
e Ambiente: o Caso
Português”. GHES, ISEG,
UTL, jan 2004, Lisboa,
Fiscalidade ambiental
Impostos ambientais
Fiscalidade ambiental

(APA, 2018a): https://www.youtube.com/watch?v=WD3cnbzrB6w


Fiscalidade ambiental (verde)
Impostos ambientais

Os impostos ambientais são ferramentas fiscais que têm como objetivo


promover a adoção de hábitos de consumo mais sustentáveis, de forma a
aumentar a eficiência na utilização de recursos naturais e incentivar a
sociedade a alterar comportamentos.

A Comissão Europeia e o EUROSTAT adotaram a definição mais lata de imposto


ambiental: “base tributável de um determinado elemento que se provou ser
especialmente danoso para o ambiente quando usado ou libertado”.

Na prática, pode-se afirmar que o imposto ambiental é aplicado a:

• bens que provocam poluição quando são produzidos, consumidos,


eliminados

• atividades que geram um impacte ambiental negativo,

Modificam o preço relativo ou custos associados e permitem obter receita para


financiar programas de proteção ou recuperação do equilíbrio ecológico.
Fiscalidade ambiental
Impostos ambientais

Os impostos ambientais dividem-se em quatro categorias: Energia, Transportes,


Poluição e Recursos.

Objetivos e Metas:

Promover a utilização racional dos recursos naturais e a internalização das


externalidades ambientais, contribuindo assim para a aplicação do princípio do
utilizador-pagador e para a integração das políticas ambientais nas políticas
económicas.
Impostos ambientais

(APA, 2018a) Evolução da receita referente a impostos com


relevância ambiental em Portugal
Impostos ambientais
Peso dos impostos ambientais no total das
(APA, 2018a) receitas de impostos e contribuições sociais, e
no PIB
Impostos ambientais

(APA, 2018a) Impostos com relevância ambiental, por


categoria
Fiscalidade ambiental

Taxas ambientais

• Sacos de plástico leve (8 cêntimos por saco + IVA)


• Taxa de Gestão de Resíduos (em função do concelho)
• Taxa de Recursos Hídricos (em função da quantidade utilizada)
• Taxa de CO2 sobre os combustíveis (ca. 5 cent. Na gasolina e 6,5 cent.
no gasóleo)
• Agravamento do IMO sobre imóveis menos eficientes energeticamente

Incentivos fiscais

• ONG podem usufruir de um benefício fiscal de uma quota de 0,5 do


imposto sobre o rendimento de pessoas singulares
• Na tributação autónoma sobre veículos (menor em veículos elétricos,
híbridos, ou a GPL)
• Dedução em cede de IVA na compra de veículos elétricos ou híbridos
• Redução ou isenção do imposto único de circulação para estes
veículos
• Incentivo ao abate de veículos em fim de vida
Fiscalidade ambiental

O incentivo à mudança pode ainda ser dado através de incentivos fiscais, por
exemplo o Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial:

As despesas que digam respeito a atividades de investigação e


desenvolvimento associadas a projetos de conceção ecológica de produtos são
consideradas em 110% em sede de IRC (Lei n.º 114/2017 de 29 de dezembro)
Fiscalidade ambiental

https://sifide.ani.pt/index.php?cat=4
Compras Públicas Ecológicas

A Estratégia Nacional para as Compras Públicas Ecológicas 2020 (Resolução do Conselho


de Misnistros nº 38/2016, de 29 de julho):

Entende-se por “Compras Públicas Ecológicas” as aquisições de um conjunto de bens e


serviços considerados prioritários, integrando especificações e requisitos técnicos
ambientais nas fases pré-contratuais, com efeito para a subsequente fase de execução
contratual.
Compras Públicas Ecológicas

A lista de bens e serviços prioritários tem por base a lista da União Europeia, no
âmbito do Green Public Procurement:
a) Edifícios de escritórios;
b) Electricidade;
c) Equipamentos de representação gráfica;
d) Equipamentos elétricos e eletrónicos utilizados nos cuidados de saúde;
e) Equipamentos TI para escritório;
f) Iluminação interior;
g) Iluminação pública e sinalização rodoviária;
h) Infraestruturas e equipamentos de tratamento, abastecimento e distribuição
de água, de recolha e tratamento de águas residuais e resíduos urbanos;
i) Infraestruturas rodoviárias e sinalização de tráfego;
j) Mobiliário;
k) Painéis interiores;
l) Papel de cópia e papel para usos gráficos;
m) Produção combinada de calor e electricidade;
n) Produtos alimentares e serviços de catering;
o) Produtos e serviços de jardinagem;
p) Produtos e serviços de limpeza;
q) Sistemas de aquecimento com circulação de água;
r) Sistemas de descarga em sanitas e urinóis;
s) Têxteis;
t) Torneiras sanitárias;
u) Transportes.
Compras Públicas Ecológicas

ESPAP conta com 11 acordos quadro em vigor, 3 acordos quadro em


fase de concurso e a intenção de lançar 7 acordos quadro:
Compras Públicas Ecológicas

Exemplo de requisitos ambientais mínimos em categorias da ENCPE 2020:

Papel e Economato

Os candidatos comprovaram deter certificação em gestão ambiental (norma NP EN


ISO 14001:2004) ou em gestão da qualidade (NP EN ISO 9001:2008);

Papel reciclado e um papel com gramagem inferior (75g), de modo a permitir a


redução do consumo de pasta de papel;

Todos os papéis devem ser totalmente livres de cloro ou livres de cloro elementar;

Incorporação de fibras recicladas no seu fabrico de matéria-prima proveniente de


florestas sustentáveis – quanto maior esta incorporação melhor a valoração da
proposta.
VOLUNTÁRIOS
2. Instrumentos voluntários

Organizações
• ISO 14001 (NP EN ISO 14001:2015 – Sistemas de Gestão Ambiental)
• EMAS
• Certificação na construção civil
• Certificação na floresta
• Certificação na aquacultura e pescas

Produto
• Rótulo Ecológico
• Ecodesign

Sociedade
• Ciência cidadã (e.g., www.cienciacidada.pt)
• Educação e sensibilização (e.g.,
https://apambiente.pt/apa/cooperacao-ambiente-educacao)
Instrumentos de gestão ambiental voluntária

Os vários os instrumentos de gestão ambiental ao dispor dos agentes


económicos, são vocacionados para

• as organizações (sistemas de gestão ambiental)

• o produto (rotulagem ambiental)

Podem ser voluntariamente utilizados como forma de assegurar um melhor


desempenho ambiental das organizações e garantir o cumprimento das
disposições regulamentares definidas.

Permitem adotar um conjunto de práticas sustentáveis para reduzir os riscos e


custos associados às suas atividades, cumprindo simultaneamente os requisitos
a que estão vinculadas por lei.

Permite às organizações melhorias significativas na perceção que delas tem o


público, resultando no aumento da sua competitividade no mercado.
Instrumentos de gestão ambiental voluntária

Objetivos e Metas:

Os principais objetivos da aplicação de instrumentos de gestão ambiental são:

Promover a ecoeficiência das organizações;

Incentivar a adoção de padrões de produção e consumo mais sustentáveis;

Estimular a oferta e a procura de produtos, atividades e serviços com impacte


ambiental reduzido;

Melhorar o desempenho ambiental das atividades económicas e incentivar as


boas práticas ambientais no seio das organizações.

(APA, 2018a)
Instrumentos de gestão ambiental voluntária

(APA, 2018a): https://www.youtube.com/watch?time_continue=76&v=QPX-tZKuUws


ISO
Instrumentos de gestão ambiental voluntária (ISO 14001)

A certificação ISO 14001 (NP EN ISO 14001 – 2015) permite às empresas e


organizações a demonstração do seu compromisso com a proteção do
ambiente, contribuindo para o reforço da sua imagem institucional.
Instrumentos de gestão ambiental voluntária (ISO 14001)
Instrumentos de gestão ambiental voluntária (ISO 14001)
Instrumentos de gestão ambiental voluntária (ISO 14001)
Instrumentos de gestão ambiental voluntária (ISO 14001)
Instrumentos de gestão ambiental voluntária (ISO 14001)
Instrumentos de gestão ambiental voluntária (ISO 14001)
Instrumentos de gestão ambiental voluntária

(APA, 2018a)

Organizações certificadas pela Norma ISO


14001
EMAS
Instrumentos de gestão ambiental voluntária

O Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS), a certificação


ambiental ISO 14001 e o Rótulo Ecológico são essenciais para a prossecução do
objetivo de alcançar um desenvolvimento sustentável em toda a União
Europeia.

Contribuem igualmente para o objetivo da produção e consumo sustentáveis,


preconizado no 7.º Programa de Ação em matéria de Ambiente, denominado
“Viver bem, dentro dos limites do nosso planeta".
Instrumentos de gestão ambiental voluntária

EMAS

O EMAS, Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EU Eco-Management and Audit


Scheme), é dirigido a organizações, promovendo uma maior transparência na prestação
de informações relevantes em termos ambientais, ao público em geral e a outras partes
interessadas. – eco-inovação.
Instrumentos de gestão ambiental voluntária

EMAS

As organizações que pretendam registar-se no EMAS devem:

• provar que cumprem a legislação ambiental,

• comprometer-se a melhorar de forma contínua o seu desempenho ambiental,

• mostrar que se empenham num diálogo aberto com todas as partes interessadas,

• empenhar o pessoal na melhoria do desempenho ambiental da organização,

• publicar e atualizar uma declaração ambiental validada pelo EMAS para comunicação
externa.

• efetuar um levantamento ambiental, identificando todos os aspetos ambientais diretos


e indiretos,

• registar-se num organismo competente, após este ter concluído a sua verificação com
êxito.

• Uma vez registadas, as organizações têm o direito de utilizar o logótipo do EMAS.


Instrumentos de gestão ambiental voluntária (EMAS)

O procedimento geral de aplicação do EMAS pode resumir-se do seguinte modo:

1) A organização deve começar por efetuar um levantamento ambiental, que consiste


numa análise preliminar de todas as atividades que realiza, com vista a identificar as
questões ambientais diretas e indiretas pertinentes, bem como a legislação ambiental
aplicável;

2) Seguidamente, há que implementar um sistema de gestão ambiental, de acordo com


os requisitos da norma EN ISO 14001 (anexo II do Regulamento EMAS);

3) Deve proceder-se a uma verificação do sistema através da realização de auditorias


internas e de uma revisão pela direção;

4) A organização elabora uma declaração ambiental EMAS;

5) O levantamento ambiental e o sistema de gestão ambiental são verificados e a


declaração é validada por um verificador EMAS acreditado ou autorizado;

6) Depois da verificação, a organização apresenta um pedido de registo à entidade


competente. (Agência Portuguesa do Ambiente: https://emas.apambiente.pt/)
Instrumentos de gestão ambiental
Voluntária (EMAS)

https://eur-lex.europa.eu/legal-
content/PT/TXT/HTML/?uri=CELEX:32017D228
5&from=EN
Instrumentos de gestão
ambiental
Voluntária (EMAS)
Instrumentos de gestão ambiental voluntária

(APA, 2018a)

Organizações registadas no EMAS, a nível


comunitário, em outubro de 2017

Evolução das organizações registadas no


EMAS em Portugal
CERTIFICAÇÃO NA
CONSTRUÇÃO
CIVIL
Instrumentos de gestão ambiental voluntária (ISO 14001)
Rótulo Ecológico
Instrumentos de gestão ambiental voluntária

O Rótulo Ecológico da União Europeia (REUE) é um instrumento de mercado.

Visa estimular a oferta e a procura de produtos ou serviços com impacte


ambiental reduzido,

Contribuindo para a promoção de um modelo de desenvolvimento mais


sustentável.

Permite ao fabricante ou ao vendedor comunicar o bom desempenho ambiental


do produto ou serviço

Orienta o comprador nas suas escolhas de mercado, informando-o sobre os


produtos ou serviços que apresentam um melhor desempenho ambiental.
Instrumentos de gestão ambiental voluntária

Rótulo Ecológico da União Europeia (REUE): no contexto da economia circular


Instrumentos de gestão ambiental voluntária

Rótulo Ecológico da União Europeia (REUE): porquê um rótulo da UE?


Instrumentos de gestão ambiental voluntária

O Rótulo Ecológico da União Europeia (REUE)

Promove a inovação verde (eco-inovação) e a indústria sustentável

Promove a redução de resíduos e a emissão de CO2 durante a fase de produção


e uso dos produtos

Promove um uso racional da energia, água e matérias-primas

Promove o perío de de vida útil dos produtos, e a facilidade de reparação

Promove a facilidade de reciclagem dos produtos


Instrumentos de gestão ambiental voluntária

O Rótulo Ecológico da União Europeia (REUE)

Cerca de 40 000 produtos e serviços detêm o rótulo ecológico da UE, desde roupas de
bebé a equipamento electrónico.

É uma etiqueta confiável que identifica produtos e serviços com um impacto ambiental
reduzido:

Verificado por especialistas independentes

Critérios rigorosos para mais de 30 diferentes categorias de produtos e serviços

Atualizado regularmente

Todo o ciclo de vida do produto é considerado, desde a produção até à reciclagem ou


eliminação

A saúde do consumidor é garantida

Nenhum compromisso no desempenho.


Instrumentos de gestão ambiental voluntária

O Rótulo Ecológico da União Europeia (REUE)

http://ec.europa.eu/environment/ecolabel/eu-ecolabel-for-
consumers.html
Instrumentos de gestão ambiental voluntária

O Rótulo Ecológico da União Europeia (REUE)

Os grupos de produtos são ainda limitados, mas nada impede que possam vir criados
outros em brevem, de acordo com o estabelecido na no Regulamento (CE) No 66/2010 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Novembro de 2009.

http://ec.europa.eu/ecat/
Instrumentos de gestão ambiental voluntária

Rótulo Ecológico da União Europeia (REUE)

N.º de empresas às quais foi atribuído o REUE


a um ou mais dos seus produtos
Instrumentos de gestão ambiental voluntária: REUE

(APA, 2018a)

Nº de produtos com REUE por Grupo de


produtos, em 2017
Eco-design e
eco-inovação
Patentes verdes

Tecnologias ‘verdes’, ‘limpas’, ‘amigas do ambiente’ ou ‘ambientalmente sãs são


tecnologias que:

Protegem o ambiente

São menos poluentes

Utilizam os recursos de uma forma mais sustentável

Reciclam mais dos seus resíduos e produtos

Gerem os resíduos produzidos de uma forma mais eficiente do que as tecnologias


convencionais.
Patentes verdes

Para facilitar a pesquisa de informação relevante sobre áreas específicas de tecnologia, a


documentação de patentes está organizada de acordo com esquemas de classificação
(e.g.):

Gerais:

Classificação Internacional de Patentes (IPC, International Patent Classification),

Classificação Cooperativa de Patentes (EPO, European Patent Office)

Específica para eco-design/eco-inovação:

IPC Green Inventory (WIPO, World Intellectual Property Office) (limitado aos grupos
inventariados):

http://www.wipo.int/classifications/ipc/en/green_inventory/
Patentes verdes

Exemplo:

A indústria da moda, incluindo a produção da roupa, contribui com cerca de


10% das emissões globais de gases com efeito estufa, devido às suas longas
cadeias de distribuição e utilização intensiva de energia.

A indústria consome mais energia do que a aviação e o transporte marítmo


combinados. Produz cerca de 20% das águas residuais geradas globalmente.

Consome ainda muitos recursos naturais. Por exemplo, para produzir um par de
calças de ganga são necessários cerca de 10 000 litros de água.

A maioria dos texteis acabam depositados em aterros, quando poderiam ser


facilmente valorizados.

(United Nations, 2018): https://unfccc.int/news/un-helps-fashion-industry-shift-to-low-carbon

Você também pode gostar