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Universidade do Oeste de Santa Catarina

Política Pública Ambiental


Brasileira

Professora: Dra. Adriana Biasi Vanin


Curso: Engenharias
Disciplina: Gestão e Ciências do Ambiente
• 1ª fase (1930 - 1970) Histórico
• Início em 1930 com a industrialização;

• A ano de referência é 1934, quando foram promulgados as seguintes leis


relativos a gestão ambiental:

– Código da Caça.

– Código Florestal.

– Código de Minas.

– Código de Águas.

– Departamento Nacional de Recursos Minerais.

– Departamento Nacional de Água e Energia Elétrica.

– Comissão executiva da defesa da borracha de 1947,

– Superintendência de desenvolvimento da pesca de 1962.


Histórico
2ª fase (1972)
• Início com a Conferência de Estocolmo 1972.

• Em 1973 o Governo Federal cria a Secretaria Especial do Meio Ambiente.

• No âmbito estadual foram criados as agências ambientais especializadas:

– No estado de São Paulo – a CETESB.

– No estado do Rio de Janeiro – FEEMA.

– No estado de Santa Catarina – FATMA (1975)

Atua com uma sede administrativa, localizada em Florianópolis, e quatorze


coordenadorias regionais,e um Posto Avançado de controle Ambiental
(PACAM), no Estado.
• Os problemas ambientais são percebidos e tratados de modo isolado,
repartindo o meio ambiente em solo, ar e água, e mantendo a divisão dos
recursos maturais: água, florestas, recursos minerais entre outros recursos.

• A legislação federal sobre a matéria ambiental procurava atender problemas


específicos, dentro de uma abordagem segmentada do meio ambiente:

– Decreto-lei 1.413/1975 – Medidas de prevenção a poluição industrial.

– Lei 6.453/1977 – Responsabilidade cível e criminal relacionada a atividades


nucleares.

– Lei 6.567/1978 – Regime especial para exploração e aproveito das


substâncias minerais;

– Lei 6.803/1980 – Diretrizes básicas para zoneamento industrial nas áreas


críticas de poluição.
3ª fase
• A Lei 6.938/1981 instituiu o Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA), abordagem sistêmica das questões ambientais (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios) .

• A lei tem por objetivo: qualidade ambiental “VIDA”

– Preservação, recuperação, desenvolvimento socioeconômico, os


interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade
humana.

• O meio ambiente como um todo é considerado um patrimônio


público e deve ser protegido tendo em vista o uso coletivo.
Lei 6938/81: estabelece objetivos, ações e instrumentos da Política
Nacional do Meio Ambiente.
Instrumentos: Estabelecimento de padrões de qualidade,
Zoneamento Ambiental, Avaliação de Impacto Ambiental,
Licenciamento e revisão de atividades poluidoras
Criação do Sisnama e do Conama
Política Nacional do Meio Ambiente
• Os Estados criaram os seus Sistemas Estaduais do Meio Ambiente
para integrar as ações ambientais de diferentes entidades públicas
nesse âmbito.

• Conceito de responsabilidade do poluidor:

O poluidor fica obrigado a indenizar ou a reparar os danos causados


no meio ambiente e a terceiros afetados por suas atividades.

• Embora aprovada em 1981, sua implementação só deslanchou


efetivamente ao final dessa década com a promulgação da
Constituição Federal de 1988.

• https://youtu.be/AbJMsbCbNQs
Constituição Federal de 1988

• Estabeleceu a defesa do meio ambiente como um dos princípios a


serem observados para as atividades econômicas em geral e
incorporou o conceito de desenvolvimento sustentável, no
Capítulo VI, dedicado ao meio ambiente.

• Conferiu a qualquer cidadão o direito de propor ação popular para


proteger o meio ambiente:

• Estabeleceu uma melhor distribuição da competência para legislar


sobre matéria ambiental entre as esferas de governo da federação
brasileira.
Constituição Federal de 1988
• Estabeleceu o respeito ao meio ambiente.

• Aproveitamento racional dos recursos como um dos requisitos para


caracterizar a função elementos do patrimônio cultural.

• Estabeleceu disposições emsocial da propriedade rural.

• Inclui os sítios ecológicos como defesa a grupos veneráveis, como


povos indígenas.

Lei 9433/96: institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, o


Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e o
Conselho Nacional de Recursos Hídricos
Lei 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais): determina sanções penais a
condutas lesivas ao meio ambiente.
Em 2010, no entanto, houve uma nova polêmica
envolvendo a política ambiental, com a elaboração de um Novo
Código Florestal, que é considerado pelos grupos ambientalistas
um retrocesso na legislação brasileira em relação ao meio
ambiente. Entre os pontos polêmicos, está a redução das áreas
das APPs e a anistia a crimes ambientais praticados por
latifundiários.
Instrumentos de Política Ambiental

• INSTRUMENTOS DE COMANDO E CONTROLE

– Controle: produto, processo, atividades, especificações


tecnológica, uso de recursos.

– Agente regulador: estabelece normas, controles, procedimentos,


regras e padrões e aplica penalidades

– Problemas: alto custo para fiscalização, trata todos poluidores da


mesma maneira

– Exemplos: exigência de filtros, cotas para extração de recursos,


concessão de licenças...
INSTRUMENTOS ECONÔMICOS
• Vantagens: gera receita para regulador, menor custo
econômico para atingir a meta, estimula inovação e substituição
dos recursos, evita dispêndios judiciais, CNP permite que um
agente emita acima do padrão e estimula os agentes a emitirem
abaixo do padrão.
Exemplos: tarifa por rejeito, taxas sobre produtos poluentes,
empréstimos subsidiados para a instalação de filtros, depósitos
reembolsáveis na devolução de produtos poluidores, CNP.
INSTRUMENTOS DE COMUNICAÇÃO
• Fornecimentos de informação, acordos, redes, sistema de gestão
ambiental, selos ambientais, marketing ambiental;
• Utilizados para conscientizar e informar agentes poluidores e
populações atingidas.
Exemplo: educação ambiental, divulgação de benefícios para
empresas que respeitam meio ambiente, selos ambientais
Política Ambiental e o Comercio Internacional
• Problemas ambientais causados pelo comercio internacional

– Danos causados pelo transporte: emissões e acidentes.

– Danos causados pelo uso de um produto: consumo do


produto causa danos ambientais

– Danos ambientais causados por processos e métodos de


produção: poluição transfronteiriça, espécies migratórias e
recursos vivos comuns, preocupação com o meio ambiente
local e global

• Estes problemas ambientais podem levar os países importadores


a impor barreiras não-tarifárias 14
Ambiente Institucional da Política Ambiental no Brasil

• Órgãos Reguladores Federais

- MMA (ministério do meio ambiente): responsável por planejar a política


nacional de meio ambiente (inclui Ibama e Conama).

- CONAMA (conselho nacional do meio ambiente): órgão consultivo e


deliberativo do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) formado
pelos órgãos e entidades da União, do Distrito Federal, dos estados e dos
municípios responsáveis pela proteção, melhoria e recuperação da qualidade
ambiental no Brasil.
O objetivo do Sisnama é estabelecer um conjunto articulado e descentralizado
de ações para a gestão ambiental no País, integrando e harmonizando regras e
práticas específicas que se complementam nos três níveis de governo.
- Participação de representantes do governo e da sociedade civil.
- Determina padrões de qualidade ambiental.

O Ibama é responsável pelo controle e fiscalização das atividades lesivas ao


meio ambiente.
Emite 3 tipos de licenças: planejamento, instalação, operação.

Órgãos Reguladores Estaduais e Municipais: aplica multas e penalidades aos


agentes que violam os padrões estaduais de controle.
Características da Política Ambiental no Brasil
• Intensificação das atividades poluentes na Matriz Industrial Brasileira desde os
anos 70:

– Atraso no estabelecimento de normas ambientais e agencias reguladoras

– Estratégia de desenvolvimento econômico privilegia setores intensivos em


poluição, acentuada no II PND (1974-1982): complexos metal-mecânico,
Químico-petroquímico.

 Uso intensivo de medidas de controle e comando por autoridades estaduais pouco


efetiva.

– Heterogeneidade entre agencias: maioria dos estados possui agências fracas

– Mesmo nos estados com agências fortes: falta de investimento em infra-


estrutura urbana, bolsões de pobreza e padrão de consumo agravam
condições ambientais
PROGRAMAS

Fiscalização: florestas, animais selvagens, rios e todo tipo de


mananciais de água, dunas, areia e argila, entre outros.
Licenciamento Ambiental: que garante a conformidade de obras -
como rodovias, usinas hidrelétricas, redes de transmissão de
energia, gasodutos e oleodutos, estações de tratamento de água,
esgoto e efluentes industriais, condomínios, loteamentos e
empreendimentos turístico-imobiliários - com as legislações
ambientais federal, estadual e municipal.
Programa de Prevenção e Atendimento a Acidentes com Cargas
Perigosas: em conjunto com a Defesa Civil de Santa Catarina
fiscaliza o transporte de produtos tóxicos pelo estado, atende com
equipe técnica especializada os acidentes com este tipo de carga,
evitando danos maiores ao meio ambiente e às comunidades
envolvidas, e ainda habilita os motoristas destes veículos a agir
com segurança no transporte e nos acidentes.
Balneabilidade: monitoramento da qualidade das águas do mar
para o banho humano ( semanalmente durante a temporada de
Verão e mensalmente durante o resto do ano). Seguindo critérios
da Resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), os
técnicos avaliam os pontos que estão poluídos e, portanto,
impróprios para o banho, e a Fatma disponibiliza boletins com os
resultados à imprensa, prefeituras do litoral, população e turistas.
Geoprocessamento: realiza o levantamento e processamento de
informações sobre o território catarinense (tipos de rocha, solos,
relevo, recursos hídricos e cobertura vegetal) obtidas através de
imagens de satélite, permite conhecer suas características e monitorar
o meio ambiente. Isso inclui o acompanhamento de invasões de áreas
de preservação, desmatamentos e derramamentos de óleo no mar.
Estudos e Pesquisas Ambientais: desenvolvidas por biólogos,
geólogos, geógrafos e outros especialistas desenvolvem pesquisas
sobre as condições originais e atuais da flora e fauna catarinense.
Publicações técnicas: distribuídas a cientistas da área, instituições
ambientais de todo país, bibliotecas, prefeituras, escolas e ONG's
(Organizações Não-Governamentais)

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