Você está na página 1de 16

Legislações Ambientais

Brasileiras e a Produção e
Distribuição de Energia

Compreender as regulamentações ambientais brasileiras é


crucial para a Engenharia de Energia. Nesta apresentação,
exploramos a complexidade das leis e seus impactos no
setor.
Legislações ambientais brasileiras e a produção e
distribuição de energia

O Brasil possui um arcabouço legal


robusto para a proteção do meio
ambiente, que inclui diversas leis e
normas que se aplicam ao setor
energético. Essas leis têm o objetivo
de garantir a sustentabilidade da
produção e distribuição de energia,
minimizando os impactos ambientais
dessas atividades.
Contexto das Legislações Ambientais no Brasil
A legislação ambiental no Brasil é considerada uma das mais
completas e avançadas do mundo. Ela é composta por um conjunto de
leis, decretos, resoluções e normas que têm como objetivo proteger o
meio ambiente e garantir o direito à qualidade de vida para todos os
brasileiros.

Primeira fase (1934-1981): Nesta fase, as primeiras leis ambientais


foram criadas, como o Código Florestal de 1934 e o Código de Pesca
de 1937. No entanto, essas leis eram ainda incipientes e não tinham
uma abordagem integrada da proteção ambiental.
Contexto das Legislações Ambientais no Brasil

Segunda fase (1981-1988): A Constituição Federal de 1988


foi um marco importante para a legislação ambiental
brasileira. Ela estabeleceu o meio ambiente como um direito
fundamental e determinou que o Estado deve protegê-lo.
Além disso, a Constituição também criou a Política Nacional
do Meio Ambiente (PNMA), que é o principal instrumento
de planejamento e gestão ambiental do país.
Contexto das Legislações Ambientais no
Brasil

Terceira fase (1988-presente): Após a


promulgação da Constituição de 1988, foram
criadas diversas leis ambientais específicas, como
a Lei de Crimes Ambientais de 1989 e a Lei da
Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010.
Essas leis têm como objetivo regulamentar as
atividades humanas e proteger o meio ambiente de
diferentes formas.
Algumas das principais leis ambientais do Brasil

● Política Nacional do Meio Ambiente Essas leis estabelecem normas e diretrizes


(PNMA) - Lei nº 6.938/1981 para a proteção do meio ambiente em diversos
● Lei de Crimes Ambientais - Lei nº aspectos, como:
9.605/1998
● Lei da Política Nacional de Resíduos ● Conservação da biodiversidade
Sólidos - Lei nº 12.305/2010 ● Controle da poluição
● Lei do Sistema Nacional de Unidades de
● Gestão de resíduos
Conservação da Natureza (SNUC) - Lei
nº 9.985/2000 ● Uso sustentável dos recursos naturais
● Lei da Mata Atlântica - Lei nº ● Prevenção de acidentes ambientais
11.428/2006
● Lei da Amazônia Legal - Lei nº
12.651/2012
Complexidade das Legislações Ambientais Brasileiras
A legislação ambiental brasileira regula a produção, distribuição e uso de energia no país, com o
objetivo de proteger o meio ambiente e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Os principais
instrumentos regulatórios são o licenciamento ambiental, as diretrizes e normas ambientais e as
metas de redução de emissões.

Dentre os principais desafios que as legislações ambientais brasileiras apresentam para a Engenharia
de Energia, destacam-se:

● O aumento dos custos de produção: O cumprimento das normas ambientais pode aumentar
os custos de produção de energia, o que pode tornar a energia mais cara para os consumidores.
● A complexidade dos processos de licenciamento: O processo de licenciamento ambiental
pode ser complexo e burocrático, o que pode atrasar o desenvolvimento de empreendimentos
energéticos.
● A necessidade de inovação tecnológica: As legislações ambientais estão cada vez mais
exigentes, o que exige o desenvolvimento de novas tecnologias para reduzir o impacto
ambiental da geração de energia.
Complexidade das Legislações Ambientais Brasileiras

- Por outro lado, as legislações ambientais também apresentam oportunidades para a Engenharia
de Energia. Dentre as principais oportunidades, destacam-se:

● O crescimento do mercado de energias renováveis: As legislações ambientais criam


incentivos para o desenvolvimento de fontes de energia renováveis, o que pode criar
oportunidades de negócios para a Engenharia de Energia.
● A busca por eficiência energética: As legislações ambientais também incentivam a busca
por eficiência energética, o que pode criar oportunidades para o desenvolvimento de
tecnologias e sistemas mais eficientes.
● A necessidade de integração entre as áreas de energia e meio ambiente: A crescente
preocupação com o meio ambiente está levando à integração entre as áreas de energia e
meio ambiente, o que pode criar oportunidades para a atuação de engenheiros de energia
em projetos de sustentabilidade.
Licenciamento ambiental

O licenciamento ambiental é um processo administrativo obrigatório para todas as atividades que


possam causar impacto ambiental significativo. Para obter o licenciamento, os empreendimentos
devem apresentar um estudo de impacto ambiental (EIA) e um relatório de impacto
ambiental (RIMA), que avaliam os impactos ambientais potenciais da atividade.
O licenciamento ambiental impacta a produção e distribuição de energia de diversas
formas. Para usinas hidrelétricas, por exemplo, o licenciamento ambiental é necessário para
avaliar os impactos da construção e operação da usina na bacia hidrográfica. Para termelétricas,
o licenciamento ambiental é necessário para avaliar os impactos da emissão de poluentes na
atmosfera e na qualidade da água, Emissão e Tratamento de Efluente (ETE). Para energias
renováveis, o licenciamento ambiental é necessário para avaliar os impactos da ocupação do solo,
da geração de resíduos e da biodiversidade.
Código Florestal

O Código Florestal é uma lei federal que estabelece as áreas de preservação permanente
(APPs) e as reservas legais (RLs) no Brasil. As APPs são áreas protegidas que não podem ser
desmatadas, enquanto as RLs são áreas que devem ser mantidas com cobertura florestal.
O Código Florestal impacta a produção e distribuição de energia de diversas formas. Para usinas
hidrelétricas, o Código Florestal pode restringir a construção de barragens em áreas de APPs ou
RLs. Para termelétricas, o Código Florestal pode restringir a instalação de usinas em áreas de
APPs. Para energias renováveis, o Código Florestal pode restringir a instalação de
empreendimentos em áreas de APPs ou RLs.
Política Nacional de Resíduos Sólidos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é


uma lei federal que estabelece diretrizes para a
gestão de resíduos sólidos no Brasil. A PNRS prevê
a coleta seletiva, a reciclagem e a destinação
adequada dos resíduos sólidos.

A PNRS impacta a distribuição de energia de


diversas formas. As empresas de distribuição de
energia são responsáveis pela coleta e destinação dos
resíduos sólidos gerados em suas atividades. A
PNRS prevê que as empresas de distribuição de
energia devem aumentar a coleta seletiva e a
reciclagem de resíduos sólidos.
Política Nacional de Resíduos Sólidos
Diariamente são descartadas 240 mil
toneladas de lixo no Brasil, das quais mais
de 80% tem como destino aterros
sanitários, 18% lixões a céu aberto. A
maior parte dos 2% de resíduos restante
também não é destinada de forma correta,
sendo descartada em terrenos abertos e até
mesmo córregos, rios e áreas florestais
próximas de centros urbanos.
Outras legislações

Além dessas leis, outras legislações ambientais também impactam a produção e distribuição de
energia. Por exemplo, a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) estabelece sanções
penais para crimes ambientais. Essa lei pode ser aplicada a atividades que causem impactos
ambientais significativos no setor energético.

Em suma, as legislações ambientais brasileiras têm um papel importante na regulação da


produção e distribuição de energia. Essas leis contribuem para garantir a sustentabilidade do setor
energético, minimizando os impactos ambientais dessas atividades.
Impactos específicos de cada fonte de energia
As legislações ambientais impactam as diferentes fontes de energia de formas específicas.
Usina hidrelétrica: o licenciamento ambiental é necessário para avaliar os impactos da
construção e operação da usina na bacia hidrográfica. Os principais impactos ambientais das
usinas hidrelétricas são a inundação de áreas, a alteração do regime de vazão dos rios e a perda
de biodiversidade.
Termelétrica: o licenciamento ambiental é necessário para avaliar os impactos da emissão de
poluentes na atmosfera e na qualidade da água. Os principais impactos ambientais das
termelétricas são a emissão de gases de efeito estufa, a emissão de poluentes atmosféricos e a
geração de resíduos sólidos.
Energias renováveis: o licenciamento ambiental é necessário para avaliar os impactos da
ocupação do solo, da geração de resíduos e da biodiversidade. Os principais impactos
ambientais das energias renováveis são a ocupação do solo, a geração de resíduos e o impacto
visual.
Epílogo

As legislações ambientais brasileiras representam um desafio para o setor energético. Por


um lado, essas leis contribuem para garantir a sustentabilidade do setor, minimizando os
impactos ambientais dessas atividades. Por outro lado, as leis podem aumentar os custos
de produção de energia e reduzir a competitividade do setor brasileiro.

No entanto, as legislações ambientais também representam uma oportunidade para o


setor energético. A adoção de tecnologias mais limpas e eficientes pode ajudar o setor a
se adequar às exigências ambientais e reduzir os impactos ambientais.

O setor energético brasileiro está em um processo de transição para fontes de energia


mais limpa.
Instituto Federal da Bahia - IFBA Lauro de Freitas

Curso de Engenharia de Energia

Disciplina: ENERGIA, AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Professor: Cleo Roger de Lima Heck

Aluno: Lucas Menezes dos Santos, Edvaldo Sacramento

Data: 16/11/2023

Você também pode gostar