Curso: Engenharias Disciplina: Gestão e Ciências do Ambiente • 1ª fase (1930 - 1970) Histórico • Início em 1930 com a industrialização;
• A ano de referência é 1934, quando foram promulgados as seguintes leis
relativos a gestão ambiental:
– Código da Caça.
– Código Florestal.
– Código de Minas.
– Código de Águas.
– Departamento Nacional de Recursos Minerais.
– Departamento Nacional de Água e Energia Elétrica.
– Comissão executiva da defesa da borracha de 1947,
– Superintendência de desenvolvimento da pesca de 1962.
Histórico 2ª fase (1972) • Início com a Conferência de Estocolmo 1972.
• Em 1973 o Governo Federal cria a Secretaria Especial do Meio Ambiente.
• No âmbito estadual foram criados as agências ambientais especializadas:
– No estado de São Paulo – a CETESB.
– No estado do Rio de Janeiro – FEEMA.
– No estado de Santa Catarina – FATMA (1975)
Atua com uma sede administrativa, localizada em Florianópolis, e quatorze
coordenadorias regionais,e um Posto Avançado de controle Ambiental (PACAM), no Estado. • Os problemas ambientais são percebidos e tratados de modo isolado, repartindo o meio ambiente em solo, ar e água, e mantendo a divisão dos recursos maturais: água, florestas, recursos minerais entre outros recursos.
• A legislação federal sobre a matéria ambiental procurava atender problemas
específicos, dentro de uma abordagem segmentada do meio ambiente:
– Decreto-lei 1.413/1975 – Medidas de prevenção a poluição industrial.
– Lei 6.453/1977 – Responsabilidade cível e criminal relacionada a atividades
nucleares.
– Lei 6.567/1978 – Regime especial para exploração e aproveito das
substâncias minerais;
– Lei 6.803/1980 – Diretrizes básicas para zoneamento industrial nas áreas
críticas de poluição. 3ª fase • A Lei 6.938/1981 instituiu o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), abordagem sistêmica das questões ambientais (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) .
• A lei tem por objetivo: qualidade ambiental “VIDA”
– Preservação, recuperação, desenvolvimento socioeconômico, os
interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade humana.
• O meio ambiente como um todo é considerado um patrimônio
público e deve ser protegido tendo em vista o uso coletivo. Lei 6938/81: estabelece objetivos, ações e instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Instrumentos: Estabelecimento de padrões de qualidade, Zoneamento Ambiental, Avaliação de Impacto Ambiental, Licenciamento e revisão de atividades poluidoras Criação do Sisnama e do Conama Política Nacional do Meio Ambiente • Os Estados criaram os seus Sistemas Estaduais do Meio Ambiente para integrar as ações ambientais de diferentes entidades públicas nesse âmbito.
• Conceito de responsabilidade do poluidor:
O poluidor fica obrigado a indenizar ou a reparar os danos causados
no meio ambiente e a terceiros afetados por suas atividades.
• Embora aprovada em 1981, sua implementação só deslanchou
efetivamente ao final dessa década com a promulgação da Constituição Federal de 1988.
• https://youtu.be/AbJMsbCbNQs Constituição Federal de 1988
• Estabeleceu a defesa do meio ambiente como um dos princípios a
serem observados para as atividades econômicas em geral e incorporou o conceito de desenvolvimento sustentável, no Capítulo VI, dedicado ao meio ambiente.
• Conferiu a qualquer cidadão o direito de propor ação popular para
proteger o meio ambiente:
• Estabeleceu uma melhor distribuição da competência para legislar
sobre matéria ambiental entre as esferas de governo da federação brasileira. Constituição Federal de 1988 • Estabeleceu o respeito ao meio ambiente.
• Aproveitamento racional dos recursos como um dos requisitos para
caracterizar a função elementos do patrimônio cultural.
• Estabeleceu disposições emsocial da propriedade rural.
• Inclui os sítios ecológicos como defesa a grupos veneráveis, como
povos indígenas.
Lei 9433/96: institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e o Conselho Nacional de Recursos Hídricos Lei 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais): determina sanções penais a condutas lesivas ao meio ambiente. Em 2010, no entanto, houve uma nova polêmica envolvendo a política ambiental, com a elaboração de um Novo Código Florestal, que é considerado pelos grupos ambientalistas um retrocesso na legislação brasileira em relação ao meio ambiente. Entre os pontos polêmicos, está a redução das áreas das APPs e a anistia a crimes ambientais praticados por latifundiários. Instrumentos de Política Ambiental
– Problemas: alto custo para fiscalização, trata todos poluidores da
mesma maneira
– Exemplos: exigência de filtros, cotas para extração de recursos,
concessão de licenças... INSTRUMENTOS ECONÔMICOS • Vantagens: gera receita para regulador, menor custo econômico para atingir a meta, estimula inovação e substituição dos recursos, evita dispêndios judiciais, CNP permite que um agente emita acima do padrão e estimula os agentes a emitirem abaixo do padrão. Exemplos: tarifa por rejeito, taxas sobre produtos poluentes, empréstimos subsidiados para a instalação de filtros, depósitos reembolsáveis na devolução de produtos poluidores, CNP. INSTRUMENTOS DE COMUNICAÇÃO • Fornecimentos de informação, acordos, redes, sistema de gestão ambiental, selos ambientais, marketing ambiental; • Utilizados para conscientizar e informar agentes poluidores e populações atingidas. Exemplo: educação ambiental, divulgação de benefícios para empresas que respeitam meio ambiente, selos ambientais Política Ambiental e o Comercio Internacional • Problemas ambientais causados pelo comercio internacional
– Danos causados pelo transporte: emissões e acidentes.
– Danos causados pelo uso de um produto: consumo do
produto causa danos ambientais
– Danos ambientais causados por processos e métodos de
produção: poluição transfronteiriça, espécies migratórias e recursos vivos comuns, preocupação com o meio ambiente local e global
• Estes problemas ambientais podem levar os países importadores
a impor barreiras não-tarifárias 14 Ambiente Institucional da Política Ambiental no Brasil
• Órgãos Reguladores Federais
- MMA (ministério do meio ambiente): responsável por planejar a política
nacional de meio ambiente (inclui Ibama e Conama).
- CONAMA (conselho nacional do meio ambiente): órgão consultivo e
deliberativo do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) formado pelos órgãos e entidades da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios responsáveis pela proteção, melhoria e recuperação da qualidade ambiental no Brasil. O objetivo do Sisnama é estabelecer um conjunto articulado e descentralizado de ações para a gestão ambiental no País, integrando e harmonizando regras e práticas específicas que se complementam nos três níveis de governo. - Participação de representantes do governo e da sociedade civil. - Determina padrões de qualidade ambiental.
O Ibama é responsável pelo controle e fiscalização das atividades lesivas ao
meio ambiente. Emite 3 tipos de licenças: planejamento, instalação, operação.
Órgãos Reguladores Estaduais e Municipais: aplica multas e penalidades aos
agentes que violam os padrões estaduais de controle. Características da Política Ambiental no Brasil • Intensificação das atividades poluentes na Matriz Industrial Brasileira desde os anos 70:
– Atraso no estabelecimento de normas ambientais e agencias reguladoras
– Estratégia de desenvolvimento econômico privilegia setores intensivos em
poluição, acentuada no II PND (1974-1982): complexos metal-mecânico, Químico-petroquímico.
Uso intensivo de medidas de controle e comando por autoridades estaduais pouco
efetiva.
– Heterogeneidade entre agencias: maioria dos estados possui agências fracas
– Mesmo nos estados com agências fortes: falta de investimento em infra-
estrutura urbana, bolsões de pobreza e padrão de consumo agravam condições ambientais PROGRAMAS
Fiscalização: florestas, animais selvagens, rios e todo tipo de
mananciais de água, dunas, areia e argila, entre outros. Licenciamento Ambiental: que garante a conformidade de obras - como rodovias, usinas hidrelétricas, redes de transmissão de energia, gasodutos e oleodutos, estações de tratamento de água, esgoto e efluentes industriais, condomínios, loteamentos e empreendimentos turístico-imobiliários - com as legislações ambientais federal, estadual e municipal. Programa de Prevenção e Atendimento a Acidentes com Cargas Perigosas: em conjunto com a Defesa Civil de Santa Catarina fiscaliza o transporte de produtos tóxicos pelo estado, atende com equipe técnica especializada os acidentes com este tipo de carga, evitando danos maiores ao meio ambiente e às comunidades envolvidas, e ainda habilita os motoristas destes veículos a agir com segurança no transporte e nos acidentes. Balneabilidade: monitoramento da qualidade das águas do mar para o banho humano ( semanalmente durante a temporada de Verão e mensalmente durante o resto do ano). Seguindo critérios da Resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), os técnicos avaliam os pontos que estão poluídos e, portanto, impróprios para o banho, e a Fatma disponibiliza boletins com os resultados à imprensa, prefeituras do litoral, população e turistas. Geoprocessamento: realiza o levantamento e processamento de informações sobre o território catarinense (tipos de rocha, solos, relevo, recursos hídricos e cobertura vegetal) obtidas através de imagens de satélite, permite conhecer suas características e monitorar o meio ambiente. Isso inclui o acompanhamento de invasões de áreas de preservação, desmatamentos e derramamentos de óleo no mar. Estudos e Pesquisas Ambientais: desenvolvidas por biólogos, geólogos, geógrafos e outros especialistas desenvolvem pesquisas sobre as condições originais e atuais da flora e fauna catarinense. Publicações técnicas: distribuídas a cientistas da área, instituições ambientais de todo país, bibliotecas, prefeituras, escolas e ONG's (Organizações Não-Governamentais)