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A VALORIZAÇÃO

AMBIENTAL EM
PORTUGAL E A
POLÍTICA AMBIENTAL
COMUNITÁRIA
Índice

Programa LIFE cronologia ------------------------------ Página 3


Programa LIFE 2014-2020 ------------------------------ Página 4
Subprogramas ------------------------------------------ Página 5
Objetivos gerais ----------------------------------------- Página 6
Programa LIFE 2021-2027 ------------------------------ Página 7
Objetivos gerais ----------------------------------------- Página 8
Objetivos específicos ---------------------------------- Página 9
Tratado Maastricht ---------------------------------------- Página 10
Origem e evolução -------------------------------------- Página 11
Princípios gerais ----------------------------------------- Página 12
Papel do parlamento europeu --------------------- Página 13
Tratado de Amesterdão --------------------------------- Página 14
Papel do parlamento europeu --------------------- Página 16
8º. Programa de Ação em Matéria Ambiental --- Página 17
Índice

Ambiente, saúde e qualidade de vida ------------------ Página 20


A poluição ambiental e os seus reflexos na saúde e na qualidade de vida
da poluição --------------------------------------------------------- Página 21
Processos naturais e atividades humanas ----------- Página 23
Curiosidades ----------------------------------------------------- Página 25
Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde ----------- Página 26
Objetivos do PNAAS ------------------------------------------ Página 27
Domínios prioritários do PNAAS ------------------------- Página 28
O princípio poluidor-pagador ------------------------------ Página 29
Projetos de recuperação ambiental -------------------- Página 32
ONGA portuguesa ---------------------------------------------- Página 33
História ------------------------------------------------------------ Página 34
Curiosidades ---------------------------------------------------- Página 36
Ações desenvolvidas ----------------------------------------- Página 37
Programa LIFE - cronologia

1992 – 5º Programa de Ação em matéria de Ambiente ( 1992-2000);


Programa LIFE I ( 1992-1995); regime de rotulagem ecológica da União
Europeia

1996 – Programa LIFE II ( 1996- 1999)

2000 – Programa LIFE III ( 2000- 2004)

2007 – Programa LIFE + ( 2007 – 2013 )


Programa LIFE 2014-2020
Funcionou como instrumento financeiro
para o ambiente e ação climática com
vista a contribuir para o
desenvolvimento sustentável e para a
concretização dos objetivos e metas de
estratégia Europa 2020.
Subprogramas
O subprograma ambiente considera três domínios prioritários:
 Ambiente e eficiência dos recursos
 Natureza e biodiversidade
 Governação e informação em matéria de ambiente

O subprograma ação climática prevê três domínios prioritários:


 Mitigação das alterações climáticas
 Adaptação às alterações climáticas
 Governação e informação em matéria de clima
Objetivos gerais
 Contribuir para a transição para uma economia eficiente em termos de
recursos, Hipo carbónica e resistente às alterações climáticas, para a
proteção e a melhoria da qualidade do ambiente e para suster e inverter a
perda de biodiversidade, incluindo o apoio à rede Natura 2000 e o combate
à degradação dos ecossistemas;

 Melhorar o desenvolvimento, a aplicação e o controle da execução da


política e da legislação da União em matéria de ambiente e de clima e
dinamizar e promover a integração dos objetivos ambientais e climáticos
noutras políticas da União e na prática dos setores público e privado,
nomeadamente mediante o reforço da capacidade dos setores público e
privado;

 Apoiar a melhoria da governação ambiental e climática a todos os níveis,


incluindo uma maior participação da sociedade civil, das ONG e dos
intervenientes a nível local;

 Apoiar a execução do 7.º Programa de Ação em matéria de Ambiente.


Programa LIFE 2021-2027
Nestes anos a função do programa
continuou a mesma, porém os objetivos
mudaram, atualmente o mesmo tem em
vista contribuir para a transição para uma
economia sustentável, circular,
energeticamente eficiente, baseada nas
energias renováveis, neutra para o clima e
resiliente.
Objetivos gerais
Durante estes anos o Programa LIFE para além de se focar na
economia também levou em consideração os ecossistemas:

 contribuir para a transição para uma economia sustentável,


circular, energeticamente eficiente, baseada nas energias
renováveis, neutra para o clima e resiliente, a fim de proteger,
restabelecer e melhorar a qualidade do ambiente.

 Travar e inverter a perda da biodiversidade e lutar contra a


degradação dos ecossistemas
Objetivos específicos
Nesta nova fase do programa, pela primeira vez foram divulgados os objetivos específicos,
estes são:
 Desenvolver, demonstrar e promover técnicas, métodos e abordagens inovadores,
com vista a atingir os objetivos da legislação e das políticas da União, nos domínios do
ambiente, incluindo a natureza e a biodiversidade, e da ação climática, incluindo a
transição para as energias renováveis e o aumento da eficiência energética, e
contribuir para a base de conhecimentos e para a aplicação de boas práticas.

 Apoiar o desenvolvimento, a aplicação, o acompanhamento e a execução da legislação


e das políticas relevantes da União, nos domínios do ambiente, incluindo a natureza e
a biodiversidade, e da ação climática e a transição para as energias renováveis ou o
aumento da eficiência energética.

 Agir como catalisador para o desenvolvimento em grande escala de soluções técnicas


de sucesso e relacionadas com as políticas para a implementação da legislação e das
políticas relevantes da União nos domínios do ambiente, incluindo a natureza e a
biodiversidade, e da ação climática e a transição para as energias renováveis ou o
aumento da eficiência energética.
Tratado Maastricht
ORIGEM E EVOLUÇÃO
A política ambiental da UE remonta a 1972, ano em que se realizou em Paris o Conselho
Europeu, no qual os Chefes de Estado e de Governo europeus (na sequência da primeira
conferência das Nações Unidas sobre o ambiente) declararam a necessidade de uma
política ambiental comunitária que acompanhasse a expansão económica e apelaram à
elaboração de um programa de ação. O Ato Único Europeu de 1987 introduziu um novo
título «Ambiente», que constituiu a primeira base jurídica da política ambiental comum, com
vista a preservar a qualidade do ambiente, proteger a saúde humana e garantir uma
utilização racional dos recursos naturais.

As revisões posteriores do Tratado reforçaram o compromisso assumido pela Europa em


matéria de proteção ambiental e o papel do Parlamento Europeu no respetivo
desenvolvimento. O Tratado de Maastricht (1993) fez do ambiente um domínio de
intervenção oficial da UE, introduziu o procedimento de codecisão e introduziu como regra
geral a votação por maioria qualificada no Conselho
PRINCÍPIOS GERAIS
A política ambiental da UE baseia-se nos princípios da precaução, da prevenção e da correção da
poluição na fonte, bem como no princípio do «poluidor-pagador». O princípio da precaução é um
instrumento de gestão de risco que pode ser invocado sempre que exista incerteza científica quanto à
suspeita de risco para a saúde humana ou para o ambiente decorrente de uma determinada ação ou
política.
O princípio do «poluidor-pagador» é aplicado pela Diretiva relativa à responsabilidade ambiental, que
visa a prevenção ou a reparação dos danos ambientais causados a espécies e habitats naturais
protegidos, à água e ao solo
O âmbito de aplicação da diretiva foi alargado três vezes, com o intuito de incluir, respetivamente, a
gestão dos resíduos das indústrias extrativas, a operação de locais de armazenamento geológico e a
proteção de operações offshore de petróleo e gás.
Além disso, a integração das preocupações ambientais noutros domínios de intervenção da UE
passou a ser um conceito importante da política europeia desde que surgiu, pela primeira vez, graças
a uma iniciativa do Conselho Europeu, que teve lugar em Cardiff, em 1998.
Em dezembro de 2019, a Comissão lançou o Pacto Ecológico Europeu, que deverá contribuir para
que as políticas da UE façam da Europa o primeiro continente no mundo com impacto neutro no
clima.
PAPEL DO PARLAMENTO EUROPEU

O Parlamento Europeu desempenha


um papel preponderante na definição
da legislação ambiental da UE.
Durante a oitava legislatura, ocupou-
se de disposições regulamentares
decorrentes do plano de ação da
economia circular entre outros
aspetos.
O Parlamento reconheceu por
diversas vezes a necessidade de uma
melhor aplicação, enquanto
prioridade fundamental.
O Tratado de Amesterdão
Em Março de 1996, em Turim (Itália), teve início uma CIG com a finalidade de rever o Tratado da
União Europeia. O subsequente Tratado de Amesterdão que altera o Tratado da União Europeia, os
Tratados que instituem as Comunidades Europeias e alguns atos relativos a esses Tratados foi
assinado na presença do Presidente do Parlamento Europeu, José María Gil-Robles.

Com a entrada em vigor do Tratado de Amesterdão, em Maio de 1999, o processo de codecisão foi
simplificado e alargado. O Parlamento passou então a ter o direito de aprovar o Presidente da
Comissão.

A nível dos objetivos, foi dada particular atenção ao desenvolvimento equilibrado e sustentável e a
um elevado nível de emprego. Foi criado um mecanismo de coordenação das políticas de emprego
dos Estados-Membros, bem como a possibilidade de implementação de determinadas medidas
comunitárias neste domínio.

O Tratado instituiu o Comité Económico e Social e o Comité das Regiões, que exercem funções
consultivas. Nos termos do Tratado, foram instituídos o Sistema Europeu de Bancos Centrais e o
Banco Central Europeu, além das instituições financeiras existentes no grupo BEI, nomeadamente o
Banco Europeu de Investimento e o Fundo Europeu de Investimento.
PAPEL DO PARLAMENTO EUROPEU

O Parlamento Europeu era


consultado antes da convocação de
uma conferência
intergovernamental, participando,
além disso, nas conferências
intergovernamentais numa base ad
hoc. Nas últimas três conferências,
foi representado, consoante o caso,
pelo seu Presidente ou por dois dos
seus membros.
8º. Programa de Ação em
Matéria Ambiental
O 8.º Programa de Ação em Matéria Ambiental visa acelerar a transição ecológica de
forma justa e inclusiva, no intuito de, até 2050, atingir o objetivo de longo prazo "Viver
bem, respeitando os limites do planeta" já estabelecido no 7.º PAA.

Os seis objetivos temáticos prioritários do 8.º PAA dizem respeito à redução das emissões
de gases com efeito de estufa, à adaptação às alterações climáticas, a um modelo de
crescimento que restitua ao planeta mais do que lhe retira, a uma ambição de poluição
zero, à proteção e restauração da biodiversidade e à redução das principais pressões
ambientais e climáticas relacionadas com a produção e o consumo.

A proposta para um 8.º PAA apela a um empenhamento mais ativo por parte dos
intervenientes a todos os níveis da governação a fim de garantir que a legislação em
matéria de clima e ambiente seja devidamente aplicada. A proposta serve de base para as
ações levadas a cabo pela UE para realizar a Agenda das Nações Unidas para 2030 e
cumprir os respetivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
AMBIENTE, SAÚDE
E QUALIDADE DE
VIDA
A poluição ambiental e os seus reflexos na
saúde e na qualidade de vida da poluição
A poluição ambiental, nas suas múltiplas vertentes, tem reflexos na saúde e na
qualidade de vida. A prova lo está o aumento de doenças do aparelho respiratório, de
alergias, de cancros, de problemas dos sistemas endócrino e reprodutivo, etc.
Na globalidade, o relatório de avaliação da Agência Europeia do Ambiente – SOER
2010- confirma que a política ambiental na UE e nos países vizinhos conduziu a uma
melhoria no ambiente. É cada vez mais evidente que o capital natural dos ecossistemas é
essencial para nossa saúde, bem-estar e prosperidade. A poluição atmosférica e da água
diminuíram. A qualidade do ar ambiente e da água continua a ser insuficiente e os impactos
sobre a saúde de generalizaram se. As exposições a partículas atmosféricas do ozono
continuam a ser graves problemas de saúde. Associam-se-lhes a diminuição da esperança
media de vida.
A poluição ambiental e os seus reflexos na
saúde e na qualidade de vida da poluição
Segundo um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde, no dia 25 de março de 2014,
a poluição atmosférica levou quase sete milhões de pessoas a óbito em 2012. Dentre as
principais causas das mortes em decorrência da poluição atmosférica, podemos destacar os
acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas e doenças respiratórias. Além disso, os dados
publicados mostram uma íntima relação entre a poluição do ar e as mortes em consequência do
câncer de pulmão.
Outros problemas podem ser desencadeados a curto prazo pela poluição do ar, entre eles, a
irritação das mucosas, da garganta e bronquite. Apesar de não serem alvo do estudo, merecem
destaque por causarem desconforto em pessoas submetidas à alta concentração de poluentes.
.
Alguns processos naturais são responsáveis pela liberação de gases
poluentes na atmosfera:

 Atividade de vulcões
 Liberação de metano por animais durante o processo de digestão
 Poeiras de desertos
 Decomposição

As atividades humanas ou antropogénicas também liberam grande


quantidade de gases tóxicos e poluentes:

 Industrialização
 Queimas
 Veículos e queima de combustíveis fosseis
 Mineração
 Uso de aerossóis
 Produção de energia elétrica
 Principais poluentes
A política comunitária, em matéria de ambiente e saúde, assenta sobre uma definição de saúde
como um estado de bem estar físico, mental e social completo e sobre uma conceção global e
interligada dos principais problemas e respetivas causas.
Portugal, tem se aproximado das metas comunitárias, aumentando a proteção ambiental e da
saúde, com medidas como:
 A monitorização da qualidade do ar e da água para consumo
 O alargamento dos sistemas de drenagem e tratamento das águas residuais e de recolha e
tratamento de resíduos;
 A aplicação de normas ambientais no ambientais no âmbito da política comunitária dos
transportes, da agricultura, energia, etc.;
 Definição de estratégias de proteção ambiental e da saúde humana.

.
Curiosidades

 Em diversos países, o nível de


poluição do ar está acima do
considerado aceitável pela OMS
(Organização Mundial da Saúde).
 a poluição atmosférica acarreta
efeitos psicológicos nos indivíduos.
Os odores liberados por esse tipo de
impureza podem afetar a saúde
mental, sobretudo em locais
destinados à deposição de resíduos
sólidos e em algumas indústrias.
Plano Nacional de Ação
Ambiente e Saúde
O Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde
(PNAAS), tem como desígnio melhorar a
eficácia das políticas de prevenção, controlo e
redução de riscos para a saúde com origem em
fatores ambientais, promovendo a integração
do conhecimento e a inovação e, desta forma,
contribuir também para o desenvolvimento
económico e social do país.
Objetivos do PNAAS

Intervir ao nível dos fatores ambientais para promover a saúde do indivíduo e das comunidades a
eles expostos;
 Sensibilizar, educar e formar os profissionais e a população em geral, por forma a minimizar os
riscos para a saúde associados a fatores ambientais;
 Promover a adequação de políticas e a comunicação do risco;
 Construir uma rede de informação que reforce o conhecimento das inter-relações Ambiente e
Saúde
Domínios prioritários do PNAAS
Os domínios prioritários são, a água, o ar, o solo e sedimentos, químicos, alimentos; o ruído, alguns
espaços construídos, as radiações e fenómenos meteorológicos. Para cada domínio estão previstas
Ações Programáticas, consubstanciadas em 36 Fichas de Projeto.
O princípio poluidor-
pagador
1. O princípio do poluidor-pagador é um dos princípios
fundamentais em que assenta a política ambiental da União
Europeia (UE). A sua aplicação significa que os poluidores
suportam os custos da poluição que causaram, incluindo os das
medidas tomadas para prevenir, controlar e reparar os danos da
poluição, bem como os custos que impõem à sociedade. Ao
aplicar o princípio, os poluidores são incentivados a evitar
provocar danos ambientais e são responsabilizados pela poluição
a que dão origem. É também o poluidor, e não o contribuinte,
quem suporta os custos da recuperação. I O presente relatório
visa determinar se o princípio foi bem aplicado em quatro
domínios da política ambiental da UE: poluição industrial,
resíduos, água e solo. Ao aplicá-lo, os poluidores são
2. Origem do princípio poluidor: A Organização de Cooperação e de incentivados a evitar provocar
Desenvolvimento Económicos (OCDE) introduziu pela primeira vez danos ambientais e são
o princípio do poluidor-pagador (PPP) em 1926. Declarou que o responsabilizados pela
poluidor deveria suportar as despesas decorrentes da aplicação poluição a que dão origem. É
das medidas de prevenção e de controlo da poluição instituídas também o poluidor, e não o
pelas autoridades públicas, a fim de garantir que o ambiente se contribuinte, quem suporta os
encontra num estado aceitável. custos criados pela poluição.
Em termos económicos, trata-se da “ internalização” de “ externalidades
ambientais negativas”. Quando os custos da poluição são imputados ao
poluidor, o preço dos bens e serviços aumenta de modo a incluir esses
custos. A preferência dos consumidores por preços mais baixos
constituirá, assim, um incentivo para os produtores comercializarem
produtos menos poluentes.

3. Desde 1972, o âmbito do PPP aumentou gradualmente . Inicialmente, o


princípio centrava-se apenas nos custos de prevenção e controlo da poluição,
mas foi posteriormente alargado de modo a incluir os custos das medidas
tomadas pelas autoridades para lidar com as emissões poluentes. Uma nova
ampliação do princípio abrangeu a responsabilidade ambiental: os poluidores
devem pagar os danos ambientais que causaram, independentemente de a
poluição que deu origem aos danos ter sido inferior aos limites legais.
A UE financiou projetos de recuperação ambiental
4. As orientações da UE sobre a utilização de fundos públicos para a
proteção ambiental especificam as condições em que esse
investimento é possível em relação ao PPP :

 Para reduzir a poluição causada pelas emissões


industriais, o financiamento público é autorizado
quando o investimento se destine a superar as
normas da União ou a aumentar o nível de Conclusão:
proteção ambiental na ausência de normas da EU  O princípio do poluidor-pagador
 Para a limpeza de sítios contaminados, o está subjacente à política ambiental
financiamento público é permitido quando o da UE e exige que os poluidores
poluidor não tenha sido identificado ou não possa suportem os custos da poluição
ser considerado legalmente responsável pelo que causaram, incluindo os das
financiamento da recuperação medidas tomadas para prevenir,
 O financiamento público de projetos de gestão de controlar e reparar os danos da
resíduos não pode ser utilizado para permitir que poluição, bem como os custos que
um operador que gera resíduos seja dispensado impõem à sociedade.
dos custos do seu tratamento.
ONGA portuguesa
História
A Quercus é uma associação independente, apartidária, de âmbito nacional, sem fins lucrativos e
constituída por cidadãos que se juntaram em torno do mesmo interesse pela Conservação da
Natureza e dos Recursos Naturais e na Defesa do Ambiente em geral, numa perspetiva de
desenvolvimento sustentado.
A Associação designa-se Quercus por ser essa a designação comum em latim atribuída aos Carvalhos,
às Azinheiras e aos Sobreiros, árvores características dos ecossistemas florestais mais evoluídos que
cobriam o nosso país e de que restam, atualmente, apenas relíquias muito degradadas. O seu símbolo
é uma folha e uma bolota de carvalho-negral (Quercus pyrenaica)
A associação inicia-se em 1985 com a publicação do jornal Quercus, jornal de estudo e proteção da
Natureza, um dos seus principais objetivos iniciais e a sua atividade começa assim a ser conhecida por
todos. Com este projeto à volta de uma publicação, a Quercus tornou-se rapidamente uma associação
com intervenção multifacetada com ações em todo o País.
A Quercus tem vindo a ocupar na sociedade portuguesa um lugar simultaneamente irreverente e
construtivo na defesa das múltiplas causas da natureza e do ambiente
História
O seu âmbito de ação abrange hoje diversas áreas temáticas da atualidade ambiental, onde se
incluem, além da conservação da natureza e da biodiversidade, a energia, a água, os resíduos, as
alterações climáticas, as florestas, o consumo sustentável, a responsabilidade ambiental, entre outras.
Este acompanhamento especializado é, em grande parte, suportado pelo trabalho desenvolvido por
vários grupos de trabalho e projetos permanentes.
Desde a sua fundação a Quercus revelou grande capacidade de crescimento. De facto, aos núcleos
iniciais já referidos, rapidamente se juntaram nos anos seguintes outras estruturas de norte a sul do
País. Em 1987 dava-se a integração do Projeto Setúbal Verde, importante organização regional da
época que se constituía agora como núcleo de Setúbal. Mais tarde, já em 1996, outra conhecida
organização regional, o Grupo Lontra de St. André, passava a constituir o Núcleo da Quercus do Litoral
Alentejano. Nos anos 90 a Quercus chegava também, aos Açores (S.Miguel), à Madeira e já em 2000 foi
criado o mais recente núcleo na ilha Terceira, também nos Açores. A associação está hoje implantada
em todo o território nacional, podendo contar-se 20 núcleos locais, a maioria deles com sedes e outras
estruturas locais em funcionamento. Nestes 20 anos registámos a inscrição de cerca de 19.000
cidadãos, que ajudaram a constituir assim a maior associação deste género no nosso País.
Curiosidades
Uma das características da Quercus é a sua
descentralização, através dos 18 Núcleos
Regionais espalhados um pouco por todo o
país, incluindo as regiões autónomas dos
Açores e da Madeira.
Em 1992, a Quercus recebeu o Prémio Global
500 das Nações Unidas e o título de membro
honorário da Ordem do Infante D. Henrique,
atribuído pelo Senhor Presidente da
República, Dr. Mário Soares.
A associação participou também no
1º Encontro Nacional de Ecologistas realizado
em Troia em março de 1985.
Ações desenvolvidas e a desenvolver em
prol do ambiente
O primeiro projeto que vamos falar é o projeto “ Floresta Comum”:
 O “Floresta Comum” tem como missão promover a produção, angariação e distribuição de árvores
autóctones, a projetos que demonstrem motivação, comprovem competências e possuam os
meios necessários para proceder ao plantio e cuidado das florestas que tencionam plantar.
 Através da disponibilização de árvores por parte dos Viveiros Florestais do Estado, ou outras
ofertas que venham a integrar o projeto, será constituída anualmente uma Bolsa de Árvores
Autóctones, provenientes exclusivamente de sementes portuguesas. As árvores que integrarem
esta bolsa servirão apenas para oferta no âmbito do Floresta Comum.
https://www.greencork.org/multimedia/videos/

O objetivo é fomentar e incentivar a criação de uma floresta com altos índices de biodiversidade e de
produção de serviços ecológicos, fazendo chegar os conhecimentos e as árvores às pessoas e
instituições que possuem vontade e condições para intervir. Pretende-se, assim, envolver a
comunidade e potenciar a criação de estruturas e redes locais de recuperação da floresta autóctone
portuguesa.
 Totalizando este projeto já foram plantadas 1.189.053 árvores e 98.414.732 rolhas recolhidas

Como segundo projeto a ser apresentado temos o “ Green Cork”:

Implementado desde 2008, o Green Cork é o projeto da Quercus de recolha de rolhas de cortiça para
reciclagem. É desenvolvido em parceria com a Amorim, o Continente, o Dolce Vita, escolas, escuteiros,
municípios, empresas de recolha de resíduos, adegas, produtores de vinho e outras entidades que
localmente tornam este projeto um sucesso. Tem por objetivos principais recolher rolhas e financiar a
plantação de árvores autóctones através do Floresta Comum. O Green Cork é um projeto que funciona
em ciclo, da árvore vem a cortiça, a reciclagem dá novos usos à cortiça que antes estava na rolha, e
ainda permite que se plantem novas árvores. O que vem da natureza volta à natureza. Através das
verbas que a Quercus recebeu pela entrega para reciclagem de cerca de 295 toneladas de rolhas de
cortiça, já foram plantadas cerca de 476 mil árvores (dados de 2016).
 Este projeto já angariou 98.414.732 rolhas recolhidas e já plantou um total de 1.223.811 árvores
Trabalho realizado por:
Débora Cantadeiro n8
Gabriel Ferreira n13
Mariana Nunes n19
Mónica Monteiro n23

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