Você está na página 1de 269

S. C. T.

1995-2004
Paulo Ganem Souto — 2003-2004
Otto Roberto Mendonça de Alencar — 2002
César Augusto Rabello Borges — 1999-2001
Paulo Ganem Souto — 1995-1998
Governo do Estado

Paulo Renato Dantas Gaudenzi — 1995-2004


Secretaria da Cultura e Turismo

Marinaldo Moradillo Mello — 1999-2004


Sônia Maria Moreira de Souza Bastos — 1995-1999
Chefia de Gabinete

Sônia Maria Moreira de Souza Bastos — 1999-2004


Eulâmpia Santana Reiber — 1995-1999
Superintendência de Cultura

Érico Pina Mendonça Júnior — 1995-2002


Superintendência de Turismo

Érico Pina Mendonça Júnior — 2003-2004


Superintendência de Investimentos Turísticos

José Albuquerque de Macedo — 2003-2004


Superintendência de Desenvolvimento Turístico

Josete Maria de Oliveira — 1995-2004


Diretoria Geral

Júlio de Santana Braga — 2004


Heloisa Helena Fernandes Gonçalves da Costa — 2003
Maria Adriana Almeida Couto de Castro — 1995-2002
Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia

Armindo Jorge de Carvalho Bião — 2003-2004


José Augusto Oliveira Gonçalves Burity — 1995-2002
Fundação Cultural do Estado da Bahia

Anna Amélia Vieira Nascimento — 1995-2002


Arquivo Público do Estado da Bahia

Claudius Hermann Portugal — 2003-2004


Afonso Maciel Neto — 1995-2002
Fundação Pedro Calmon — Centro de Memória e Arquivo Público da Bahia

Cláudio Pinheiro Taboada — 2003-2004


Paulo Renato Dantas Gaudenzi — 1995-1996 e 1999-2002
Marinaldo Moradillo Mello — 1997-1998
Empresa de Turismo da Bahia S.A.

José Américo Moreira da Silva — 2004


João Paulo de Araújo Costa — 2003
Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia
Secretaria da
Cultura e Turismo
1995-2004

FUNDAÇÃO SÉCULO XXI

CULTURAL FUNDAÇÃO
DO ESTADO DA BAHIA PEDRO CALMON Órgão Oficial deTurismo - BahiaTourism Authority

Salvador
2005
© 2005 by Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia.
Todos os direitos reservados aos seus detentores.

REALIZAÇÃO
Diretoria Geral
Josete Maria de Oliveira

Diretoria de Orçamento Público


Dulce Maria de Araújo Freire de Carvalho

Compilação e organização
Ana Angélica Costa Santana
Regina Irene Maria Bilotta

Projeto gráfico e editoração


Esmeraldo Coelho

Revisão editorial
Otto Freitas
Nidalvo Quinto dos Santos

Revisão
Tânia Feitosa

B135 Bahia. Governo do Estado. Secretaria da


Cultura e Turismo. Diretoria Geral.
Secretaria da Cultura e Turismo 1995-
2004. – Salvador, 2005.
270 p. : il.
ISBN: 85-7505-114-8

1. Relatório de Atividades. 2. Bahia –


Administração Pública. I. Título.

CDD 351.8142 6
Apresentação

1995! Até parece ter sido ontem, mas se vão dez anos de muito
trabalho, de constantes desafios, de esforços coletivos, de mais acertos
do que erros e, felizmente, de grandes resultados!
De certo modo, o ano 1995 constitui um marco na história da
administração governamental da Bahia. Em janeiro daquele ano,
no início da primeira gestão do governador Paulo Souto, foi criada
a Secretaria da Cultura e Turismo — SCT como base institucional de
reforço e ampliação dos mecanismos de desenvolvimento desses dois
setores estratégicos para o processo econômico e social da Bahia e
cujo desempenho tem apresentado resultados expressivos em termos
de imagem e de geração de emprego e renda.
Um dos grandes desafios da ação da SCT foi o de promover
condições de sustentabilidade ao desenvolvimento de ambos os
setores, a partir de uma estratégia em que a Cultura tivesse no
Turismo um importante suporte de ampliação e fortalecimento dos
seus processos de promoção, intercâmbio e difusão e o Turismo
tivesse na Cultura sua principal fonte de diferenciação, sem os riscos
de comprometimento da identidade cultural da Bahia.
No âmbito de uma Bahia multifacetada, a política governamen-
tal levou em conta a diversidade existente como um imperativo de
fortalecimento, promoção e valorização da riqueza e da força que
caracterizam a identidade cultural baiana. Foi um fator decisivo tam-
bém para firmar a sua importância como um dos mais importantes
pólos culturais e turísticos do país.
Os dados do turismo baiano, no período, revelam um salto
qualitativo no aumento do fluxo turístico nacional e internacional,
aumento progressivo dos índices setoriais de emprego e renda para
a população. Respondem por isso o cumprimento do compromisso
governamental, aliado à expansão de novas unidades hoteleiras,
instaladas por importantes cadeias internacionais de hotéis.
O conjunto de informações contidas neste documento está
longe de esgotar o universo de realizações da Secretaria da Cultura
e Turismo, constituindo-se, tão-somente, um registro documental das
principais ações realizadas nesse período da história recente desta
instituição, marcado por processos de organização, ajustes renova-
dores e de busca de sustentação em prol do desenvolvimento da
cultura e do turismo em nosso Estado.
Lembro-me que, em nossa primeira reunião coletiva, disse à
minha equipe: “precisamos pensar alto, pensar grande”. E assim foi
feito, assim tem sido. Nesse largo período de tempo, as dificuldades
naturais nesse processo foram grandes e ainda existem, mas as enfren-
tamos e as superamos coletivamente, com o empenho e a dedicação
de quem tem o privilégio de estar à frente e de atuar na nobre causa
de bem servir.
Nesses dez anos muito se fez e nos próximos ainda se tem muito
a fazer. Os resultados até hoje alcançados têm sido fruto do apoio
coletivo de toda uma equipe de trabalho, a quem agradeço.
Agradecimentos especiais ao governador Paulo Souto, criador da
Secretaria da Cultura e Turismo e que, dez anos depois, em seu novo
governo continua a apoiá-la; e aos governadores César Borges e Otto
Alencar, que também apoiaram e muito contribuíram para tornar
realidade essa trajetória.

PAULO RENATO DANTAS GAUDENZI


Secretário da Cultura e Turismo do Estado da Bahia
Introdução

A Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia — SCT,


criada em 1995, reúne dois dos mais importantes setores do desen-
volvimento econômico e social da Bahia, cujo desempenho tem
apresentado excepcionais resultados, em termos de geração de
imagem e de trabalho, emprego e renda.
Dentro do que é papel do Estado, a Secretaria trabalhou, em dez
anos de existência (1995-2004), para assegurar a sustentabilidade
ao desenvolvimento, sempre considerando a relação essencial entre
os dois setores: a cultura é o diferencial do produto turístico, mas

H VIVA O LIVRO
MARISA VIANNA
sem comprometer a identidade cultural baiana; o turismo é para a JOTAFREITAS

cultura suporte de ampliação e fortalecimento dos seus processos


de produção, promoção, intercâmbio e difusão.
Nesses dez anos, o Governo da Bahia investiu em cultura e turis-
mo, através da SCT, quase R$ 1,1 bilhão, mais da metade, R$ 550
milhões (51%), na atividade cultural, colocando a Bahia entre os
maiores orçamentos públicos do setor no país. No turismo, foram
investidos R$ 523 milhões (49%). Embora ainda haja muito a fazer, o
resultado desses investimentos é mensurável. Atuando em parceria
com instituições oficiais, com a iniciativa privada e outros segmentos
da sociedade, a SCT contribuiu para alavancar processos de desen-
volvimento socioeconômico e cultural no Estado e imprimir nova
dinâmica à cultura e ao turismo na Bahia.
Considerados prioridades no plano estratégico de desenvolvi-
mento da Bahia, a cultura e o turismo são objeto de vigorosa política
de incentivo, promoção e fortalecimento, norteada por diretrizes de
continuidade e de renovação, assegurando à Bahia o resgate de sua
posição de segundo destino turístico do país e de expressivo pólo
de criação e produção — um projeto que vem se concretizando no
Estado, desde 1991.

Cultura, fato econômico gerador de emprego e renda

Entra incisivamente nesse processo de renovação um diversificado


conjunto de medidas governamentais que contribuem para uma mu-
dança de concepção, a partir do entendimento de que a cultura é,
também, um fato econômico. Essa nova compreensão produziu refle-
xos na própria dinâmica da cultura e passou a nortear as relações
Estado/meio cultural/iniciativa privada. As condições de produção e
difusão e a democratização dos processos culturais foram ampliadas,
refletindo no florescimento de praticamente todas as manifestações
artísticas e segmentos humanísticos de memória e difusão.

H MARISA VIANNA
ADENOR GONDIM
JOTAFREITAS
O respeito às diversidades, considerando as características da pró-
pria identidade cultural baiana, tornou-se imperativo na ação global da
Secretaria da Cultura e Turismo e seus órgãos. Buscou-se uma relação
de equilíbrio entre o popular e o erudito, entre a memória preser-
vada e a produção contemporânea, entre as elites intelectuais e os valo-
res emergentes, traduzindo-se em um intensivo trabalho de estímulo às
manifestações artísticas e culturais, nos seus mais variados campos
de expressão, e de preservação do patrimônio material e imaterial.
Refletiu-se ainda na expansão do próprio raio da ação cultural do
Governo no Estado, bem como na ampliação e melhoria das condi-
ções ao criador/produtor cultural, ampliando o acesso a equipamen-
tos e serviços culturais e possibilitando que um número cada vez
maior de pessoas pudesse participar dos processos de ativação da
cultura na Bahia.
Novos instrumentos e mecanismos foram incorporados às me-
didas e condições existentes, gerando outras possibilidades aos
processos de produção e de mercado e contribuindo para diminuir

8|SCT 19 9 5 - 2 0 0 4
a tradicional evasão de talentos baianos para o eixo Rio–São Paulo.
Criadores, artistas e produtores ganharam condições de realizar
o seu trabalho na Bahia e aqui puderam viver da sua arte, da sua
própria atividade cultural.
O contínuo incentivo tornou-se o eixo da política governamental
de cultura no Estado, ancorada em estratégias específicas, com três
grandes linhas de ação: expansão e melhoria dos equipamentos e
espaços culturais; desenvolvimento, dinamização e difusão artística
e sociocultural; e preservação do patrimônio cultural material e
intangível. Essas três linhas definem a logística setorial da SCT e seus
órgãos: Fundação Cultural do Estado da Bahia — Funceb, Instituto
do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia — IPAC, Fundação Pedro
Calmon — FPC e, desde 2002, o Instituto de Radiodifusão Educativa
da Bahia — Irdeb.
Ao longo desses dez anos, a SCT assegurou incentivo e apoio
sistemáticos a criadores, artistas, produtores, grupos comunitários e

H JOTAFREITAS (3)

instituições. Espaços e equipamentos foram recuperados, criados,


modernizados e dinamizados, como também foram resgatados,
restaurados e valorizados bens móveis e imóveis, integrando-os ou
reintegrando-os à dinâmica cultural do Estado. Criaram-se novas
condições e opções de acesso cultural para as comunidades, a partir
da ampliação e otimização dos serviços e atividades dos arquivos,
bibliotecas, centros de cultura, museus e teatros.

Turismo, alavanca do desenvolvimento sustentável

Com relação ao turismo, o posicionamento estratégico adotado


pela Secretaria da Cultura e Turismo tem se traduzido na ampliação
das condições de incentivo à produção e de preservação das artes
e da cultura, gerando uma real diferenciação do destino Bahia em
relação aos mercados concorrentes. As ações da SCT visam ainda
ao melhor aproveitamento da interiorização do turismo; qualificação

INTRODUÇÃO| 9
dos bens e serviços, por meio da captação de investimentos em atra-
tivos e na ambientação cultural; maior concentração de esforços na
atração de nichos de mercado, a exemplo de jogadores de golfe,
tenistas, pescadores de alto mar, mergulhadores etc., como forma
de elevar os gastos por viagem.
Por conta desse entendimento geral, a Secretaria da Cultura e
Turismo elaborou a estratégia para o período 1991-2005, executada
pelas suas Superintendências de Turismo — Sudetur e de Investi-
mentos Turísticos — Suinvest e pela Empresa de Turismo da Bahia —
Bahiatursa, com as seguintes linhas de ação: infra-estrutura, preserva-
ção ambiental, marketing turístico, capacitação de pessoas, captação
de investimentos privados, criação do Cluster de Entretenimento,
Lazer e Turismo.
Simultaneamente à formulação da estratégia mencionada, foram
identificadas a visão, a missão e os objetivos do turismo da Bahia.
A visão compreende o turismo como vetor estratégico de imple-

H JOTAFREITAS
CENAB
JOTAFREITAS
mentação e promoção do desenvolvimento sustentável do Estado,
considerando-se a Bahia, no médio e longo prazos, como um mo-
delo de desenvolvimento turístico em que os agentes envolvidos e
as comunidades serão beneficiados. A missão identifica o turismo
como agente de integração entre as esferas econômica, sociocultural
e ambiental, divulgando, promovendo e fortalecendo a identidade
baiana, fundamentado nos valores que diferenciam a sua gente.
E finalmente os objetivos colocam o turismo como fator contribu-
tivo de alavancagem do desenvolvimento sustentável, com base nas
premissas a seguir: manutenção da previsibilidade governamental,
como forma de salvaguardar o investidor; atração de investimentos
privados, com a finalidade de melhor qualificar atrativos e serviços;
incremento do fluxo turístico, com ênfase no segmento de maior
poder aquisitivo; crescimento da permanência média do turista; taxa
de crescimento da receita turística sempre superior à taxa de cresci-
mento do fluxo global; manutenção e elevação do nível de emprego;
melhoria da qualidade de vida da população baiana.

10 | S C T 19 9 5 - 2 0 0 4
Sumário

CULTURA .............................................................................. 12
Expansão e melhoria dos equipamentos e espaços ................ 14
Projetos especiais ................................................................... 18
Circulação Cultural ................................................................ 34
PopulAção Cultural ................................................................ 40
Música e artes cênicas ............................................................ 44
Cultura .................................................. 14
Artes visuais e multimeios ...................................................... 50
Literatura ............................................................................... 58
Concursos e prêmios .............................................................. 68
Apoios.................................................................................... 76
Espaços culturais .................................................................... 80
Memória histórica e documental ............................................ 102
Patrimônio histórico, artístico e cultural ................................. 122
Televisão e rádio .................................................................... 162

TURISMO .............................................................................. 174


O destino Bahia ..................................................................... 176
Investimentos públicos ........................................................... 188
Investimentos privados ........................................................... 210
Qualificação ........................................................................... 216
Zonas e motivações turísticas ................................................. 222
Captação de turistas ............................................................... 234
Promoção turística ................................................................. 240
Convênios e outras ações ....................................................... 246

ENTIDADES CONVENIADAS ................................................ 252


H ADENOR GONDIM

Cultura
A Secretaria da Cultura e Turismo — SCT, através da Superin-
tendência de Cultura — Sudecult, Fundação Cultural do Estado
— Funceb, Fundação Pedro Calmon — FPC, Instituto do Patrimônio
Artístico e Cultural — IPAC e Instituto de Radiodifusão Educativa
da Bahia — IRDEB, implementa as políticas voltadas para a preser-
vação do patrimônio e dinamização dos bens culturais tangíveis
e intangíveis visando ao desenvolvimento cultural da Bahia —
criação, produção e difusão. Com a consciência da importância
da cultura para o pleno desenvolvimento humano, os projetos do
Estado acionam mecanismos para a inclusão social, ampliação
de emprego e renda, democratização das oportunidades de acesso
aos bens culturais, produção e difusão de bens culturais e
interação e fortalecimento das culturas locais, além da manu-
tenção e ampliação de equipamentos culturais comunitários.
H ADENOR GONDIM

Expansão e melhoria dos


equipamentos e espaços
14 | C U L T U R A
O Governo da Bahia, através da SCT e de seus órgãos descentra-
lizados, realizou obras de construção, recuperação física e emergen-
cial, restauração, reforma, ampliação, aquisição de mobiliário e de
equipamentos, climatização, sinalização, manutenção dos espaços cul-
turais e administrativos pertencentes à Secretaria ou sob sua guarda.
Respondeu também, através de convênios, por obras de constru-
ção, recuperação e instalação de novos equipamentos culturais, ainda
que não pertencentes ao Estado, mas que por suas características
possuem importância vital para o desenvolvimento da vida cultural
baiana, como o Teatro Vila Velha, Teatro Molière — Aliança Francesa,
Teatro do Senac, Theatro XVIII e os centros de cultura no interior do
Estado.
O Centro Cultural de Jequié e o Teatro Dona Canô, de Santo
Amaro, inaugurados em 2000 e 2001, respectivamente, ampliaram
a infra-estrutura cultural no interior, respondendo a antiga demanda
das comunidades.

Expansão e melhoria dos equipamentos e espaços


1995 a 2004
Centros de cultura e memoriais .
R$ 4.051 mil

Cinemas e cine-teatros
R$ 614 mil
.
.
Construções históricas
R$ 646 mil

Teatros .
R$ 12.949 mil
H WALMIR PINHEIRO

Teatro Dona Canô, em Santo Amaro Academia de Letras da Bahia

EXPANSÃO E MELHORIA…| 15
Equipamento
• Centro de Cultura de Acajutiba
construção
• Centro de Cultura de Feira de Santana
reforma e recuperação
• Centro de Cultura de Guanambi
elaboração de projeto e construção
• Centro de Cultura de Itabuna
reforma, recuperação, infra-estrutura do anfiteatro, estacionamento
e urbanização, som e luz, pintura
• Centro de Cultura de Jequié
construção
• Centro de Cultura de Juazeiro
reforma e recuperação, pintura
• Centro de Cultura de Lauro de Freitas
recuperação e aquisição de material
• Centro de Cultura de Macajuba
reforma e aquisição de equipamentos e mobiliário
• Centro de Cultura de Piritiba
aquisição de equipamento e mobiliário
• Centro de Cultura de Porto Seguro
reforma
• Centro de Cultura de Vitória da Conquista
reforma, recuperação e manutenção
• Centro de Cultura Américo Simas, de São Félix
• Centro Social e Cultural de Buritirama
construção
• Centro Social e Cultural de Saúde
implantação
• Auditório e Memorial do Centro Comunitário Pedro Batista,
de Santa Brígida — reforma e construção
• Memorial Irmã Dulce
construção
• Memorial Mãe Menininha do Gantois
recuperação
• Cinema do Museu
adaptação do auditório
• Cine-teatro Amélia Amado, de Itabuna
recuperação
• Cine-teatro do Iceia
revisão hidráulica e recuperação
• Cine-teatro de Plataforma
projetos
• Sala Alexandre Robatto
reforma e equipamentos

16 | C U L T U R A
Equipamento
• Sala Walter da Silveira
equipamentos e mobiliário
• Cine-teatro de Cachoeira
• Escola de Dança da Funceb
reforma, recuperação, projeto, equipamentos e mobiliário
• Academia de Letras da Bahia
recuperação, climatização e colocação do elevador
• Instituto Geográfico e Histórico da Bahia
restauração, recuperação e colocação do elevador
• Solar Rebouças, de Mutuípe
aquisição de imóvel para construção de centro de cultura;
obras emergenciais no telhado
• Teatro Castro Alves
aquisição de equipamento, piso do palco, isolamento acústico da
central de ar-condicionado, impermeabilização do foyer
• Concha Acústica
reforma, cobertura, construção de camarotes e sinalização
• Sala do Coro do TCA
reforma total, climatização e equipamento
• Espaço Xisto Bahia
reforma, climatização e equipamentos
• Teatro Dona Canô, em Santo Amaro
construção
• Teatro Gamboa
reforma
• Teatro Miguel Santana
reforma geral e recuperação de equipamento de palco
• Teatro Municipal de Belmonte
reforma
• Teatro Santo Antônio, da UFBA
• Teatro SENAC Pelourinho
reforma e recuperação
• Teatro Vila Velha
reforma e ampliação
• Teatro Aliança Francesa (Teatro Molière)
construção e aquisição de equipamento

EXPANSÃO E MELHORIA…| 17
H ADENOR GONDIM

Projetos especiais
18 | C U L T U R A
H ELIAS MASCARENHAS (3)

Igreja de N.S. da Pena e Casa de Câmara e Cadeia, em Porto Seguro

Brasil 500 Anos


Terra-mãe dos brasileiros, a Bahia promoveu as comemorações
dos 500 Anos do Brasil. A programação foi realizada pela SCT, em
conjunto com os Ministérios do Esporte e Turismo e da Cultura, Embai-
xada de Portugal, Instituto Camões, universidades e outros órgãos.
Foram realizados eventos em Salvador e Porto Seguro, onde acon-
teceu a solenidade oficial, com as presenças dos Presidentes de
Portugal e do Brasil, autoridades brasileiras e portuguesas, turistas e
comunidade. No Centro Histórico de Porto Seguro, foram inaugu-
radas obras de restauro do seu casario e igrejas e do Centro Cultural
e de Eventos da Costa do Descobrimento. Houve espetáculo cênico
pirotécnico “O dia em que o Brasil nasceu” e o ato religioso, em
Coroa Vermelha, reconstituindo a Primeira Missa.

Cruzeiro em frente à Igreja de


Cena do espetáculo “O dia em que o Brasil nasceu” N.S. da Pena, em Porto Seguro

PROjETOS ESPECIAIS| 19
Na Costa do Descobrimento, com aplicação de recursos do
Programa de Desenvolvimento Turístico — Prodetur, obras de infra-
estrutura básica, recuperação e preservação do patrimônio histórico,
cultural e ambiental foram entregues às comunidades, contribuindo
para o desenvolvimento sociocultural e turístico da região sul da
Bahia.
Em Salvador, mais de 150 mil pessoas assistiram ao desfile cívico
comemorativo que percorreu o circuito Campo Grande–Praça Castro
Alves, com carros alegóricos e encenação com 3.300 atores, músi-
cos e figurantes, representando períodos significativos da história
brasileira, do Descobrimento à época contemporânea.
Durante um ano, a programação cultural Brasil 500 Anos integrou
órgãos oficiais brasileiros e portugueses, representantes da iniciativa
privada, pensadores e comunidade, concretizando inúmeros even-
tos que estreitaram as relações entre Brasil e Portugal e fortaleceram
o intercâmbio cultural e a discussão produtiva de questões históricas
e de identidade. Recursos de R$ 6,65 milhões foram investidos no
evento, sendo R$ 2,65 milhões da Embratur — Instituto Brasileiro
de Turismo.
H ELIAS MASCARENHAS

“O dia em que o Brasil nasceu” Atracadouro de Porto Seguro

20 | C U L T U R A
Programa Estadual de Incentivo Fazcultura
Investimento estadual
à Cultura — Fazcultura x Benefício autorizado
(em milhares de R$)
1997
Programa instituído através da Lei nº 7.015/96, e gerido pelas 1998
Secretarias da Fazenda e da Cultura e Turismo, permite renúncia 1999
2000
fiscal de até 5% do ICMS a ser recolhido por empresas estabelecidas 2001
na Bahia, possibilitando que a organização empregue a verba em 2002
2003
projetos culturais aprovados por comissão composta de membros 2004
das duas secretarias e da comunidade cultural. Esses 5% podem

2.600

5.200

7.800

10.400

13.000
representar até 80% do projeto incentivado. Em contrapartida, a Investimento total
Benefício autorizado
empresa investe recursos próprios de um mínimo de 20% do custo
Projetos inscritos x
total de cada projeto.
Projetos aprovados
O programa contempla sete segmentos: artes cênicas; música;
1997
cinema e vídeo; literatura; artes plásticas, gráficas e fotografia; arte- 1998
sanato, folclore e tradição popular; e arquivos, bibliotecas, museus, 1999
2000
bens móveis e imóveis. 2001
A cada ano crescem o número de projetos inscritos e o valor a 2002
2003
ser concedido como benefício fiscal disponibilizado pelo Estado (de 2004
R$ 5 milhões em 1997 para R$ 13 milhões em 2004). Cresce tam-

210

420

630

840

1.050
bém o interesse por parte da iniciativa privada, seja pelo retorno Projetos aprovados
Projetos inscritos
promocional, de imagem e de posicionamento de mercado.
Projetos aprovados x
Através da lei de incentivo fiscal, o Governo do Estado contribui Projetos patrocinados
significativamente para mudar o panorama cultural da Bahia, patro-
1997
cinando produções cinematográficas, peças teatrais, shows musi- 1998
cais, gravação de CDs, exposições, publicações literárias, projetos 1999
2000
que beneficiam acervos de museus, bibliotecas e o patrimônio 2001
arquitetônico-histórico baiano. 2002
2003
Em 1998, foram realizadas palestras e seminários de divulgação 2004
do Fazcultura na capital e no interior. Em 2000, um seminário de
480
0

240

360

600
120

avaliação do programa contou com ampla participação de produ- Projetos aprovados


Projetos patrocinados

tores culturais, empresários e outros interessados, resultando em


modificações no regulamento. E em 2002, dentro do projeto Bahia
Vista por Dentro, empresários e produtores de municípios do
Recôncavo Sul e da Chapada Diamantina foram motivados a parti-
cipar do programa.

PROjETOS ESPECIAIS| 21
Fazcultura 2004
Distribuição do Artes plásticas, . Cinema e vídeo
gráficas e fotografia R$ 243 mil
investimento .
R$ 903 mil
por segmento . Música
.
2004-2001 R$ 2.547 mil

Literatura Tradição popular,


R$ 913 mil . artesanato e folclore
. R$ 2.395 mil

Museus, bibliotecas,
Artes cênicas . arquivos, bens móveis e imóveis
R$ 3.154 mil R$ 2.653 mil
2003
Cinema e vídeo . . Literatura
R$ 944 mil R$ 325 mil
.
Artes plásticas, . Artes cênicas
gráficas e R$ 3.662 mil
fotografia
R$ 1.000 mil Música
.
R$ 2.384 mil
.
Tradição popular,
artesanato Museus, bibliotecas,
e folclore . arquivos, bens móveis e imóveis
R$ 1.902 mil R$ 1.950 mil
2002
Cinema e vídeo . Literatura
R$ 380 mil R$ 842 mil
.
Artes plásticas,
gráficas e fotografia .
R$ 934 mil Artes cênicas
. .
Tradição popular, R$ 3.468 mil
artesanato
e folclore
R$ 1.488 mil
Museus, bibliotecas,
Música . . arquivos, bens móveis e imóveis
R$ 2.413 mil R$ 3.033 mil
2001
Artes plásticas, . Literatura
gráficas e fotografia . R$ 557 mil
R$ 1.407 mil
. Artes cênicas
R$ 2.142 mil
Tradição popular,
artesanato Museus, bibliotecas,
e folclore . arquivos, bens
R$ 1.411 mil . móveis e imóveis
R$ 2.358 mil
.
Cinema e vídeo . Música
R$ 1.434 mil R$ 1.568 mil

22 | C U L T U R A
2000 Fazcultura
Artes plásticas, . Literatura Distribuição do
gráficas e fotografia R$ 784 mil
. investimento
R$ 22 mil
por segmento
Tradição popular, .
Museus, 2000-1997
artesanato e folclore bibliotecas,
R$ 854 mil . arquivos, bens
. móveis e imóveis
Artes cênicas . R$ 3.715 mil
R$ 985 mil .
Cinema e vídeo . Música
R$ 1.471 mil R$ 2.776 mil
1999
Artes plásticas, . Literatura
gráficas e fotografia . R$ 600 mil
R$ 153 mil .
. Música
R$ 3.068 mil

Artes cênicas Tradição popular,


R$ 1.037 mil .. artesanato e folclore
.
R$ 3.111 mil

Museus, bibliotecas,
Cinema e vídeo . arquivos, bens móveis e imóveis
R$ 1.544 mil R$ 2.038 mil
1998
Artes plásticas, . Literatura
gráficas e fotografia . R$ 450 mil
R$ 75 mil
Cinema e vídeo .
R$ 693 mil Música
.
Tradição popular, R$ 3.270 mil
artesanato
e folclore .
R$ 1.640 mil
Museus, bibliotecas,
Artes cênicas . . arquivos, bens móveis e imóveis
R$ 1.155 mil R$ 924 mil
1997
Artes plásticas, . Literatura
gráficas e fotografia . R$ 152 mil
R$ 18 mil .

. Música
Cinema e vídeo R$ 1.209 mil
R$ 20 mil .

. Museus, bibliotecas,
Artes cênicas . arquivos, bens móveis e imóveis
R$ 540 mil R$ 563 mil

PROjETOS ESPECIAIS| 23
24 | C U L T U R A
PROjETOS ESPECIAIS| 25
Selos fonográficos
O Sons da Bahia foi criado em 1996, para resgatar e registrar a cul-
tura, ampliar as oportunidades de divulgação e dinamizar o mercado
fonográfico baiano. O selo edita CDs que prestigiam músicos e
compositores importantes na cultura musical, mas com reduzida
possibilidade de espaços na mídia para divulgar sua obra.
O selo Emergentes da Madrugada, criado pela SCT em parceria
com a Secretaria da Fazenda e a WR Discos, lançou no mercado
34 CDs de artistas pouco conhecidos, selecionados e gravados em
estúdio profissional, com custos de prensagem divididos entre as
secretarias e o artista, cabendo ao estúdio a produção e distribuição
dos discos às gravadoras, emissoras de rádio e outros veículos de
comunicação.
A proposta do Ponto de Partida, outro selo lançado mais recente-
mente, é colocar no mercado talentos emergentes, abrindo caminho
para a divulgação do trabalho. Os três selos lançaram 63 títulos de
1996 a 2004.

26 | C U L T U R A
SONS DA BAHIA
1996
• Canto Gregoriano — Coro dos Monges do Mosteiro de São Bento
• Ave-Marias — soprano Andréa Daltro
1997
• Sonhos de Castro Alves — OSBA — música de Egberto Gismonti para o
Balé do TCA, com o regente Jacques Morelenbaum
• Sociedade Lítero Musical 25 de Dezembro — Filarmônica de Irará
• Sinfonia Baiana — OSBA
• Oficina de Frevos e Dobrados 15 Anos — maestro Fred Dantas
1998
• Brasileiros — OSBA, regentes Henrique Morelenbaum e Erick Vasconcelos
• Um Toque pra Subir — Bonde Xadrez
• Bahia com Todas as Letras
• Medéia de Eurípedes — trilha sonora de Harald Weiss
• Forças d’Alma — Tutty Moreno — música instrumental (bateria)
• Courana — Grupo Garagem — folclore baiano
• Brasilianas — Salomão Rabinovitz (violino) e Fernando Lopes (piano)
1999
• E Assim Tudo Começou — Andréa Daltro — canções do final do século
XIX a 1930
• A Confraria do Gordurinha — Gilberto Gil, Confraria da Bazófia e Marta
Millani
• Assis Valente com Dendê Diet
• Jorge Amado — músicas compostas a partir de obras para TV e cinema
• Jubileu de Ouro do Trio Elétrico — Irmãos Macedo
• Silvio Deolindo Froes — composições do maestro baiano, pelos intérpre-
tes Fernando Lopes, Graça Reis e Paulo Gondim
• Okan Awá — Inaicyra — cânticos em iorubá — comemoração dos 100
anos de Mãe Senhora
2003
• Ecos do São Francisco
• XI Festival de Música Instrumental da Bahia
2004
• Filarmônica Terpsícore Popular de Maragogipe
• A Música do Cacau
• Antônio Vieira — O Cordel Remoçado
EMERGENTES DA MADRUGADA
1998
• Cláudia Moura — MPB
• Palmyra e Paulo Levita — MPB
• Entre — Dr. Cascadura — rock
• Filarmônicas de Morro do Chapéu
1999
• Dendê Diet — MPB
• Barra Manteiga — cantigas de roda

PROjETOS ESPECIAIS| 27
EMERGENTES DA MADRUGADA (continuação 1999)
• Grupo Barravento — Sons do Recôncavo Baiano
• Transparência — Geová Nascimento — MPB instrumental (saxofone)
• Teca e Tota — música instrumental (piano e flauta)
• Luz para o Novo Milênio — Monjas Beneditinas do Mosteiro do Salvador
• Ningira, ouro, poeira e luz — Afoxé Filhas d’Oxum — afoxé feminino
2000
• Heartfelt Sessions — The Dead Billies — rock
• Brincando de Deus — Banda Brincando de Deus — rock
• Tocar Você — Ricardo Augusto — MPB
• João Pequeno de Pastinha — toques e músicas de capoeira
• Mário Ulloa Interpreta J.S. Bach — música instrumental (violão)
• Dança da Luz — Carlinhos Marques — MPB
2001
• Corazón — André Bernard — música instrumental (violão flamenco)
• O que Vc Pensar — Cândida — pop-rock
• Interior — Kalifa do Forró
• Brasília Quebrada — Gildásio Correia — forró
2002
• Prazer — Elpídio Bastos — MPB
• O Enterro do Samba ou Vamo Agora pra Massa — Tito Bahiense
• Marilda Santana — MPB
• Pura Química — Marco Balena
• Banda Canta Mais Eu
• Noeme Bastos ao Vivo — MPB
• Jurema Paes — MPB
2003
• Forrozada
• Mata Atlântica — Nengo Vieira e Tribo d’Abraão
2004
• Filhos de Nagô
• Samba de Roda Dona Dalva
• Keiler Rego
PONTO DE PARTIDA
2003
• Canções Joaninas — Targino Gondim
• Banda de Boca
2004
• Pela Avenida — Los Baganas

28 | C U L T U R A
H AUGUSTO HESSEL
Outros artistas e grupos musicais que tão bem representam a
diversidade e a criatividade musical baiana, tiveram apoio da SCT, na
gravação ou lançamentos de CDs ao longo destes últimos dez anos,
dentro e fora do Estado. Entre outros, destacam-se os seguintes:

Afoxé Filhos de Gandhy Lazzo


Afro Okambi Leguelé Marques
Alexandre Leão Lucas Santana
André Bernard Luiz Berimbau
André Macedo Mabel Danneman
Araketu Malê de Balê
Armandinho Marcia Short
As Raidiantes Margareth Menezes
Augusto Jatobá Marcio Valverde
Gerônimo
Banda Baianos Luz Marilda Santana

H AUGUSTO HESSEL
Banda Novos Bárbaros Mario Ulloa
Bandabah Marynez
Bando Virado no Mói de Coentro Miudinho e Passarinho
Carlinhos Cor das Águas Nairzinha
Carlos Pitta Neto Balla
Chico Mendes Orquestra Sinfônica da UFBA
Clara Ghimmel Palmeirinha da Bahia
Cláudia Dulthe Paulinho Boca de Cantor
Clécia Queiroz Péri
Dona Edite do Prato Quarteto em Si
Duda Valverde Quininho de Valente
Ederaldo Gentil Raimundo Sodré
Edgard Curvello Rebeca da Matta
Edil Pacheco Roberto Mendes
Edu Casanova Rosa Morena Vânia Abreu
Fábio Paes Sarajane
H DULCEMAR DA ROCHA

Filhos da Alegria Saul Barbosa


Gereba Silvinha Torres
Gerônimo Timbaúba e Pádua
Grupo Mahatma Tonton Flores
Grupo Tara Code Vanderley Carvalho
Guel e Miguel Vânia Abreu
Ilê Ayê Virgínia Gomes
Irmandade dos Homens Pretos Virgínia Rodrigues
J. Sapucaia Walmir Lima
J. Velloso Wilson Café
Jorge Bonfim Yumara Rodrigues
Jussara Silveira

Raimundo Sodré

PROjETOS ESPECIAIS| 29
SERGIO BORGES
Julho em Salvador
Eventos
1995 16

H
1996 18
1997 17
1998 38
1999 27
2000 31
2001 29
2002 41
2003 17

Público
1995 16
1996 18
1997 17
1998 38
1999 27
2000 31 Público de evento no Apresentação circense
2001 29 Museu de Arte da Bahia em praça pública
2002 41
2003 17

Julho em Salvador
Mosaico da produção cultural brasileira contemporânea, possi-
bilita o intercâmbio de jovens artistas baianos e de outros estados, e
entre estes e artistas consagrados nacionalmente. Considerado como
o festival de inverno em Salvador, dinamizou museus, bibliotecas e
espaços públicos com espetáculos de música e artes cênicas, mos-
tras de cinema e vídeo, exposições de fotografia e artes plásticas,
lançamentos de livros, oficinas e debates. Os espetáculos a preços
populares e a diversificação da programação contribuíram para a
formação de platéias. De 1995 a 2003 foram 234 eventos com
95.266 espectadores.

30 Anos da Fundação Cultural


A edição comemorativa do livro Memória da Cultura – 30 anos
da Fundação Cultural do Estado da Bahia registrou, em 2004, a
importante atuação da Instituição na vida cultural baiana das últimas
décadas. Organizado por técnicos da própria Fundação (Ana Lúcia
Reis Fonseca, Carmen Melo Azevedo da Silva, Manoel Passos Rocha
Pereira, Maria das Graças Câmara Teixeira Alves e Simone Tavares
Rubim de Pinho Lima), o livro contém artigos relatando a história e
fatos pitorescos da Funceb.

30 | C U L T U R A
A data também foi comemorada com homenagens a antigos
funcionários e diretores, lançamento de selo comemorativo, exibição
de videoclipe documentando as principais realizações da Instituição
e com a montagem do espetáculo “Vixe Maria, Deus e o Diabo na
Bahia”, na Sala do Coro do TCA, com 9.720 espectadores. Sucesso
de público e de crítica, o espetáculo teve sua carreira continuada
em outros teatros da cidade, ao longo de 2004, com direção de
Fernando Guerreiro, texto de Cláudio Simões, Gil Vicente Tavares
e Cacilda Póvoas, direção musical de Jarbas Bittencourt, cenários de
Euro Pires, figurinos de Miguel Carvalho, elenco de dezesseis atores.

Cenas do espetáculo “Vixe Maria, Deus e o Diabo na Bahia”

PROjETOS ESPECIAIS| 31
Censo Cultural
Projeto pioneiro no Nordeste e terceiro realizado no país, o Censo
Cultural da Bahia foi lançado em 1996. A SCT, em parceria com as
prefeituras locais, cobriu os 417 municípios baianos, agrupados em
quinze regiões econômicas, com o objetivo de disponibilizar um refe-
rencial da cultura no Estado, tanto para o conhecimento público, como
para subsidiar ações de preservação, dinamização e desenvolvimento
cultural da Bahia. O processo de atualização do banco de dados do
1º Censo Cultural da Bahia foi realizado entre 2002 e 2004, quando
294 municípios tiveram seus dados analisados e consolidados.
Para a divulgação do Censo, foi criado serviço de atendimento
ao público por telefone e por correio eletrônico, além da página na
internet www.censocultural.ba.gov.br que disponibiliza em português,
inglês e espanhol informações sobre o patrimônio histórico, equipa-
mentos e espaços culturais, áreas livres para eventos culturais, e
manifestações artísticas e socioculturais, além das riquezas naturais.
Entre 1997 e 2002 foram lançados os dezesseis Guias Culturais
impressos das regiões do Baixo Médio São Francisco, Recôncavo,
Extremo Sul, Nordeste, Salvador e Região Metropolitana, Litoral Sul,
Sudoeste, Litoral Norte, Paraguaçu, Chapada Diamantina, Irecê,

32 | C U L T U R A
Oeste, Piemonte da Chapada Diamantina, Médio São Francisco e
Serra Geral.
Ainda em 2002 foi publicado o Guia de museus do Estado da
Bahia, divulgando informações sobre os acervos, localização e horá-
rios de funcionamento, fruto do banco de dados do Censo Cultural.

Empreendedor Cultural
Em 1999 e 2000, em parceria com o Serviço de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas — Sebrae, a SCT desenvolveu ação voltada
para a formação de mentalidade empreendedora, ao aprimoramento
e estímulo de agentes culturais. Desse modo estimula a geração de
postos de trabalho e investimentos privados no mercado cultural.
O projeto realizou treze cursos, cinco palestras, dois fóruns, 75
reuniões e nove trabalhos de consultoria, envolvendo mais de mil
agentes multiplicadores que integram a Rede de Agentes Culturais
para Intercâmbio Permanente, abrangendo onze núcleos municipais
da Região Metropolitana de Salvador.

PROjETOS ESPECIAIS| 33
Circulação Cultural
34 | C U L T U R A
Criado em 2003 e consolidado em 2004, este projeto visa ao
intercâmbio capital-interior-capital, a ampliação do acesso aos bens
culturais, o incentivo à produção local e a requalificação dos espa-
ços onde se desenvolve. Várias ações, anteriormente realizadas no
interior, passaram a integrar o Circulação Cultural com a mesma
filosofia, mas proporcionando maior consistência e aprofundamento
à política cultural no interior.
O Circuladô Cultural realizou programação regular com 326
espetáculos, 700 profissionais envolvidos e público de 50 mil espec-
tadores. Aconteceram nos Centros de Cultura de Alagoinhas, Feira
de Santana, Itabuna, Juazeiro, Porto Seguro, Valença e Vitória da
Conquista, em Ilhéus, Jequié e Santo Amaro, no Teatro Dona Canô;
no Cine-teatro de Lauro de Freitas, no Espaço Cultural Alagados e
Espaço Xisto Bahia.
Os Concursos de Patrocínio de Espetáculos de Dança e Teatro
foram ampliados para o interior, em 2004, com prêmios de R$ 6 mil
para cada espetáculo, além da oportunidade de realizarem apre-
sentações no projeto Bahia em Cena, no Teatro Pedro Mattos, em
Ilhéus, Centros de Cultura de Itabuna e de Juazeiro e Clube Social
de Cultura e Diversões, de Saúde.

Concursos de Patrocínio de Espetáculos de Dança e Teatro — Interior


PREMIADOS DE TEATRO
• “Alegria, alegria, tem circo todo dia”, de Juazeiro
• “A farsa de Yarim no céu de Mandacaru”, de Saúde
• “A história engraçada e singela do Fuscão — o quase capão e o cabo
eleitoral”, de Ilhéus
PREMIADO EM DANÇA
• “Amada, dançando a ditadura”, de Itabuna

Elenco do espetáculo “Tomate, Pimentão e Cia.”,


da Cia. de Teatro Popular da Bahia

CIRCULAÇÃO CULTURAL| 35
Chapéu de Palha O Projeto Chapéu de Palha, idealizado pela atriz Jurema Pena,
Oficinas
objetiva a formação artística, a atualização cultural, o surgimento
1995 16
1996 7
de grupos artísticos e a troca de experiências em comunidades do
1997 7 interior, através de oficinas de teatro e apresentação final de espetá-
1998 5
1999 18
culo baseado na cultura local. Em 2004, o projeto incluiu a participa-
2000 33 ção de um historiador, que trabalhou previamente a história oral das
2001 26
comunidades visitadas, cuja riqueza e diversidade resultou na produ-
2002 16
2003 15 ção de um CD de depoimentos e causos narrados por participantes
2004 9 do projeto. O CD foi distribuído com grande aceitação pelas comu-
Participantes nidades e instituições locais.
1995 739
1996 190 Municípios visitados pelo Chapéu de Palha — 1995-2004
1997 225 Alagoinhas Maracás
1998 267
1999 725 Andaraí Miguel Calmon
2000 957 Andorinha Morro do Chapéu
2001 942
2002 579
Araci Mucugê
2003 658 Barro Preto Muritiba
2004 356
Belmonte Nazaré
Cabaceiras do Paraguaçu Pau Brasil
Camaçari Prado
Canavieiras Riacho de Santana
Cipó Ribeira do Amparo
Conceição do Coité Rio de Contas
Conde Rui Barbosa
Feira de Santana Salinas da Margarida
Guanambi Santa Bárbara
Guaratinga Santa Brígida
Igaporã Santo Amaro
Ilhéus Santo Antônio de Jesus
Inhambupe São Félix
Ipiaú São Francisco do Conde
Iramaia São Sebastião do Passé
Iraquara Sátiro Dias
Itabuna Saúde
Itacaré Seabra
Ituberá Senhor do Bonfim
Jequié Tanquinho
Juazeiro Taperoá
Lauro de Freitas Teixeira de Freitas
Lençóis Valença
Luís Eduardo Magalhães Várzea Nova
Madre de Deus Vera Cruz

36 | C U L T U R A
O Saveiro Literário, lançado pela SCT em 2002, com incentivo
do Ministério da Cultura, patrocínio da Petrobras e apoio do Unicef
e da Fundação Casa de Jorge Amado, transformou uma embarcação
em biblioteca flutuante, que vai às comunidades das baías de Todos
os Santos e de Camamu.
O Saveiro oferece atividades culturais de caráter socioeducativo
(palestras, exposições, oficinas de dança, teatro, brinquedo, litera-
tura, música, sala de leitura), para estimular o interesse pela leitura
e o surgimento de novos valores intelectuais entre as comunidades
costeiras. Também faz doação de acervo com 250 títulos para cada
comunidade visitada.

Sa veiro Literário
Saveiro 2002 2004
• Salas de leitura, salas de contação de histórias,
biblioteca flutuante, oficinas, palestras, exposição 73 88
• Participantes 9.649 18.931
COMUNIDADES VISITADAS
• Cachoeira • Maraú
• Cairu (em 2002 e 2004) • Martelo
• Gamboa do Morro de São Paulo • Salinas da Margarida
• Ilha de Maré • Salvador (Itapagipe)
• Itacaré • São Félix
• Jaguaripe • São Francisco do Conde
• Madre de Deus • São Sebastião do Passé
• Maragogipe

O Saveiro Literário em Gamboa do Morro de São Paulo … e em Cairu

CIRCULAÇÃO CULTURAL| 37
Os Salões Regionais de Artes Plásticas foram iniciados em 1992 e
realizados em três edições (1996/1997, 1999/2000 e 2004) dentro
do programa Circulação Cultural, nos Centros Culturais de Alagoi-
nhas, Feira de Santana, Itabuna, Juazeiro, Porto Seguro, Valença e
Vitória da Conquista. Foram criados para dar apoio e incentivo aos
artistas plásticos locais, estimulando novos talentos, o reconhecimento
de artistas experientes e a pesquisa de novas estéticas, e dinamizando
o mercado das artes plásticas no interior. Realizam-se palestras,
oficinas e distribuição de material didático.
Os artistas inscritos nos Salões foram selecionados e submetidos
a júri. Em 2002, grande exposição dos vencedores foi realizada
no Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador. Em 2003,
aconteceram 14 oficinas de artes plásticas, com a participação de
98 artistas, em sete municípios. Em 2004, os Salões de Itabuna
e Juazeiro tiveram dois prêmios de R$ 5 mil em cada cidade; em
Juazeiro, a empresa de telefonia Claro ofereceu dois prêmios espe-
ciais no valor de R$ 1 mil cada.

Salão Regional de Artes Plásticas de Juazeiro


• Municípios participantes: Juazeiro, Senhor do Bonfim, Feira de Santana,
Salvador, Alagoinhas e Sítio Novo
• Artistas inscritos: 71 — Selecionados: 43
• Premiados: Daniel Almeida Costa (Salvador) com a instalação “Pelos 13”
e Josimar Cordeiro Ribeiro (Alagoinhas) com a escultura “Brinquedos”
• Prêmio especial: Francisco Egídio de Moura (Juazeiro) com a fotografia
“Dor” e Maria Edneide Barros Torres (Petrolina) com a instalação “Frag-
mentos poéticos e um tríptico”
Salão Regional de Artes Plásticas de Itabuna
• Municípios participantes: Itabuna, Vitória da Conquista, Ubaitaba, Valença,
Ilhéus, Feira de Santana e Cruz das Almas
• Artistas inscritos: 123 — Selecionados: 77
• Premiados: Alberto Morillo Dória (Itabuna) com a instalação “Caixa
Salão Regional de Artes preta” e Manoel Antônio Salomão Ribeiro (Valença) com a escultura
Plásticas de Juazeiro “O peso da consciência”

Salão Regional de Artes Salão Regional de Artes Plásticas de Juazeiro


Plásticas de Itabuna

38 | C U L T U R A
O Bahia Vista por Dentro foi criado em 2002, para sensibilizar
e motivar as comunidades dos municípios baianos para ações de
resgate e recuperação do rico patrimônio material e imaterial
do interior do Estado. O projeto envolve as populações no processo de
desenvolvimento sociocultural, ambiental e econômico e eleva a auto-
estima. A partir de 2004 passou a integrar o Circulação Cultural, por
suas características e afinidades.
Acontecem encontros regionais de informação e sensibilização;
seminários de discussão e proposições; dinâmicas de atualização,
para consolidação de propostas; e oficinas multiculturais, para
treinamento e especialização. Entre 2002 e 2004, esses eventos
envolveram 2.225 pessoas de 75 municípios: 33 do Recôncavo, 13
do Litoral Sul, 8 do Baixo Médio São Francisco, 7 do Nordeste
e 14 da Chapada Diamantina. Ainda em 2004, o Bahia Vista por
Dentro promoveu o SAC Cultural, com 246 participantes de 28
municípios da Chapada Diamantina.
São parceiros da SCT nesse projeto: a Cia. de Ação Regional do
Estado da Bahia — CAR, Banco do Nordeste — BNB, Universidade
Estadual de Feira de Santana — UEFS, Centro de Recursos Ambientais
— CRA, Instituto Mauá, Sebrae, Senac, Unifacs, Centro Federal de
Educação Tecnológica da Bahia — Cefet, Centro de Referência Cul-
tural — CRC. Os parceiros orientam os interessados em projetos, Ação do Bahia Vista
por Dentro, em Ituberá
convênios e outras demandas na área cultural.

CIRCULAÇÃO CULTURAL| 39
PopulAção Cultural
40 | C U L T U R A
Com o objetivo de promover a inclusão sociocultural de comu-
nidades de baixa renda e potencializar as manifestações existentes,
o projeto foi implantado em 2004 e é estruturado em torno de orga-
nizações comunitárias que têm a arte como foco. Após pesquisa em
140 bairros, foram escolhidas dez comunidades parceiras e instaladas
Unidades de Cultura Popular — UCPs, localizadas em associações
de moradores, com 32 profissionais trabalhando semanalmente. O
projeto tem parceria institucional com a UFBA, Liceu de Artes e Ofí-
cios e Prefeitura Municipal de Salvador, através da Fundação Gregório
de Mattos e da Secretaria Municipal da Educação e Cultura.
O PopulAção Cultural tem cinco linhas de ação: oficinas de for-
mação técnica e artística de dança, teatro, música, literatura e artes
plásticas; Passe Livre; Grupo de Convivência para a Cidadania; apoio
às ações artístico-culturais e Banco do Empreendedor. As oficinas
atenderam a 317 pessoas de todas as idades e resultaram em eventos
com mais de 21 mil espectadores.
O Passe Livre envolveu 2.700 pessoas que assistiram a trinta
espetáculos teatrais do circuito comercial. Grupos amadores das
comunidades participaram do evento 12 Horas de Teatro (homena-
gem ao Dia do Teatro, em 2004), que realizou no Teatro Castro Alves
oficinas de cenografia, cabelo e perucas, figurino, maquiagem, per-
cussão dramática, movimento para cena, corpo para cena, jogos
dramáticos, interpretação e voz para cena, com 285 participantes,
além de apresentações públicas de cenas no foyer do Teatro e
caminhada de artistas, do Campo Grande até a Praça da Piedade.

Festival PopulAção Cultural 2004, no Campo Grande

POPULAÇÃO CULTURAL| 41
O Banco do Empreendedor faz a ponte entre os empreende-
dores culturais na comunidade e as empresas parceiras. Foram
dezesseis participantes e cinco projetos elaborados e enviados para
o Fazcultura.
Em parceria com o Liceu de Artes e Ofícios, o PopulAção promove
o Grupo de Convivência para a Cidadania em quatro comunidades,
onde agentes multiplicadores do Liceu desenvolvem atividades
de sensibilização, mobilização e integração e promovem grupos de
discussão de temas relacionados à cidadania.
Valorizando a tradição dos Sambas Juninos, que em vários
bairros da capital e no interior congregam a comunidade através da
música de raiz, três grupos tradicionais do Nordeste de Amaralina
(Samba Boqueirão, Samba Show e Samba Marambaia) apresen-
taram-se com oitocentos integrantes no São João no Pelô 2003.

Sambas Juninos 2003, no Pelourinho

42 | C U L T U R A
Em novembro de 2004, foi realizado o Festival PopulAção Cultu-
ral, no Campo Grande, com apresentações de teatro de rua, dança
e música afro, hip-hop, MPB e manifestações populares, além de
feira para a venda da produção artística dos bairros participantes
do projeto: Alto do Cabrito, Amaralina, Carlos Gomes, Engenho Velho
de Brotas, Massaranduba, Nordeste de Plataforma, Ogunjá, Pernam-
bués, Pirajá e Vasco da Gama.

Festival PopulAção Cultural 2004, no Campo Grande

POPULAÇÃO CULTURAL| 43
H ADENOR GONDIM

Música e artes cênicas


44 | C U L T U R A
ADENOR GONDIM
H
Cabeçorras (Cachoeira), na Caminhada Axé 1995

Caminhada Axé
Em 2004, a Caminhada Axé abriu a temporada de verão em
Salvador, pela 14ª vez consecutiva, tornando-se tradição na cidade.
O cortejo formado por dezenas de grupos culturais tradicionais, da
capital e do interior, segue pela orla marítima, de Ondina ao Farol
da Barra onde os grupos se apresentam. Contando com a partici-
pação de cerca de dois mil artistas e um público superior a 25 mil
pessoas, a Caminhada Axé contribui para resgatar, fortalecer e
divulgar a cultura popular de raiz.
Importante pesquisa é desenvolvida em municípios baianos para
registrar antigas tradições e selecionar atrações para o evento. A partir
de 2002, grupos dos estados de Sergipe e Alagoas também participam
da Caminhada, que tem apoio da TV Bahia e patrocínio da Vivo —
Telebahia Celular, através do Fazcultura.

H ADENOR GONDIM (4)

MÚSICA E ARTES CÊNICAS| 45


Malê de Balê, Bacamarteiros (Sta. Brígida), Congos e Reinado (Cairu), Índios Pankararus,
na Caminhada Axé 1996 na Caminhada Axé 1997 na Caminhada Axé 1996 na Caminhada Axé 2004
Bahia em Cena
A programação do Bahia em Cena apresenta os espetáculos
ganhadores dos prêmios de montagem, nos concursos de teatro e
dança. Em 2004, foram duas temporadas: a primeira, no Espaço Xisto
Bahia, com público de 1.014 espectadores, dos espetáculos vence-
dores do concurso de 2003: em teatro, “Antígona”, “Na solidão dos
campos de algodão”, “O que de longe parece um verso em prosa”,
e em dança, “Monólogo para alguns corpos” e “Corpo e cordel”.
A segunda temporada levou aos palcos os oito premiados de
2004, com público de 2.500 espectadores: de Salvador: “A prostituta
respeitosa”, “Budro”, “Chuá” e “Em breve espaço de tempo”, que
se apresentaram em vários espaços da capital; e no interior: “Alegria,
alegria, tem circo todo dia”, “A farsa de Yarim no céu de Mandacaru”,
“A história engraçada e singela do fuscão — o quase capão e o cabo
eleitoral” e “Amada, dançando a ditadura”, que se apresentaram
em Saúde, Itabuna, Ilhéus e Juazeiro.
Os espetáculos “Na solidão dos campos de algodão”, “Monólogo
para alguns corpos”, “Corpo e cordel” e “A prostituta respeitosa”
voltaram a cartaz em outros teatros e temporadas em Salvador.

46 | C U L T U R A
H ARISTIDES ALVES
“Brancos e Augustus”, Grupo Tran Chan Quarta que Dança
Eventos
1998 8
1999 16
2000 16
2001 16
2002 4
2003 16
2004 15

Público
1998 977
1999 2.144
2000 2.423
2001 3.465
2002 3.807
2003 2.831
2004 2.609

Quarta que Dança


O projeto dinamiza o mercado da dança, apresentando, sema-
nalmente, no Espaço Xisto Bahia, o trabalho de novos bailarinos
e coreógrafos. A partir de 2001 passou a ser patrocinado por
empresas privadas, através do Fazcultura: Braskem, em 2001 e 2002
e Coelba, em 2003 e 2004.
H ARISTIDES ALVES (3)

“Nezia e Francisca”, “Neste verão as rosas “Aroma de coisas infinitas”,


de Rino Carvalho são azuis”, do Grupo His do Grupo Três da Dança

MÚSICA E ARTES CÊNICAS| 47


Terça da Boa

H AUGUSTO HESSEL
Música
Eventos
1995 31
1996 33
1997 33
1998 28
1999 31
2000 23
2001 12
2002 8

Público
1995 12.000
1996 13.200
1997 13.500
Saul Barbosa
1998 12.550
1999 10.560
2000 8.300
2001 2.400
2002 3.920 Terça da Boa Música
Realizado no Teatro ACBEU, apresentou semanalmente, de abril a
outubro, cantores, músicos e grupos de MPB locais e um de projeção
nacional, objetivando dinamizar o mercado musical para talentos
locais, ainda pouco conhecidos.

H AUGUSTO HESSEL H AUGUSTO HESSEL H DULCEMAR DA ROCHA

Daúde Luiz Caldas Carlinhos Marques

48 | C U L T U R A
H SERGIO BEZERRA
Apresentação da Oficina de Flauta Doce

Oficinas Viver com Arte Viver com Arte


Oficinas
1995 19
Projeto de ação sociocultural, criado em 1991, acontece de abril 1996 22
1997 34
a novembro, através de oficinas anuais permanentes, de teatro,
1998 38
dança e música, realizadas nos núcleos do Espaço Cultural Alagados, 1999 47
2000 47
Cine-teatro Solar Boa Vista, Armazém Cenográfico, Espaço Xisto
2001 36
Bahia, Teatro do ICEIA, Casa da Música, Cine-teatro Lauro de Freitas 2002 28
e Sesi Itapagipe. Ao final de cada temporada, os resultados são apre- 2003 15
2004 23
sentados em mostras das oficinas e encontro artístico de integração
entre as comunidades envolvidas. Em 2004, também foram realiza- Participantes
das oficinas de verão e o Seminário de Arte-Educação e Mobilização 1995 610
1996 665
Comunitária para capacitação de instrutores. 1997 710
1998 715
1999 968
2000 940
Outras realizações 2001
2002
795
655
2003 385
2004 707
1995-2002 – Projeto Recital — Apresentação de solistas e grupos
de música erudita no auditório do Instituto de Música da Univer-
sidade Católica do Salvador — UCSAL, Reitoria da Universidade
Federal da Bahia — UFBA, Gabinete Português de Leitura e espaços
públicos no Pelourinho. Foram 71 programações, com público esti-
mado em seis mil pessoas.
1995 — Projeto Teatro Popular — Promoção de espetáculos tea-
trais de grande porte, baseados em fatos e personagens históricos
relevantes, apresentados em praça pública ou em espaços destina-
dos a grandes platéias. A montagem teatral “Zumbi dos Palmares”
realizou apresentações no Largo dos Aflitos, Passeio Público e desfile
pelo Campo Grande. Público estimado em 10 mil pessoas.
1995-1996 — Projeto Cantos e Encantos do Abaeté — Apre-
sentação de espetáculos musicais, de dança e teatro em palco ao
ar livre no Abaeté: Balé do Teatro Castro Alves — BTCA, Margareth
Menezes, Roberto Mendes, Balé Folclórico da Bahia, Ivan Lins,
Toquinho, Paulinho Boca de Cantor, Edil Pacheco, Baile Pastoril, João
Bosco, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Agbeokuta.

MÚSICA E ARTES CÊNICAS| 49


Artes visuais e multimeios

50 | c U l t u R A
As artes visuais são estimuladas por projetos e concursos que Acervo de artes
visuais e multimeios
impulsionam a produção audiovisual baiana nas categorias longa Vídeos, filmes e fotos
e curta-metragem, vídeo-documentário e vídeo de realizadores — Usuários
iniciantes. São realizadas também oficinas e seminários de especia- 2003 411
lização e qualificação técnica e programações de cinema e vídeo 2004 543

que contribuem para a formação de platéia. Biblioteca


A Fundação Cultural do Estado da Bahia dispõe do maior e mais — Usuários
significativo acervo audiovisual (somente superado pelas redes de 2003 78
2004 44
televisão), em constante crescimento e manutenção, instalado em
espaço climatizado, disponível para pesquisadores e interessados. Vídeos, filmes e fotos
Há ainda biblioteca especializada com títulos sobre temas vincula- — Empréstimos

dos ao audiovisual e à cultura baiana e parque de equipamentos 2003 898


2004 880
que são cedidos por empréstimo.
De 2000 a 2004, informativo eletrônico semanal foi enviado a Biblioteca
— Empréstimos
3.650 e-mails cadastrados, divulgando concursos, festivais, editais,
2003 160
palestras e notícias de interesse do setor audiovisual, permitindo 2004 68
que realizadores e interessados ficassem a par de todos os eventos
estaduais, nacionais e internacionais.

Quartas Baianas

A mostra exibiu oito programações mensais, em 2004, com 113


filmes e vídeos realizados na Bahia, em diferentes décadas, com
sessões gratuitas, na Sala Walter da Silveira, para público de dois
mil espectadores. A Funceb tem parceria com a Associação Baiana
de Cinema e Vídeo, para realizar o projeto, que objetiva difundir
o acervo audiovisual, incentivar a pesquisa e a memória e gerar
reflexão crítica através da realização de debates com produtores e
realizadores. Como se fosse um cineclube, tornou-se um espaço de
convívio, discussão e confraternização entre realizadores e público.

Cinema e Vestibular

Em parceria com a Faculdade de Comunicação da Universidade


Federal da Bahia, a Sala Walter da Silveira promoveu em 2004 onze
exibições dos filmes indicados para as provas do vestibular. Com
público de 1.773 espectadores, incluiu palestras de professores e
debates com vestibulandos.

ARtEs vIsUAis E MUltiMEios| 51


Formando e Informando
— Teórica Audiovisual
A programação de seminários e oficinas Formando e Informando
— Teórica Audiovisual, destinada a realizadores de audiovisuais e à
comunidade em geral, visa à formação teórica que facilite a criação
e a geração de conteúdos, o aprimoramento crítico e estético do olhar,
o desenvolvimento e administração de projetos, o conhecimento do
mercado e de fontes de captação de recursos.
Realizados em 2003, com 406 participantes, os seminários (“Lin-
guagem cinematográfica”, “Pós-produção e finalização para cinema
e vídeo”, “Diário de filmagem e cinema digital”) e as oficinas
(“Imagem fotográfica”, “Da idéia à cenografia” e “Vídeo, olhar con-
temporâneo”) foram ministradas por Geraldo Sarno, José Augusto
de Blasiis, Eliane Caffé, Edgar Oliva, Roberto Santucci, Valdy Lopes
Ferreira e Rodrigo Minelli.

Câmeras em Ação
Na área da produção audiovisual, além de concursos de co-
patrocínio de cinema e vídeo, nesta década, a SCT valorizou e
promoveu produções locais e nacionais apoiando a realização de
importantes filmes na Bahia, desde que contassem com a participa-
ção de artistas e outros profissionais da terra. Entre eles, destaque
para “Tieta”, de Cacá Diegues; “Central do Brasil”, de Walter Salles
Jr.; “Guerra de Canudos”, de Sérgio Rezende, todos largamente pres-
tigiados pela crítica nacional e internacional. Também contaram com
o apoio do Governo do Estado os filmes “Memórias póstumas de Brás
Cubas”, de André Klotzel, com cenas no Pelourinho e em palácios
e museus de Salvador, e “Samba Riachão”, de Jorge Alfredo —
vencedor do Prêmio Candango do Festival do Filme Brasileiro de
Brasília em 2002 —, que homenageia um dos mais importantes
artistas da música da Bahia.

52 | c U l t u R A
Projeto Paradiso Projeto Paradiso
Exibições
1997 165
De 1997 a 2001, a SCT levou o cinema a comunidades de 1998 245
1999 254
Salvador, exibindo títulos nacionais e estrangeiros selecionados, 2000 280
os melhores do Festival de Vídeo em 5 Minutos e do Festival Anima 2001 245
Mundi. As mostras foram realizadas, de segunda a sexta-feira, em Público
praças públicas e centros sociais urbanos de bairros em que há
1997 16.500
menor oferta de equipamentos culturais e de lazer. Dessa forma, o 1998 24.500
projeto proporcionou entretenimento e contribuiu para a educação 1999 29.500
2000 32.220
e cultura de populações que não têm acesso ao cinema, como 2001 41.970
Alagados, Nordeste de Amaralina, Nova Brasília, Liberdade, Pituaçu,
Mussurunga I, São Caetano, Santo Antônio Além-do-Carmo, Vasco
da Gama, Uruguai, Periperi, Pelourinho, Roma, São Cristóvão e
Castelo Branco.

Terça Comentada
Realizado em 1999, com exibição semanal, sempre às terças-
feiras, de 18 filmes, seguida de palestras e debates com críticos e
profissionais de cinema, na última sessão da Sala Walter da Silveira.

Falando de Foto e Foto Palavra


Nestes dez anos, a Sala Alexandre Robatto apresentou progra-
mação voltada a profissionais e amadores da fotografia. De 1999 a
2002, o Falando de Foto apresentou palestras de fotógrafos baianos
consagrados e de fora do Estado, como Arlete Soares, Christian
Cravo, Walter Firmo, Adenor Gondim e Antônio Olavo, entre outros.
Realizado em parceria com a Casa da Photographia, em três anos
foram 19 palestras, com 21 convidados e público de 1.524 parti-
cipantes.
O ciclo de debates Foto Palavra reuniu, na Sala Alexandre Ro-
batto, em 2004, 515 participantes, para discutir com 15 convidados
a produção contemporânea da imagem, em especial temas como
“O direito autoral e a fotografia”, “Fotografia e poesia”, “Fotografia e
moda”, “Fotojornalismo” e “Fotografia e resistências”.

ARtEs vIsUAis E MUltiMEios| 53


Projetando a Cidade
De 2001 a 2002, foram produzidos 42 programas Projetando
a Cidade, com formato de agenda cultural, em vídeo digital, com
linguagem dinâmica e moderna. O objetivo é divulgar a produção
artística da cidade que não encontra espaço nos principais meios de
comunicação. O vídeo, com duração de cinco minutos, atualizado
a cada quinze dias, foi veiculado nos principais teatros e projetos
culturais da cidade, antes dos espetáculos.

Outras realizações
2004
Apoios: Jornada Internacional de Cinema da Bahia (1995 a 2004); Pano-
rama Brasil Coisa de Cinema; Panorama Internacional Coisa de Cinema
(2003 e 2004); Festival de Vídeo em V — Festival Baiano de Vídeo Univer-
sitário (2003 e 2004); Cineclube da Bahia; exibições de filmes e palestras
do Círculo Psicanalítico da Bahia (2002 a 2004); Circuito Doc — Documen-
tário Brasileiro em Debate
Mostras: Made in Brasil; videojornalismo; filmes chineses; “A Rússia no
cinema”; em homenagem a David Griffith, Ingmar Bergman, Luis Buñuel,
Orson Welles, Sergei Eisenstein, Vittorio De Sicca, Stanley Kubrick e Akira
Kurosawa; série Mitos do Cinema: Bette Davis, Elizabeth Taylor, Greta Garbo,
Marilyn Monroe, Marlon Brando, Paul Newman e Robert Redford
Exposições de fotógrafos: Geraldo Barros, Alice Ramos, Mércia Queiroz,
Voltaire Fraga, Christian Cravo, Marco Aurélio Martins, Nadia Virgínia, Ana
Paula Cordeiro, Andréa Castro, Marcelo Reis, Leonardo Boloni, Márcio Lima,
Paul Strand, Ned Scott, Nívea Lacerda, Antonio Carlos Cardoso, Pierre
Fatumbi Verger (1998 a 2004)
Lançamentos: “Já foi à Bahia, nega?”, “Evandro Teixeira — instantâneos da
realidade”, “Quilombos da Bahia”, “Cascalho”, “A dança de rua na Bahia”,
“O cativeiro”, “Bolívia, a guerra do gás”, “Quilombos na Bahia” (2003 e 2004)
2003
Apoios: Encontro de Mídias Independentes
Mostras: Mostra Baiana de Videoclipes (2001 a 2003); Buñuel Mexicano;
Pérolas do Cinema Francês; O Cinema Brasileiro que Você Não Viu; 10
anos da Morte de Felini; Homenagem a Jean-Luc Godard; Schygulla por
Fassbinder; Artistas da Bahia; Mostra da Consciência Negra; Novo Cinema
Mexicano; Novo Cinema Americano
2002
Cursos: “Produção de vídeo”, com Martha Médici e Tatiana Baruel; “Foto-
grafia prática”, com Edgar Oliva e Beatriz Franco

54 | c U l t u R A
2002 (continuação)
Lançamento: “Ralph Bunche: uma odisséia americana” e debate sobre as
contribuições dos afro-americanos às relações internacionais
Exibições: “Kiriri, um exemplo de terra”; “Porto Seguro?”, “Coração de jeni-
papo”; “O panelaço”, de Carlos Pronzato
Mostras: 2ª Mostra Baiana de Videoclipes; semana do cinema espanhol
2001
Cursos: “Roteiro para cinema e vídeo”, com Roberto Duarte (2); “Dê conta
do recado”, com Caco Monteiro; “Produção e captação de recursos para
cinema e vídeo”, com Márcia Nunes; “Interpretação para cinema”, com
Martha Médici; “Produzindo audiovisual”, com Tatiana Baruel
Mostras: Circuito Cultural Banco do Brasil; XXVIII Jornada Internacional de
Cinema na Bahia, em homenagem a Jorge Amado; “O cinema dos brasi-
leiros”, do Ministério da Cultura
Seminário: “Novas tendências do filme documentário”, com Peter Zim-
mermann
Lançamentos: clip “Dadá”, de Piti Costa e José Umberto; “Horizonte verti-
cal”, de Lula Oliveira; “Caçador numa longa curva”
2000
Mostras: cinema espanhol; cinema chinês; a filmografia de Alain Delon;
filmes quebequenses; II Mostra de Cinema Espanhol; semana do cinema
espanhol; do cinema brasileiro; Circuito Cultural Banco do Brasil
Lançamentos: vídeo “Buraco do lixo”, da comunidade de Platafoma; livro
“Retratos”, de Dadá Cardoso
Exibições: filme “Pichaim”; “A estética do curta”
Seminário: “A montagem como narrativa cinematográfica”, com Carlos
Bolado
Cursos: “Edição”, com Vânia Debs; “Videografia”, com Carlos Ebert; “Docu-
mentários”, com João Salles
Workshop Sundance — Bahia

Premiados de “A Imagem em 5 Minutos”, em 1995

ARtEs vIsUAis E MUltiMEios| 55


1999
Lançamentos: “Artes plásticas na Bahia”, de Kabá Gaudenzi; “Rádio gogó”,
de José Araripe Jr.; vídeo “A imprensa da Bahia no século XX”, de Carlos
Vasconcelos Domingues; curta-metragem “Bon appetit”, de Daniel Rangel
e J.S. Rodrigo Mattos
Cursos: “Roteiro para cinema e vídeo”, com Roberto Duarte; “Produção
executiva no cinema”, com Elisa Tolomelli; “O som e o sentido”, com José
Miguel Wisnik
Mostras: “Cinema, fotografia, histórias e outras revelações”; festival de vídeo
Quarto Crescente; vídeos vencedores da Jornada Internacional de Cinema
na Bahia; vídeos sobre Gregório de Matos e o “Acervo e preservação da
biblioteca”
Ciclo de palestras: “História da fotografia na Bahia”
Oficinas: de vídeo “Brasil 500 anos”, com Mônica Simões; de iluminação
1998
Curso: “Introdução à metodologia audiovisual”, com Sérgio Machado
Mostras: FIM — Festival de Imagem em Movimento; retrospectiva do Fes-
tival Imagem em 5 Minutos, em Recife
Oficina: iniciação ao desenho animado, com Chico Liberato
Lançamentos: livro “Bahia análise e dados”; CD de Mário Ulloa; vídeo “G
— constelação do céu da boca do inferno”
Pré-estréias: “Policarpo Quaresma”; “Anahy de Las Missiones”; “A mãe”
1997
Concurso de discos independentes da MPB, com produção de CDs de
Mabel Danneman, Claudia Dulthe, Mario Ulloa e Marcio Valverde
Lançamento: filme “Bahia de todos os sambas”, de Paulo César Sarraceni
Fest’In Bahia 97 — Cinema do Museu
Festival de curtas de Bilbao
Cursos: “A música da imagem”, com David Tygel; “O roteiro e as novas
mídias”, com Rosane Santiago; “Montagem cinematográfica”, com Severino
Dada
“Bahia memória viva” — projeto de resgate da memória cultural, com pro-
dução dos vídeos: “G — constelação do céu da boca do inferno”, “O movi-
mento das artes plásticas na Bahia” e “A imprensa da Bahia no século XX”
Mostra do cinema baiano em Lençóis

Platéia de “A Imagem em 5 Minutos”, 1997

56 | c U l t u R A
1996
Concurso: roteiro para patrocínio de cinema, cujos premiados — “Diário
de um convento”, de Edyala Iglesias; “O pai do rock”, de José Araripe Jr. e
“Agora é cinzas”, de Sérgio Machado — deram origem ao longa-metragem
“Três histórias da Bahia”, lançado nacionalmente em 2001
Exposições: Ediane do Monte; coletiva II Fotobahia de Todos os Santos
Edital para quatro vídeos profissionais
Curso “Introdução à linguagem de cinema, vídeo e televisão” com Walter
Webb
Semana do cinema chileno
Seminário sobre a Guerra Civil Espanhola, com exibição do filme “Terra e
liberdade”
Foto in Cena, com Débora Setenta
Oficina de fotografia, com Lúcio Mendes, em Santo Antônio de Jesus
1995
Jornada Internacional de Cinema da Bahia — apoio 1995-2002
Mostras de vídeo e cinema baiano em Madri
Foto in Cena, com Débora Setenta
Exposição: Fotografia do cinema francês
Literatura no Cinema — exibição e debate de filmes baseados em obras
da literatura brasileira

ARtEs vIsUAis E MUltiMEios| 57


Literatura

58 | C U L T U R A
Programa Editorial
Iniciado em 1995, com cinco linhas editoriais, o programa con-
solidou a política de incentivo e difusão de escritores emergentes e
reconhecidos, selecionados por comissão editorial, publicando obras
e abrindo espaço significativo no mercado nacional. O programa
cresce a cada ano, principalmente na ampliação das linhas editoriais.
Os títulos editados são distribuídos para cerca de 300 bibliotecas
públicas, universidades e instituições culturais. Também são vendi-
dos nas livrarias Espaço do Autor Baiano, no Quarteirão Cultural do
Centro Histórico, e na Biblioteca Pública do Estado, nos Barris, abertas
em parceria com o Centro Brasileiro de Difusão do Livro e da Leitura
— Viva o Livro, criando importante canal para a comercialização,
difusão e intercâmbio literário e cultural.
De 1995 a 2004 o programa atingiu a marca de 373 títulos, em
onze linhas editoriais, chamadas de coleções:
Apoio — edições diversificadas publicadas em função da
demanda de escritores baianos, que apresentem conteúdo de qua-
lidade e interesse público;
Memória da Bahia — edições fac-similares ou inéditas, indicadas
pelo Conselho Estadual de Cultura, retratando a memória histórico-
documental da Bahia,;
Letras da Bahia — este selo editorial publica obras inéditas de
autores emergentes e consagrados, cujos títulos são selecionados
por uma comissão específica;
Prêmios Culturais — obras vencedoras de concurso nacional,
promovido pela Funceb, e que premia uma categoria literária
diferente por ano. A comissão julgadora é composta de escritores
convidados, especialistas na categoria do concurso;
Literatura de Cordel — reúne as páginas mais representativas
do cordel baiano;
Raridades — títulos indicados pela Diretoria de Bibliotecas
Públicas do Estado da Bahia/Fundação Pedro Calmon. São edições
fac-similares que resgatam e preservam a memória histórica da Bahia;

LITERATURA| 59
Turismo — este selo publica edições sobre o processo de desenvol-
vimento turístico da Bahia, que subsidiam o programa de educação
para o turismo, atenuando a carência dessa literatura especializada;
Cidades da Bahia — resgata a documentação e a divulgação
de fatos, da história, do patrimônio, das riquezas naturais e da
cultura popular dos municípios baianos;
Dramaturgia da Bahia — textos dramáticos, com ênfase no
teatro baiano contemporâneo;
Institucional — divulga ações na área da cultura, abrangendo estu-
dos, pesquisas e eventos em todas as linguagens artístico-culturais;
Destaque Cultural — traz o registro da vida e obra de persona-
lidades que contribuíram para a vida cultural da Bahia.

Programa Editorial 1995-2004


Selo Editorial 105
Apoio 149
Prêmios Culturais 18
Memória 10
Institucional 48
Literatura de Cordel 5
Raridades 3
Selo Turismo 15
Cidades da Bahia 12
Dramaturgia da Bahia 7
Destaque Cultural 1
Total 373

60 | C U L T U R A
Além das coleções, a SCT também co-editou com a Editora Imago
14 títulos da Coleção Bahia Prosa e Poesia.
A agenda Bahia Cultural, uma revista que divulga eventos locais
e do interior do Estado, é editada mensalmente com tiragem de 18
mil exemplares/mês, distribuídos em instituições culturais e postos
de informações turísticas. A Revista da Bahia, semestral, traz em
cada número um único tema sob várias abordagens, e o Boletim
Literário Letra é trimestral, voltado para a comunidade interessada
em Literatura.

Letra Postal
Lançado em março de 2004, este selo edita cartões postais com
breves referências à vida e texto da obra de poetas e escritores
baianos falecidos, homenageados no mês do seu nascimento. Atra-
vés dos postais editados, Castro Alves, Godofredo Filho, Amélia
Rodrigues, José Calasans, Anísio Teixeira, Thales de Azevedo, Péthion
de Villar, Edith da Gama e Abreu e José Silveira tornaram-se tam-
bém mais conhecidos entre as novas gerações.

LITERATURA| 61
Bienal do Livro
da Bahia
Bienal do Livro da Bahia
Público
1999 142.340 Terceiro maior evento do gênero no país, depois das Bienais do
2000 187.540 Livro de São Paulo e do Rio de Janeiro, a Feira do Livro da Bahia,
2001 150.232
2003 214.907 iniciada em 1997, tornou-se bienal em 2001, atraindo expositores,
editoras e livrarias ao Centro de Convenções da Bahia, posicionando
Vale-Livro
a Bahia como mercado editorial em crescimento.
1999 R$ 86.800
2000 R$ 122.900 Trabalho integrado entre vários órgãos da SCT (Sudecult, Funceb
2001 R$ 78.000 e FPC), a Bienal realizou oficinas, encontros, lançamentos, tardes de
2003 R$ 125.000
autógrafos, obras narradas pelos autores e dramatizadas por atores,
palestras, debates e mesas-redondas.
Em iniciativa inovadora, com a participação da Secretaria da
Fazenda, foi lançado o Vale-Livro, para motivar nas crianças e ado-
lescentes o interesse pela leitura: trocando notas fiscais por bônus,
estudantes de colégios públicos compravam livros infanto-juvenis
e os selecionados para o vestibular.

Feiras e bienais
A SCT divulgou sua produção editorial em lançamentos locais;
em feiras do livro no interior (Alagoinhas, Ilhéus, Jequié, Juazeiro,
Lauro de Freitas e Paulo Afonso) onde, além das exposições, aconte-
ceram oficinas de criação literária e confecção de livros artesanais,
palestras e projeção de vídeos.
Nas Bienais do Livro da Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro,
apresentou programação cultural variada (oficinas, performance e
lançamentos). Nesta década, também participou, desde 1997, da
Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha), promovendo a literatura
e a cultura da Bahia, buscando parceiros nos mercados nacional e
internacional.
Em 2004, o Estado foi homenageado na 50ª Feira do Livro de
Porto Alegre, onde a SCT realizou lançamentos com a participação
dos autores, comercializou as obras que publica e promoveu apre-
sentações musicais, oficinas de tambores e de cordel, palestras,
mesa-redonda, exposições, exibições de documentários produzidos
pela TVE e Mostra do Cinema Baiano, além da apresentação dos
destinos turísticos.

Stand na 50ª Feira do Livro


de Porto Alegre, 2004

62 | C U L T U R A
Oficinas de literatura
Implementando a política de valorização do livro e da leitura, a
SCT também desenvolve oficinas, dirigidas a estudantes, professores
e bibliotecários, tendo como foco a literatura brasileira e baiana, em
seus vários gêneros. O objetivo é expandir as ações governamen-
tais, na área da literatura, para além dos espaços tradicionais e
formar agentes multiplicadores.

DiVerso e Prosa

Criado em 1995, realiza nas escolas encontros de literatura sobre


a vida e obra de autores brasileiros. Oficinas em diversas linguagens
(dança, artes plásticas, teatro, música) e seminários, direcionados a
educadores, que aprofundam os estudos literários através da expe-
riência de produção baseada na análise de textos de autores brasi-
leiros. O projeto é destinado a estudantes do ensino fundamental
e médio da rede pública, professores e especialistas de literatura e
de outras artes.
De 1995 a 2000 foram realizados 41 encontros com 3.200 parti-
cipantes, entre alunos e professores de Salvador e Cabaceiras do
Paraguaçu, Canavieiras, Ilhéus, Itabuna, Jacobina, Maragogipe e Santo
Amaro.
Ampliando as atividades do DiVerso e Prosa, foram criados os
Círculos de Leitura, onde escritores baianos conversaram sobre sua
vida e experiência literária e fizeram leitura de textos próprios,
com a participação dos alunos. O projeto realizou também os semi-
nários: “As obras de Jorge de Lima, Manuel Bandeira, Moacyr Scliar
e João Cabral de Melo Neto” (1997), com a participação de Jorge
de Souza Araújo e Maria Antonia Ramos Coutinho, dentre outros;
“A mulher e a literatura — Clarice Lispector, Adélia Prado e outras”
(1998), com a participação de Ivia Alves, Yudith Rosembaum e Mirela
Vieira Longo.

Oficinas da Palavra, do Projeto DiVerso e Prosa

L I T EC RU AL T U R A | 63
Contação de histórias na Bienal
do Livro de São Paulo de 1998

Mostra pedagógica do Projeto ContAção

ContAção

Desenvolvido de 1995 a 2000, o projeto focou o estudo da lite-


ratura infanto-juvenil, através da contação de histórias tradicionais
da literatura e de lendas, contos e cantigas de roda do repertório
das comunidades onde atuou. Direcionado a professores, bibliote-
cários e alunos do ensino médio. Por sua boa aceitação, tornou-se
o Núcleo de Estudos e Pesquisas da Literatura Infanto-Juvenil da
Funceb, que busca resgatar a oralidade, refletir sobre as questões
fundamentais da literatura infanto-juvenil a partir do aprofunda-
mento teórico, e discutir as técnicas e a prática das novas linguagens.
Além de escolas e bibliotecas, o projeto expandiu-se para outros
espaços, como shoppings e livrarias. No interior, ocupou os centros
de cultura do Estado, com apoio das prefeituras locais.
Em 1999 e 2000, o Núcleo de Estudos e Pesquisas da Literatura
Infanto-Juvenil realizou 26 oficinas com 1.445 alunos participantes.
No mesmo período, em parceria com a Secretaria Municipal da
Educação e Cultura de Salvador, capacitou como multiplicadores
110 professores do ensino fundamental e participou da concepção,
organização e elaboração de documentos e regulamentos. O resul-
tado desse trabalho veio a se constituir no Fórum de Parceiros,
formado por 50 instituições governamentais e não-governamentais.

64 | C U L T U R A
Criação Literária

Esta oficina foi criada em 1995, para incentivar a produção lite-


rária das localidades atendidas pelos centros de cultura do interior.
O projeto foi realizado em Alagoinhas, Ilhéus, Jequié, Juazeiro, Lauro
de Freitas e Paulo Afonso, contando com o apoio das prefeituras
municipais. Destinado a profissionais de Letras, Filosofia, História e
a professores e estudantes do ensino médio, incluiu leitura e análise
de textos, estudos da intertextualidade, comentários sobre aspectos
teóricos dos gêneros conto e poesia e sua aplicação prática.

Letras na Cidade

O projeto, desenvolvido entre 2001 e 2003, teve entre as suas


finalidades desenvolver a oralidade, incentivar a leitura, a criação
literária e outras manifestações artísticas, além de formar grupos de
contadores de histórias da rede municipal. Dirigido a crianças, ado-
lescentes e adultos, o projeto envolveu instituições governamentais
e não-governamentais, aberto à participação das comunidades de
bairros como Liberdade, Cidade Baixa e Nordeste de Amaralina,
onde atuou efetivamente. Realizado em parceria com a Secretaria
Municipal da Educação e Cultura, entre 2001 e 2003, promoveu 41
atividades entre oficinas e encontros, com mais de dois mil partici-
pantes de 12 comunidades/escolas.

Viva e Deixe Viver

Criado em 2002, para levar além das escolas o trabalho da


equipe de contadores de histórias da Funceb, este programa é dirigi-
do a crianças internadas em hospitais e casas de apoio, em parceria
com a Associação Viva e Deixe Viver-SP. Leva também a literatura,
associada a outras linguagens artísticas, contribuindo para a huma-
nização desses ambientes, dando às crianças melhores condições
de comunicação e integração com a sua realidade.
Como suporte, o grupo de 35 contadores de histórias, capaci-
tado continuamente, organizou um Centro de Pesquisas de Histórias
Infantis com acervo de histórias, banco de dados, centro de criação
de histórias, cenários, fantoches, dobraduras, livros de pano etc.
Desde a sua criação, o programa já atendeu mais de cinco mil crian-
ças, adolescentes e responsáveis nos Hospitais Roberto Santos, São
Rafael e Martagão Gesteira, Núcleo de Apoio e Combate ao Câncer

LITERATURA| 65
Infantil — NACCI, Grupo de Apoio à Criança com Câncer — GACC
e Creche Sóror Joana Angélica.

O Verso e Voz na Praça

As praças Cairu e da Sé, em Salvador, foram os palcos escolhi-


dos, em 2004, para O Verso e Voz na Praça, que reuniu 120 partici-
pantes em duas oficinas de xilogravura e de textos de literatura de
cordel, além de exposição de folhetos, desenhos e fotografias.

Literatura no Cinema
Programação em comemoração aos 100 Anos do Cinema Brasi-
leiro (1996), o projeto aconteceu na primeira segunda-feira de cada
mês. Abordou a transposição de uma obra literária para o cinema,
numa conversa entre profissionais da área cinematográfica e espe-
cialistas em literatura, enfocando questões essenciais relativas às
duas linguagens. Em seguida, exibia-se o filme adaptado e, logo após,
acontecia o debate entre a platéia e os convidados.

Biblioteca de Cordel
A Funceb conta com um acervo de obras literárias, disponíveis
para sua equipe técnica e o público em geral. Nesta biblioteca
destaca-se o Núcleo de Pesquisa e Cultura da Literatura de Cordel,
instituído em 1980, reunindo um acervo de folhetos de cordel de
565 autores, aproximadamente quatro mil títulos e dez mil exem-
plares. Estão catalogadas obras dos mais reconhecidos poetas
populares contemporâneos, tais como Rodolfo Coelho Cavalcante,
Minelvino Silva, Cuíca de Santo Amaro, Bule-Bule, Antônio Vieira e
outros. É uma das mais importantes coleções do Brasil.

Exposição no
Dia do Cordel

66 | C U L T U R A
Outras ações
Encontros e seminários
II Encontro de Literatura Infanto-Juvenil: “Mitos e lendas da modernidade”,
com Heloísa Prieto, Tereza Caribé, Maria Eugênia Millet e Flávio Carneiro
(1995)
III Encontro de Literatura Infanto-Juvenil: “Lobato e sua importância para
a literatura brasileira”, com Eliana Yunes, Lúcia Sandroni e Mary Arapiraca
(1997)
IV Encontro de Literatura Infanto-Juvenil: “Comemoração aos 300 anos
de Chapeuzinho Vermelho”, com Maria Antonia Ramos Coutinho, Sônia
Magalhães, Paulo Condini, Graça Câmara e equipe da DIREL (1997)
“Intertextualidade e perspectiva do conto” (1997)
V Encontro de Escritores Baianos sobre a Literatura Infanto-Juvenil, com
Glaúcia Lemos, Jafé Borges, Verbena Maria Cordeiro (1998)
VI Encontro Nacional de Literatura Infanto-Juvenil: “Raízes do conto infan-
til brasileiro”, com Jorge de Souza Araújo, Fernando Lebeis, Dolores Coni
Campos, Wakai (1998)
I Seminário de Literatura em Língua Portuguesa: “O romance”, com Moacyr
Scliar, Hélio Pólvora, Carlos Heitor Cony, Aleilton Fonseca, Jorge de Souza
Araújo, Moacyr Lopes, Eliana de Lima Reis, Euclydes Neto e Antonia Herrera
(1999)
Exposições
“Eternos contos maravilhosos dos Irmãos Grimm”; “E o livro não desa-
pareceu”; “Os caminhos de Chapeuzinho Vermelho”; “Raízes do conto
infantil brasileiro”; “Cantos e contos no mar da Bahia” (1996 a 2004)
Atividades artístico-culturais com duração de quinze dias no Shopping Barra
(1997)

LITERATURA| 67
Concursos e prêmios
68 | C U L T U R A
A SCT criou e promove diversos concursos e prêmios de literatura
e artes, estaduais e nacionais, incentivando a criação, a produção e
a difusão dos diversos segmentos artísticos. Através deles, escritores
e artistas tiveram seus trabalhos editados após avaliação de comissões
julgadoras especializadas.

Prêmio Nacional Jorge Amado


de Literatura & Arte
Este é um dos mais importantes prêmios nacionais instituídos no
país. No valor de R$ 100 mil, homenageia uma personalidade viva por
sua atuação no panorama cultural brasileiro. Instituições culturais
indicam os candidatos, que são selecionados por comissão consti-
tuída especialmente para este fim.

Ano Categoria Premiado


2004 Música erudita Edino Krieger
2003 Teatro Cleyde Yáconis
2002 Literatura Ariano Suassuna

Ariano Suassuna, Cleyde Yáconis, Edino Krieger,


Prêmio Jorge Amado 2002 Prêmio Jorge Amado 2003 Prêmio Jorge Amado 2004

CONCURSOS E PRÊMIOS| 69
Concurso de Obras Audiovisuais
Este concurso foi criado em 2000, como forma de reaquecer
a produção cinematográfica baiana, historicamente importante no
cinema brasileiro. Grande parte das produções vencedoras já teve
pré-estréia. “Cascalho”, vencedor da categoria longa-metragem
da segunda edição do concurso, foi apresentado na Sala Walter da
Silveira em novembro de 2004 e participou do Festival de Cinema
de Brasília do mesmo ano, concorrendo ao Prêmio Candango.

2004-2005
Prêmio Agnaldo Siri Azevedo — 53 inscritos — Investimento estadual: R$
1,53 milhão
Foram habilitados oito projetos de filmes de longa-metragem, dezessete
de curta-metragem e dezessete de vídeo-documentários, que estão em
processo de seleção.
2002-2003
Prêmio Fernando Coni Campos — 37 inscritos — Investimento estadual:
R$ 1,5 milhão
Longa-metragem “Cascalho”, de Tuna Espinheira
Curta-metragens “O corneteiro Lopes”, de Lázaro Farias, e “Amarílis”, de
Alba Liberato
Vídeo-documentários “Arte cidade Salvador”, de Danilo Barata; “Eu vi a
Coluna Prestes passar”, de Miguel Carneiro; “Novos baianos”, de Henrique
Mendes Dantas, e “Penitentes do Médio São Francisco”, de Joel Almeida
Vídeo-realizador iniciante: “Acorde”, de Adriana Oliveira; “O ponto”, de Maria
Carolina G. da Silva, e “Sub-urbano”, de Felipe Kowalczuk
2001-2002
Prêmio Carlos Vasconcelos Domingues da Silva — 52 inscritos — Investi-
mento estadual: R$ 1,3 milhão — Onze trabalhos tiveram pré-estréia na
Sala Walter da Silveira
Longa-metragem “Eu me lembro”, de Edgard Navarro
Curta-metragens “Catálogo de meninas”, de Caó Cruz Alves, e “Lua vio-
lada”, de José Umberto Dias
Vídeo-documentários “A gruta do réptil com cabeça de gente e os fanáticos
crentes cortadores de cabeça”, de Hugo Melo Passos; “A porta da rua”,
de Danilo Marques Scaldaferri; “Calumbis, pífanos e zabumbas”, de Joel
de Almeida, e “Propagando nessa cidade”, de Andréa Fernandes Pereira
Vídeo-realizador iniciante: “Além do Carmo”, de Alexandra Magalhães;
“Blanquita, que tienes hecho de tu vida?”, de Taise Ribeiro; “Cuitá, a queda
do Bendengó”, de Marcelo Amado Rodrigues, e “Meu último suspiro”, de
Cassiano Ribeiro Santos
,

70 | C U L T U R A
Prêmio Pierre Verger de Fotografia
O prêmio bienal prestou homenagem aos cem anos de nasci-
mento de Pierre Verger, etnólogo e fotógrafo francês, que escolheu
a Bahia para viver. O vencedor da primeira edição, em 2003, foi
Márcio Lima, pernambucano radicado na Bahia, com o tema “Gente
e costumes da Bahia”, apresentado em exposição na Galeria Pierre
Verger (novembro 2004). Prêmio de R$ 25 mil, exposição e catálogo.

Prêmio Nacional de Literatura


Selo da Bahia
De âmbito nacional, para o estímulo da criação literária entre os
autores brasileiros, este prêmio contemplou, a cada ano, um gênero
literário, com a publicação das obras premiadas, em co-edição com
editoras de distribuição nacional.

2004 – Categoria: Dramaturgia


• “Acrelírico”, de Raimundo Matos de Leão (BA)
• “As coisas belas do lixo”, de Ed Anderson Mascarenhas Silva (BA)
• “Ninho de sogra”, de Rosângela Barbosa Travancas (RJ)
• “O pacote”, de João Luiz Peçanha Couto (SP)
1999 – Categoria: Romance
• “Cangalha”, de José Humberto da Silva Henriques (MG)
• “Cenas de amor perdido”, de Antonio José de Moura (GO)
• “Haverá um certo rumor de asas”, de Walter Moreira Santos (PE)
1998 – Categoria: Poesia
• “O azul se rasga: rubro”, de Alcides Braz dos Santos (AL)
• “Poemas da exata lucidez”, de Amaury Ribeiro de Santana (BA)
• “Samplers”, de Fabrício Marques (MG)
1997 – Categoria: Ensaio
• “Pós-colonialismo, identidade e mestiçagem cultural — A literatura de
Wole Soyinka”, de Eliana de Lima Reis (MG)
• “Terra dos sonhos”, de Francisco Antônio de M. Dórea (RJ), não editado
1996 – Categoria: Contos
• “Jaú dos Bois”, de Aleilton Fonseca (BA)
• “Os saltitantes seres da Lua”, de Nelson de Oliveira (SP)
• “Síndromes & síndromes”, de Cunha de Leiradella (MG)
1995 – Categoria: Infanto-juvenil
• “Beatriz”, de Ferruccio Verdolin Filho (MG)
• “Casa, família & cia.”, de Maria Heloísa Martins Dias (SP)
• “Encontros”, de Luís Giffoni (MG)
• “O mistério dos assaltantes mascarados”, de Lourenço Cazarré (DF)

CONCURSOS E PRÊMIOS| 71
Concursos
Premiados — Dança
Concursos de patrocínio de
1995 5 espetáculos de dança e teatro
1996 6
1997 8
1998 5 Estes concursos de patrocínio são anuais, para estimular a produ-
1999 10
2000 2
ção e viabilizar montagens selecionadas por comissão especializada.
2001 2 Em 2003, os espetáculos premiados foram apresentados no Espaço
2002 2
2003 2
Xisto Bahia, na programação Bahia em Cena; em 2004, nos teatros
2004 3 Moliére, Gregório de Matos e Salesiano, em Salvador.
Premiados — Teatro
Os concursos de patrocínio de espetáculos de dança e teatro
foram ampliados, em 2004, para o interior e premiaram projetos de
1996 9
1997 9 Juazeiro, Saúde, Ilhéus e Itabuna, montados e apresentados no Tea-
1998 2 tro Pedro Mattos, em Ilhéus, centros de cultura de Itabuna e Juazeiro
1999 18
2000 3 e Clube Social de Cultura e Diversões, de Saúde.
2001 3
2002 3
2003 3
2004 5
Festival Nacional de Vídeo
Festival de Vídeo — Imagem em 5 Minutos
Inscritos
1995 1
1996 9
O prêmio foi lançado em 1994, reunindo apenas videastas
1997 12 baianos nas duas primeiras edições. A partir de 1996 foi ampliado
1998 12
1999 15
para todo o Brasil, fomentando a produção e difusão do vídeo e
2000 20 firmando-se como um dos principais concursos do gênero no país.
2003 22
2004 19
Encontra-se na nona edição e é realizado em duas etapas — mostra
de seleção e competitiva. Além da exibição dos vídeos são realiza-
Estados participantes
dos encontros e oficinas. A última edição teve mais de 300 inscritos,
1995 50
originários de vinte estados brasileiros. O valor total dos seis prêmios
1996 48
1997 95 foi de R$ 25 mil.
1998 100
1999 275
2000 278
2003
2004
311
328
Jovens Solistas da Orquestra
Sinfônica da Bahia
A OSBA realizou, de 2002 a 2004, concursos anuais nacionais,
como forma de incentivar e possibilitar experiência a novos instru-
mentistas. Seleciona seis jovens músicos, que realizam uma apre-
sentação com a Orquestra durante a temporada anual. Diante do
alto nível dos concorrentes, o júri resolveu ampliar as premiações
com a Menção Honrosa Salomão Rabinovitz e o Prêmio Revelação,
cujos ganhadores também se apresentam com a OSBA.

72 | C U L T U R A
Vencedores do Concurso Nacional para Jovens Solistas da OSBA
2004
Beatriz Alessio de Aguiar (SP) Piano
Hermógenes Pedro Lima Araújo (BA) Percussão
Márcio André Cândido (RJ) Violino
Oliver Yoshio Umeda Yatsugafu (PR) Violino
Vinícius Ferreira Amaral (RJ) Violino
Menção Honrosa Salomão Rabinovitz:
Eduardo Francisco Souza dos Santos (BA) Flauta
Marcelo Trevisan Gonçalves (BA) Clarineta
Patrícia Aparecida da Silva (MG) Contrabaixo
Priscila Plata Rato (RJ) Violino
Prêmio Revelação:
Fábio Lins Rabello (BA) Piano
2003
Edson Scheid de Andrade (MG) Violino
Flávia de Castro Machado Freire (PB) Violino
Júria Akatsu (BA) Piano
Maíra Freitas Ferreira (RJ) Piano
Sylvia Thereza Pinto Silveira (RJ) Piano
Renato Aranha Campos (BA) Piano
Menção Honrosa Salomão Rabinovitz:
Eduardo Moreira (RS) Piano
Francisco Fernando Fernandes Dellandréa (RS) Piano
Gabriela de Oliveira Queiroz (PB) Violino
Jason Bittencourt das Virgens (BA) Violão
João Paulo Figuerôa (BA) Violão
Josely de Souza Saldanha (BA) Trompa
Priscila Vargas Pellanda (PR) Violino
Prêmio Revelação:
Wang Li Jie (SP) Piano
2002
Camila Pacífico Homem (MG) Violoncelo
Gelsa Cerqueira Felipe (RJ) Flauta
Luis Fabiano D’Avila Rabello (RJ) Piano
Martha Pacífico Homem (MG) Violino
Mateus de Castro Machado Freire (PB) Violino
Taís de Moura Gomes (DF) Contrabaixo
Menção Honrosa Salomão Rabinovitz:
Alexandre Braga Rezende (MG) Flauta
Flávia de Castro Machado Freire (PB) Violino
João Sebastião Lessa Catalão (DF) Marimba

CONCURSOS E PRÊMIOS| 73
Prêmio Literatura de Cordel
Criado em 2004, privilegia o gênero tão popular entre os nor-
destinos. Entre 24 inscritos, premiou três autores com a edição de
trabalhos inéditos e R$ 3 mil: Osmar Simões Machado Júnior (Euná-
polis) com “A fabulosa história do reino sem razão; As histórias e
lendas de Oxalá, o maior orixá da Bahia; e Seu Jiló e as histórias per-
didas no tempo”; Varneci Santos do Nascimento (Guarambira, PB)
com “O amor vence o racismo” e Aécio Alves de Freitas (Salvador)
com “A Capital da Bahia afinal sem fantasia”.

Prêmio Rui Barbosa


Prêmio nacional para a categoria ensaio, lançado em 2000, em
comemoração ao sesquicentenário de nascimento do jurista baiano.
Foram premiados com a publicação de suas obras: Artur Adolfo Cotias
da Silva, do Distrito Federal, com O parlamentar Rui Barbosa;
atualidade de sua palavra, e Marisa Idalência de Souza, do Rio de
Janeiro, com Viagem ao mundo da ética no Direito: um tributo
a Rui Barbosa.

Discos Independentes da MPB


— 1997
Promoveu a produção dos CDs dos premiados Mabel Danne-
mann, Claudia Dulthe, Mario Ulloa e Marcio Valverde.

74 | C U L T U R A
Roteiro para Patrocínio de Cinema
— 1996
Os roteiros premiados — “Diário de um convento”, de Edyala
Iglesias; “O pai do rock”, de José Araripe Jr., e “Agora é cinzas”, de
Sérgio Machado — deram origem ao longa-metragem “Três histó-
rias da Bahia”, lançado nacionalmente em 2001.

CONCURSOS E PRÊMIOS| 75
H ELIAS MASCARENHAS

Apoios
76 | C U L T U R A
O apoio do Governo da Bahia, através da SCT, nesta década, pos-
sibilitou a montagem, circulação e difusão da produção de vários
artistas e grupos culturais baianos, no Brasil e no exterior. Também
possibilitou ao público baiano o acesso à arte e cultura produzidas
por outros estados e países. Entre os projetos apoiados mais cons-
tantemente pela SCT, destacam-se:

• II a XI PERCPAN — Panorama Percussivo Mundial


• Encontro Internacional de Artes Cênicas — Avatar-Articen
• Fest in Bahia
• Garage Rock Festival
• Jornada Internacional de Cinema da Bahia
• I a III Ateliê de Coreógrafos Brasileiros
• Mercado Cultural Latino-Americano — Via Magia
• Troféu Caymmi
• Turnê da Cia. Dance Brazil EUA — Art Connection
• Festa de N.S. da Boa Morte, em Cachoeira
• União de Ternos e Ranchos de Reis
• Desmistificando o 13 de Maio — Grêmio Olorum Baba-Mi
• I e II Teatro Emoção ao Vivo
• Festival CRIA (Centro de Referência Integral de Adolescentes da Bahia)
— MIAC
• Projeto Educarte
• Projeto Improvilação — Teatro Vila Velha
• Encontro Regional de História Oral do Nordeste
• Panorama Internacional Coisa de Cinema
• Projeto Pixinguinha
• Via Bahia Festival
• Dia do Samba
JOTAFREITAS
H

Natal no Pelô

APOIOS| 77
H JOTAFREITAS

Dia das Baianas

78 | C U L T U R A
Óperas
Importante gênero musical, Salvador foi contemplada com mon-
tagens anuais de espetáculos de ópera, graças ao apoio da SCT,
ampliando a oferta ao público local e ajudando a popularizar o
gênero.

2004
• O morcego, de Johann Strauss — FACS, com participação da OSBA
2003
• A flauta mágica, de Mozart — FACS, com participação da OSBA
2002
• Parsifal, de Richard Wagner — FACS, com participação da OSBA
2001
• O franco atirador, de Weber — FACS, com participação da OSBA
2000
• Rey Brasil — UFBA
• O rapto do serralho, de Mozart — FACS, com regência de Ulrich Vogel,
Coro de Câmara Barroco na Bahia e OSBA
• Cavalleria rusticana, de Pietro Mascagni — Associação Lírica da Bahia,
com regência de Pino Onnis, Coro da ALBA e OSBA
1999
• Il trovatore, de Giuseppe Verdi — Associação Lírica da Bahia e OSBA
• Hänsel und Gretel, de Engelbert Humperdinck — FACS e OSBA
1998
• A flauta mágica, de Wolfgang Amadeus Mozart — FACS
• Aída, de Giuseppe Verdi — Associação Lírica da Bahia e OSBA
1997
• Madame Butterfly, de Giacomo Puccini — FACS e OSBA
• Fidélio, de Ludwig van Beethoven — Associação Lírica da Bahia e OSBA
1995
• Lydia de Oxum — ópera negra de Lindembergue Cardoso e Ildásio Tavares,
com regência de Júlio Medaglia e direção de Paulo Dourado. Elenco de
80 atores, bailarinos e cantores, participação da OSBA, Lazzo, Bule-Bule.
Apresentações no TCA, Parque Metropolitano do Abaeté, Teatro Munici-
pal de São Paulo e Teatro Nacional de Brasília
• Zumbi está vivo e continua lutando — de Ana Maria Franco, com direção
de Márcio Meireles, direção musical de Cícero Antonio, coreografia de
Zebrinha, cenários de Bel Borba. Elenco de 200 participantes e o Bando
de Teatro Olodum. Homenagem aos 300 anos da morte do líder dos
Palmares
,

APOIOS| 79
H ADENOR GONDIM

Espaços culturais
80 | C U L T U R A
H ADENOR GONDIM (5)

Teatro Castro Alves


O Teatro Castro Alves — TCA e seus três espaços cênicos — Sala
Principal, Sala do Coro e Concha Acústica — tem sua pauta sempre
ocupada por produções locais, nacionais e internacionais indepen-
dentes e também pela programação própria com apresentações do
Balé do Teatro Castro Alves — BTCA, da Orquestra Sinfônica da Bahia
— OSBA, de montagem teatral anual, da Série TCA, exposições no
foyer, workshops e cursos.
Além das áreas cênicas, a estrutura do TCA inclui ainda Centro
Técnico, que apóia as produções do próprio teatro e as de fora, para
confecção de figurinos, máscaras, adereços, objetos cênicos e cená-
rios; Núcleo de Extensão, que desenvolve programa de formação Sala Principal
de platéia, com distribuição de convites nas redes pública e privada
de ensino e em instituições culturais para apresentações do BTCA e
da OSBA, além da organização de visitas guiadas; Setor de Documen-
tação e Pesquisa, com acervo histórico-documental do TCA desde a
construção em 1957; Setor de Multimeios, que dá suporte às ativi-
dades de criação e apresentação de projetos gráficos, e Centro de
Treinamento do Ator, que promove cursos, seminários e oficinas.

Entrada da Sala do Coro

Painel “História da Bahia”, de Carybé, no foyer

Escada para o jardim suspenso Visitação pública

ESPAÇOS CULTURAIS| 81
Teatro Castro Alves
Sala Principal Sala do Coro Concha Acústica
Eventos
1995 164 1995 74 1995 36
1996 135 1996 189 1996 18
1997 162 1997 156 1997 18
1998 132 1998 166 1998 Em reforma
1999 109 1999 172 1999 62
2000 109 2000 150 2000 63
2001 99 2001 148 2001 48
2002 127 2002 138 2002 52
2003 73 2003 47 2003 27
2004 96 2004 45 2004 37

Público
1995 153.915 1995 5.157 1995 31.624
1996 192.387 1996 18.073 1996 56.455
1997 205.187 1997 16.580 1997 23.878
1998 127.631 1998 17.938 1998 Em reforma
1999 121.641 1999 21.988 1999 291.143
2000 125.159 2000 24.147 2000 256.684
2001 117.394 2001 21.615 2001 207.520
2002 144.528 2002 17.872 2002 163.195
2003 137.717 2003 23.873 2003 147.929
2004 140.278 2004 22.441 2004 168.484

Série TCA

Esta programação inseriu Salvador no roteiro das grandes turnês


nacionais e internacionais de espetáculos de música e dança, tra-
zendo o melhor em orquestras, maestros, solistas, coros e grupos
de dança, apresentados na Sala Principal do Teatro Castro Alves.
Os assinantes da Série têm direito a cadeira escolhida e entrega de
ingressos em domicílio. Foram 80 atrações ao longo de nove anos,
com média anual de 340 assinantes e público total de 91.440.
H ADENOR GONDIM (3)
Ballet Bolshoi, “Spartacus” Orquestra Filarmônica Festival Internacional de Flautistas
da Rádio de Hannover

82 | SC UC TL T1U9 R9 A5 - 2 0 0 4
H ISABEL GOUVÊA
Espetáculos apresentados Público
1996 7.975
• Orquestra de Câmara de Manheim
• Orquestra de Câmara de Viena
• Filarmônica Hungárica
• Solistas da Ópera do Bolshoi
• Orquestra Sinfônica Tchaikovsky da Rádio Moscou
• Meninos Cantores de Viena Big Band do Conservatório
• Yuri Bashmet e Solistas de Moscou de Freiburg
• Cristina Ortiz (piano) e OSBA

H ISABEL GOUVÊA
1997 7.762
• Orquestra de Câmara da Filarmônica Tcheca
• Orquestra de Câmara de Genebra
• Orquestra da Rádio de Munique
• Orquestra Sinfônica de Varsóvia
• Tereza Berganza (mezzo-soprano) e OSBA
• Nelson Freire e Orquestra Filarmônica de Estrasburgo
• Orquestra de Câmara de Salzburg Mozart Virtuosen
Ballet Kirov, “O corsário”
• Duo Vadim Roudenko e Nicolai Lugansky (piano)

H ISABEL GOUVÊA
• Orquestra Filarmônica Nacional da Hungria
1998 8.776
• Orquestra Filarmônica de São Petersburgo
• Orquestra Sinfônica de Montreal
• Orquestra Sinfônica de Heidelberg
• Rodolfo Mederos e Camerata de Bariloche
• Quarteto Mandel
• Milla Edelman (cantora lírica) e OSBA Béjart Ballet Lausane,
• The Ancient Academy of Music “A rota da seda”
• Orquestra Nacional da Espanha
ADENOR GONDIM

1999 15.134
• Orquestra Radio-Philharmonie de Hannover
H

• Ballet Bolshoi e OSBA


• Strauss Festival Orchester de Viena
• Nederlands Dans Theather
• Orquestra Filarmônica de Colônia
• Orquestra Filarmônica e Coro da Ópera de Kiev
• Orquestra de Câmara de Moscou Ballet Flamenco Eva Yerbabuena,
“5 mujeres 5”
• Montserrat Caballé (cantora lírica) e OSBA
ADENOR GONDIM

2000 10.288
• Pieter Wispelwey (violoncelo) e OSBA
• New Orleans Jazz Orchestra — dirigida por Ellis Marsalis
H

• Concerto Italiano Orquestra de Câmara


• Balé Gulbenkian (Portugal)
• Camerata Bach da Gewandhaus de Leipzig
• Radio Symphonie Orchester de Viena
• Bach Akademie de Stuttgart Orquestra Filarmônica
• Béjart Ballet de Lausanne de Colônia

ESPAÇOS CULTURAIS| 83
H ISABEL GOUVÊA
2001 8.645
• Balé do Teatro Castro Alves com a coreografia “O arquivo e a missão”,
de Cláudio Bernardo
• Coro da Capela Real e Concerto de Copenhague
• Ballet Flamenco Antonio Canales
• Andrey Tchekmazov (violoncelo) e OSBA
• Ballet Kirov e OSBA
• Paul Badura-Skoda (piano) e OSBA
• Orquestra Sinfônica da Rádio de Berlim
• Nelson Freire — recital de piano
2002 10.387
• Momix Dance-Theater de Nova York
• Eva Yerbabuena — “5 Mujeres 5” — dança flamenca
• Nicolai Lugansky (piano) e OSBA
• The Academy of St. Martin-in-the-Fields Chamber Ensemble
• Ricardo Castro (piano) e OSBA
• Cia. de Dança Montalvo-Hervieu
• OSBA com o maestro Isaac Karabtchevsky
• Galina Gorschakova (soprano) e o pianista Ian Burnside
• Cristina Ortiz (piano) e OSBA
• Orquestra de Câmara de Hannover
• Orquestra Ensemble Orchestral do Brasil, regência de Cláudio Cruz
2003 8.283
• Pamela Coburn e OSBA, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky
• Maria João Pires e Ricardo Castro – duo de piano
• Dang Thai Son – pianista
• Ballet Nacional da Espanha
• Cia. de Dança Maguy Marin
• Big Band do Conservatório de Freiburg
• Orquestra de Câmara de Sttutgart
• Antonio Meneses e Menahem Pressler – duo de violoncelo e piano
2004 14.270
• Cia. de Dança Nacional com a bailarina Ana Botafogo e a pianista Lillian
Barreto
• Festival Lucerne Strings, regência de Achim Fleder
• OSBA sob a regência do maestro Ira Levin
• Manuel Sirera (tenor) e OSBA
• Orquestra Jovem da União Européia
• Mummenschanz
• Nelson Freire, pianista
• Quarteto Terem Balalaikas
• Yale Alumni Chorus e OSBA
• Festival Internacional de Flautistas
• Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro
John Neschling
• A Dança da China, com o Balé Folclórico de Sichuan e a Cia. de Dança
BTCA, “O arquivo e a missão” Moderna de Pequim

84 | C U L T U R A
“Volpone” “O sonho” “Roberto Zucco” “Medéia”

H ISABEL GOUVÊA H ISABEL GOUVÊA H ADENOR GONDIM H ISABEL GOUVÊA

Montagens teatrais

O Núcleo de Teatro do TCA realizou produções anuais, apre-


sentadas na Sala do Coro, ampliando o mercado de trabalho dos
profissionais e técnicos da área artística, escolhidos em audição
pública. As montagens também representam oportunidade de aper-
feiçoamento e qualificação dos artistas locais, que têm a chance de
trabalhar com diretores reconhecidos nacional e internacionalmente.
De 1995 a 2004 foram dez produções, com público de 36.050
espectadores. Pelo sucesso alcançado, alguns espetáculos montados
pelo TCA, como “Medéia” e “A comédia do fim” continuaram suas
carreiras em outros teatros de Salvador.
H ISABEL GOUVÊA
Ano Espetáculo Público
1995 “Otelo”, de William Shakespeare 2.197
direção de Carmen Paternostro
1996 “O sonho”, de August Strindberg 8.228
direção de Gabriel Villela
1997 “Medéia”, de Eurípedes 4.800
direção de Hans-Ülrich Becker
1998 “Roberto Zucco”, de Bernard-Marie Koltés 1.855
direção de Nehle Franke
1999 “Lábaro estrelado”, de Cleise Mendes 3.286 “Otelo”
direção de José Possi Neto
ADENOR GONDIM

2000 “Volpone”, de Ben Johnson 5.808


direção de Fernando Guerreiro
2001 “A vida de Galileu”, de Bertold Brecht 2.238
H

direção de Elisa Mendes


2002 “Os Iks”, de Colin Higgins e Denis Cannan 1.642
direção de Francisco Medeiros
2003 “A comédia do fim”, de Samuel Beckett 3.891
direção de Luiz Marfuz
2004 “Baile de máscaras”, de Harald Weiss 2.105
direção de Harald Weiss “Comédia do fim”

ESPAÇOS CULTURAIS| 85
H ISABEL GOUVÊA
Acústico TCA e Vozes da MPB

Os dois projetos, realizados em 2003 e 2004, levaram ao palco


principal do TCA shows de voz e instrumento, com público de 13.929
espectadores. Incluíram nomes importantes como Leila Pinheiro
e João Bosco, Luiz Melodia, Belchior, Geraldo Azevedo, Nana
Caymmi e Wagner Tiso, Gal Costa e Emílio Santiago, João Donato,
Toquinho e MPB4, Ney Matogrosso e Gal Costa.

Panorama Teatral

De 2002 a 2004, o Panorama trouxe para o TCA produções


importantes de outros estados atraindo um público de mais de 28
“Os Lusíadas”
mil espectadores. Vieram os seguintes espetáculos: “Um porto para
ADENOR GONDIM

Elizabeth Bishop”, “Os Lusíadas”, “Sonhos de uma noite de verão”,


“Almoço na casa do Sr. Ludwig”, “A dança das galinhas”, “Memorial
do convento”, “Estrela Dalva” (musical), “Mulheres de Holanda”, “A
H

prova”, “Brasis”, “Zastrozzi”, “Evangelho segundo Jesus Cristo”, “O


zelador”, “O tartufo”, “A poltrona escura”, “Alta noite”, “Coiteiros
de paixões” e “O amante”.

H ISABEL GOUVÊA
“Um porto para
Elizazbeth Bishop”
H SILVIO POZATTO

“Memorial do convento” “Estrela Dalva”

86 | C U L T U R A
Ciclo de Leituras Dramáticas

Este evento criou espaço para reflexão sobre o processo da pro-


dução teatral, através de novos textos e estéticas, com a participação
de diretores, atores e profissionais especializados. Foram apresentados
os textos: “Demais, de menos: disforme — uma ceia européia”, de
Werner Schwab (Áustria), com direção de Nehle Frank; “Os alpinis-
tas”, de Oswaldo Dragun (Argentina), direção de Celso Júnior; “O
Terceiro Setor”, de Dea Loher (Alemanha), direção de Ewald Hackler
e “Cordel do amor sem sim”, de Claudia Barral (Bahia), direção de
Francisco Medeiros, em 2003, na Sala do Coro do TCA. O Ciclo
reuniu público de 1.838 interessados.

Sua Nota é um Show

De 1999 a 2004 a campanha Sua Nota é um Show — Programa


de Educação Tributária, promoção conjunta da Secretaria da Fazenda
— Sefaz e da SCT, realizou 178 apresentações na Concha Acústica
do TCA, com público total superior a 900 mil pessoas. Trocando
notas fiscais por ingressos, o evento democratiza o acesso do públi-
co a uma programação musical variada, de alto nível e inovadora ao
misturar blocos afros, ópera, grupos de forró, rock, pop, reggae,
rap, além da música popular baiana e brasileira. Sua Nota é um Show
também valoriza e divulga os artistas locais, que sempre abrem o
espetáculo das atrações nacionais. A programação é transmitida
ao vivo pela TVE.

Alcione Zé Ramalho Lazzo


ADENOR GONDIM

H ISABEL GOUVÊA

ADENOR GONDIM
H

ESPAÇOS CULTURAIS| 87
H ISABEL GOUVÊA
Sua Nota é um Show — 1999 a 2004
Ivete Sangalo Margareth Menezes e Zélia Duncan
Márcio Mello e Paralamas do Edil Pacheco, Nelson Rufino,
Sucesso Paulinho da Viola e Alcione
Lazzo e Cidade Negra Roberto Mendes e João Bosco
Jussara Silveira e Nana Caymmi Márcia Short e Ed Motta
Luzia Santana e Emílio Santiago Val Macambira e Emílio Santiago
Carlinhos Cor das Águas e Leila Wilson Café, Lenine e Marcelo
Pinheiro Bueno
Clécia Queiroz e Leila Pinheiro Confraria da Bazófia e Lenine
Saul Barbosa e Elba Ramalho Novos Baianos
Cláudia Moura e Chico César Paulo Levita, Palmyra e Beto Guedes
OSUFBA e Os Panteras Noeme Bastos e Jorge Benjor
Luiz Caldas e Harmonia do Samba Péri e Ana Carolina
Armandinho, Trio Elétrico Dodô e Armandinho, Banda Bróder e
Osmar e convidados Bagunçaço — Sucatamania
Dendê Diet e Família Lima Jamil e Cidade Negra
Frank Aguiar e Guiga Reis Daniella Firpo e Lulu Santos
Beto Jamaica e Dudu Nobre Adelmo Casé e Sandra de Sá
Paulinho Boca de Cantor, Novos Simone Sampaio e Gabriel
Baianos, SNZ e Davi Moraes O Pensador
Danny Nascimento e Guilherme Luiz Caldas, Armandinho e Banda
Arantes Zabelê
Wilson Aragão e Zé Ramalho Os Mustangs e Erasmo Carlos
Virado no Mói de Coentro, Cabelo Banda Azôgue, Thati e Geraldo
de Fogo e Adelmário Coelho Azevedo
Dado Brazzavilly, Lampirônicos e Aloísio Menezes e Adriana
Claudio Zoli Calcanhoto
Gerônimo e Luiz Melodia Raimundo Sodré e Zé Ramalho
OSBA e Wagner Tiso Abbey Road e Flávio Venturini
Walter Queiroz e Alceu Valença OSBA e Dominguinhos
Ton Ton Flores e Agnaldo Timóteo Dino Brasil e Sandra de Sá
Lucas Santana, Banda KMX e Zeca Silvia Torres, Lui Muritiba e Ivan
Baleiro Lins
Xangai e Geraldo Azevedo Jota Veloso e Kid Abelha
OSBA e Léo Gandelman Dina Tavares e Pato Fu
Vânia Abreu e Daniela Mercury Baby Léguas e Chiquititas Cover
Malê Debalê, Lazzo e Margareth Jatobá, Belchior e Guilherme
Menezes Arantes
Olodum e Felipe Mukenga Sarajane e Banda Cheiro de Amor
Targino Gondim e Elba Ramalho Bruno Nunes e Rita Lee
Marilda Santana e Gal Costa Clara Ghimel e Marina Lima
Margareth Menezes Cândida Fróes e RPM Edil Pacheco e Jorge Aragão

88 | C U L T U R A
H ADENOR GONDIM

Sua Nota é um Show — 1999 a 2004 (continuação)


Tributo à Jovem Guarda — Elis, Walmir Lima, Neto Bala, Arlindo
O Terrível, Wanderley Cardoso Cruz, Almir Guineto e Grupo
e Jerry Adriani Molejo
Banda Lua Cheia, Zelito Miranda Margareth Menezes, Cidade Negra
e Adelmário Coelho e Carlinhos Brown
Palmyra e Levita, Ithamara Koorax, Sissinho de Assis, Elba Ramalho,
João Donato e Emílio Santiago Márcio Mello e Trio Virgulino
Olodum, Ókánbí e Filhos de Muzenza, Elba Ramalho e Edson
Gandhy Gomes
Vânia Abreu e Ivan Lins Banda Scambo e Pato Fu
É o Tchan Filhos de Gandhy
90 Anos de Dorival Caymmi com Vozes que Cantam o São Francisco
Nana, Dori e Danilo Caymmi e — Roze, Carlos Pitta, Sá, Rodrix &
Noeme Bastos Guarabira, Geraldo Azevedo
Apaches do Tororó e Márcia Short Ilê Ayê e Caetano Veloso
Moraes Moreira e Armandinho Mônica Sangalo e Ney Matogrosso
The Dead Billies e Maurício Manieri Mil Milhas e Paulo Ricardo
Ópera Rey Brasil – 500 Anos Virgílio e Alcimar Monteiro
Rebeca Matta e Engenheiros do Duda Valverde e Gabriel
Hawai O Pensador
Mel com Terra e Zelito Miranda Mastruz com Leite e Timbaúba
Carlos Pitta e Dominguinhos Álvaro Assmar e Barão Vermelho
Adão Negro e Cássia Eller Diamba e Los Hermanos
Sylvia Patrícia e Roupa Nova Alexandre Leão e Zizi Possi
Funk Machine e Titãs Salsalitro e Guilherme Arantes
Nana Meirelles e Edson Cordeiro Lampirônicos e O Rappa
Mosiah Roots e Natiruts Rosa Passos e Toquinho
Banda Didá e Gilberto Gil Péri e Lenine
Roberto Mendes, Geraldo Azevedo, Noite Gospel com Jandir Lopes,
Lenine, D. Edith do Prato, Banda Walter Jr., Mara Maravilha, Eliana
Barravento e Banda Brás Cubas Sanches e pastor Ivan Dias
Fé Jão Fradinho, Cavalo Fantástico Ricardo Chaves, Elba Ramalho,
e Mastruz com Leite Targino Gondim e Márcia Short
Nara Costa e Agnaldo Timóteo Araketu e Ricardo Chaves
Gau Simões, Dera Barbosa e Joanna Banda Babado Novo
Marcelo Quintanilha e Nando Reis Mariene de Castro e Fagner
Márcia Short, Mônica Trócoli e Elba Nairzinha, Kisukila e Claudinho &
Ramalho Buchecha
Riachão e Beth Carvalho Moreno Veloso e Simone
Malê Debalê, Ilê Ayê e Netinho Orquestra Popular da Bahia,
de Paula Filhos de Gandhy e Araketu
Muzenza, The Starlights e Primitive Edu Casanova e Claudinho &
(Jamaica) Buchecha Geraldo Azevedo

ESPAÇOS CULTURAIS| 89
H ISABEL GOUVÊA
Sua Nota é um Show — 1999 a 2004 (continuação)
Noite de Santo Amaro – Caetano Do Lundu ao Axé – 100 anos de
Veloso, J. Veloso, Mariene de Música Baiana com Edil Pacheco,
Castro, Flávio Venturini, Carla Visi, Paulinho Boca de Cantor e
Jorge Portugal, Raimundo Sodré, convidados
Peninha, Margareth Menezes,
Jussara Silveira (2001 a 2004)
Nelson Rufino e Martinho da Vila Otávio Ferraz e Fábio Jr.
Tate Lima e Fafá de Belém Superfly e Ira
Noite de São João com Gereba, Banda de Boca, Comunidade
Dominguinhos, Oswaldinho do Evangélica de Salvador e Robinson
Acordeão e Sivuca Monteiro
Rala Fivela e Magníficos Caetano Veloso
Mambolada e Netinho de Paula Wil Carvalho e Roberta Miranda
Simone Sampaio e Fernanda Abreu Banda Eva e Banda Styllus
Bom Balanço e Ricardo Chaves Nengo Vieira e Tribo de Jah
Bruno Nunes e Rita Lee Marinês e Genival Lacerda
Jeremias, Emanuele Araújo e Chico Gerônimo e Cordel do Fogo
Cezar Encantado
Elpídio Bastos e Jorge Benjor Mariella Santiago e Maria Bethânia
Daniela Mercury, Rosário Flores Roda de Samba com Edil Pacheco,
(Espanha), Dulce Pontes (Portugal), Nelson Rufino, Elza Soares e Dona
Lorenzo Jovanotti (Itália), Olodum, Ivone Lara, Salada Mista e Terra
Ilê Ayê e Carlinhos Brown Brazilis
Dino Brasil, Nana Caymmi e OSBA Carla Cristina e Flávio Venturini
Carla Visi e Belchior Muzenza e Alcione
O Vôo da Asa Branca, Elba S.A.N. e M.V. Bill
Ramalho, Forróçacana e
Margareth Menezes

H ISABEL GOUVÊA

Luiz Melodia “Sua Nota é um Show” na Concha Acústica

90 | C U L T U R A
Corpos estáveis Orquestra Sinfônica
da Bahia
Concertos
• ORQUESTRA SINFÔNICA DA BAHIA
1995 31
Criada em 1982, a OSBA é reconhecida pela qualidade do seu 1996 55
1997 71
trabalho; já foi regida por grandes maestros e acompanhou solistas
1998 89
importantes da música brasileira e internacional. Para difundir e popu- 1999 42
larizar a música sinfônica realiza, regularmente, concertos em grandes 2000 36
2001 39
espaços públicos com temática e repertório que valorizam a cultura 2002 29
brasileira; apresentações em instituições, escolas e igrejas; ensaios 2003 107
2004 135
públicos para estudantes e comunidade em geral. No interior do
Estado, realizou concertos em Ilhéus, Jequié, Caetité, Porto Seguro, Público
Santo Amaro, Juazeiro, Alagoinhas, Itabuna e Feira de Santana. 1995 16.899
1996 39.770
No ano de 2000, nas comemorações dos 500 Anos do Brasil, 1997 40.376
executou pela primeira vez a sinfonia “Terra Brasilis”, composta pelo 1998 25.799
1999 43.134
maestro Edino Krieger especialmente para a ocasião. Entre os seus 2000 38.343
principais regentes estão Erick Vasconcelos, Lutero Rodrigues, Per 2001 40.580
2002 32.566
Brevig, Gustav Plies, Pino Onnis, Benito Juarez, Roberto Duarte, 2003 48.296
Roberto Tibiriçá, Henrique Morelenbaum, Piero Bastianelli, Julio 2004 32.917

Medaglia, Osvaldo Colarusso, Mario Tavares, Ernani Aguiar, Afrânio


Lacerda, José Collado, Jacques Morelenbaum, Alexander Kopilov,
Ulrich Vogel, Leone Magiera, Boyko Stoianov, Isaac Karabtchevsky,
Ira Levin.
Desde 2002, realiza anualmente o Concurso Nacional para Jovens
Solistas, premiando seis jovens instrumentistas e concedendo Men-
ção Honrosa e Prêmio Revelação, cujos vencedores apresentam-se
com a Orquestra durante a temporada do ano, como forma de
incentivo e experiência para os novos talentos.
H ISABEL GOUVÊA

Isaac Karabtchevsky regendo a OSBA

ESPAÇOS CULTURAIS| 91
OSBA — Participações especiais
1995 Récitas da ópera “Lydia de Oxum”
1996 Concertos com Coro Comunitário — peça “Floresta amazônica”
Concerto Série TCA acompanhando a pianista Cristina Ortiz
Concerto com Coro Comunitário da Universidade de Brasília
Récitas Série TCA acompanhando o Ballet Kirov
Récitas da ópera “Lydia de Oxum”
1997 Concerto Série TCA acompanhando a mezzo-soprano Tereza Berganza
Gravação dos CDs “Sonhos de Castro Alves” e “Sinfonia baiana”
Apresentação com os solistas da MPB Altamiro Carrilho e Nivaldo
Ornellas
Récitas da ópera “Madame Butterfly”, de Giacomo Puccini
Récitas da ópera “Fidélio”, de Ludwig von Beethoven
Récitas da opereta “Carmina Burana”, de Carl Orff
Récitas Série TCA para o New York City Ballet
1998 Récitas Série TCA para o Ballet Kirov
Concerto Série TCA acompanhando a cantora lírica Milla Edelmann
Récitas da ópera “Aída”, de Giuseppe Verdi
Gravação do CD “Brasileiros”
1999 Concertos acompanhando a soprano Montserrat Caballé (Salvador,
São Paulo e Rio de Janeiro)
Récitas Série TCA para o Ballet Bolshoi
Sua Nota é um Show, na Concha Acústica, acompanhando Domin-
guinhos e Wagner Tiso
Participação na XIII Bienal de Música Contemporânea, no Rio de
Janeiro
Récitas da ópera “Il trovatore”, de Giuseppe Verdi
Récitas da ópera “Hänsel und Gretel”, de Engelbert Humperdinck

H ADENOR GONDIM (2)

Ricardo Castro e OSBA Piero Bastianelli regendo a OSBA

92 | C U L T U R A
OSBA — Participações especiais
2000 Récitas da ópera “O rapto do serralho”, de Mozart
Récitas da ópera “Cavalleria rusticana”, de Pietro Mascagni
Concerto acompanhando o tenor Luciano Pavarotti
Apresentação da sinfonia “Terra Brasilis”, de Edino Krieger, em Porto
Seguro
2001 Récitas da ópera “O franco atirador”, de Weber
Récitas Série TCA para o Ballet Kirov
Concerto Série TCA acompanhando o violoncelista Andrey Tchek-
mazov
Concerto Série TCA acompanhando o pianista Paul Badura-Skoda
Participação na XIV Bienal de Música Contemporânea, no Rio de
Janeiro
2002 Realização de Concurso para Jovens Solistas participarem da tem-
porada 2002
Concerto Série TCA acompanhando o pianista Nicolai Lugansky
Récitas da ópera “Parsifal”, de Richard Wagner
Concerto Série TCA acompanhando o pianista Ricardo Castro
Concerto Série TCA sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky
2003 Concerto Série TCA acompanhando a soprano Pámela Coburn
Concerto Série TCA acompanhando os pianistas Maria João Pires e
Ricardo Castro
Récitas da ópera “A flauta mágica”, de Mozart
2004 Concerto Série TCA acompanhando o tenor Manuel Sirera
Concerto sob a regência do maestro Ira Levin
Concerto Série TCA acompanhando o Yale Alumni Chorus
Apresentação no VI Festival Internacional de Flautistas
Récitas da ópera “O morcego”, de Johann Strauss
Concerto na cerimônia de abertura do I Fórum Mundial de Turismo
Concerto de inauguração do Anfiteatro Dorival Caymmi no Parque
da Cidade

H ADENOR GONDIM (3)


Festival Internacional de Flautistas Clélia Iruzum e OSBA Erick Vasconcelos regendo a OSBA

ESPAÇOS CULTURAIS| 93
Balé do Teatro • BALÉ DO TEATRO CASTRO ALVES — BTCA
Castro Alves
Apresentações
Criada em 1981, foi a primeira companhia oficial de dança
contemporânea do Nordeste, tornando-se uma das mais importantes
1995 12
1996 14 do país, com reconhecimento de crítica e público, no Brasil e no
1997 19
exterior. Suas turnês internacionais incluíram Alemanha, Portugal,
1998 19
1999 17 Áustria, Estados Unidos, Israel, Inglaterra e Itália. Em 1999, recebeu
2000 10 o Prêmio Nacional Você e a Dança, de Melhor Direção e Melhor
2001 14
2002 14 Elenco.
2003 19 As temporadas nacionais passaram por Pernambuco, Rio de
2004 33
Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Brasília e Rio Grande do Sul. Na
Público
Bahia, sempre vai ao interior, como Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna,
1995 9.313
1996 20.319
Alagoinhas, Valença, Jequié, Juazeiro, Santo Amaro. Em Salvador,
1997 29.239 além do TCA, fez espetáculos no Centro de Convenções da Bahia
1998 13.987
e Parque Metropolitano do Abaeté.
1999 18.455
2000 9.950 Mantém programa regular de formação de platéia, através de
2001 16.449 aulas públicas e ensaios abertos, para estudantes de dança e das
2002 15.385
2003 7.222 redes pública e privada de ensino.
2004 4.999

BTCA — Coreografias montadas e turnês


1995 “Orixás”, de Luis Arrieta, música de Egberto Gismonti — Lisboa,
Santos e Rio de Janeiro
1996 “O eterno silêncio do começo”, de Simone Rorato, e “200 e poucos
megabytes de memória”, de Cristina Castro — Weimar (Alemanha)
e Nova York
1997 “Noch Einmal”, de Luis Arrieta, e “Sonhos de Castro Alves”, de Victor
Navarro (remontagem) — Recife, Brasília, Rio de Janeiro, Porto
Alegre e São Paulo (patrocínio Banco do Brasil)
1998 “Pangea”, de Tíndaro Silvano, e “Mancheia”, de Paulo Fonseca —
Nova York, Centros de Cultura de Ilhéus, Alagoinhas, Valença, Jequié
e Juazeiro
1999 “Sinfonia dos Salmos”, de Antonio Gomes — São Paulo e Floria-
nópolis
2000 “Paradox”, de Tíndaro Silvano, e “Piccolo”, de Tíndaro Silvano
(remontagem) — Israel, Alemanha, Inglaterra e Portugal
2001 “O arquivo e a missão”, de Cláudio Bernardo — Alemanha e Áustria
2002 “Pracatum”, de Tíndaro Silvano, música de Carlinhos Brown —
Alemanha, Áustria e Itália
2003 “Uaikuru”, de Luis Arrieta, música de Marlui Miranda e Gil Jardim
— convidado especial no Festival Internacional de Dança de Join-
ville
2004 “Ainda”, de Simone Rorato, e “Sostenuto”, de Luis Arrieta
H ISABEL GOUVÊA

“Paradox”

94 | C U L T U R A
H ISABEL GOUVÊA (3)
“Mancheia”

“Uaikuru”

“Pracatum”

ESPAÇOS CULTURAIS| 95
H ARISTIDES ALVES
Cia. Ilimitada em “Painel coreográfico”, na Quarta que Dança

• CIA. ILIMITADA
Em 2004, foi criada a Cia. Ilimitada, formada por onze bailari-
nos veteranos do BTCA, que faz pesquisa, reciclagem e criação de
bailarinos experientes, participando ativamente do projeto Circuladô
Cultural. A Cia. já realizou nove oficinas e doze apresentações no
interior do Estado e em Salvador, em eventos como Primavera do
Pelô, Ateliê de Coreógrafos Brasileiros, Mostra Bahiagás de Cultura
e Quarta que Dança.

Foto de Marcio RM, na exposição “Projetos”, na Galeria Pierre Verger

96 | C U L T U R A
Sala Walter da Silveira, Sala Alexandre
Robatto e Galeria Pierre Verger
São três espaços de formação e difusão, com programação de
filmes, vídeos, mostras e exposições de fotografias, além de cursos,
oficinas e palestras. A Sala Walter da Silveira é cinema de arte, com
200 lugares e moderno equipamento de projeção. Exibe filmes nacio-
nais e estrangeiros que não encontram espaço no circuito comercial.
A Sala Alexandre Robatto, com 68 lugares, promove sessões gratuitas
de vídeos e mostras temáticas. A Galeria Pierre Verger é um espaço da
fotografia, com exposições e lançamentos de publicações da área,
com objetivo de incentivar e divulgar a produção fotográfica na Bahia.

Sala Walter Sala Alexandre Galeria Pierre


da Silveira Robatto Verger
Filmes Vídeos Exposições
1995 24 1998 32 1998 9
1996 23 1999 88 1999 10
1997 38 2000 91 2000 10
1998 46 2001 257 2001 5
1999 76 2002 43 2002 9
2000 42 2003 316 2003 8
2001 57 2004 367 2004 10
2002 38
2003 221
2004 290

Público Público Público


1995 10.080 1998 7.115 1998 17.950
1996 11.835 1999 10.001 1999 15.396
1997 17.456 2000 7.544 2000 12.150
1998 17.927 2001 27.916 2001 6.200
1999 11.715 2002 26.330 2002 7.100
2000 23.335 2003 33.095 2003 14.514
2001 19.137 2004 36.353 2004 14.441
2002 17.229
2003 20.395
2004 30.625

Platéia de festival de vídeo na Sala Walter da Silveira

ESPAÇOS CULTURAIS| 97
Centros de cultura
Vários outros equipamentos culturais estão sob a responsabilidade
da Secretaria da Cultura e Turismo em Salvador e na RMS (Teatro Mi-
guel Santana, Cine-teatro Boa Vista de Brotas, Cine-teatro do ICEIA,
Casa da Música, Espaço Cultural Alagados e Cine-teatro de Lauro de
Teatro Dona Canô
Eventos
Freitas), e no interior (centros de cultura de Itabuna, Alagoinhas,
Valença, Juazeiro, Vitória da Conquista, Porto Seguro e o Teatro Dona
2001 16
2002 47 Canô, em Santo Amaro, inaugurado em 2001). Esses equipamentos
2003 98
atendem à demanda das comunidades, além de contribuir para o
2004 92
desenvolvimento cultural, turístico e econômico das regiões onde
Público estão instalados.
2001 2.438 A pauta é ocupada por atividades promovidas pelo Estado,
2002 6.936
2003 25.442 através da SCT (Circuladô Cultural, Oficinas Viver com Arte; Salões
2004 18.750 Regionais de Artes Plásticas; outras, como o projeto D. Canô Chamou,
realizado em 2001 no Teatro Dona Canô) e por espetáculos, eventos
Teatro do Iceia e atividades das próprias comunidades.
Eventos
Dentro da política de descentralização das ações culturais, os
2002 38
2003 35
centros de cultura de Feira de Santana e de Vitória da Conquista
2004 203 foram cedidos em comodato à Universidade Estadual de Feira de
Público Santana — UEFS, em 2001, e à Universidade Estadual do Sudoeste
2002 31.636
da Bahia — UESB, em 2003, respectivamente. O Teatro Miguel San-
2003 24.803 tana, no Centro Histórico de Salvador, foi cedido ao Balé Folclórico
2004 14.421
da Bahia, em 2004.

Centro de Centro de Centro de Centro de Centro de


Cultura Cultura Cultura Cultura Cultura
de Alagoinhas de Itabuna de Juazeiro de Porto Seguro de Valença
Eventos
1997 64 124 76 66 103
1998 108 169 116 52 149
1999 77 124 171 81 126
2000 81 108 163 109 138
2001 75 136 178 93 105
2002 52 40 43 55 61
2003 134 94 158 157 236
2004 377 75 151 174 158

Público
1997 13.081 27.220 23.055 12.997 15.072
1998 15.240 24.115 41.751 22.648 18.158
1999 18.702 17.381 47.405 16.595 19.091
2000 17.593 13.915 45.478 18.229 22.075
2001 19.014 20.075 53.112 26.127 24.783
2002 17.558 19.629 50.130 45.404 50.583
2003 20.465 23.428 30.422 39.774 34.614
2004 18.413 21.607 35.413 27.413 23.803

98 | C U L T U R A
Centro de
Cultura de Centro de Cine-teatro
Vitória Cultura de Boa Vista Cine-teatro de Teatro Miguel
da Conquista Feira de Santana de Brotas Lauro de Freitas Santana
Eventos
1997 77 70 22 45 97
1998 82 68 42 70 206
1999 143 118 89 71 237
2000 119 128 73 59 211
2001 128 151 48 37 154
2002 30 117 28 28 22
2003 107 149 117 26
2004 237 133 209 40

Público
1997 34.544 11.577 1.617 6.794 16.298
1998 55.364 11.621 20.965 8.080 27.653
1999 61.443 36.385 19.789 15.972 29.193
2000 60.408 40.003 20.128 11.635 23.209
2001 53.081 60.545 16.296 8.198 16.940
2002 19.192 52.670 17.127 11.012 17.990
2003 30.678 60.642 38.532 6.656
2004 94.596 61.444 41.276 8.146

Espaço Xisto Bahia Espaço Xisto Bahia


Apresentações
1998 95
Teatro de médio porte que homenageia o grande ator baiano do 1999 271
fim do século XIX, fica no subsolo da Biblioteca Pública do Estado, 2000 303
2001 289
nos Barris, com 192 lugares, duas salas de aulas e ensaios de dança. 2002 31
Foi totalmente recuperado, equipado, climatizado e reinaugurado, 2003 109
2004 206
em março de 1998, com o espetáculo “A ver estrelas”, com direção
de João Falcão. Inclui em sua programação os projetos Quarta que Público
Dança e Bahia em Cena, além de aluguel de pauta. 1998 8.416
1999 16.328
2000 61.222
2001 21.804
Escola de Dança da Funceb 2002 4.373
2003 11.838
2004 15.460
Com sede própria desde 1997, na Rua do Oratório, Terreiro de
Jesus, a Escola de Dança da Funceb é importante núcleo de forma-
ção profissionalizante de ensino médio. Oferece cursos livres, de
educação profissional de níveis técnico e básico; e preparatórios
para crianças e adolescentes. Também desenvolve atividades extra-
curriculares como seminários, palestras, concursos de coreografia,
e realiza apresentações públicas dos grupos da Escola e de fora,
constituindo-se em dinâmico centro cultural.
Em 2004, oito alunos e professores da Escola participaram de
programa de intercâmbio internacional com a França e a Holanda,
com temporadas em Salvador e em La Rochelle, Amsterdã e Roterdã.

ESPAÇOS CULTURAIS| 99
Escola de Dança
“NAngola”: Clyde Morgan e Escola de Dança da Funceb
da Funceb
Alunos do curso
profissionalizante
1995 48
1996 51
1997 78
1998 67
1999 64
2000 91
2001 53
2002 96
2003 129
2004 136

Alunos de outros
cursos
1995 557
1996 210
1997 422 O Núcleo de Pesquisa Folclórica Emília Biancardi, que integra a
1998 272 Escola de Dança da Funceb, realizou dois simpósios nacionais com
1999 415
2000 444 os temas “Dança folclórica: trajetória e projeção coreográfica na
2001 388 Bahia” e “A influência da cultura angolana na Bahia”.
2002 408
2003 678
2004 624

Eventos Núcleo de Referência Cultural


1995 7
1996 5
da Funceb
1997 16
1998 11
1999 20
Constituído em 2004, o Núcleo de Referência Cultural da Funceb
2000 20 reúne, organiza, preserva e garante o acesso a acervos de valor
2001 17
artístico-documental permanente, que estão sob a guarda da Funceb.
2002 40
2003 50 Incluem livros, periódicos, recortes de jornais, fotografias, discos de
2004 55 vinil, fitas cassete, pôsteres, xilogravuras, material de divulgação de
Público espetáculos teatrais, fotografias, filmes, vídeos e outros. Destaque para
1995 3.020 a literatura de cordel, com cerca de dez mil folhetos, de 565 autores
1996 180 e aproximadamente quatro mil títulos. O Núcleo também pode reunir
1997 5.843
1998 3.683 informações de outros acervos bibliográficos e de referência sobre a
1999 6.399 arte e cultura baianas, estimulando o estudo e a pesquisa.
2000 2.416
2001 3.483 Em 2004, implantou setor permanente para pesquisa sobre patri-
2002 8.905 mônio imaterial e prestou assessoria e acompanhamento ao Programa
2003 13.200
2004 11.000
Mestres dos Saberes e Fazeres, em parceria com o IPAC, o Centro
Náutico da Bahia e o Conselho Estadual de Cultura. O Núcleo de
Referência Cultural da Funceb será instalado em imóvel no Centro
Histórico de Salvador, que está sendo recuperado especialmente para
esta finalidade, com recursos do Ministério do Turismo/CEF e de
contrapartida estadual, através de convênio.

100 | C U L T U R A
Armazém Cenográfico
Inaugurado em março de 2003, no Dia Internacional do Teatro,
funciona em Galpão no Centro de Convenções da Bahia. Atende ao
mercado das artes cênicas da Bahia, para construir e guardar cená-
rios de espetáculos de dança e de teatro, além de formar e especia-
lizar profissionais de oficinas de cenografia, adereços e produção.
O Armazém Cenográfico contribui para o amadurecimento das
produções locais, e já nos dois primeiros anos de funcionamento
consolidou sua importância junto à cena baiana, cedendo espaço
para construção, guarda, consertos e reparos de cenários, de cerca
de trinta produções. Em 2003, realizou quatro oficinas.
Cenógrafos como J. Cunha, Euro Pires, Moacir Gramacho, Mau-
rício Cardoso, Maurício Martins, Roney George, além de técnicos e
cenotécnicos procuraram o Armazém para construírem cenários que
exigem grandes espaços.

Armazém Cenográfico
Oficinas Instrutor Alunos
Cerâmica Betânia Vargas 10
Teatro Yulo Cezar 15
Teatro Gustavo André 22
Artes Visuais Edson Calmon 10
Espetáculos residentes 30
Apoios/parcerias 20

Cenários e adereços
Galpão do Armazém Cenográfico guardados no Armazém

ESPAÇOS CULTURAIS| 101


H GUILHERME FIGUEIREDO

Memória histórica e documental


102 | C U L T U R A
Para realizar o trabalho de preservação e divulgação da memória
histórica e documental da Bahia, a Secretaria da Cultura e Turismo
atua através da Fundação Pedro Calmon — FPC, que tem a finalidade
de recolher, organizar, preservar e difundir o acervo documental sob
a sua guarda — proveniente de acervos públicos e privados — que
evidenciem as memórias histórica, política, geográfica, administrativa,
técnica, legislativa e judiciária da Bahia. Em 2003, a FPC incorporou
à sua estrutura o Arquivo Público e as bibliotecas estaduais, acres-
centando às suas responsabilidades a função de organizar e difundir
esses acervos, estimular a leitura e promover atividades nessas
unidades, através do Centro de Memória.

Biblioteca para Todos


Cabe à SCT a responsabilidade de planejar, promover e executar
a política de bibliotecas públicas do Estado, gerindo, acompanhando e
avaliando as atividades desenvolvidas, tanto das unidades estaduais
como das municipais integradas ao sistema, que se realiza através
do programa Biblioteca para Todos, em parceria com o Centro Brasi-
leiro de Difusão do Livro e da Leitura — Viva o Livro. As prefeituras
municipais viabilizam o espaço físico e a manutenção, cabendo ao
Estado o acompanhamento das obras físicas, aquisição e catalogação
do acervo bibliográfico, treinamento de mão-de-obra especializada
e organização técnica do espaço para instalação das Bibliotecas
Públicas Municipais — BPMs.

Visita do carro-biblioteca ao município de Dias d’Ávila

MEMÓRIA…| 103
Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, em Salvador

Integram o sistema estadual as seguintes bibliotecas: Pública do


Estado da Bahia — BPE, Infantil Monteiro Lobato — BIML, Juracy
Magalhães Júnior — BJMJr, Thales de Azevedo — BPTA, Anísio
Teixeira — BAT, de Extensão — Bibex, todas em Salvador; Juracy
Magalhães Júnior — BJMJr, em Itaparica, e Casa de Cultura Afrânio
Peixoto — CCAP, em Lençóis.

Bibliotecas Públicas — expansão e melhoria dos serviços

Uma das realizações mais importantes da SCT nessa área foi a


reabertura, em 1998, da Biblioteca Pública do Estado da Bahia, nos
Barris, totalmente reformada, modernizada nas instalações, informa-
tizada nos serviços e com condições adequadas à preservação do
acervo ampliado e ao desenvolvimento de suas atividades. A criação
do Quadrilátero, destinado à realização de eventos, e a reestrutura-
ção e modernização dos demais espaços ampliaram as alternativas
culturais oferecidas à comunidade.
Transformada em grande centro cultural, a Biblioteca Pública do
Estado da Bahia integra informação, difusão e lazer. A Sala Walter da
Silveira, tradicional cinema de arte, e o Espaço Xisto Bahia, teatro
de pequeno porte, voltaram a funcionar com pauta cheia. Foram
criadas a Galeria Pierre Verger, apropriada para exposições de foto-
grafia, e a Sala Alexandre Robatto, destinada a exibição de filmes
em vídeo e mostras temáticas.
Em 2003, a BPE ganhou ainda uma filial da Livraria Espaço do
Autor Baiano, facilitando o acesso dos usuários aos livros editados

104 | C U L T U R A
pela SCT. Em 2004, foi aberta a Sala Waldeloir Rego, no segundo
andar, contendo o importante acervo do etnólogo, adquirido em
2002, e que ficará nesse espaço até a implantação do Memorial
Waldeloir Rego. Com apoio do Ministério da Cultura, foi instalado
o sistema de ar-condicionado do prédio.
Outras obras importantes foram realizadas no período, para expan-
são e melhoria do sistema estadual de bibliotecas. Alguns exemplos:
a Juracy Magalhães Júnior, no Rio Vermelho, foi reinaugurada em
2004, após reforma geral do prédio, melhoria e ampliação das insta-
lações; a Juracy Magalhães Júnior, em Itaparica, foi incorporada ao
Estado em 2001, por doação, com acervo de mais de 21 mil títulos;
a Biblioteca Thales de Azevedo foi criada em 1997, no Parque Costa
Azul, em Salvador, ao lado da escola estadual do mesmo nome e,
em 2004, reformou os sistemas de sinalização e climatização.

Aplicados
Recuperação de bibliotecas
R$ 7,8 milhões
Biblioteca Anísio Teixeira
Biblioteca Infantil Monteiro Lobato
Biblioteca Juracy Magalhães Júnior
Biblioteca Juracy Magalhães Júnior Itaparica
Biblioteca Pública do Estado da Bahia
Biblioteca Pública Thales de Azevedo

Biblioteca Pública do Estado da Bahia

MEMÓRIA…| 105
Biblioteca para Todos no Interior

Nesses dez anos, a iniciativa de democratização do acesso ao livro,


fomento à leitura e interiorização do programa Biblioteca para Todos
expandiu a rede por 297 municípios do interior — 33 delas implanta-
das com participação direta do Governo do Estado. Cada biblioteca
pública municipal conta com administração, sala para leitura, setores
de referência, de periódicos, de empréstimo, videoteca e infantil com
sala para leitura. Além da doação do acervo bibliográfico e de multi-
meios (livros, periódicos e CDs), a SCT/Fundação Pedro Calmon presta
supervisão e assessoramento técnico regular às unidades implantadas.

Bibliotecas públicas municipais do Sistema Estadual de Bibliotecas1


Acajutiba Cachoeira Conceição do Almeida
Aiquara Caculé Conceição do Coité2
Alagoinhas Caém Conde
Alcobaça Caetité Contendas do Sincorá
Almadina Cafarnaum Cordeiros
Amargosa Caldeirão Grande Coribe
Amélia Rodrigues Camacã Coronel João Sá
Angical Camaçari Correntina
Antonio Cardoso Camamu Cotegipe
Araçás Campo Alegre de Lourdes Cravolândia
Aracatu Campo Formoso Crisópolis
Arataca Canápolis Cruz das Almas
Aratuípe Canavieiras Curaçá
Baixa Grande Candeal Dias d’Ávila
Barra Candeias Encruzilhada
Barra do Choça Cândido Sales Entre Rios
Barra do Mendes Cansanção Euclides da Cunha
Barra do Rocha Capela do Alto Alegre Eunápolis
Barreiras Capim Grosso Feira de Santana
Belmonte Caraíbas Filadélfia
Belo Campo Caravelas Firmino Alves
Bibliotecas públicas Boa Nova Carinhanha Formosa do Rio Preto
municipais Boa Vista do Tupim Casa Nova Gandu
implantadas Bom Jesus da Lapa Castro Alves Gavião
1995 1 Boninal Catolândia Gentio do Ouro
1996 1 Bonito Catu Glória
1997 1
1998
Botuporã Caturama Gongogi
1999 Brejolândia Central Gov. Mangabeira
2000 Brumado Chorrochó Guajeru
2001 8
Buerarema Cícero Dantas Guanambi
2002 10
2003 9 Caatiba Cipó Guaratinga
2004 3 Cabaceiras do Paraguaçu Conceição da Feira Ibiassucê

106 | C U L T U R A
Bibliotecas públicas municipais (continuação)
Ibicaraí Jaborandi Nilo Peçanha
Ibicoara Jacaraci Nova Canaã
Ibipeba Jacobina Nova Ibiá
Ibiquera Jaguaquara Nova Redenção
Ibirapitanga Jaguaripe Nova Soure
Ibirapuã Jequié Nova Viçosa
Ibirataia Jeremoabo Novo Horizonte
Ibititá Jiquiriçá Olindina
Ibotirama Jitaúna Oliveira dos Brejinhos
Igaporã João Dourado Ouriçangas
Igrapiúna Juazeiro Ourolândia
Ilhéus Jussara Palmas de Monte Alto
Inhambupe Jussari Palmeiras
Ipiaú Jussiape Paramirim
Ipirá Lafaiete Coutinho Paratinga
Ipupiara Laje Pau Brasil
Irará Lajedão Paulo Afonso
Iraquara Lajedinho Pé de Serra
Irecê Lajedo do Tabocal Pedrão
Itabela Lamarão Pilão Arcado
Itaberaba Lauro de Freitas Pindobaçu
Itabuna Lençóis Pintadas
Itaetê Licínio de Almeida Piraí do Norte
Itagi Macajuba Piripá
Itagibá Macarani Piritiba
Itagimirim Madre de Deus Planaltino
Itaju do Colônia Maiquinique Planalto
Itajuípe Mairi Poções
Itamaraju Malhada Pojuca
Itamari Maracás Porto Seguro
Itambé Maragogipe Potiraguá
Itanagra Marcionílio Souza Presidente Dutra
Itanhém Mascote Presidente Jânio Quadros
Itapé Mata de São João Quixabeira
Itabepi Matina Quijingue
Itapetinga Medeiros Neto Rafael Jambeiro
Itapicuru Morro do Chapéu Remanso
Itapitanga Mortugaba Retirolândia
Itaquara Mucugê Riachão das Neves
Itarantim Mucuri Riacho de Santana
Itiruçu Mundo Novo Ribeirão do Largo
Itiúba Muniz Ferreira Rio de Contas
Itororó Muquém do S. Francisco Rio do Antonio
Ituberá Mutuípe Rio Real
Iuiu Nazaré Rui Barbosa

MEMÓRIA…| 107
Bibliotecas públicas municipais (continuação)
Santa Bárbara Saubara Tucano
Santa Brígida Saúde Uauá
Santa Cruz Cabrália Sebastião Laranjeiras Ubaíra
Santa Cruz da Vitória Senhor do Bonfim Ubaitaba
Santa Inês Sento Sé Uibaí
Santa Rita de Cássia Serra do Ramalho Umburanas
Santa Terezinha Serra Dourada Una
Santaluz Serra Preta Uruçuca
Santana Serrinha Utinga
Santo Amaro Serrolândia Valença
Sto. Antonio de Jesus Simões Filho Valente
Santo Estêvão Sobradinho Várzea da Roça
São Desidério Tanhaçu Várzea do Poço
São Domingos Tanquinho Várzea Nova
São Félix Tapiramutá Vera Cruz
S. Francisco do Conde Teodoro Sampaio Vitória da Conquista
S. Gonçalo dos Campos Teofilândia Wagner
S. Sebastião do Passé Terra Nova Wanderley
Sátiro Dias Tremedal Xique-Xique
1 Estão grafadas em azul as 33 BPMs implantadas entre 1995 e 2004, com participação
do Estado.
2 A biblioteca pública do município de Conceição do Coité está localizada no distrito de
Salgadália.

Publicações

Neste período, a SCT/Fundação Pedro Calmon editou obras raras


e também de profissionais da área, em versão fac-similar, para divul-
gação junto a estudantes e pesquisadores.

Títulos editados
1995
• Bibliografia sobre o negro, 2ª ed., versão ampliada
• Catálogo de teses da Biblioteca Pública do Estado da Bahia, 2 vol.
1996
• Legislação da Província da Bahia sobre o negro: 1835 a 1888
1998
• Manual de orientação técnica para biblioteca pública municipal
• Catálogo das obras raras da Biblioteca Pública do Estado da Bahia, 1º vol.
• Almanach civil, político e comercial da Cidade da Bahia para o ano de
1845, edição fac-similar, col. “Raridades”
2000
• Afrânio Peixoto, Rosa Mystica, edição fac-similar, col. “Raridades”
2001
• Instituto Histórico da Bahia e seu periódico (1856-1877), edição fac-
similar, col. “Raridades”

108 | C U L T U R A
Atualização e distribuição de acervos Acervo bibliográfico
adquirido
Compra
Os acervos bibliográfico e de multimeios (livros, periódicos, CDs,
1995 82
DVDs e fitas de vídeo) foram ampliados e atualizados em 161 mil 1996
1997 21.955
títulos, inclusive através de aquisições e doações importantes do
1998 17.495
Ministério da Cultura, da Superintendência de Cultura — Sudecult, 1999 975
do Fazcultura e de particulares. Também foram realizados serviços 2000 1.271
2001 4.325
de conservação e restauração em 27 mil títulos. 2002 4.299
O acervo bibliográfico adquirido por doação e por compra foi 2003 949
2004 9.935
distribuído às unidades do Estado. No interior, a SCT/Sudecult/
Fazcultura/Fundação Pedro Calmon distribuíram 1.319 kits, totalizan- Doações
do 72.334 títulos. Também foram doados 811 kits, correspondendo a 1995 14.451
1996 2.959
61.535 títulos, para diversas entidades sociais e culturais que prestam 1997 8.430
serviços relevantes a comunidades da capital e do interior. 1998 13.915
1999 4.070
2000 10.499
DISTRIBUIÇÃO DE ACERVOS A BIBLIOTECAS 2001 7.720
Bibliotecas Bibliotecas 2002 1.942
implantadas implantadas Entidades 2003 18.104
2004 17.863
pelo Estado sem o Estado diversas
Ano Quant. Títulos Quant. Títulos Quant. Títulos
1996 2 1.063
1997 1 326
1999 182 7.384 209 8.277
2000 363 10.030 118 10.765
2001 8 5.576 325 5.117 286 10.503
2002 17 6.012 302 13.284 144 10.873
2003 25 4.998 45 5.314 162 8.410
2004 22 9.292 44 3.938 175 12.707

Registro de obras intelectuais

Desde 1995, a SCT, através da Fundação Pedro Calmon, é res-


ponsável pelo Escritório de Direitos Autorais no Estado. Na ocasião,
firmou convênio com a Fundação Biblioteca Nacional, através do
Escritório Regional de Registro das Obras Intelectuais, visando à Obras registradas
preservação da memória cultural da Bahia. O objetivo é o registro de 1995 53
obras intelectuais das diversas áreas — literatura, música (partitura 1996 355
1997 718
e letra), cinema, peças de teatro, desenhos, teses e outras. 1998 1.101
Nesses dez anos, foram realizados 13.628 registros. 1999 1.668
2000 2.018
2001 2.087
2002 1.712
2003 1.819
2004 2.097

MEMÓRIA…| 109
Dinamização do Sistema de Bibliotecas

• EVENTOS
No período 1995-2004, foi realizada a média anual de 580 ativi-
dades regulares e eventos, dinamizando as bibliotecas que fazem
parte do sistema estadual, incentivando o hábito da leitura e propor-
cionando informação, entretenimento e socialização para cerca de
468 mil usuários/ano.
Só a Biblioteca Pública do Estado da Bahia, por exemplo, reali-
zou, em parceria com a Fundação Odebrecht e a Fundação Banco
do Brasil, a exposição “O mundo encantado de Monteiro Lobato”
(1988), nos cinqüenta anos da morte do escritor, com 36.139 visi-
tantes; e em 2002, a mostra “Bahia singular e plural”, organizada
pelo Irdeb, para marcar a Semana do Folclore.
Também foram promovidos eventos regulares voltados para amplia-
ção e melhoria do acesso ao livro e fomento à leitura. Destacam-se,
entre outros, o Encontro com o Escritor; O Filme como Dinâmica
Cultural; oficinas de criação literária para jovens e adultos; círculo
de leitores; contação de histórias; Ler (Lendo com Prazer); Nossa
Língua é um Barato; Sons e Letras; dramatização nas bibliotecas; e
Biblioteca Leva às Escolas — este na Biblioteca Juracy Magalhães
Júnior, em Itaparica.
Treinamento
de pessoal • BIBLIOTECA-ESCOLA
Cursos
As bibliotecas do sistema estadual desenvolvem ação pedagógica
1995 8
1996 1 e cultural através desse projeto, que consiste de visitas guiadas agen-
1997 1 dadas de alunos do ensino fundamental e médio às bibliotecas. A
1998 7
1999 9 atividade fortalece a dinâmica dos serviços prestados à comunidade.
2000 2
2001 7
2002 9
• TREINAMENTO DE PESSOAL
2003 7
2004 8 A qualificação do quadro de pessoal é sistemática e permanente.
Entre 1995 e 2004, foram sessenta treinamentos, direcionados a auxi-
Pessoas treinadas
liares de caixa-estante e carros-biblioteca, envolvendo 842 pessoas,
1995 24
1996 12
responsáveis pelas bibliotecas públicas e pessoas das comunidades
1997 39 de Salvador, Feira de Santana e Valença, integrando o programa Mãos
1998 360
1999 47
à Obra, do Governo Federal. Também foram realizados, em 2004,
2000 47 o 1º Encontro de Profissionais da Diretoria de Bibliotecas Públicas
2001 120
2002 112
da Fundação Pedro Calmon e o curso Relações Humanas e Marketing
2003 38 dos Serviços de Biblioteca, em parceria com a Fundação Biblioteca
2004 43
Nacional/Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas.

110 | C U L T U R A
• BIBLIOTECA DE EXTENSÃO — BIBEX
A Biblioteca de Extensão — Bibex, criada em 1967, foi reativada
em 1999, com a aquisição de dois carros-biblioteca, que visitam
semanalmente dezesseis bairros periféricos, levando cerca de mil
títulos para consulta e empréstimos domiciliares. O Projeto Caixas-
Estante mantém atualmente 34 unidades que funcionam como mini-
bibliotecas instaladas em instituições públicas e privadas, com acervo
sempre renovado. Um funcionário treinado dá suporte ao projeto
em Salvador e Região Metropolitana, atendendo em média 7.500
usuários/mês.

Comunidades e entidades visitadas — 1995-2004


CARROS-BIBLIOTECA
Águas Claras, Alagados, Cajazeiras 5, Cajazeiras 10, Cidade Nova,
Cosme de Farias, Castelo Branco, Coutos, D. Avelar, Fazenda Grande 4,
Lobato, Largo do Papagaio, Marechal Rondon, Massaranduba,
Mata Escura, Mussurunga, Paripe, Pau da Lima, Periperi, Pirajá,
Sete de Abril, Vila Canária
CAIXAS-ESTANTE
Associações de bairros, abrigos de idosos, bibliotecas comunitárias,
centros sociais urbanos, creches, escolas, hospitais, comunidades
confinadas (presídios e casas de atendimento ao menor) da Região
Metropolitana de Salvador

• BRAILLE NA BIBLIOTECA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA


O sistema de bibliotecas públicas realiza várias ações permanentes
de inclusão social e cidadania. Para os portadores de necessidades
especiais, por exemplo, o Setor de Braille da Biblioteca Pública do
Estado mantém convênios com o Centro Educacional de Tecnologia
em Administração — Cetead e com o Grupo de Voluntários Copistas e
Ledores para Cegos. Acontecem oficinas, palestras e cursos que favo-
recem a integração entre portadores e não-portadores de deficiên-
cia. O setor atendeu no período três mil usuários/ano, em média.

“MPB no Braille”, no Setor de Braille da Feira de livros usados organizada


Biblioteca Pública do Estado da Bahia pelo Setor de Braille

MEMÓRIA…| 111
FLUXO DAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS ESTADUAIS
Usuários Ações culturais Público Biblioteca-Escola Alunos atendidos
1995 429.559 514 7.984 33 5.591
1996 309.862 194 6.897 32 2.322
1997 402.804 529 13.051 75 4.563
1998 517.965 806 17.075 39 2.845
1999 562.800 1.065 155.589 131 5.394
2000 544.908 1.453 64.702 125 5.417
2001 610.529 2.068 71.300 160 7.088
2002 600.435 1.877 224.328 215 16.784
2003 586.255 926 72.124 43 2.389
2004 517.891 1.494 52.619 167 8.835

Biblioteca Pública do Estado da Bahia


1995 301.400 176
1996 105.837
1997 103.461
1998 279.308 153
1999 352.486 262 130.879 34 804
2000 353.820 500 40.102 14 386
2001 377.622 892 44.701 32 1.121
2002 347.891 901 165.098 30 981
2003 336.132 237 31.315 16 918
2004 276.712 458 14.447 26 1.720

Biblioteca Infantil Monteiro Lobato


1995 71.364 237 7.414 31 2.548
1996 123.490 183 6.812 29 2.275
1997 177.485 388 11.203 68 4.030
1998 108.760 358 13.687 25 2.817
1999 81.140 401 13.883 91 4.590
2000 92.534 657 21.600 109 5.031
2001 71.541 915 15.806 111 5.150
2002 59.390 316 17.487 131 4.918
2003 42.935 205 8.612 12 818
2004 42.069 555 7.995 102 5.290

Biblioteca Juracy Magalhães Júnior


1995 26.183 11 113 2 43
1996 43.600 7 85 3 47
1997 63.428 5 60 1 23
1998 58.514 10 84 2 28
1999 56.154 41 4.213
2000 25.886 13 503
2001 47.059 31 824 6 365
2002 48.900 65 2.680 16 1.750
2003 37.468 82 2.629 4 140
2004 31.191 54 1.947 22 845

Biblioteca Pública Thales de Azevedo


1997 34.307 127 1.788 6 510
1998 44.178 210 3.174 12
1999 45.735 260 3.099 6
2000 43.655 190 2.225 2
2001 44.895 24 1.701 4
2002 36.680 247 1.169 18 695
2003 38.006 147 1.283 4 277
2004 30.186 110 978 6 223

112 | C U L T U R A
FLUXO DAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS ESTADUAIS (continuação)
Usuários Ações culturais Público Biblioteca-Escola Alunos atendidos
Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, em Itaparica
2001 2.367 50 6.882 7 452
2002 5.677 89 32.857 20 8.440
2003 4.078 121 21.669 3 95
2004 5.186 154 21.496 2 70

Biblioteca Anísio Teixeira


1995 29.962 40
1996 36.323 4
1997 23.417 9
1998 26.345 50
1999 26.170 42
2000 27.953 65
2001 29.099 78
2002 30.650 113
2003 27.292 60 416
2004 31.947 71 187

Biblioteca de Extensão
1995 50 457
1996
1997
1998 25 130
1999 59 3.515
2000 28 272
2001 36.316 78 1.386
2002 70.812 146 5.037
2003 100.156 74 6.200
2004 98.738 54 3.890

Biblioteca Casa de Cultura Afrânio Peixoto


1995 650
1996 612
1997 706
1998 860
1999 1.115
2000 1.060
2001 1.630
2002 435
2003 188 4 141
2004 189 9 687

Biblioteca GPDL
2004 1.673 38 1.679

Exposição no hall da Biblioteca


Pública do Estado da Bahia

MEMÓRIA…| 113
Memória histórica e documental
A Fundação Pedro Calmon implementa as políticas de preserva-
ção e difusão da memória documental da Bahia, através do Centro
de Memória e do Arquivo Público, que preservam documentos
produzidos, recebidos e acumulados, contribuindo no diálogo com
historiadores, pesquisadores e a comunidade em geral. Estas insti-
tuições abrigam importantes acervos de cunho político, jurídico,
administrativo, histórico e religioso que fazem parte da memória
baiana e brasileira, desde o período colonial.
O Centro de Memória da Bahia reúne acervos documentais
histórico-arquivísticos para estudos e pesquisas atualizados da história
da Bahia, pós-República, preservando e organizando arquivos priva-
dos (documentais e fotográficos) de homens públicos de relevância
histórica, como Araújo Pinho, Otávio Mangabeira, Pinto de Aguiar,
José Gonçalves, Simões Filho, Heitor Dias, Osvaldo Velloso Gordilho,
Régis Pacheco e Pedro Calmon. O Memorial dos Governadores
recebe, organiza e preserva a documentação museográfica de gover-
nadores e mantém, no Palácio Rio Branco, sede da Fundação Pedro
Calmon, exposição didática permanente em vitrines e painéis com
objetos, iconografias e documentos.
O Arquivo Público da Bahia foi criado em 1890, para guardar,
preservar e conservar documentos significativos da memória histórica
documental da Bahia e do Brasil, gerados por instituições públicas
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O Arquivo Público
produz e edita documentos de relevância — como as Ordens Régias,
extensa e rica série de correspondências do Brasil Colonial — e coor-
dena a política estratégica do Sistema Estadual de Arquivos, dando
suporte técnico e operacional, em parceria com as prefeituras mu-
nicipais, na criação e supervisão dos arquivos públicos municipais.

“Memória da Brincadeira”, no Arquivo Público da Bahia

114 | C U L T U R A
Títulos editados
1995
• Anais do Arquivo Público — “Guia da Colônia”, volume 52
1996
• Anais do Arquivo Público — “Devassa do levante dos escravos ocorrido
em Salvador em 1835”, volume 53
• Anais do Arquivo Público — “Insurreição dos Escravos; à Justiça Antônio
Uca, escravo”, volume 54
• Do cartório do júri do escrivão Teles — 1º Distrito da Penha, maço 2.846
1997
• Anais do Arquivo Público — “Guia da Província”, 1ª parte, volume 55
• Revista Via Bahia — presentes do passado
1998
• Autos da devassa da Conspiração dos Alfaiates, volumes I e II, como
parte das comemorações do 2º Centenário da Conspiração dos Alfaia-
tes, em parceria com a Fundación Histórica Tavera, da Espanha
• Manual de arquivos municipais, de Divaldo Alcântara — SCT/APEB/
Bureau Gráf. e Editora
2000
• Anais do Arquivo Público — Ordens Régias, volumes 56 e 57
• Catálogo das Irmandades, Ordens Terceiras e Confrarias da Bahia,
como parte das ações do XIII Congresso Nacional de Arquivologia, em
co-edição com a Fundación Tavera (Espanha)
2001
• Anais do Arquivo Público — Ordens Régias, volume 58. Os vol. 56, 57 e
58 — Publicação das ementas dos volumes 62 a 100 das ordens régias,
resultado do processo de transcrição paleográfica, digitação e digitaliza-
ção dos 122 volumes das ordens régias, como parte do acordo “Resgate
e Reencontro 2000-2008”, entre Brasil e Portugal
• Edição do CD-ROM do XIII Congresso Nacional de Arquivologia
2004
• Edição fac-similar do Diário Oficial do Estado da Bahia de 2 de julho de
1923, comemorativo ao Centenário da Independência da Bahia

Exposição itinerante em shopping center de Salvador

MEMÓRIA…| 115
Mantendo estreito relacionamento com a comunidade, a Fun-
dação Pedro Calmon articula e promove convênios de cooperação
técnica e de parceria com instituições públicas e privadas, visando
ao desenvolvimento de ações conjuntas para dinamizar a divulgação
e difusão da memória histórica baiana. Entre eles estão a Universi-
dade Federal da Bahia — UFBA, Universidade Estadual da Bahia —
UNEB, Universidade Católica de Salvador — UCSAL, Universidade
Estadual de Santa Cruz — UESC e Universidade Estadual de Feira de
Santana — UEFS; o Cetead — Centro Educacional de Tecnologia
em Administração, o Memorial da Câmara Municipal de Salvador e
a ONG Sons do Bem.

Atualização do acervo histórico, documental e bibliográfico

• CENTRO DE MEMÓRIA DA BAHIA


A biblioteca do Centro de Memória, implantada em 1998 e
especializada em História da Bahia, tem acervo bibliográfico atua-
lizado, por aquisições e doações, em 1.012 títulos, fonoteca e
arquivo de recortes. O Memorial dos Governadores foi informa-
tizado, facilitando a consulta e o manuseio dos documentos por
pesquisadores e leitores.
O acervo documental do Centro de Memória e do Memorial dos
Governadores vem sendo ampliado com doações, como os dois mil
títulos da biblioteca particular do professor e jornalista Jorge Calmon;
6.900 documentos do governador Otávio Mangabeira; acervo do
jornalista Ernesto Simões Filho; dos governadores José Gonçalves da
Silva e João Ferreira de Araújo Pinho; de 893 documentos e fotogra-
fias de Pedro Calmon, Ernesto Simões Filho, Heitor Dias e Osvaldo
Gordilho; fotografias de Manoel Pinto de Aguiar; e 54 publicações
institucionais.

• ARQUIVO PÚBLICO DA BAHIA


O APEB tem seu acervo regularmente ampliado por documen-
tos provenientes de instituições públicas e outras fontes que detêm
a memória histórica da Bahia.
Entre 1995 e 2004, teve cerca de 30 mil documentos importan-
tes recolhidos. Recebeu em doação, por exemplo, 354 documentos
do Arquivo Nacional do Conselho Ultramarino de Lisboa; 55 publica-
ções institucionais; e fez aquisição de acervo de 536 fotografias de
autoria do alemão Arthur Wirschal, retratando Salvador e o interior
da Bahia na década de 30.

116 | C U L T U R A
Dinamização e divulgação da memória histórica e documental

• CENTRO DE MEMÓRIA DA BAHIA


O Centro de Memória da Bahia e o Memorial dos Governadores,
além da exposição permanente de objetos, iconografias e docu-
mentos, mantêm programação de cursos, seminários, exposições
diversas, palestras, exibição de vídeos e apresentações musicais. O Música no Palácio
objetivo é democratizar e ampliar o acesso à sua história, promover Apresentações
a divulgação e o debate de temas importantes, preservar e difundir a 2003 2.105
memória histórica da Bahia. 2004 376

Várias ações aproximaram a instituição da comunidade, como Público


exposições itinerantes em shoppings e escolas da capital e do interi- 2003 25
or, e as parcerias com a Prefeitura de Salvador e a Câmara Munici- 2004 10

pal, na realização dos projetos Rua Chile Ano 100 — Século XXI e
Caminhos da Memória, como parte do programa de revitalização
do Centro Histórico de Salvador. O projeto Música no Palácio é rea-
lizado quinzenalmente desde 2003, com apresentações de música
instrumental e de câmara, com integrantes da Orquestra Sinfônica
da Bahia e convidados, reunindo um público variado no Palácio Rio
Branco, em fins de tarde.
Em comemoração aos dez anos de serviços culturais prestados
à comunidade, foi lançada em 1966 a Revista da Fundação Pedro
Calmon, publicação anual que se encontra na oitava edição. Publica,
entre outros assuntos, artigos e estudos sobre a história e a memória
baiana nos períodos colonial, imperial e republicano, além de infor-
mações sobre a FPC e seu patrono. Em 2002 foi instituído o Prêmio
Pedro Calmon — Vida e Obra, em comemoração aos 100 anos de
nascimento do patrono da Fundação, para monografias de alunos
do ensino médio e superior das redes pública e privada.
Vale registrar ainda o curso “Conversando com a sua História”,
as palestras “Preservação patrimonial”, com a Dra. Annamaria
Petrioli (Itália), e “Pedro Calmon e a UFBA”, pelo Prof. Edivaldo
Boaventura, além das exposições “Chaves comemorativas do acervo
do Memorial dos Governadores” e “Retrospectiva Pedro Calmon”.

Curso “Conversando com a sua História”

MEMÓRIA…| 117
O Programa Museu-Escola, no Memorial dos Governadores, é
uma ação pedagógica regular de visitas monitoradas ao Palácio Rio
Branco, monumento e acervo, que atende a alunos do ensino funda-
mental, médio e superior de Salvador e do interior. Integrando-se
às atividades do programa, em 2001, foi celebrado convênio de
cooperação técnica com a Prefeitura de Lauro de Freitas.

• ARQUIVO PÚBLICO DA BAHIA


O Arquivo Público da Bahia, com seus modernos laboratórios de
restauração e de microfilmagem, garante a conservação do acervo
documental sob sua custódia. Nesse período, instalou sistemas de
climatização, informatização e contra incêndio, marcando grande
avanço em termos de guarda, manutenção e segurança dos docu-
mentos, além de oferecer conforto aos usuários.
O Setor Alfandegário do Acervo de Arquivos Permanentes foi
aberto ao público em 2004, guardando documentos originais dos
séculos XVIII, XIX e XX, com relevantes informações sobre as opera-
ções de exportação e importação de cada época.
Em parceria com a Fundación Histórica Tavera, da Espanha, o
Arquivo Público participou, em 1999, das comemorações do 2º Cen-
tenário da Conspiração dos Alfaiates. Os 500 Anos do Brasil foram
comemorados com vários eventos de porte, com destaque para o
XIII Congresso Nacional de Arquivologia, em Salvador.
Arquivo Público No processo de dinamização do espaço e aproximação com a
da Bahia comunidade, o APEB — cuja sede fica no bairro de Baixa de Quintas,
Público dos eventos
em prédio conhecido como Quinta do Tanque — realiza quinzenal-
1995 1.215
1996 526 mente, desde 2003, o projeto Quinta na Quinta, de música instru-
1997 1.426 mental, e o Memória da Brincadeira, com crianças da comunidade.
1998 1.090
1999 1.564
O Programa Arquivo-Escola possibilita que a comunidade conheça
2000 2.081 fatos relevantes da história da Bahia e do Brasil. Oferece visitas guia-
2001 935
2002 3.169
das, aulas de história, exibição de vídeo institucional e atendimento
2003 2.447 a estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior, das redes
2004 1.568
pública e privada, e grupos independentes.

Camerata da OSBA no projeto “Música no Palácio”

118 | C U L T U R A
Doações de
Documentos Pesquisadores documentos
preservados atendidos Eventos recebidas
Arquivo Público da Bahia
1995 46.374 1.010 14
1996 64.413 421 8
1997 96.825 469 8
1998 283.812 971 13
1999 100.597 1.278 15
2000 327.423 1.346 13
2001 324.125 1.261 10
2002 327.723 1.094 12
2003 286.942 3.053 33 571
2004 320.165 3.623 13 8

Centro de Memória da Bahia


1995 5.741 13
1996 2.755 14
1997 387 23 14 798
1998 137 43 16
1999 5.436 266 20 14.671
2000 562 348 20
2001 852 251 18
2002 223 414 16
2003 40.569 86 34 20.191
2004 36.038 143 37 893

Doações de Escolas Alunos


livros recebidas Visitantes atendidas recebidos
Arquivo Público da Bahia
1995 320
1996 392
1997 785
1998 890
1999 879
2000 891
2001 583
2002 732
2003 626 766 26 675
2004 372 1.698 6 642

Centro de Memória da Bahia


1995 11.000 15 1.491
1996 89 10.000 12 1.052
1997 428 13.000 23 1.469
1998 27 23.000 42 5.117
1999 18 52.000 148 19.146
2000 140 49.000 99 5.801
2001 175 32.000 87 7.308
2002 70 25.000 83 7.009
2003 90 31.000 135 5.676
2004 64 37.000 159 6.853

Projeto “Memória da Brincadeira”,


na Quinta do Tanque

MEMÓRIA…| 119
Doações de
Documentos Pesquisadores documentos
preservados atendidos Eventos recebidas
Memorial dos Governadores
1995 776 6
1996 490 5
1997 620 8
1998 137 9
1999 30 11 18
2000 205 13 11
2001 479 7
2002 223 11 3
2003 401 54 6 53
2004 57 58 4

Arquivos Públicos Sistema Estadual de Arquivos Municipais


Municipais
implantados
O Arquivo Público da Bahia, responsável pela condução da polí-
1995 1
1996 2
tica estratégica do Sistema Estadual de Arquivos, guarda a memória
1997 5 regional, através da rede de arquivos municipais. A Lei de Sistema
1998 6
1999 1
de Arquivos permitiu a efetiva descentralização dos documentos
2000 11 em 42 arquivos municipais — 37 deles implantados nos últimos dez
2001 3
2002 2
anos, em parceria com as prefeituras municipais —, que guardam a
2003 5 memória regional e conservam os acervos municipais classificados
2004 1
no interior.
Os arquivos municipais contam com suporte técnico e opera-
cional do Arquivo Público do Estado na elaboração de diagnóstico,
estudo de viabilidade, orientação técnica, treinamento de recursos
humanos, distribuição de material permanente e de consumo. Os
municípios dotados com arquivos passaram por regularização jurídi-
ca dos bens disponibilizados, com estabelecimento e renovação de
convênios com o Estado, através da SCT/Fundação Pedro Calmon.

Encontro Baiano de Arquivos Municipais

120 | C U L T U R A
Para fortalecer a política estadual de arquivos públicos, o Arquivo Municípios
Público realizou em 2004 o Encontro Baiano de Arquivos Municipais integrantes do
— EBAM, com minicursos, conferências de profissionais especializa- Sistema Estadual
dos e grupos de trabalho. Também foram produzidas duas edições de Arquivos
Alagoinhas
do Informe de Arquivos Públicos Municipais — APMs, boletim para
Antonio Cardoso
acompanhamento, divulgação e integração desses arquivos. Ao longo
Barra
do ano de 2004 foram realizadas visitas de inspeção, diagnóstico e Barra do Mendes
assistência técnica a 21 municípios. Boa Vista do Tupim
Boquira
Cachoeira
Sistema Estadual de Arquivos Municipais Caetité
(em amarelo, os 37 implantados entre 1995 e 2004) Canavieiras
Candeias
Conde
Feira de Santana
Gov. Mangabeira
Ilhéus
Inhambupe
Irará
Itabuna
Itaetê
Itajuípe
Itaberaba
Ituberá
Jacobina
Jaguaripe
Lençóis
Macaúbas
Morro do Chapéu
Mucugê
Mundo Novo
Muritiba
Nazaré
Palmeiras
Piritiba
Pojuca
Riacho de Santana
Rio de Contas
Santa Cruz Cabrália
Santo Amaro
Santo Antonio
de Jesus
Santo Estevão
São Félix
Una
Vera Cruz

MEMÓRIA…| 121
H ELIAS MASCARENHAS

Patrimônio histórico,
artístico e cultural
122 | C U L T U R A
H ELIAS MASCARENHAS
Para preservar o patrimônio histórico, artístico e cultural da Bahia,
a SCT, através do IPAC — Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural
do Estado da Bahia, recupera bens móveis e imóveis, protege bens
imateriais ou intangíveis e dinamiza espaços, na capital e no interior.
Também atua na formação, conscientização e difusão de conheci-
mentos que contribuam para que a preservação do passado faça
parte da construção do futuro.
Nesses dez anos, a Secretaria da Cultura e Turismo realizou a
recuperação física de importantes prédios, monumentos, sítios histó-
ricos e acervos artístico-culturais isolados que marcam profundamente
a história e a cultura da Bahia. Além das obras de recuperação e
restauração, realiza ações de revitalização de sítios históricos signi-
ficativos da arquitetura colonial da América Latina, com destaque
para os centros históricos de Porto Seguro, Trancoso, Cachoeira,
Lençóis e Salvador, onde o Pelourinho, importante legado histórico
e monumental, é Patrimônio Cultural da Humanidade, reconhecido
pela Unesco desde 1984.
Outro fator relevante como marco referencial na preservação e
proteção do patrimônio cultural intangível foi a criação, regulamen-
tação e abertura de inscrições para o registro, a partir de 2004, de
mestres saveiristas construtores e navegadores e mestres capoeiristas
com o título de Mestres dos Saberes e Fazeres da Cultura Tradicional
Popular do Estado da Bahia, garantindo a proteção dos saberes e
fazeres de segmentos culturais significativos da cultura baiana.
A política de preservação do patrimônio, desenvolvida pelo
Governo do Estado, é citada como referência e tem dado à Bahia
reconhecimento internacional, inclusive com a conquista do Prêmio
de Conservação e Restauro do Patrimônio Cultural Reina Sofia, no
valor de US$ 42 mil, atribuído pelo Ministério das Relações Exte-
riores da Espanha ao IPAC, pelo seu trabalho no Centro Histórico
de Salvador.
Em 2001, o Governo redefiniu responsabilidades na recuperação
do Centro Histórico do Salvador: desde então, a Conder — Com-
panhia de Desenvolvimento Regional realiza as obras e o IPAC, os
estudos, pareceres e projetos referentes a essas intervenções. Em
2003, o Governo fez outra reestruturação na área de patrimônio: os
museus do Estado passaram a integrar a estrutura do IPAC, permitindo
a integração e coordenação das ações por uma única unidade do
sistema de cultura, fortalecendo a dinâmica cultural e patrimonial
da Bahia.

PATRIMÔNIO| 123
Imagem do Senhor dos Passos, do Santuário de Monte Santo,
antes e depois de sua restauração pelo IPAC
H ELIAS MASCARENHAS

H LÁZARO MENEZES (5)

124 | C U L T U R A
RECUPERAÇÃO E CONSERVAÇÃO
DO PATRIMÔNIO TANGÍVEL
Centro Histórico de Salvador
O Centro Histórico de Salvador é constituído por um dos mais
importantes acervos coloniais da América Latina. Em iniciativa pio-
neira, o Governo do Estado iniciou, em 1991, processo de revitaliza-
ção através de um conjunto de ações de caráter técnico e artístico-
cultural de suporte às atividades de recuperação da área. Entre 1995
e 2004, as obras foram realizadas em quatro etapas, recuperando
175 imóveis, construindo estacionamento com 450 vagas para auto-
móveis e cinco vagas para ônibus de turismo, além da estabilização
estrutural de 21 imóveis, em caráter emergencial. O investimento
total deste período no CHS foi de R$ 55,9 milhões.
H JOTAFREITAS

Praça das Artes e Quarteirão Cultural

O Quarteirão Cultural, inaugurado em 1999, é integrado pelo Escultura de Eliana Kertész


Cine XIV — Sala de Arte; Livraria Espaço do Autor Baiano; Theatro
XVIII; Galeria Solar Ferrão; Museu Abelardo Rodrigues e Museu
Tempostal; Bahia Experience — cinema em 180°; Centro de Refe-
rência Cultural da Bahia; Instituto da Hospitalidade; escritório
da Unesco; e a Praça das Artes, Cultura e Memória, com obras de
Denise Milan, Eliana Kertész, Bel Borba e Osmundo Teixeira. Sob a
praça há três níveis de estacionamento para 200 veículos. A Praça
das Artes, Cultura e Memória foi o primeiro projeto público sele-
cionado para a Bienal Internacional de Arquitetura, em São Paulo,
H ELIAS MASCARENHAS

integrando a Exposição Geral dos Arquitetos. Foram investimentos


de R$ 7,5 milhões, financiados pelo Banco Interamericano de
Desenvolvimento — BID e Banco do Nordeste — BNB, através do
Programa de Desenvolvimento Turístico — Prodetur.

PATRIMÔNIO| 125
H ELIAS MASCARENHAS (2)
Praça das Artes, Cultura e Memória

Durante as comemorações dos 450 anos da cidade de Salvador,


em 1999, foi concluída a recuperação do Sítio Arqueológico da
Sé, uma parceria entre o Governo do Estado, que investiu R$ 3,5
milhões, e a Prefeitura Municipal de Salvador. A obra incluiu a ilumi-
nação cênica da Santa Casa da Misericórdia, da Catedral Basílica e
do Palácio Arquiepiscopal. Em 2000, a SCT fez outras intervenções
no Centro Histórico de Salvador: Câmara Municipal de Salvador,
Portal da Misericórdia e Teatro Miguel Santana, além de dois imó-
veis que vão abrigar a sede do IPAC.
O IPAC realizou também aquisições e regularizações de imóveis,
no valor de R$ 6,3 milhões, tendo efetuado no período 1.489 inde-
nizações, iniciativas necessárias à valorização ambiental e cultural
deste importante sítio. Ainda no Centro Histórico de Salvador, o
IPAC recuperou imóveis isolados e fez obras complementares e de
reforço de estrutura de monumentos tombados, que atingiram inves-
Solar Ferrão
timento no valor de R$ 12,2 milhões.

126 | C U L T U R A
Aplicados 1ª Etapa - Q2M
Centro Histórico de Salvador
R$ milhões
4ª A 7ª ETAPAS DA RECUPERAÇÃO 26,4
• 4ª etapa – 43 imóveis
• 5ª etapa – 48 imóveis
• 6ª etapa – 76 imóveis
• 7ª etapa – nova sede do IPAC
OUTRAS INTERVENÇÕES DE RECUPERAÇÃO 23,2
• Câmara Municipal
• Praça da Sé – iluminação
1ª Etapa - Q5M
• Portal da Misericórdia
• Quarteirão Cultural
• Memorial do Centro Histórico de Salvador
• Imóveis Projeto Axé
• Imóveis Rua José de Alencar
• Imóvel Ladeira do Boqueirão
• Imóvel Rua Alfredo de Brito, 13
• Imóvel Rua Gregório de Matos, 13
• Ladeira da Misericórdia – 5 imóveis
• Recuperação de imóveis tombados 1ª Etapa - Q6M
• Reforço de estruturas de monumentos tombados
• Obras complementares a monumentos tombados
• Fundação Casa de Jorge Amado
• Escola de Dança da Funceb
AQUISIÇÃO E REGULARIZAÇÃO DE IMÓVEIS 6,3
• Aquisição de imóveis
• Regularização de imóveis
• Indenização p/desocupação de imóveis
1ª Etapa - Q10M
Asilo Santa Isabel

2ª Etapa - Q35P e Q36P


H ELIAS MASCARENHAS

PATRIMÔNIO| 127
3ª Etapa
Q12M, Q13M, Q14M

4ª Etapa
Q3M, Q7M, Q11M
Q15T, Q16T, Q17T

128 | C U L T U R A
H ELIAS MASCARENHAS (5)

Centro Histórico de Porto Seguro


e Trancoso
As obras de recuperação do Centro Histórico de Porto Seguro e
Trancoso foram iniciadas em 1998, como parte das comemorações
dos 500 Anos do Brasil. Com investimentos do Prodetur, abrange-
ram 55 imóveis e cinco importantes monumentos: igrejas de Nossa
Senhora da Pena, da Misericórdia e de São Domingos, Casa de
Câmara e Cadeia, em Porto Seguro, e Igreja de São João Batista,
em Trancoso.
Em 2002, foram executadas obras complementares no Centro
Histórico de Porto Seguro, para melhoria na recepção dos turistas na
Cidade Alta. Em 2003, com recursos do Programa BID Monumenta,
foram realizados estudos e projetos do patrimônio cultural urbano.
Os investimentos realizados na recuperação do Centro Histórico de
Porto Seguro e Trancoso atingiram o total de R$ 3,7 milhões.

Igreja de São João Batista, em Trancoso


JOTAFREITAS
H

PATRIMÔNIO| 129
Preservação de sítios históricos
— BID Monumenta
Este é um programa de recuperação sustentável do patrimônio
histórico, através de obras de conservação e restauro e de medidas
econômicas, institucionais e educativas, em sítios históricos urbanos
tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
— Iphan. Na Bahia, estas ações, iniciadas em 2002, concentram-se
nas cidades históricas de Cachoeira e Lençóis e são realizadas pela
SCT/IPAC, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvol-
vimento — BID e Ministério da Cultura. O investimento total reali-
zado no período 2002-2004 foi da ordem de R$ 4,6 milhões. Em
Cachoeira, ainda estão contratadas obras no Conjunto do Carmo,
com investimentos de R$ 3,2 milhões.

Aplicados
Programa BID Monumenta Estágio
R$ milhões
Cachoeira • Capela de N.Sra. da Ajuda Concluídas 2,8
• Casa de Ana Nery
• Casa de Câmara e Cadeia
• Igreja de N.Sra. do Rosário
• Conjunto do Carmo: Licitadas 3,2
Igreja da Ordem 1ª,
Igreja da Ordem 3ª,
Casa de oração e convento
Lençóis • Ponte sobre o Rio Lençóis Concluídas 1,8
• Antiga sede da Prefeitura
• Mercado público municipal

Convento e Igreja de N.S. do Carmo, em Cachoeira Ponte sobre o Rio Lençóis, em Lençóis
H ELIAS MASCARENHAS

HJOTAFREITAS

130 | C U L T U R A
Construções históricas

H ELIAS MASCARENHAS
A SCT/IPAC recupera, preserva, conserva e acompanha obras
na capital e no interior, devolvendo à sociedade importantes bens
monumentais, com peças de relevante interesse patrimonial e artís-
tico para a Bahia. Nesta área, investiu em torno de R$ 21,3 milhões,
entre 1995 e 2004.

Aplicados
Patrimônio Salão nobre do Colégio Central
R$ milhões
da Bahia, em Salvador
CAPITAL 0,6

H ELIAS MASCARENHAS
• Arquivo Público do Estado
• Casa da Providência
• Colégio Central da Bahia — salão nobre
• Edifício sede da Associação Baiana de Imprensa
• Escola Azevedo Fernandes
• Forte do Barbalho
• Forte de Santo Antônio
• Forte de São Diogo — auditório
• Gabinete Português de Leitura

Casa de Câmara e Cadeia


H ELIAS MASCARENHAS

de Caetité

H ELIAS MASCARENHAS

Salão da sede da Irmandade


da Boa Morte
H JOTAFREITAS

Ancoradouro flutuante
Sede da Irmandade da Boa Morte, em Cachoeira de Canavieiras

PATRIMÔNIO| 131
Aplicados
Patrimônio
R$ milhões
INTERIOR 9,3
Andaraí • Sobrado da Praça Aurelino Gondim
Cachoeira • Quarteirão da Irmandade da
Boa Morte e Capela de N.Sra.
da Boa Morte — 4 imóveis
• Imóvel na Rua 25 de Junho, 8
Caetité • Casa de Anísio Teixeira, auditório
e Casa de Câmara e Cadeia
Canavieiras • Urbanização do cais, restauração
de 48 imóveis e Casa dos Artistas
Cruz das Almas • Prefeitura Municipal
Ilhéus • Quarteirão Jorge Amado e Concha
Acústica
Irará • Solar dos Nogueiras
Jaguaripe • Paço Municipal, Casa de Câmara
e Cadeia
Juazeiro • Sede da Fundação Regional do
São Francisco — 1ª etapa
Lençóis • Imóvel na Av. 7 de Setembro, 35
• Fachadas no Centro Histórico
• Mercado Municipal e praça
• Prefeitura Municipal
Mucugê • Prefeitura Municipal
• Sobrado Snooker — Casa de Cultura
Nazaré • Solar dos Arcos
Paramirim • Casa de Câmara e Cadeia
Santa Terezinha • Estação Ferroviária
Santo Amaro • Solar Biju
São Félix • Fazenda Santa Bárbara
• Soc. Filarmônica União Sanfelixta
Valença • Prefeitura, teatro e casario
CAPITAL E INTERIOR 11,4
Outras intervenções em obras de recuperação, em
fiscalização, orientação e vistorias técnicas de bens
protegidos, na capital e no interior, de 1997 a 2003
H ELIAS MASCARENHAS

Casa de Anísio Teixeira, em Caetité

132 | C U L T U R A
H CARLOS FÉLIX

Igreja do Bonfim, em Salvador

Igrejas
H ELIAS MASCARENHAS

Importantes monumentos religiosos foram recuperados pela SCT


nesses dez anos, na capital e no interior, com recursos do Estado, ou
através de parcerias com prefeituras municipais e outros organismos
e agências de financiamento. As intervenções representaram investi-
mentos da ordem de R$ 11,5 milhões, no período, possibilitando a
recuperação física de destacados bens de grande significação histó-
rica, artística e arquitetônica que formam o patrimônio religioso da
Bahia e do Brasil.
A Basílica do Bonfim, por exemplo, realizou obras em 1999, com
recursos do Prodetur e do Estado, totalizando 1,5 milhão, e atual-
mente encontram-se em recuperação as torres, azulejos e cantarias.
Outros monumentos foram beneficiados, como a Igreja de N.Sra.
do Rosário das Mercês (estrutura física, altares, móveis e imagens) e
Convento da Ordem Terceira de São Francisco (painéis do claustro,
de azulejos do século XVIII), esta última, executada em parceria com
a Fundação Ricardo do Espírito Santo, de Portugal, MinC, Eletrobrás Altar da Igreja da Penha,
em Salvador
e BNDES.

PATRIMÔNIO| 133
H ARQUIVO IPAC
Aplicados
Patrimônio
R$ milhões
CAPITAL 7,5
• Catedral Basílica e museu
• Igreja, convento e cruzeiro de São Francisco
• Claustro do convento da Ordem Terceira de São Francisco
• Convento do Desterro
• Convento de Santa Tereza
• Igreja Basílica do Bonfim
• Igreja da Graça
• Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Mercês
• Igreja de Nossa Senhora da Piedade
• Igreja de Santana, em Nazaré
• Igreja da Ordem Terceira de São Francisco — claustro e convento
• Igreja de São Domingos Gusmão
• Igreja de São Miguel
• Igreja de São Pedro dos Clérigos
• Igreja de Santo Antônio da Barra
• Igreja do Passo
• Mosteiro de São Bento (basílica, colégio, museu e biblioteca)
• Igreja de Nossa Senhora da Lapinha
• Igreja da Penha, em Humaitá
Igreja da Ordem 3ª de • Igreja de Ondina
São Francisco, em Salvador • Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
H ELIAS MASCARENHAS

Terreiro de Jesus, em Salvador

134 | C U L T U R A
Aplicados
Patrimônio
R$ milhões
INTERIOR 3,8
• Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, em Jaguaripe
• Igreja de Bom Jesus dos Passos, em Bom Jesus dos Passos
• Catedral de Nossa Senhora das Grotas, em Juazeiro
• Igreja de Nossa Senhora Rainha dos Anjos, em Nazaré
• Igreja Matriz Nossa Senhora de Nazaré, em Nazaré
• Igreja Matriz de Bom Jesus, em Piatã
• Igreja Matriz de São João Batista, em Jeremoabo
• Igreja de Nossa Senhora dos Humildes, em Santo Amaro
• Igreja de Nossa Senhora Santana, em Caetité
• Igreja de Santo Antônio das Missões, em Jacobina
• Igreja de São Benedito, em Porto Seguro
• Igreja de São Bartolomeu, em Maragogipe
• Igreja de São Domingos Gusmão, em Saubara
• Igreja de São José de Itaporã, em Muritiba
• Igreja do Senhor do Bonfim, no Distrito de Bonfim de
Feira, em Feira de Santana
• Capela de Nossa Senhora da Boa Morte e
quarteirão da Irmandade, em Cachoeira
• Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Monte,
em Cachoeira
• Palácio Episcopal da Diocese de Barra
• Igreja de São Pedro do Monte, em Muritiba
EM RECUPERAÇÃO 0,2
• Catedral de São Sebastião, em Ilhéus
Armário dos Sete Passos
• Capela de São Miguel, em Itacaré
da Paixão, da Igreja
• Igreja de Bom Jesus dos Navegantes, em Barra Matriz de Maragogipe
H ELIAS MASCARENHAS (2)

Igreja Matriz de São Bartolomeu, em Maragogipe

PATRIMÔNIO| 135
Vista aérea do Solar do Unhão
H ARQUIVO MAM

Museus
Os museus baianos, que abrigam acervos de grande valor his-
tórico e artístico, também foram recuperados e adaptados, com
investimentos de R$ 10,6 milhões. Em 1997, a restauração do Solar
do Unhão e a reabertura do Museu de Arte Moderna da Bahia —
MAM ganharam posição e qualidade de complexo cultural com
a inauguração do Parque das Esculturas e da Sala Ruben Valentim.
Além de devolver à comunidade importante conjunto histórico, os
investimentos requalificaram a área da Avenida Contorno, aliado à
beleza natural e à riqueza arquitetônica do local. Essa requalifica-
ção transformou o MAM em referência nacional em arte moderna e
contemporânea.

H ARQUIVO MAM

Parque das Esculturas do MAM

136 | C U L T U R A
ROBERTO NASCIMENTO
Nas instalações do Museu de Arte da Bahia foram feitas obras
no telhado, elevador, pavimentação asfáltica, instalação de equipa-
mentos e aquisição de mobiliário. Em 2004, o Museu foi climatizado
com apoio da Odebrecht e do Banco Santos. Encontram-se em

H
andamento as obras de adaptação do Palacete Bernardo Martins
Catharino, onde será instalado o Museu Rodin Bahia.
Muitas outras intervenções foram realizadas entre 1995 e 2004,
com destaque para: anexo do Palácio da Aclamação, para a instala-
ção da nova sede do Conselho Estadual de Cultura; Museu Tempostal;
Museu de Cerâmica e Azulejaria Udo Knoff; obras emergenciais no
Museu do Recôncavo Wanderley de Pinho; Museu e Convento do
Recolhimento dos Humildes; e Museu Hansen Bahia.
Convênios foram realizados para a recuperação física e do acervo
do Museu da Arquidiocese da Catedral Basílica, para a comemora-
ção do Jubileu 2000 e, com a Petrobras, obras de adaptação estão
Museu da Arquidiocese
sendo executadas, através da Sucab, para a implantação do Museu de Salvador
de Comunicação do Petróleo.

H ELIAS MASCARENHAS
Aplicados
Museus — obras e equipamentos
R$ milhões
CAPITAL 9,6
• Palácio da Aclamação
• Palácio Rio Branco
• Museu Abelardo Rodrigues
• Museu de Arte da Bahia
• Museu de Arte Moderna da Bahia
• Museu de Comunicação do Petróleo
• Museu de Cerâmica e Azulejaria Udo Knoff
• Museu Rodin
• Museu Tempostal
• Diretoria de Museus — Unidade de Restauro
INTERIOR 1,0
• Museu do Recôncavo Wanderley de Pinho, em Candeias
• Museu Recolhimento dos Humildes, em Santo Amaro
• Museu Hansen Bahia, em Cachoeira
• Parque Histórico Castro Alves, em Cabaceiras Museu Tempostal

Museu Hansen Bahia, unidade de São Félix

PATRIMÔNIO| 137
Imagem de São Jorge, na Festa de Santa Bárbara, em Salvador

Bens móveis e integrados


H ELIAS MASCARENHAS (3)

A SCT/IPAC realiza regularmente a recuperação e conservação


de bens móveis de relevante valor artístico e interesse patrimonial
pertencentes a acervos independentes ou integrados a igrejas,
museus e outras construções históricas, da capital e do interior. Este
segmento absorveu recursos na ordem de R$ 1,4 milhão, entre 1995
e 2004.
Em Salvador, foram recuperados bens móveis e integrados, entre
outros, da Biblioteca Thales de Azevedo, Fundação Pedro Calmon,
palácios da Aclamação, de Ondina e Rio Branco, Escola Divino
Mestre, Igreja das Mercês, Museu Tempostal e Desenbahia. No
interior, este mesmo trabalho foi realizado em Arembepe, Belém
de Cachoeira, Cachoeira, Candeias, Cícero Dantas, Conceição do
Almeida, Feira de Santana, Ilha de Maré, Itapororoca, Jacobina, Ma-
Pinturas do acervo da
ragogipe, Muritiba, Monte Santo, Mucugê, Nazaré, Porto Seguro,
Igreja Matriz de Nazaré Saubara, Trancoso e Valença.

138 | C U L T U R A
H ELIAS MASCARENHAS (4)

Imagem de N.Sra. da Boa


Imagem de São Miguel Esperança, de Conceição Imagem de N.Sra. do Bom
Arcanjo, de Saubara do Almeida Sucesso, de Maragogipe

Vale destacar a restauração da imagem de N.Sra. da Vitória, per-


tencente à Catedral de Feira de Santana; da imagem de N.Sra. das
Dores e de gravuras de Hansen Bahia, em Cachoeira; e peças dos
acervos das igrejas de Porto Seguro e Trancoso. Estão sendo recupe-
rados os bens móveis da Fazenda Boa Esperança, em Conceição do
Almeida, e da Casa de Câmara e Cadeia de Cachoeira.
Imagem de N.Sra. da
Vitória, da Catedral
Conservação e restauração de bens móveis de Feira de Santana
Imagens sacras Peças de mobiliário Obras de arte
1995 16 1995 200 1995 54
1996 89 1996 6 1996 22
1997 37 1997 173 1997 118
1998 198 1998 44 1998 41
1999 28 1999 131 1999 6
2000 23 2000 72 2000 59
2001 23 2001 32 2001 25
2002 12 2002 59 2002 126
2003 7 2003 183 2003 161
2004 22 2004 268 2004 10

Prataria, ourivesaria
Bens integrados e peças de metal Peças de decoração
1995 46 1995 3 1995 1
1996 5 1996 1996 2
1997 2 1997 1 1997 55
1998 9 1998 90 1998 327
1999 88 1999 1 1999 11
2000 65 2000 14 2000 19
2001 52 2001 22 2001 49
2002 57 2002 6 2002 59
2003 2 2003 123 2003 19

PATRIMÔNIO| 139
Projetos de arquitetura e
estudos para tombamento
A SCT, através do IPAC, realiza projetos de recuperação e de
restauro, estudos e pesquisas para tombamento de diferentes bens
patrimoniais, materiais e imateriais, em imóveis e monumentos de
importância histórica e cultural para a Bahia.

Restauração dos fortes

Com investimentos de R$ 547 mil, foram elaborados os projetos


arquitetônicos para as obras de restauração dos fortes de São Mar-
celo, São Paulo da Gamboa, Santo Antonio Além-do-Carmo e Nossa
Senhora do Monte do Barbalho, com recursos do BID, através do
Banco do Nordeste e do Ministério do Turismo.

Projetos de arquitetura

Estudo de paisagismo para Entre os projetos de arquitetura, destaque para a recuperação da


o Forte São Marcelo
Escola Mestre Pastinha; Largo do Artesanato, em Salvador, e Estação
Ferroviária São Francisco, em Alagoinhas. Além do termo de refe-
rência do Pólo do Descobrimento (Porto Seguro e Belmonte), para
o Prodetur II, o IPAC elaborou as normas técnicas de projeto para os
120 imóveis que fazem parte do Programa Monumenta/7ª Etapa
do Centro Histórico de Salvador, a cargo da Conder. As normas são
importante subsídio para a intervenção física. A SCT investiu R$ 1,4
milhão em projetos de arquitetura.
H ELIAS MASCARENHAS

Forte do Barbalho

140 | C U L T U R A
Estudos e pesquisas para tombamento

Estudos e pesquisas para tombamento de bens culturais foram


realizados atendendo a solicitações do Conselho Estadual de Cultura,
prefeituras municipais do interior e particulares. Esse trabalho é
realizado de forma articulada e integrada com a Câmara do Patrimô-
nio do Conselho e instituições como Centro de Recursos Ambientais/
Semarh, Empresa de Turismo de Salvador — Emtursa e ONGs, dentre
outros.
Entre 1995 e 2004, esses estudos e pesquisas resultaram em leis
Painel de Ogum, no
estaduais e 38 tombamentos de importantes imóveis e monumentos Terreiro Pilão de Prata
(22 na capital e 16 no interior), garantindo que bens de inestimável
valor histórico e cultural preservem suas características originais, com
a proteção do Estado.
Somente em 2004, resultaram no tombamento, em Salvador, da
igreja de São Lázaro e Lazareto (século XVIII); terreiros de candom-
blé de São Jorge Filho da Goméia, em Portão, Pilão de Prata, na Boca
do Rio, e Oxumaré, na Avenida Vasco da Gama. No interior, foram
tombados o sobrado e fábrica do Engenho Cajaíba (século XVIII),
em São Francisco do Conde; a casa-sede da Fazenda Cabaceiras
(1820), em Curralinhos, distrito de Castro Alves; e o Paço Municipal
de Feira de Santana (1920).
H ELIAS MASCARENHAS (4)

Assentamento de caboclo,
no Ilê Axé Oxumaré

Casa da obrigação das águas


Pintura na casa de Oxumaré, no Terreiro Aganju de Oxalá, no Terreiro Aganju

PATRIMÔNIO| 141
Fiscalização e acompanhamento
de obras
O IPAC também realiza fiscalização e acompanhamento das
obras sob sua responsabilidade, incluindo as do Projeto Rememorar I,
executado pela Conder. Em sua primeira fase, em 2004, cinco imó-
veis, localizados no Santo Antônio Além-do-Carmo, em Salvador,
foram transformados em residências múltiplas.

Inventário de Proteção do
Acervo Cultural da Bahia
Criado em 1999, o Centro de Referência Cultural da Bahia, ins-
talado no Quarteirão Cultural, abriga o Inventário de Proteção do
Acervo Cultural da Bahia, considerado um dos mais importantes
acervos documentais de arquitetura e urbanismo do país. Além de
proteção e salvaguarda dos bens, o Inventário é importante fonte
de informação para estudantes, pesquisadores e público em geral.
Em 2002, recebeu o Prêmio Rodrigo Melo Franco, concedido pelo
Ministério da Cultura, pela excelência do projeto, resultado de trinta
anos de trabalho.
O Inventário de Proteção do Acervo Cultural da Bahia, disponí-
vel em página na Internet e em CD-ROM, tem arquivo e biblioteca
organizados e já publicados em sete volumes impressos. Apresenta
identificação, estado de conservação e uso, fotografias e plantas de
monumentos e sítios de Salvador, Recôncavo, Serra Geral, Chapada
Diamantina, Litoral Sul, Mesorregiões Nordeste, Vale do São Fran-
cisco, Extremo Oeste, Mesopastoril e Mesorregiões 5, 6 e 7. Estão
incluídas fichas de monumentos, tombados ou não, da arquitetura
religiosa assistencial ou funerária, militar, civil de função pública e
de função privada, industrial e agrícola.

142 | C U L T U R A
PRESERVAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DO
PATRIMÔNIO CULTURAL INTANGÍVEL
Entre as ações destinadas à preservação do patrimônio cultural e
histórico da Bahia, a Secretaria da Cultura e Turismo tem a respon-
sabilidade de proteger também os bens imateriais ou intangíveis. Para
isso, desenvolve políticas específicas, como a educação patrimonial
de importantes segmentos culturais, envolvendo profissionais que
atuam na área e outros agentes da comunidade.

Mestres dos Saberes e Fazeres da


Cultura Tradicional Popular da Bahia
Programa de valorização do patrimônio cultural humano — patri-
mônio imaterial —, é realizado através do Conselho Estadual de
Cultura, do IPAC e Funceb. Foi implantado em 2004, com a criação,
regulamentação e abertura de inscrições para o registro dos Mestres
dos Saberes e Fazeres da Cultura Tradicional Popular do Estado da
Bahia, ameaçados de extinção, para assegurar a preservação desse
conhecimento.
Mestres reconhecidos pela comunidade são identificados, diplo-
mados e registrados em livro de tombo específico, e recebem apoio
financeiro, em caso de necessidade. Os saveiristas (construtores e nave-
gadores) foram os primeiros mestres selecionados pelo programa,
com apoio do Centro Náutico da Bahia. Quatorze foram reconhe-
cidos como tesouros vivos da cultura, a maioria em Maragogipe, no
Recôncavo Baiano.
H ARQUIVO CENAB
Saveiros

PATRIMÔNIO| 143
H ELIAS MASCARENHAS (2)
Festa de Santa Bárbara

No final de 2004, foram abertos processos de registro como bens


culturais imateriais ou intangíveis: da festa de Santa Bárbara, no Livro
do Registro dos Eventos e das Celebrações do Estado; e da capoeira,
no Livro do Registro Especial das Expressões Lúdicas e Artísticas, con-
tando com apoio da Sociedade Brasileira de Defesa da Capoeira —
Forte da Capoeira.
H MARISA VIANNA (2)
Roda de mestres da Capoeira

144 | C U L T U R A
Educação patrimonial
As ações educativas destinadas à preservação e proteção do
patrimônio material e imaterial ou intangível são marcadas pelo
pioneirismo. Importantes atividades de educação patrimonial foram
realizadas no período, através de parcerias entre a SCT e organismos
nacionais e internacionais. Convênios com o International Council
on Monuments and Sites — Icomos/Unesco, UFBA, UNEB, UCSAL,
Universidade Politécnica de Valencia (Espanha) e Fórum Unesco
Universidades e Patrimônio possibilitaram a realização de cursos,
seminários e palestras, com atividades de qualificação e capacitação
de recursos humanos.

Ano Atividade/clientela/local/convênio
2000 • Curso de manutenção de monumentos, para as comunidades
paroquianas de treze igrejas, em Salvador, convênio Icomos
• Curso “Cultura, memória e patrimônio”, para alunos do curso de
restauração do Liceu de Artes e Ofícios, em Salvador, convênio
Icomos
2001 • Curso de treinamento de manutenção de monumentos e sítios,
para capacitação de mão-de-obra em restauro de seis municípios
do Recôncavo, em Cachoeira, convênio Icomos
2002 • Seminário internacional “Patrimônio intangível nas Américas:
a Terra, o Homem e a Cultura”, gerando três cursos em manuten-
ção de monumentos, para 139 alunos vindos de quatro estados,
e dois do Chile, em Salvador e Cachoeira, convênio Icomos
2003 • Seminário “Os desafios de uma cidade patrimônio: conciliação
entre tradição e desenvolvimento”, com 181 participantes, sendo
onze palestrantes estrangeiros, em Salvador, convênio UFBA,
UNEB, UCSAL, Universidade Politécnica de Valencia (Espanha),
Forum Unesco Universidades e Patrimônio
2004 • Criação do Centro de Referência em Educação Patrimonial
H LÁZARO MENEZES

Uma palestra da “Sexta Patrimonial”

PATRIMÔNIO| 145
O Centro de Referência em Educação Patrimonial da Bahia —
CREP, criado em 2004, tem as funções de sistematização, execução,
fiscalização, acompanhamento e avaliação do processo de educa-
ção patrimonial, associado a programas de identificação, pesquisa,
documentação, proteção legal, preservação e divulgação de bens
culturais, espaços preservados, saberes e fazeres tradicionais, cele-
brações e expressões artísticas espontâneas, e definidos a partir de
critérios técnicos de viabilidade, importância e exeqüibilidade.
Dentro da programação do CREP, foi instituída a Sexta Patrimonial,
realizada mensalmente e dirigida aos funcionários do IPAC e aberta
ao público em geral. Tem a finalidade de promover reflexão perma-
nente sobre as políticas de restauração e preservação de bens cultu-
rais da Bahia. Em 2004, foram realizadas as palestras: “Restauração
do monumento à Batalha de Riachuelo” por Ana Maria Vilar; “Histó-
rico da preservação dos bens imóveis na Bahia” por Adolfo Roriz;
“Reflexões sobre uma política de educação patrimonial para o Estado
da Bahia” por Etelvina Rebouças, Maria Conceição Barbosa, Lígia
Galeffi e Ana Tereza Góis.
Para sensibilização e capacitação da comunidade para atuar no
processo de preservação, em 2003 foi usada estratégia educativa
diferenciada: através do programa Jovens em Construção, foi criada
a Eletrocooperativa — Batida de Todos os Santos, que treinou ses-
senta jovens para o mercado profissional da música; outros cem
foram capacitados na área de restauro, na Escola Oficina de Salva-
dor, em convênio com a UFBA/Fapex.

Dinamização de museus
Os museus baianos pertencentes ao Estado (de Arte da Bahia,
de Arte Moderna da Bahia, Abelardo Rodrigues, Tempostal, Udo
Knoff, Palácio da Aclamação, Parque Histórico Castro Alves, Wan-
derley de Pinho, Galeria Solar Ferrão) estão sob a administração da
SCT/IPAC desde 2003. São centros formadores, difusores e de convi-
vência, vivos e dinâmicos, com exposições permanentes e temporá-
rias, eventos paralelos às exposições e serviço de museu-escola com
visitas guiadas para estudantes, instituições e grupos.
Além dos projetos promovidos pela SCT, os museus abrigam
eventos por cessão ou aluguel de pauta, ou realizados em parceria
com outras instituições culturais. Também prestam serviços de apoio,
cooperação, qualificação e atualização técnica, com destaque para o

146 | C U L T U R A
Salão MAM de Artes Plásticas, um dos maiores concursos de incen-
tivo ao gênero no país.
O Museu de Arte Moderna da Bahia, considerado um dos mais
importantes do país, tem conceito de qualidade consolidado e
extrapolou sua abrangência nacional com exposição internacional
realizada em Paris, em 1998, composta de 142 trabalhos de 29 artis-
tas baianos expostos em seis galerias da cidade. Em 2001, obras dos
acervos do MAM e do MAB foram cedidas para a grande mostra
de arte brasileira “Brazil, Body & Soul”, no Museu Guggenheim, em
Nova York. O MAM também participou de exposição com artistas
portugueses e brasileiros, em Leiria, Portugal.
Em 2002, o MAM foi escolhido para fazer parte da exposição
“Rumos visuais”, organizada pelo Instituto Itaú Cultural, em São Paulo,
e recebeu homenagem da Associação Brasileira dos Críticos de Arte,
pela excelência dos serviços prestados ao incentivo e difusão das
artes plásticas. Em 2003, promoveu exposições fora de Salvador:
curadoria da Bienal de Buenos Aires, com parte do acervo; exposi-
ção de Caetano Dias no MAM-RJ; exposições itinerantes dos artistas
premiados no Salão MAM Bahia, em João Pessoa, Recife e Fortaleza.

FLUXO DOS MUSEUS ESTADUAIS


Museu de Arte da Bahia
Obras de arte Museu-Escola:
Exposições Público Eventos adquiridas alunos atendidos
1995 7 10.418 11 2 6.823
1996 5 12.100 8 5 8.935
1997 8 8.956 7 184 5.333
1998 7 7.594 7 174 4.224
1999 9 12.131 9 16 7.627
2000 4 9.035 2 7 6.187
2001 8 72.625 7 41.516
2002 5 6.390 3 2 855
2003 4 13.205 6 12
2004 9 23.000 6 336

Museu de Arte Moderna da Bahia


Oficinas de Obras de arte
Exposições Público expressão Participantes adquiridas
1995 26 86.000 11 436 46
1996 32 98.000 11 615 26
1997 23 75.000 11 487 167
1998 31 82.000 12 545 92
1999 33 100.000 12 720 17
2000 29 84.000 16 735 16
2001 36 100.000 16 715 19
2002 31 80.000 17 728 31
2003 26 130.000 18 640 16
2004 14 58.000 18 660 17

PATRIMÔNIO| 147
FLUXO DOS MUSEUS ESTADUAIS (continuação)
Museu de Arte Moderna da Bahia
Inscrições no Estados Museu-Escola:
Eventos Público Salão MAM participantes alunos atendidos
1995 581 20 2.595
1996 1.007 25 3.762
1997 1.143 24 3.550
1998 1.816 25 3.677
1999 1.944 26 4.292
2000 68 19.600 1.912 25 5.231
2001 45 36.000 1.738 25 4.523
2002 21 21.780 1.687 26 5.562
2003 15 9.230 1.800 26
2004 21 15.630 1.399 25 3.345

Museu Abelardo Rodrigues


Pesquisadores e
Exposições Público Eventos alunos atendidos
1995 7 29.060 4 6.965
1996 2 7.662 3 1.429
1997 1 6.255 1 1.870
1998 4 11.085 1 1.907
1999 4 7.869 1 1.357
2000 1 7.293 2 1.420
2001 1 9.293 2 1.621
2002 7 8.321 1 1.220
2003 15 14.286 10 5.203
2004 7 9.284 30 1.699

Palácio da Aclamação
Público
Exposições Público Eventos dos eventos Oficinas
1995 15 6.500 27
1996 2 6.250 10 5.270 23
1997 4 2.870 11 11.798 15
1998 16 3.572 8
1999 1 102 7 7 19
2000 4 2.910 10 10 12
2001 2 2.290 6 6 15
2002 1 580 13 13 11
2003 9 9
2004 2 1.790 20 20

Palácio da Aclamação Galeria Solar Ferrão


Participantes Público Exposições
das oficinas Feiras das feiras e eventos Público
1995 260 11 21.151
1996 263 8 9.616 16 11.732
1997 214 5 12.700 15 16.699
1998 126 9 6.550 29 24.863
1999 203 14 15.662 14 15.394
2000 317 9 3.655 18 12.327
2001 166 6 22.740 16 13.069
2002 154 21 15.553
2003 2 15.000 11 12.317
2004 15 14.080

148 | C U L T U R A
FLUXO DOS MUSEUS ESTADUAIS (continuação)
Parque Histórico Castro Alves
Público Pesquisadores e
Exposições Público Eventos dos eventos alunos atendidos
1995 1 166 4 3.690 1.046
1996 3 3.355 11 3.776 515
1997 4 4.150 6 3.500 1.673
1998 3 2.504 7 2.500 2.037
1999 2 2.510 1.956
2000 8 2.500 2.557
2001 1 3.926 4 2.300 1.824
2002 3 6.909 1 1.521 1.398
2003 1 2.667 10 3.899
2004 1 3.626 4 1.309 211

Parque Histórico Castro Alves Museu Tempostal


Participantes Exposições Pesquisadores e
Oficinas das oficinas e eventos Público alunos atendidos
1995
1996 4 186
1997 4 178 1 1.131 102
1998 4 133 5 6.136 927
1999 2 80 3 11.453 2.664
2000 6 207 4 6.022 1.548
2001 1 38 1 2.944 709
2002 2 4.059 347
2003 7 6.000 795
2004 2 135 9 8.850 1.546

Museu do Recôncavo Wanderley de Pinho


Exposições Pesquisadores e
e eventos Público Oficinas Participantes alunos atendidos
1995 9 5.947 3 70 662
1996 4 4.442 4 32 1.324
1997 10 3.936 1 150 3.177
1998 21 5.624 1 113 241
1999 6 6.741 1 30
2000
2001 5
2002 66

Exposição “80 anos de coleções na Bahia” no Museu de Arte da Bahia

PATRIMÔNIO| 149
$ Fotos de exposições Museu de Arte da Bahia
do MAB: “Festa barroca
a azul e branco”, “O
leque, seu tempo e sua Fundado em 1918, o mais antigo museu da Bahia foi formado por
linguagem”, “Estórias
de dor, esperança e
duas importantes coleções particulares de pinturas e artes decora-
festa” e “Margaret Mee” tivas, adquiridas pelo Estado. Hoje, sua coleção de pinturas reúne
obras dos principais representantes da escola baiana de pintura
(séculos XVIII e XIX) e das escolas européias dos séculos XVII e XVIII;
a de artes decorativas tem porcelanas orientais e européias, louças
históricas, cristais, ourivesaria e mobiliário. Há ainda coleções de
esculturas sacras, desenhos, gravuras e documentos históricos.
O MAB apresentou exposições significativas, com êxito de crítica
e de público. Destaque especial para a mostra “Auguste Rodin —
esculturas e fotografias”, em 2001, com recorde de 55 mil visitantes,
tornando-se a semente para a futura instalação do Museu Rodin
Bahia.
Em 2003, o MAB ampliou seu acervo, com a doação, pela família
Pedreira, de oito obras de importantes pintores — Presciliano Silva,
Manoel Lopes Rodrigues, Mendonça Filho e José Rescala —, todas
incorporadas ao patrimônio do Estado e expostas no Museu. Por
sua importância, o MAB recebeu prêmio pela publicação Louça
histórica, em São Paulo.

Exposição “Rodin”

150 | C U L T U R A
Museu de Arte Moderna

Fundado em 1959, a partir de 1966 o MAM passou a ocupar


o Solar do Unhão, com acervo de pinturas, gravuras, fotografias,
desenhos e esculturas de pioneiros do modernismo, como Tarsila do
Amaral, Cândido Portinari, Flávio de Carvalho, Emiliano Di Caval-
canti, Pancetti, Carybé, Mário Cravo e Sante Scaldaferri, entre outros.
Hoje o complexo cultural MAM inclui o Parque das Esculturas, com
exposição permanente de 21 obras de artistas como Mestre Didi e
Emanoel Araújo, e a sala Rubem Valentim. Além das exposições
permanentes, são realizadas exposições temporárias e inúmeros
eventos.

Parque das Esculturas do Museu de Arte Moderna da Bahia

PATRIMÔNIO| 151
Uma das salas de exposição do MAM

MAM Além da realização anual do Salão MAM Bahia de Artes Plásti-


Produção editorial
cas, já na 11ª edição, o MAM realizou também, em 2001 e 2002, o
1995 1
1996 2
Salão Internacional de Humor na Bahia. O MAM-Bahia firmou con-
1997 2 vênios com o MAM-RJ (1996 e 1997), onde realizou exposição de
1998 3
1999 4
Caetano Dias, e com a Fundação Bienal de São Paulo, em 1997.
2000 4 Fez exposições em Recife, João Pessoa, Fortaleza, Belém, São Paulo
2001 4
e Jequié e cedeu por empréstimo obras para a Bienal de Buenos
2002 4
2003 4 Aires.
2004 4
O MAM oferece regularmente oficinas de expressão plástica
(desenho, litografia, escultura, cerâmica, pintura, gravura em metal,
serigrafia, papel artesanal e xilogravura), com média de 700 alunos/
ano, o que contribui para dinamizar o panorama das artes plásticas,
formando e instrumentando artistas e artesãos e realizando mostras
semestrais de trabalhos dos alunos das oficinas.

Oficina de expressão plástica do MAM Exposição de Jesus Soto

152 | C U L T U R A
ROBERTO NASCIMENTO
H

Salão de exposição do Museu Abelardo Rodrigues

Museu Abelardo Rodrigues

Inaugurado em 1981, no Solar Ferrão, Quarteirão Cultural do


Centro Histórico de Salvador, o Museu abriga acervo em madeira
policromada, barro cozido, marfim, pedra, metal, oratórios e
imagens de roca. Possui uma das mais importantes coleções de
arte sacra do Brasil, representativa da imaginária religiosa brasileira,
européia e oriental dos séculos XVII a XIX.
Para comemorar seus vinte anos, em 2001, o MAR inaugurou
nova museografia e lançou CD-ROM com 250 imagens. Pela im-
portância do seu acervo, cedeu peças para exposições no Palácio
do Itamaraty, em Brasília (1997); no Petit Palais, na França (1999);
# Imagens do acervo
Mostra do Redescobrimento, em São Paulo, Casa Cor Bahia (2000) do Museu Abelardo
e Fundação Instituto Feminino (2001). O MAR mantém parcerias Rodrigues: São Miguel
Arcanjo, São José, São
com a Associação de Pequenos Pintores de Arte Naïf e com o grupo Tarciso, São Joaquim
Cultural Filhos de Gandhy Mirim, para vivências práticas no Museu. e São Vicente Ferrer
H LÁZARO MENEZES (5)

PATRIMÔNIO| 153
ELIAS MASCARENHAS (reproduções)

H ELIAS MASCARENHAS
Museu Tempostal
H

Museu Tempostal

Instalado no Centro Histórico de Salvador, em 1997, o Museu


Tempostal conta com mais de 35 mil cartões-postais, acervo que
vem sendo ampliado com doações. Possui ainda dois mil títulos
bibliográficos sobre folclore, cartofilia e história.

Galeria Solar Ferrão

Localizada no Solar Ferrão, no Quarteirão Cultural do Centro


Histórico de Salvador, a Galeria realiza exposições e eventos e
representa importante espaço alternativo para artistas emergentes.
Também abriga atividades promovidas por entidades como IPAC,
Museu Hansen Bahia, UFBA, Afoxé Filhos de Gandhy. Destaque
para as mostras dos artistas premiados nos Salões Regionais de
Artes Plásticas da Bahia e as exposições relativas à recuperação
do Centro Histórico de Salvador.
DIOGO MASCARENHAS
H

Galeria Solar Ferrão

154 | C U L T U R A
Palácio da Aclamação

Palácio da Aclamação

O Palácio da Aclamação — e Passeio Público, integrado ao seu


espaço — promove exposições temporárias e eventos como feiras,
lançamentos de livros e oficinas.

Parque Histórico Castro Alves

Inaugurado em 1971, marcando o primeiro centenário de morte


de Castro Alves, o Parque está situado na parte antiga da Fazenda
Cabaceiras, no município de Cabaceiras do Paraguaçu, onde nasceu PHCA
o poeta. Além do museu, há uma escola de ensino fundamental e Usuários da biblioteca
médio, fonte, marcos, caramanchão e grande área verde. O acervo 1995 111
1996 1.640
é composto de 386 objetos que pertenceram ao poeta e familiares, 1997 1.414
entre fotografias, cartões-postais, manuscritos, livros, indumentária, 1998 1.284
1999 1.667
adornos pessoais, utensílios domésticos e artes visuais. Possui mini- 2000 2.778
auditório para exibição de vídeos, anfiteatro com 100 lugares, biblio- 2001 3.091
2002 1.461
teca e residência de apoio.

Parque Histórico Castro Alves

PATRIMÔNIO| 155
H ELIAS MASCARENHAS

Museu do Recôncavo Wanderley de Pinho

Situado no Engenho Freguesia, na localidade de Caboto, muni-


cípio de Candeias, o monumento data de 1584 e abriga de forma
integrada capela e casa grande, exemplar raro de arquitetura. Seu
acervo é constituído de 266 peças, incluindo mobiliário, imaginária,
escultura, porcelana, tecnologia rural, têxtil e paramentos. Em 1995
e 2003 foram realizadas obras emergenciais para salvaguarda do
imóvel. Fechado temporariamente para visitas, aguarda obras
de recuperação, e seu acervo encontra-se sob a guarda do Palácio
da Aclamação.

Diretoria de Museus

Através da Diretoria de Museus, o IPAC dá suporte técnico e


apoio a museus vinculados à SCT, conveniados, unidades privadas
e instituições. São ações de documentação técnico-científica, ava-
liação e diagnóstico de acervos, organização, projetos e montagem
de exposições temáticas, intervenções de conservação e restauro de
peças de acervos.
O IPAC mantém banco de referências sobre os museus da Bahia,
com atendimento a pesquisadores e estudantes, e promove expo-
sições itinerantes e palestras, proporcionando às comunidades o
contato com peças de acervos pertencentes a museus do Estado.
Em 2003 e 2004, realizou a mostra itinerante “Nossos museus”;
outras exposições como “Bahia Antiga — Salvador verso e reverso”,
na Sociedade Integral de Ensino; “As mãos e a massa”, com palestras
de Cid Teixeira e Raul Lody; e palestras como “Santos juninos e o
sincretismo religioso baiano”, com Júlio Braga; “Os museus da Cidade
de Salvador” e “Roteiro dos monumentos religiosos do CHS”, com
Eliene Bina e Sônia Ivo.

156 | C U L T U R A
Principais instituições atendidas pela Dimus
Em Salvador:
• Instituto Geográfico e Histórico da Bahia
• Casa da Música
• Coleção Osmar Macedo
• Museu Antropológico Estácio de Lima
• Acervo Lindembergue Cardoso
• Coleção Voltaire Fraga
• Memorial Mãe Menininha do Gantois
No interior:
• Museu do Recolhimento dos Humildes, em Santo Amaro
• Casa de Cultura Afrânio Peixoto, em Lençóis
• Parque Histórico Castro Alves, em Cabaceiras do Paraguaçu
• Museu do Recôncavo Wanderley de Pinho, em Candeias
• Associação dos Amigos de Jequié
• Irmandade de N.S. da Boa Morte, em Cachoeira
• Casa e Memorial Pedro Batista, em Santa Brígida
• Museu Aberto do Descobrimento, em Porto Seguro
• Museu Casa de Rui Barbosa
• Biblioteca Juracy Magalhães Jr., em Itaparica
• Museu de Arte e Ciência, em Itapetinga
• Museu Casa Verde, em Itabuna
• Fundação Hansen Bahia, em Cachoeira

Auditório da Fundação Hansen Bahia

PATRIMÔNIO| 157
Aquisição de acervos museológicos
Foram doados ao Estado dois importantes acervos, incorpo-
rados ao seu patrimônio, e que se encontram sob a administração
e guarda da SCT/IPAC.

Museu de Azulejaria e Cerâmica — Coleção Udo Knoff

O Estado recebeu em doação, do antigo Banco do Estado da


Bahia — Baneb, o acervo do Museu de Azulejaria e Cerâmica Udo
Knoff, enriquecido com mais 60 peças adquiridas pelo IPAC. Hoje,
o acervo está composto de 29 painéis e 1.710 peças, além de biblio-
teca contendo 387 títulos importantes.
Em 2002, o pavimento térreo do edifício foi ampliado, e foram
assinados convênios com a Associação Baiana de Arte Cerâmica e o
Instituto Ítalo-Latino-Americano, para realização de curso de restau-
ração de cerâmica arqueológica, para 24 alunos. Em 2004, o Museu
foi reaberto ao público, com palestra e oficinas de cerâmica de mode-
lagem escultórica, em parceria com o Instituto Mauá. Também realizou
a exposição “Projeto Expresso de Arte” e a mostra da oficina de confec-
ção e restauro de cerâmica, em convênio com a Fundação Cidade Mãe.

Arte Africana — Coleção Cláudio Masella

Valioso acervo de arte africana, doado pelo italiano Cláudio Ma-


sella, foi transportado da Itália para a Bahia, com o compromisso
de ser exposto em espaço especialmente destinado a ele, no antigo
parque da Embasa no Queimadinho, atualmente em reforma. A
coleção é composta de diversificada mostra de arte africana, com
cerca de 1.000 peças de significativo valor artístico e etnográfico.
São máscaras, estatuetas, representações da produção de cunho
sagrado e simbólico de diferentes sociedades-matrizes referenciais
da formação étnica e cultural da Bahia.
H ELIAS MASCARENHAS
Museu de Azulejaria e Cerâmica Udo Knoff

158 | C U L T U R A
É primavera no Pelô
H JOTAFREITAS

Dinamização do Centro Histórico


de Salvador
Pelourinho Dia & Noite Pelourinho
Dia & Noite
Eventos
O projeto Pelourinho Dia & Noite, criado em 1995, é responsá-
1995 713
vel pela dinamização do Centro Histórico de Salvador, estimulando 1996 1.001
o desenvolvimento, implementando bases de renovação e fortaleci- 1997 1.872
1998 1.579
mento dos processos de criação, produção e difusão cultural. Com 1999 1.130
intensa e diversificada programação, o projeto recebeu o Prêmio Top 2000 1.586
2001 1.532
of Mind, por dois anos consecutivos (1999-2000), comprovando que
o Pelourinho é reconhecido, por baianos e turistas, como espaço Artistas envolvidos
de difusão cultural plural. 1995 2.692
1996 3.680
Desde a sua criação, o Pelourinho Dia & Noite realiza progra-
1997 5.684
mação diária e eventos especiais, como as palestras do “Pelô que 1998 4.928
pensa” (2000), em parceria com a Unesco, e a “Bahia por Dentro: 1999 6.873
2000 9.916
Canta Vale no Pelô”, pela revitalização do Rio São Francisco. A progra- 2001 10.485
mação regular inclui, por exemplo, as Segundas Teatrais, com apresen-
Público
tações semanais; Domingo do Leite, shows semanais com grandes
1995 960.000
atrações do cenário nacional, em prol de entidades carentes; e a 1996 995.000
Quinta do Forró. Também são realizados no Pelourinho eventos 1997 1.045.000
1998 836.121
tradicionais como o Festival de Cultura Popular, Carnaval, Semana 1999 1.185.784
Santa, São João, Mês do Folclore, Primavera, Festa da Lavadeira, 2000 2.865.600
2001 3.939.398
Semana da Criança, Dia da Baiana e Natal.

PATRIMÔNIO| 159
Mulinha Fexion 2004

H JOTAFREITAS (4)
A Orquestra Popular da Bahia no Carnaval 2004

Com a criação da ONG Oficina das Artes, em 2002, para pro-


duzir esses e outros eventos de dinamização do Centro Histórico de
Salvador, através de convênio, parcerias e patrocínios, a SCT/IPAC
ficou responsável pela infra-estrutura de iluminação, sonorização,
segurança, locação de rádios de comunicação, sanitários químicos,
sinalização e palcos.

Mulinha Fexion 2004 O repentista Bule Bule

160 | C U L T U R A
Eventos do Expresso 2001’s em bairros de Salvador

H JOTAFREITAS (2)

Expresso 2001’s Expresso 2001’s


Bairros visitados
1995 48
Criado em 1995 — e hoje também realizado, através de con-
1996 45
vênio, pela Oficina das Artes — este é um programa multidisciplinar 1997 48
de democratização cultural. Itinerante, percorre bairros de Salvador, 1998 43
1999 48
levando arte e cultura a comunidades carentes, além de descobrir 2000 48
novos talentos e abrir espaço para divulgação de artistas emergen- 2001 53

tes. O Expresso 2001’s inovou ao realizar parcerias com artistas Espetáculos


voluntários, ampliando as linguagens. 1995 48
O programa inclui oficinas artísticas, encerradas com um grande 1996 160
1997 164
espetáculo de dança, teatro e música, e apresentação dos talentos 1998 88
da comunidade, no quadro Momento do Bairro. Dentre as atrações 1999 72
2000 72
apresentadas nesses dez anos, destacam-se os espetáculos teatrais 2001 53
“Os cafajestes” e “Noviças rebeldes”; cantores como Durval Lélis,
Oficinas
Margareth Menezes, Lazzo, Tonho Matéria, Márcia Short, Jorge Portu-
1995 12
gal, Pierre Onassis, Sidney Magal, Luiz Caldas e Gerônimo; artistas 1996 40
plásticos como Bel Borba, Tati Moreno e Carlos Bastos; e espetáculos 1997 41
1998 22
de dança dos grupos de Tânia Gordilho, Teresa Cintra Monteiro e
1999 18
Mirian Bacelar. 2000 12
2001 53
O Expresso 2001’s já passou pelos bairros de Abaeté, Alagados,
Alto de Coutos, Alto do Cabrito, Baixa do Bonfim, Boa Vista de Bro-
tas, Boca do Rio, Cabula, Dom Avelar, Fazenda Grande do Retiro,
IAPI, Narandiba, Periperi, Ribeira, Santo Antônio, São Caetano e
Uruguai, entre outros.
A partir de 2002, a dinamização cultural do Centro Histórico
passou a ser executada pela Oficina das Artes.

PATRIMÔNIO| 161
Televisão e Rádio
162 | C U L T U R A
O Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia — Irdeb foi
incorporado à estrutura da SCT em 2003. Além da função educativa
original, tornou-se responsável, também, pelo incentivo, promoção
e divulgação da cultura baiana.

Modernização e tecnologia

Trabalhando em conjunto com a Secretaria de Infra-estrutura, a


SCT/Irdeb instalou torres e transmissores, fez reparos e manutenção
em equipamentos no interior do Estado, e investiu em tecnologia.
Tudo para melhorar a qualidade da imagem da TVE em Salvador
e Região Metropolitana e estender o sinal da emissora para outras
cidades, como Ilhéus. Atualmente, 306 municípios baianos recebem
o sinal da TVE e a Rádio Educadora FM atinge Salvador, Região Me-
tropolitana e localidades em um raio de 40 quilômetros da capital.
Investimentos em suporte tecnológico, produção e capacitação
de recursos humanos colocaram a TVE em terceiro lugar em audiên-
cia, segundo o Ibope, durante as transmissões ao vivo, como nos
jogos do Campeonato Baiano de Futebol, no Carnaval e no São
João de 2004.
A implantação do Núcleo Tecnológico permitiu maior dinamis-
mo à programação da tevê, que pode editar programas em vários
formatos e com novos recursos de programação visual. A Central
de Computação Gráfica — responsável pela criação e produção de
vinhetas institucionais, abertura de programas, cenários virtuais e
efeitos visuais — possibilitou o redimensionamento da programação
da Educadora FM e da TVE, baseado em pesquisas de audiência e
opinião. O Irdeb e as duas emissoras ganharam nova identidade
visual.
A aquisição de sistema de exibição, de equipamentos e de veí-
culos deu maior disponibilidade operacional e agilidade ao jorna-
lismo, sobretudo nas externas e transmissões ao vivo. O aumento
da produção de programas especiais, a melhoria do sinal e projetos
especiais como o TVE na Praça deram maior visibilidade à emissora,
aproximando-a da realidade cultural da população.
Em 2003, marcando os 25 anos da Rádio Educadora FM e os 18
anos da TVE, o Irdeb lançou os livros Rádio e TV como instrumentos
de cidadania e Educadora — 25 anos da FM 107,5, ambos com CD-
Rom, contando a trajetória das duas emissoras.

TELEVISÃO E RÁDIO| 163


Plataforma de digitalização
Com patrocínio do Instituto Embratel, através do Fazcultura, a
TVE tornou-se a primeira emissora de televisão pública da América
Latina a digitalizar todo seu acervo, com estrutura própria. Iniciado
em 2004, em dois anos, o acervo artístico-cultural do Irdeb (televi-
são, rádio, videoteca e biblioteca) será integralmente digitalizado,
com menu interativo, num total de 700 horas de vídeo, 200 horas
de áudio e 30 títulos. Isso permitirá que esse patrimônio audiovisual
seja tombado, arquivado em mídia global, disponibilizado em DVDs
e CDs e acessado pela Internet, através do Instituto Embratel, preser-
vando o registro de parte da história do nosso Estado.

Pólo de Teledramaturgia da Bahia — Pote


Implementado em parceria com a Fundação Cultural do Estado
da Bahia — Funceb e patrocinado pela Embasa, através do Fazcul-
tura, o Pote beneficia o mercado artístico local com a qualificação
de técnicos, atores e roteiristas e atendimento à demanda de pro-
dução de programas televisivos. Representa, sobretudo, importante
instrumento para a regionalização da TV, cuja lei tramita no Con-
gresso Nacional.
As 13 oficinas de teledramaturgia e radionovela, realizadas pelo
Pote em 2003 e 2004, com direção de profissionais consagrados
nacionalmente e 200 participantes, resultaram em quatro teledramas
da série Cenas da Bahia, uma radionovela, veiculada por ocasião
das comemorações da Independência da Bahia, e dois programas de
tevê. Um dos episódios do Cenas da Bahia, “A mulher de roxo”, foi
premiado no 12º Festival de Vídeo de Teresina, conquistando o 2º
lugar na categoria Ficção.

Set de “A mulher de roxo”

164 | C U L T U R A
Oficinas e instrutores/Programas produzidos Part.
OFICINAS
• Aula inaugural — Lauro C. Muniz, Marcílio Moraes, Mauro Alencar 180
• Direção geral — Luiz Villaça 15
• Interpretação — Gracindo Jr. 30
• Figurino — Beth Filipecki 12
• Cenografia e direção de arte — Lia Renha 12
• Produção — Regina Monteiro 15
• Roteiro — Marcílio Moraes e Iara Sydenstricker 24
• Maquiagem — Wilson D’Argolo 12
• Continuísmo — Marta Médici 12
• Edição e direção de VT — Jorge Almada 12
• Cinegrafia — Hamilton Oliveira 12
• Iluminação e direção de fotografia — Hamilton Oliveira 12
• Som — Daniel Melito 12
• Radionovelas — Magalhães Jr. 20
TELEDRAMAS
• “A mulher de roxo”
• “E os anjos de onde vêm?
• “Bêbado em cama alheia”
• “As penitentes da freguesia”
• “De bem com a vida” (2)
• “Arrocha”
RADIONOVELA
• “Maria Quitéria, a heroína da Bahia”

Produção de documentário
Concurso destinado à premiação de documentário com temas rela-
tivos à diversidade cultural, o Programa de Fomento à Produção e
Teledifusão do Documentário Brasileiro — DocTV é realizado pelo
Irdeb, em parceria com o Ministério da Cultura/Secretaria do Audio-
visual, Fundação Padre Anchieta/TV Cultura e Associação Brasileira
de Emissoras Públicas — Abepec. Seleciona dois projetos da Bahia,
que são co-produzidos com a TVE, para integrar a série Brasil Imagi-
nário, exibida em cadeia nacional pela Rede Pública de Televisão.
Firmando sua posição como pólo de produção, a Bahia teve 45
projetos inscritos na primeira edição e dois premiados no DocTV
2003: “Tumbalalá-Tupinambá — Irmãos no mundo” e “Máquina
de fazer democracia: vida e obra de Anísio Teixeira”. Na segunda
edição, em 2004, foram escolhidos os projetos “Mário Gusmão, o
anjo negro da Bahia”, de Élson Luís Cunha Ribeiro, e “Mandinga em
Manhattan”, de Maria Lúcia Correia Lima de Souza. Cada projeto
teve R$ 200 mil para co-produção com a TVE.

TELEVISÃO E RÁDIO| 165


Festival de Música
As duas edições do Festival de Música da Rádio Educadora FM
movimentaram o meio musical baiano, com edição de CD coletâ-
nea com quinze músicas e premiação de R$ 50 mil nas categorias:
arranjo, música instrumental inédita, música vocal inédita, intérprete
e instrumentista. No 1º Festival, em 2003, as quinze finalistas foram
apresentadas em show no Teatro Jorge Amado, e o CD foi lançado
em show no Teatro do Irdeb; foram inscritas 1.076 músicas, envol-
vendo 6.500 músicos. A segunda edição, em 2004, premiou quatorze
canções; foram inscritas 1.165 músicas, envolvendo 7.000 músicos.

1º Festival de Música da Rádio Educadora FM — 2003


PREMIADOS
• Melhor música vocal: “Razão”, de Paulo Gabiru, interpretada por Paulo
Gabiru e Xangai
• Melhor música instrumental: “Quando choro”, de Júnior Figueiredo,
executada pelo autor
• Melhor intérprete vocal: Lia Chaves, interpretando “Veludo azul”, de Zeca
Freitas e Fernando de Oliveira
• Melhor instrumentista: André Bernard executando “7 mares”, de sua
autoria
• Melhor arranjo: “Cortando cebola”, de Letieres Leite
FINALISTAS
• “A vida”, de Nengo Vieira, interpretada pelo autor
• “Afroxé”, de Ronaldo Borges, executada pelo Grupo Centopéia
• “Boi elétrico”, de Jonga Lima e Cássio Nobre Lima, interpretada pelo Grupo
Bumbelétrico
• “CD de Brown”, de Tenison Del Rey, interpretada pelo autor
• “Janerino”, de Jorge Krunk e Tony Augusto, na voz de Jorge Krunk
• “Mosaicos”, de Wilson Aragão, interpretada por Wilson Aragão e Ton Ton
Flores
• “O navio”, de Eva Cavalcante, cantada pela autora
• “Por cima”, de Gerson Guimarães, cantada por Thati
• “Pra quem parou de sonhar”, de Luciano Carôso, com Luciano Carôso e
Gileno Santos
• “Sua casa”, de Tito Bahiense, com o autor

166 | C U L T U R A
2º Festival de Música da Rádio Educadora FM — 2004
PREMIADOS
• Melhor música com letra: “Canção para Cristina”, de Alexandre Leão, com
o autor
• Melhor música instrumental: “Milagre dos pães”, de Maria Mitouzo, com
a autora
• Melhor intérprete vocal: Andréa Costa Lima, com a música “Mais uma
vez”, de Gigi
• Melhor intérprete instrumental: Paulo Gondim, com a música “Tapioca”,
de sua autoria
• Melhor arranjo: “Valsinha”, de Luciano Calazans
FINALISTAS
• “Berros na Escuridão, de Shau, com Shau e Os Anéis de Saturno
• “Canção pra Cristina”, de Alexandre Leão, com o autor
• “5 + 3”, de Pedro Augusto, com Rowney Scott
• “Dos erês”, de Márcio Valverde e Nélio Rosa, com Márcio Valverde
• “Mais uma vez”, de Gigi, com Andréa Costa Lima
• “Milagre dos pães”, de Maria Mitouzo, com a autora
• “Pedra que brilha”, de Ataualba Meirelles, com o autor
• “Saco de lixo”, de Ricardo Augusto, com o autor
• “Santo Antônio”, de Álvaro Lemos, com Álvaro Lemos & Os Romeus
• “Só bermudas”, de Manuela Rodrigues, com Manuela Rodrigues e Sínho
• “Tardes de domingo”, de Júnior Figueiredo, com o autor
• “Tapioca”, de Paulo Gondim, com o autor
• “Urbanos”, de Frederico Aquino, com Joana Ramos
• “Valsinha”, de Luciano Calazans, com o autor

TELEVISÃO E RÁDIO| 167


Rádio Educadora FM
Garantindo o padrão da emissora, a Rádio Educadora FM, nesses
dois anos em que o Irdeb passou a integrar a estrutura da SCT, pro-
duziu 7.805 e veiculou 23.697 programas entre musicais, culturais,
informativos, jornalísticos e de prestação de serviços. A audiência
atingiu a média mensal de 11.153 ouvintes por minuto, segundo
pesquisa do Ibope. A Educadora mantém a sua linha: música de
qualidade e jornalismo de ponta, com a cobertura de acontecimen-
tos locais e a divulgação de noticiário nacional e internacional, em
programas e inserções dos informativos diários.

Programas produzidos
MUSICAIS
• 16 Toneladas • Jazz & Tal
• Brasilerança • Memória do Rádio
• Educadora ao Vivo • Memória Educadora
• Educadora Blues • Música dos Mestres
• Educadora Jazz & Blues • Outros Baianos
• Encontro com o Chorinho • Rock’n Geral
• Especial das Seis • Samba Educadora
• Especial de Sábado • Seleção do Ouvinte
• Especial do Meio-dia • Sucessos que o Tempo não Apagou
• Isto é Brasil • Um Toque de Mestre
INFORMATIVOS
• Agenda Educadora • Informe Educadora
• Curiosidade • Informe Literário
• Educadora Serviço • Informe Turístico
• Informe Cultural • Spots e campanhas
JORNALÍSTICOS
• Jornal da Educadora • Resenha Rural
• Jornal do Verde

Palco de “Brasilerança”

168 | C U L T U R A
Crianças Tumbalalá

TVE
Nesses dois anos, a TVE produziu 2.691 e veiculou 11.981 progra-
mas, entre documentários, musicais, especiais, clipes e interprogramas,
levando ao público informação, educação e cultura. Também compõem
a grade de programação produções de emissoras componentes da
Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais
— Abepec. Segundo pesquisa do Ibope, a TVE atinge a média mensal
de 10.155 telespectadores por minuto.
Além dos programas produzidos e veiculados, a TVE gravou e
editou importante programação para ser veiculada na Bahia e em
outros estados através das emissoras da rede pública de televisão,
difundindo a cultura no Estado e dando visibilidade à produção
cultural baiana em outros pontos do Brasil. Da programação produ-
zida pela TVE, em 2003 e 2004, destacam-se:

Mapeamento Cultural e Paisagístico da Bahia


• “Naufrágios na Bahia: imagens e histórias”
• “Jacobina, portal norte da Chapada”
• “Gaiaku Luiza: força e magia dos voduns”
• “O Rio Jequiriçá, da nascente ao litoral”
• “As grutas de Iraquara”
• “Paraguaçu, o rio que passa na história da Bahia”
Bahia Singular e Plural
• “Festa de São Roque”
• “Cosme e Damião, os santos gêmeos”
Brasilerança
• Programa semanal sobre a herança musical, política e artística do povo
brasileiro, apresentado pelo cantor e compositor Xangai

TELEVISÃO E RÁDIO| 169


Pessoas & Lugares (2004)
• Barreiras, Correntina, Jacobina, Praia do Forte
Minha Terra
• Andaraí, Cachoeira, Cairu, Catu, Ilha de Tinharé, Ilhéus, Irecê, Juazeiro,
Maraú, Mucuri, Paulo Afonso, Santa Inês, Saubara, Taperoá, Ubaíra
Especial TVE
• OSBA e Ricardo Castro
• Fred Dantas e Orquestra
• Fashion Nordeste, a Moda em Salvador e Recife
• Festival de Verão — Palco Pop
• Jussara Silveira no TCA
• O Lago dos Cisnes — Balé da Ebateca
• Balé Folclórico da Bahia — O Balé que Você não Vê
• Melhores Momentos de Margareth Menezes e Cidade Negra
• Orquestra Popular da Bahia
• Quarta que Dança
• Ópera Negra — Balé da Fundac
• Réquiem de Mozart
• Bule-Bule Cordelista
• Aquarela do Ary
• Forrobodó — Homenagem a Luiz Gonzaga
• Nilda Especial Spencer
• O Carnaval do Trio Elétrico — 50 anos de Tapajós
• Carnaval na Bahia — História e Tradição
• Beleza Pura: Ilê Ayê, Olodum, Malê Debalê, Araketu, Filhos de Gandhy
• X PERCPAN
• Ateliê de Coreógrafos Brasileiros
• Centro Histórico: a Memória de Salvador
• Moça Branca da Bahia
• Sambas Juninos
• São João no Circuito do Diamante
• Oratórios, Cânticos e Rezas para os Santos de Junho
• Musicais TVE: Zé de Irará, o Tom da Bahia — Tom Zé; Sob o Céu da
Bahia — Walter Queiroz; Ópera Sacro-Profana — Matheus Aleluia
• Festival de Música Instrumental da Bahia
• Prêmio Braskem de Teatro
• Ciclo de Leituras Dramáticas do TCA
• Jornada Internacional de Cinema da Bahia
• Festival de Música da UESB
MPB Petrobrás
• Ná Ozetti, Alcione, Zeca Baleiro, Luiz Caldas, Rosa Passos, Nação Zumbi,
Navio Negreiro e Edson Cordeiro, Armandinho e Yamandú Costa, Nana
Vasconcelos e Sine Calmon, Jussara Silveira, Ná Ozetti e José Miguel
Wisnik, Cordel do Fogo Encantado, Ângela Maria, Soraia Aboim e Ale-
xandre Leão, Banda de Boca, Vanessa da Mata, Ana Paula Vasconcelos
Terça da Boa Música
Aroldo Macedo
Para Sempre Elis
Amadeu Alves

170 | C U L T U R A
O Prêmio Pólo de Proteção Ambiental 2004 foi conferido ao
Irdeb pelo COFIC, na categoria de melhor reportagem televisiva,
pela veiculação de “Comunidade organizada jamais será vencida”,
reportagem que mostra como a comunidade da Ilha de Ajuda, em
Jaguaripe, mobilizou-se para mudar a rota de um gasoduto que
seria construído no povoado.

Transmissões ao vivo

Investimentos em tecnologia, equipamentos e recursos humanos


foram decisivos para melhorar o sinal da TVE e permitir transmissões
ao vivo e com qualidade, de festas e eventos populares: procissão
de Bom Jesus dos Navegantes, a lavagem e a missa das sextas-feiras
no Bonfim, Festa de Iemanjá, São João no interior e o Carnaval do
Pelourinho; Sua Nota é um Show, na Concha Acústica do TCA;
jogos dos campeonatos baianos de futebol e de basquete; e realizar
o projeto TVE na Praça.
As transmissões ao vivo, realizadas em parceria com o IPAC,
Bahiatursa, Emtursa e Abepec, permitiu a mais de dois milhões de
telespectadores da Bahia, de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas
Gerais assistirem ao Carnaval de Salvador, em 2004. As tradições
culturais populares (pau-de-fitas, alvoradas, sanfoneiros, quadrilhas,
quermesses, paus-de-sebo) e as religiosas (novenas e procissões) dos
festejos juninos de dez municípios da Chapada Diamantina foram
transmitidos ao vivo para a Bahia e, através de parcerias com emis-
soras da rede pública de televisão, para Minas Gerais, Paraná e São
Paulo, atingindo picos de audiência, conquistando o 2º lugar do
horário, segundo o Ibope.

TVE Bahia Canal Net

A TVE Bahia Canal Net, captada por antena parabólica via


Embratel e via satélite, instalou uma sala de videoconferência, ofere-
cendo maior conforto ao usuário e maior qualidade no serviço
prestado a instituições públicas e privadas. Em 2004 promoveu onze
teleconferências — oito delas do Programa de Formação Inicial
para Professores, para 40 auditórios da rede estadual de Educação;
Eleições 2004 — Mais um Desafio, realizado pelo Tribunal Regional
Eleitoral para todos os municípios do Estado; Sebrae e Empresa
Gráfica da Bahia.

TELEVISÃO E RÁDIO| 171


TVE na aldeia

TVE na Praça

Este projeto exibe em telão as produções da emissora, divulgando


a programação da TVE junto às comunidades, em locais públicos,
praças, escolas, universidades, parques e museus. Já foi realizado em
Salvador (Terreiro de Jesus) e em Iraquara, Nova Redenção, Itaetê,
Mucugê, Boninal, Lençóis, Palmeiras, Seabra, Vale do Capão, Ibi-
coara, Andaraí e Xique Xique do Igatu, Costa do Sauípe, Oliveira
dos Campinhos, Feira de Santana, Maracás, Jequiriçá, Jacobina,
Miguel Calmon, na aldeia Tupinambá de Abaré e Ilhéus.

Promoção de eventos

O Irdeb participou, promoveu e cobriu 49 eventos importantes


para as políticas de radiodifusão e telecomunicação da Bahia, na
capital e no interior, alcançando público de 53.040.

Destaques das participações e promoções de eventos


2003
• Festival de Verão — Parque de Exposições de Salvador
• I Mostra Internacional de Cinema Ambiental — Lençóis
• Exposição do Bahia Singular e Plural — Teatro Castro Alves, Centro de
Convenções e Organização do Auxílio Fraterno, Salvador
• Semana Cinema Nacional e divulgação do Soterópolis e Bahia Singular
e Plural — Shopping Piedade
• Lançamento dos programas Mapeamento Cultural e Paisagístico da
Bahia: Maracás, Jequiriçá e Jacobina
• Lançamento do programa “A mulher de roxo” — Biblioteca Pública do
Estado da Bahia
• Exibição do documentário “Cosme e Damião, os santos gêmeos” em
São Francisco do Conde
2004
• I Festival de Propaganda e Prêmio Colunistas Norte e Nordeste — Bahia
Othon Hotel, Salvador
• Prêmio Jorge Amado de Literatura & Arte — Teatro Castro Alves
• Exposição do Bahia Singular e Plural — Feira do Livro de Porto Alegre
• Lançamento da transmissão do Carnaval 2004 — Palácio Rio Branco
• Lançamento do documentário “Gaiaku Luiza”, série Mapeamento Cultu-
ral e Paisagístico da Bahia — Sala Walter da Silveira
• II Seminário de Políticas Públicas de Rádio e Televisão — Fiesta Convention
• Oficina DocTV — Biblioteca Pública do Estado
• Seminário do Pólo de Teledramaturgia da Bahia — Hotel Sol Bahia Atlân-
tico, Salvador

172 | C U L T U R A
Teatro do Irdeb

Teatro
O Teatro do Irdeb promoveu 131 espetáculos em 2003-2004,
com público de 14.766 pessoas, entre musicais e de dança, pales-
tras educativas, exibição de filmes e gravações de shows musicais
ao vivo para exibição nas suas emissoras de rádio e tevê. O Teatro
também aluga pauta para eventos privados e comunitários.

Destaques dos eventos do Teatro do Irdeb


ESPETÁCULOS MUSICAIS
Música de Câmara Camerata Popular do Recôncavo
Tom Zé Targino Gondim
Lazzo Gerônimo
CINEMA
Festival de Cinema Pan Africano Jornada Internacional de Cinema
Mostra Jean Rouch de Cinema Panorama Internacional Coisa de Cinema
ESPETÁCULOS TEATRAIS
“Cuida bem de mim” “Tragiblasfemiaorgia”

Videoteca
A Videoteca do Irdeb tem acervo de 4.600 títulos, entre vídeos e
CDs, e mantém atendimento a professores e alunos da rede pública
e particular de ensino e ao público em geral, totalizando 19.696
usuários.

TELEVISÃO E RÁDIO| 173


H JOTAFREITAS

Turismo
H JOTAFREITAS

O destino Bahia
176 | t U R I S M o
Nestes dez anos, o Governo do Estado trabalhou para colocar a
Bahia como destino turístico líder do Brasil, meta a ser conquistada
a partir de 2010. Importante setor da economia, o turismo baiano
vem se ajustando com sucesso às variáveis político-econômico-
sociais, sendo considerado por autoridades nacionais e internacionais
modelo de gestão do turismo a ser seguido.
Implantadas pela Secretaria da Cultura e Turismo, através da
Superintendência de Desenvolvimento do Turismo — Sudetur, da
Superintendência de Investimentos em Pólos Turísticos — Suinvest
e pela Empresa de Turismo da Bahia S.A. — Bahiatursa, as políticas
públicas estaduais estão contidas no plano de desenvolvimento
do turismo, iniciado em 1991, com o objetivo de contribuir para o
crescimento econômico e, por conseqüência, para a melhoria da
qualidade de vida da população.
Sempre atuando em parceria com a iniciativa privada, o Governo
estabeleceu como metas permanentes o aumento continuado do
fluxo e da receita turística, a geração de novos postos de trabalho,
o incremento de vôos internacionais e viagens internas, e a melhoria
da qualidade do produto turístico. Tudo isso com a equilibrada am-
pliação dos investimentos públicos e privados e sempre respeitando
a preservação do meio ambiente.
No período de 1995 a 2004, a SCT desenvolveu um plano estra-
tégico, com cinco linhas de ação: investimentos em infra-estrutura
nas zonas turísticas; captação de investimentos privados; preservação
ambiental; promoção turística junto a mercados emissores tradi-
cionais e potenciais, nacionais e internacionais, e qualificação dos
serviços através da capacitação de pessoas. A infra-estrutura instalada
e a vocação natural do Estado para o turismo facilitam a captação
de investimentos privados para essas áreas, seja pelo contato direto
com potenciais investidores, ou através da participação em seminá-
rios e oficinas com investidores nacionais e estrangeiros.
Nos últimos três anos, a SCT consolidou importantes iniciativas
que representam novas etapas estratégicas, como o portal bahia.com.
br; o Programa de Certificação da Qualidade Turística — Bahia
Qualitur, único selo de qualidade do setor existente no país; a
segmentação motivacional para fortalecer a promoção e o Programa
Fidelidade Bahia, operacionalizado através do portal.
Em 2004, a atividade do turismo foi uma das que mais contribuí-
ram para a criação de novos postos de trabalho em Salvador, segundo
análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais — SEI,
órgão da Seplan — Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia.

O DESTINO BAHIA| 177


H JOTAFREITAS (2)
A Estrada Real em Rio de Contas Hotel no Rio Vermelho, em Salvador

A instalação, em março de 2002, do Cluster de Entretenimento,


Cultura e Turismo da Bahia, composto por entidades de classe e
representantes governamentais, vai impulsionar a economia das
áreas envolvidas (turismo, cultura, lazer e entretenimento), com plano
conjunto que define o público-alvo, desenvolve produtos turísticos
e realiza ação educacional, visando avaliar periodicamente o setor,
integrar segmentos e replanejar ações, concretizando estratégias
para otimizar os efeitos da economia global sobre o turismo.
Por conta da atividade da SCT/Bahiatursa, a Bahia é reconhecida
e premiada por seu trabalho para o desenvolvimento da “indústria
sem chaminés” através de 67 prêmios ao longo dos últimos dez anos,
concedidos pelos principais órgãos representantes da imprensa
especializada, pelo meio empresarial e pela sociedade em geral.

178 | t U R I S M o
Prêmios recebidos
2004
• Prêmio Caio Jacaré de Ouro para o Centro de Convenções da Bahia,
Categoria Centro de Convenções e Exposições Região Nordeste
• Prêmio Caio Jacaré de Prata para o Centro de Convenções de Porto Seguro,
Seletiva Regional
• Prêmio Caio Jacaré de Bronze para o Centro de Convenções de Ilhéus,
Seletiva Regional
• Troféu Band Folia 2004, da Rede Bandeirantes
2003
• Prêmio Os 10 Mais do Turismo, da Revista Brasil Travel News — Destino
Turístico
• Prêmio O Melhor de Viagem e Turismo 2002, da Editora Abril — Melhor
Estado — Bahia
2002
• Troféu Golden Friends — Melhores Parceiros
• Troféu Primeira Página, da Associação Brasileira de Jornalistas Escritores
de Turismo — Abrajet-BA
• Troféu Trio Elétrico Dodô e Osmar — Carnaval
• Prêmio Caio Jacaré de Ouro para o Centro de Convenções da Bahia,
Categoria Centro de Convenções e Exposições Região Nordeste
• World Travel Awards — Melhor Empresa de Turismo da América do Sul
— Revista inglesa Travel Weekly
• World Travel Awards — Centro de Convenções da Bahia — Melhor Espaço
de Eventos — Revista Travel Weekly
• World Travel Awards — Bahia — Maior Destino da América do Sul — Revista
Travel Weekly
2001
• Troféu Primeira Página, da Abrajet-BA
• Prêmio Caio Jacaré de Ouro para o Centro de Convenções da Bahia,
Categoria Centro de Convenções e Exposições Região Nordeste
• Placa da Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entrete-
nimento — Abrasel
• Placa Sued’s Plaza Hotel de Porto Seguro
2000
• Troféu Praia do Forte Eco Resort — Melhores Parceiros
• Troféu Golden Friends — Melhores Parceiros
• Diploma de Honra da Feira Internacional de Turismo — FIT América Latina
1999
• Troféu Golden Friends — Melhores Parceiros
• Troféu Caymmi — Copene
1998
• Placa de Prata — Associação Brasileira das Agências de Viagem — ABAV,
Abrasel-BA e Associação Brasileira da Indústria de Hotéis — ABIH-BA
• Medalha de Bronze Inatel “Um Lugar ao Sol” — Costa de Caparica, Portugal
• Medalha de Prata do Prêmio Colunistas Norte-Nordeste — Associação
Brasileira de Colunistas de Marketing e Propaganda — Abracomp

O DESTINO BAHIA| 179


• Prêmio MG do Turismo Nacional — Mérito Turístico
• Prêmio do Festival Internacional de Publicidade, Turismo e Ecologia
• Prêmio Imprensa de Turismo, da Abrajet-BA, Revista Hotel Club News
e Jornal do Commercio do Rio de Janeiro
• Troféu Catavento de Prata, da Gazeta do Turismo
1997
• Melhor Cartaz Fotográfico do Festival Internacional do Cartaz Turístico —
Bolsa de Turismo de Lisboa
• Grande Prêmio Outdoor do Ano do Prêmio Colunistas Norte-Nordeste
— Abracomp
• Medalha de Ouro do Prêmio Colunistas Norte-Nordeste — Abracomp
• Medalha de Prata do Prêmio Colunistas Norte-Nordeste — Abracomp
• Prêmio Melhor e Mais Movimentado Stand — Feira Internacional de
Turismo de Istambul, Turquia
• Medalha de Prata do XI Festival Mundial de Gramado (RS)
• Prêmio Profissionais do Ano — Nada Substitui o Talento — Rede Globo
• Troféu Microfone de Ouro do Programa “Rádio Turismo” (Rede Ban-
deirantes)
• Troféu Bahia Recall, da TV Bahia — Grand Prix Campanha do Ano
• Diploma Destaque Nacional em Ecoturismo, World Ecotur — ONG Biosfera
• Troféu Primeira Página, da Abrajet-BA
1996
• I Troféu São Luís de Turismo — Melhor Órgão de Turismo — Abrajet-MA
e Credicard
• Placa Gazeta do Turismo 20 Anos — Melhor Órgão Oficial
• Troféu Os 10 Mais do Turismo — Anúncios mais criativos do ano —
Revista Brasil Travel News
• Troféu da ABAV-BA
• Troféu Bahia Recall, da TV Bahia — Grand Prix Campanha do Ano
• Prêmio Finalista do Festival AME — Advertising Marketing Effectiveness,
de Nova York
• XIV Prêmio Promoção Brasil, duas medalhas de ouro — Abracomp
• Medalha de Ouro do Jornal e Revista About — Voto popular
• Medalha de Prata do Jornal e Revista About — Voto popular
• Troféu Microfone de Ouro do Programa “Rádio Turismo”
• Prêmio Imprensa, da Editora Panamericana
• Troféu Catavento de Prata, da Gazeta do Turismo
1995
• XIV Prêmio Promoção Brasil — Áreas: Campanhas e Design
• Troféu do II Encontro de Delegados de Polícia do Brasil
• Prêmio Árvore Dourada, da Editora Abril — Campanha vencedora: Tu-
rismo na Bahia (Propeg Bahia)
• Prêmio Árvore de Prata, da Editora Abril — Finalista: Turismo na Bahia
(Propeg Bahia)
• Troféu Catavento de Prata, da Gazeta do Turismo
• Troféu Destaques do Ano do Programa “Rádio Turismo”
• Prêmio Abril de Publicidade Regional Norte-Nordeste, da Editora Abril

180 | t U R I S M o
Transatlânticos Rhapsody e Splendour of the Seas, no Porto de Salvador
H JOTAFREITAS

Desempenho do turismo baiano


Na década 1995-2004, o turismo baiano cresceu a taxas supe-
riores à média de outros estados da Federação, em especial, os
concorrentes da região Nordeste — isto apesar dos atos terroristas
e crises políticas e econômicas, que ameaçavam inibir as viagens.
A distância do Brasil da rota internacional do terror tem favorecido
indiretamente a Bahia, como se verificou, por exemplo, em 2003,
quando as viagens internacionais para a Bahia cresceram 6,3%,
comparativamente com o ano anterior. Com relação aos países do
Cone Sul, apesar da crise político-institucional pela qual passou
a Argentina, o ano de 2003 já registrou um aumento de turistas
argentinos na Bahia de quase 2% em relação ao ano de 2002.
Desse modo, a Secretaria da Cultura e Turismo continuou focando
sua ação na promocão, na captação de vôos charters e regulares
internacionais, em investimentos de infra-estrutura e na capacitação
de pessoas, gerando valor adicionado à sua linha de produtos, com a
obtenção de resultados na década tal qual a expectativa projetada.
Um exame dos indicadores revela que o turismo na Bahia evoluiu
positivamente e de modo ininterrupto entre 1995 e 2004, tanto no
número de chegadas quanto no volume de gastos realizados pelos
visitantes.
O fluxo global para a Bahia, que era de 2,86 milhões em 1995,
evoluiu para 4,9 milhões em 2004, um crescimento de 71,5% no
período. Salvador registrou um crescimento de 62% e Ilhéus, de
82,9%. O desempenho recorde, entretanto, verificou-se em Porto
Seguro, cujo crescimento foi de 95,3% no período.
Também no mesmo período, os dados da receita derivada do
turismo, expressos em dólar, revelam um crescimento de 12,1%
na Bahia, ou seja, US$ 975 milhões registrados em 1995, contra
US$ 1,1 bilhão em 2004.

O DESTINO BAHIA| 181


Indicadores de desempenho
FLUXO TURÍSTICO
Bahia Salvador Porto Seguro Ilhéus
1995 2.856.530 1.407.840 627.720 160.820
1996 3.464.710 1.707.310 761.200 195.060
1997 3.653.000 1.745.820 831.250 199.180
1998 3.792.220 1.714.990 948.060 227.530
1999 4.078.340 1.844.230 1.019.590 244.700
2000 4.330.820 2.006.940 1.082.710 259.850
2001 4.136.450 1.915.420 1.034.110 248.190
2002 4.427.860 2.063.940 1.106.970 265.670
2003 4.708.650 2.192.820 1.177.160 282.520
2004 4.897.000 2.280.530 1.224.250 293.820

FLUXO
TURÍSTICO INDICADORES ECONÔMICOS
Outros Receita turística Impacto no PIB Participação (%)
destinos US$ mil US$ bilhões Turismo/PIB BA
1995 660.150 975.440 1,88 6,44
1996 801.040 1.122.260 2,17 6,60
1997 876.750 1.088.860 2,09 6,09
1998 901.640 1.024.880 1,98 5,98
1999 969.820 904.760 1,82 7,85
2000 981.320 954.260 1,93 7,32
2001 938.730 844.000 1,65 7,18
2002 991.280 916.630 1,87 8,82
2003 1.056.150 1.041.150 2,26 9,37
2004 1.098.400 1.093.210 2,37 7,77

Obs.: Inclui dados derivados de pesquisas da Embratur, no fluxo turístico internacional,


no fluxo global de turistas e nas respectivas receitas.
Os dados de 1995 e 1996 são estimados; os de 2002 e 2003 foram revisados em
dezembro de 2004; e os de 2004 são preliminares.
“Outros destinos” compreende Morro de São Paulo/Valença, Lençóis, Praia do Forte,
Sauípe etc.

De acordo com as estatísticas, em 1995, o número de turistas


registrado nos meios de hospedagem classificados/assemelhados de
Salvador totalizou 376.048 hóspedes, sendo 280.703 nacionais e
95.345 estrangeiros. Em termos relativos, o mercado estrangeiro contri-
buiu com 25,4% do fluxo hoteleiro, cabendo ao segmento nacional
sua parcela mais expressiva, 74,6%. Em 2004, Salvador totalizou
668.049 hóspedes, representando crescimento de 56,3% com relação
a 1995, sendo mais 57% no fluxo de estrangeiros (167.012) e 56%
no fluxo nacional (501.037).
Analisando-se o desempenho dos cinco principais mercados emis-
sores nacionais para Salvador em 2004, observa-se que o mercado
intra-Bahia continua ocupando o primeiro lugar no ranking, com
participação de 29,5%, seguido de São Paulo, com 17,4%. A terceira
posição é ocupada por Sergipe, que participa com 11,2%, seguido de
Pernambuco e Distrito Federal, com 5,4% e 4,4%, respectivamente.

182 | t U R I S M o
Em relação ao mercado internacional, o primeiro lugar pertence
à Itália, com 18,2% do fluxo de estrangeiros, seguida de Portugal e
Espanha, com participações de 14,9% e 13,6%. Aos Estados Unidos
coube a quarta posição, com 10,4%, e à Argentina a quinta posi-
ção, com 8,3%. Vale mencionar que, nos anos de 1995 e 1996, a
Argentina ocupou o segundo lugar do ranking, sendo superada nes-
ses dois anos pela Alemanha. A partir de 1997, a Argentina assumiu
a liderança, permanecendo na primeira posição até o ano 2001. Em
2002 e 2003 chegou a ocupar a sétima posição no ranking dos prin-
cipais emissores para Salvador, devendo-se esse fraco desempenho
à crise político-institucional, que gerou graves conseqüências para a
economia daquele país.

Salvador – Fluxo de hóspedes


nos meios de hospedagem classificados
Total de turistas Turistas estrangeiros Turistas nacionais
1995 376.048 1995 95.345 1995 280.703
1996 404.111 1996 87.514 1996 316.597
1997 416.373 1997 75.514 1997 340.859
1998 431.935 1998 76.782 1998 355.153
1999 517.553 1999 99.120 1999 418.433
2000 505.703 2000 96.963 2000 408.740
2001 518.603 2001 93.186 2001 425.417
2002 550.085 2002 67.605 2002 482.480
2003 581.110 2003 120.619 2003 460.491
2004 668.049 2004 167.012 2004 501.037

Obs.: Meios de hospedagem classificados segundo critérios da Embratur, válidos até


28.02.97.
Os dados incluem o Club Mediterranée de Itaparica e o Ecoresort Praia do Forte.
Os números de 2002 e 2003 foram revisados conforme base de dados atualizada
em junho de 2005.
A proporção entre procedência Brasil e demais países é estimada.

H JOTAFREITAS

Baianos e turistas lotam o Pelourinho na Festa de Santa Bárbara 2004

O DESTINO BAHIA| 183


Movimento dos aeroportos da Bahia
A movimentação nos aeroportos da Bahia apresentou índices de
crescimento significativos, comprovando o potencial de atração que
o Estado exerce no mercado e reafirmando o sucesso da política de
captação de vôos nacionais e internacionais desenvolvida desde 1995
pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Cultura e Turismo/
Bahiatursa, junto às empresas aéreas e operadoras turísticas. São
índices de crescimento compatíveis com as variáveis conjunturais do
setor, registrando crescimento principalmente nos aeroportos dos
municípios que têm movimento de negócios.

H ARTUR IKISHIMA
Aeroporto Luís Eduardo Magalhães, de Salvador

H JOTAFREITAS

Aeroporto de Ilhéus

184 | t U R I S M o
Movimento de vôos e passageiros
VÔOS
Salvador Porto Seguro Ilhéus Paulo Afonso
1995 38.538 12.300 3.527 1.848
1996 37.924 9.316 3.554 1.860
1997 39.658 9.932 4.296 2.618
1998 48.358 11.750 4.284 2.935
1999 52.404 13.072 5.000 2.866
2000 58.044 11.638 6.514 3.012
2001 67.850 9.998 7.436 3.026
2002 63.215 7.681 7.824 3.023
2003 50.377 6.906 6.584 2.962
2004 55.398 8.430 6.168 3.982

Salvador charters
Lençóis Valença internacionais
1995 716
1996 368
1997 156
1998 702 236
1999 1.670 210
2000 2.432 520
2001 2.366 2.339 622
2002 1.938 2.426 225
2003 2.048 1.758 180
2004 2.444 2.580 713

PASSAGEIROS
Salvador Porto Seguro Ilhéus Paulo Afonso
1995 1.583.809 538.588 122.009 6.379
1996 1.582.944 459.330 131.401 7.923
1997 1.687.583 471.800 152.673 10.226
1998 2.035.047 550.694 192.731 9.047
1999 2.116.323 655.448 197.107 6.682
2000 2.375.980 682.123 185.643 6.531
2001 2.680.572 636.095 208.577 8.221
2002 2.863.118 469.798 225.675 11.890
2003 2.733.221 508.893 176.706 10.613
2004 3.432.834 696.126 210.597 17.029

Salvador charters
Lençóis Valença internacionais
1995 61.646
1996 37.068
1997 16.142
1998 1.053 22.181
1999 3.820 17.794
2000 9.052 33.032
2001 7.459 10.184 38.670
2002 7.667 9.055 6.801
2003 6.219 9.278 27.228
2004 5.323 10.156 56.770

Fonte: Infraero
Obs.: O aeroporto de Lençóis foi inaugurado no 2º semestre de 1998 e o de Valença, no
2º semestre de 2000.
O número de vôos charters engloba pousos e decolagens.

O DESTINO BAHIA| 185


De 1995 a 2004, o Aeroporto Internacional Deputado Luís
Eduardo Magalhães, em Salvador, registrou incremento de 43,7%
no número de vôos, pousos e decolagens, e de 116,7% em relação ao
número de passageiros embarcados e desembarcados. O número glo-
bal de vôos e de passageiros cresceu 10% e 25,6%, respectivamente,
em 2004, em relação ao ano anterior, com a movimentação de mais
de 3,4 milhões de pessoas, segundo levantamento da Empresa Brasi-
leira de Infra-estrutura Aeroportuária — Infraero.
Em Ilhéus, as operações de pousos e decolagens cresceram
74,9% em 2004, tendo por base o ano de 1995; e o número de
passageiros aumentou 72,6%.
O Aeroporto de Porto Seguro, embora apresente decréscimo de
31,5% no número de vôos, registrou no mesmo período acréscimo
de 29,3% no número de passageiros embarcados e desembarcados
devido à troca de aeronaves pequenas por outras de maior capaci-
dade.
Em Lençóis, o movimento de vôos aumentou 248% desde a
inauguração, em 1998, enquanto o número de passageiros cresceu
405,5% em 2004, no mesmo período. Valença, que abriu seu aero-
porto no segundo semestre de 2000, cresceu em 10,3% no número
de vôos e praticamente manteve o número de passageiros de 2001.
A movimentação do Aeroporto de Paulo Afonso cresceu 115,5%
em vôos e 167% em passageiros.
Em 2002, os aeroportos de Salvador e Porto Seguro receberam
diplomas de excelência oferecidos pela Embratur, como resultado
de pesquisas junto aos usuários que avaliam o padrão de qualidade
dos terminais aeroportuários do país.
Quanto aos vôos charters, a Bahia apresenta bom desempenho,
saltando de 180 operações de pouso e decolagem em 2003, para 713
em 2004, com incremento de 296,1%. O número de passageiros
variou de 27.228, em 2003, para 56.770, 108,5% a mais, segundo
dados da Infraero sobre o Aeroporto Internacional de Salvador.
H CARLOS FÉLIX

Aeroporto de Valença

186 | t U R I S M o
Estudos e pesquisas turísticas
Os Órgãos Oficiais de Turismo realizam periodicamente estudos
e pesquisas turísticas, para orientar a ação governamental e a ativi-
dade empresarial. Esses estudos abrangem todas as variáveis do mer-
cado e as potencialidades turísticas do Estado, de maneira a servir
de indicadores para o planejamento e a ampliação das ações públi-
cas e privadas do setor.

Estatísticas
• Indicadores Turísticos de Salvador e do Interior (constante, desde 1993)
• Produção Terceirizada dos Indicadores da Hotelaria Classificada da Bahia
(constante)
• Registros Estatísticos (constante)
• Elaboração e análise do “Desempenho do Turismo Baiano” (anual, desde
1990)
Estudos e pesquisas
• Turismo Receptivo em Salvador, Costa do Sauípe, Ilhéus, Mangue Seco,
Morro de São Paulo, Porto Seguro, Arraial d’Ajuda, Baía de Camamu,
Ilha de Itaparica, Itacaré, Lençóis, Paulo Afonso, Praia do Forte, Trancoso,
Valença, Barreiras, Jacobina, Juazeiro, Mucugê, Rio de Contas (janeiro,
maio, julho e novembro)
• Turismo Receptivo Junino em Amargosa, Barra, Cachoeira, Cruz das
Almas, Senhor do Bonfim e Ubaitaba (junho)
• Comparativo Aeroportos Nacionais/Vôos Domésticos (julho)
• Turismo Receptivo Religioso em Bom Jesus da Lapa (agosto)
• Comparativo Turismo Junino (setembro)
• Comparativo do Pólo Turístico de Porto Seguro (novembro)
• Análise do Fluxo de Romeiros em Bom Jesus da Lapa (novembro)
• Atualização da Posição de Vôos Internacionais do Aeroporto Internacio-
nal Deputado Luís Eduardo Magalhães (constante)
• Destaques Turísticos/Pesquisa de Produção Turística (trimestral)
• Movimentação de Vôos e Passageiros nos Aeroportos Baianos (mensal)
• Estudo sobre a Movimentação de Navios e Passageiros em Cruzeiros
Marítimos nos Portos da Bahia (anual)

O DESTINO BAHIA| 187


H JOTAFREITAS

Investimentos públicos
188 | t U R I S M o
Prodetur Bahia
O Governo da Bahia, através da Secretaria da Cultura e Turismo,
negocia com organismos financiadores e da administração pública
federal para captar e aplicar recursos que viabilizem o Programa de
Desenvolvimento Turístico da Bahia — Prodetur/BA, criado em 1991,
e que demandou, nos últimos dez anos, recursos próprios do Governo
do Estado, do Governo Federal e de outras fontes de financiamento
internacionais, como BIRD — Banco Mundial, BID — Banco Intera-
mericano de Desenvolvimento, BNDES — Banco Nacional de Desen-
volvimento Econômico e Social, CEF — Caixa Econômica Federal e
Fungetur — Fundo Geral de Turismo.

Infra-estrutura turística
A SCT, através da Superintendência de Investimentos em Pólos
Turísticos — Suinvest, desempenha papel importante na articulação
de entidades governamentais e não-governamentais, na integração
de políticas e estratégias para o desenvolvimento do turismo susten-
tável no Estado. O volume dos investimentos públicos aplicados pelo
Governo do Estado em infra-estrutura atinge, no período de 1995 a
2004, o montante de US$ 1,32 bilhão (R$ 2,2 bilhões), correspon-
dendo a obras concluídas conforme quadros a seguir, discriminado
por zonas turísticas e por áreas contempladas.
H ARQUIVO CENAB

Píer do Centro Náutico da Bahia

I N V ES T I M E N T O S p ú b l i c o s | 189
Prodetur/BA — 1995/2004
Investimentos públicos por zonas turísticas
Costa dos Coqueiros . . Costa das Baleias
US$ 65.381 mil US$ 13.696 mil

. Costa do Dendê
Chapada Diamantina . US$ 29.920 mil
US$ 85.559 mil .
Costa do
Costa do Cacau
. Descobrimento
.
US$ 96.229 mil . US$ 133.970 mil

Baía de Todos
Outras os Santos
US$ 118.772 mil US$ 779.370 mil

Investimentos públicos por setores


Preservação ambiental e outros . . Limpeza urbana
US$ 39.198 mil US$ 20.696 mil
.
Recuperação . Saneamento
urbanística .
. US$ 684.023 mil
US$ 71.707 mil

Energia elétrica . . Transportes


US$ 192.314 mil
US$ 75.595 mil

Sistema Recuperação do
aeroportuário patrimônio histórico
US$ 132.388 mil US$ 106.976 mil

H ARTUR IKISHIMA

Parque Jardim dos Namorados, em Salvador

190 | t U R I S M o
Dentre as obras concluídas no período, foram especialmente rele-
vantes para o desenvolvimento sustentável do turismo as seguintes
intervenções:

Prodetur/BA — 1995/2004
Principais investimentos públicos
• Aterros sanitários de Porto Seguro, Sauípe, Imbassaí e Praia do Forte
• Recuperação urbanística de Santa Cruz Cabrália e Coroa Vermelha
• Ampliação dos sistemas de esgotamento sanitário de Ilhéus, Morro de
São Paulo e Cairu
• Ampliação dos sistemas de energia de municípios da Costa dos Coquei-
ros, Baía de Todos os Santos, Costa do Cacau, Chapada Diamantina, Costa
do Descobrimento e Costa das Baleias
• Aeroporto de Valença
• Pavimentação da rodovia Andaraí–BR-242
• Entroncamento BR-420–BR-324 — Cachoeira
• Correção da rodovia BA-001 Bom Despacho–Santo Antônio de Jesus
• Sistemas de abastecimento de água e sistemas de esgotamento sani-
tário do Complexo de Costa do Sauípe, Praia do Forte, Imbassaí, Orla
Sul de Camaçari e Ilhéus (ampliação)
• Urbanização e drenagem pluvial da Praia do Forte
• Recuperação do Centro Histórico de Salvador
• Recuperação da Ponta de Humaitá e Igreja da Boa Viagem, em Salvador
• Programa Bahia Azul de Saneamento da Baía de Todos os Santos
• Urbanização do Dique do Tororó, em Salvador
• Construção e urbanização do Parque Costa Azul, em Salvador
• Recuperação ambiental e urbanística do Jardim dos Namorados, em
Salvador
• Aterro Sanitário Metropolitano de Salvador — construção
• Marina de Itaparica e urbanização da orla
• Projeto BID-Monumenta em Salvador, Lençóis e Cachoeira
• Requalificação da Avenida Contorno e instalação do Parque das Escul-
turas do MAM
• Hospital Regional de Porto Seguro
• Relocação da Favela Manguezal — Rio Buranhém
• Rodovia Boninal–Piatã e Piatã–Abaíra
• Rodovia Mucugê–Barra da Estiva
• Rodovia BA-148–Livramento de Nossa Senhora–Rio de Contas
• Rodovia Mucuri–Nova Viçosa
• Infra-estrutura de apoio aos visitantes da Gruta da Mangabeira, em Ituaçu
• Estrada de acesso entre Andaraí e Igatu
• Manutenção dos acessos e construção de flutuantes para transbordo,
em Cairu e Ilha de Tinharé
• Ampliação do Centro Náutico da Bahia, em Salvador

I N V ES T I M E N T O S p ú b l i c o s | 191
No programa Prodetur/BA está incluída a parcela da Bahia no
Prodetur/NE, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvi-
mento — BID, através do Banco do Nordeste — BNB, que, a partir
de 1994, proporcionou investimentos nos municípios turísticos
prioritários, agrupados em sete zonas turísticas estabelecidas na
“Estratégia Turística da Bahia”: Costa dos Coqueiros, Baía de Todos os
Santos, Costa do Dendê, Costa do Cacau, Costa do Descobrimento,
Costa das Baleias e Chapada Diamantina.

Centros de convenções e de eventos


Importante vertente da estratégia de desenvolvimento do turismo
no Estado, no período 1995-2004 foram executadas obras públicas
de porte em centros de convenções, justificadas pelo seu interesse
turístico.
O Centro de Convenções da Bahia, em Salvador, equipamento
que completou 25 anos em 2004, foi objeto de investimentos de
quase R$ 13 milhões para recuperação e modernização, visando
à ampliação da capacidade para receber eventos de grande porte, e
oferecer melhor estrutura e segurança aos usuários. As obras incluí-
ram a construção de lobby, reforma e modernização dos elevadores,
dos sanitários e das instalações da Administração I e II, recuperação
da cobertura metálica do Pavilhão de Feiras e da estrutura de
concreto, e ampliação em 9,8 mil m² das áreas de exposição dos
Pavilhões B e C.

JOTAFREITAS
H

Centro de Convenções da Bahia, em Salvador

192 | t U R I S M o
Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, em Ilhéus

Em Ilhéus, o Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães


foi inaugurado em 2000, representando investimentos de R$ 8,2
milhões. A Costa do Cacau passou a contar com equipamento deter-
minante para o turismo de eventos e de negócios, podendo também
abrigar espetáculos para grande público. Construído em terreno de
12 mil m², na Avenida Soares Lopes, com área total para conven-
ções de 1.750m², área total para exposições de 1.536m² e áreas
diversas de 1.264m², possui auditório principal para 1.250 pessoas,
estacionamento coberto com 116 vagas e descoberto para 162 vagas.
Âncora da zona turística da Costa do Descobrimento, Porto
Seguro foi equipada com o Centro Cultural e de Eventos do Desco-
brimento, capacitando a região para sediar congressos, convenções,
seminários e outros eventos, além do turismo de lazer. O custo total
da obra e equipamentos foi de R$ 17,6 milhões, envolvendo recur-
sos do Estado e do Ministério do Esporte e Turismo. Com área total
construída de 39,7 mil m², possui pavilhões de feiras com 5.926m²
e de convenções com 6.290m² e capacidade para 2.700 pessoas,
restaurante, lanchonete, lojas no hall, passarelas cobertas, estaciona-
mento para 521 automóveis e 17 ônibus e área de carga e descarga.
H JOTAFREITAS (2)

Centro Cultural e de Eventos do


Descobrimento, em Porto Seguro

I N V ES T I M E N T O S p ú b l i c o s | 193
Prodetur Nordeste I
A Secretaria da Cultura e Turismo também utilizou recursos do
Prodetur/NE — Programa de Desenvolvimento Turístico do Nordeste
I, para fortalecer a estratégia de desenvolvimento do setor no Estado.
Através do Prodetur/NE I foram investidos cerca de US$ 250 mi-
lhões (R$ 824 milhões) em ações prioritárias, que abrangem obras de
aeroportos, saneamento básico, rodovias, acessos viários, limpeza
urbana, recuperação do patrimônio histórico, proteção ambiental
e desenvolvimento institucional.
Os investimentos foram viabilizados com recursos do BID,
através do BNB, contrapartida federal — do Ministério do Esporte e
Turismo — e do Estado — gerenciados pela Suinvest — e aplicados
em co-gestão com outros organismos governamentais (Empresa
Baiana de Águas e Saneamento — Embasa, Departamento de Infra-
estrutura de Transportes da Bahia — Derba, Centro de Recursos
Ambientais — CRA, Departamento de Desenvolvimento Florestal —
DDF, IPAC, Bahiatursa, Cia. de Desenvolvimento Urbano do Estado
da Bahia — Conder, Infraero, Instituto Mauá, Secretaria do Trabalho
e Ação Social — Setras e Sebrae), prefeituras municipais e organi-
zações não-governamentais (Instituto de Estudos Sócio-ambientais
do Sul da Bahia — IESB, Instituto Euvaldo Lody — IEL/Bahia Design,
Ecotema, Abará — Associação Pró-Bacia do Rio Almada, Instituto
de Desenvolvimento Sustentável — IDES, Instituto da Hospitalidade
— IH), entre outros.

H CARLOS FÉLIX

Aeroporto de Lençóis

194 | t U R I S M o
Prodetur/NE I 1996-2004
Principais obras e projetos de infra-estrutura realizados
INFRA-ESTRUTURA AEROVIÁRIA
• Ampliação do aeroporto de Porto Seguro
• Construção do aeroporto de Lençóis
• Ampliação e modernização das instalações do aeroporto de Salvador
INFRA-ESTRUTURA RODOVIÁRIA/VIÁRIA
• Construção da rodovia Cabrália–Santo Antônio–Belmonte
• Construção da rodovia Ilhéus–Itacaré (estrada-parque)
• Construção da rodovia Porto Seguro–Trancoso
• Pavimentação e drenagem da Ponta do Apaga Fogo–Arraial d’Ajuda
• Pavimentação e drenagem de Porto Seguro
• Pavimentação e urbanização do acesso viário a Serra Grande
• Construção do acesso viário ao Aeroporto de Salvador
• Pavimentação, drenagem e urbanização de Trancoso
• Acesso viário ao Aeroporto de Valença (atracadouro)
• Elaboração de projeto de urbanização da orla de Salvador, trecho
Amaralina/Jardim Armação
INFRA-ESTRUTURA HIDROVIÁRIA
• Construção do atracadouro Belmonte/Cabrália
• Construção do atracadouro Porto Seguro/Ponta do Apaga Fogo
SANEAMENTO BÁSICO
• Sistemas de abastecimento de água de Porto Seguro setor A e setor
B&C, Arraial d’Ajuda, Trancoso, Santa Cruz Cabrália, Coroa Vermelha e
Belmonte
• Sistemas de esgotamento sanitário de Porto Seguro setor A e setor B&C,
Arraial d’Ajuda, Trancoso, Santa Cruz Cabrália, Coroa Vermelha, Belmonte,
Praia do Forte, Sauípe e Itacaré
RECUPERAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO
• Igreja do Bonfim, em Salvador
• Quarteirão Cultural — imóveis isolados e Praça das Artes, Cultura e Memó-
ria, em Salvador
• Centro Histórico de Salvador — Praça da Sé
• Centro Histórico de Porto Seguro e Trancoso
• 1ª etapa da nova sede do IPAC, no Centro Histórico de Salvador
• Instalação do Centro de Receptivo Turístico de Porto Seguro
• Elaboração dos projetos dos Fortes de São Marcelo, de São Paulo
da Gamboa, de Santo Antônio Além-do-Carmo e de Nossa Senhora do
Monte do Barbalho, em Salvador
DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
• Desenvolvimento institucional da Secretaria da Cultura e Turismo
EM DESENVOLVIMENTO
• Sistema de esgotamento sanitário de Itacaré
,

I N V ES T I M E N T O S p ú b l i c o s | 195
Motivados pelos bons resultados alcançados pelo programa,
a SCT e o Ministério do Turismo firmaram, em 2002, convênio de
R$ 5,4 milhões que viabilizou projetos preparatórios que já estão
inseridos na contrapartida do primeiro contrato do Prodetur/NE II.

Prodetur/NE II — 2002-2004
PROJETOS CONCLUÍDOS
• Planos de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável — PDITS
dos quatro Pólos Turísticos Prioritários: Salvador e Entorno (Costa dos
Coqueiros e Baía de Todos os Santos), Litoral Sul (Costa do Dendê
e Costa do Cacau), Chapada Diamantina (Circuitos Chapada Norte,
do Diamante e do Ouro) e do Descobrimento (englobando a Costa do
Descobrimento e a Costa das Baleias)
• Projeto de sinalização da Costa do Descobrimento
• Ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Porto Seguro setor
B&C
• Complementação da nova sede do IPAC
• Projeto de fortalecimento institucional dos Órgãos Gestores do Turismo
• Projeto de capacitação profissional empresarial e empreendedora da
Costa do Descobrimento
PROJETOS EM ELABORAÇÃO
• Plano de Fortalecimento Municipal para a Gestão do Turismo, do Patri-
mônio Natural e Cultural englobando onze municípios integrantes dos
Pólos Turísticos (Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Belmonte, Valença,
Itacaré, Cairu, Maraú, Camamu, Salvador e entorno, Mata de São João
e Camaçari)

H JOTAFREITAS (2)

Praia do Ciríaco, em Itacaré Monte Pascoal, em Itamaraju

196 | t U R I S M o
H JOTAFREITAS (2)
Manguezal em Itacaré

Proteção ambiental
Para assegurar a preservação e proteção ambiental dos diversos
destinos turísticos do Estado — ação fundamental do desenvolvi-
mento sustentável do turismo —, o Governo da Bahia/SCT/Suinvest
investiu nesses dez anos em várias frentes: implantação de áreas
de proteção ambiental (APAs), elaboração de planos de manejo de
unidades de conservação, e de planos de referência urbanístico-
ambiental (PRUAs), programas de educação ambiental para as comu-
nidades, recuperação de áreas degradadas e construção de centros
de visitação turística em áreas protegidas.

Lagoa Encantada, em Ilhéus

I N V ES T I M E N T O S p ú b l i c o s | 197
Prodetur/NE I — 1996-2004
Ações de proteção ambiental
Recuperação de matas ciliares na bacia do Rio dos Mangues, em Porto
Seguro
Plantio de grama e hidrossemeadura na rodovia Porto Seguro–Trancoso
APA ITACARÉ–SERRA GRANDE/COSTA DO CACAU
• Elaboração e edição do plano de manejo
• Sinalização da rodovia Ilhéus–ltacaré, com informações sobre os atra-
tivos turísticos, vida silvestre e unidades de conservação
• Recuperação paisagística e ambiental da rodovia Ilhéus–Itacaré
• Programa de educação ambiental
APA LAGOA ENCANTADA/COSTA DO CACAU
• Construção de píeres de atracação
• Construção de centro de visitação
• Projeto de educação ambiental
PARQUE ESTADUAL DO CONDURU/COSTA DO CACAU
• Estudos para plano de manejo
• Recuperação de paisagens degradadas, implantação de trilha interpre-
tativa e de viveiros florestais
• Reforma do Centro de Recepção
• Levantamento topográfico cadastral do Parque
APA PRATIGIICOSTA DO DENDÊ
• Elaboração do plano de manejo e zoneamento ecológico-econômico
• Construção do Centro de Visitação Ambiental
• Formação de trilha interpretativa e sinalização ecoturística do trecho
Ituberá–Pratigi
• Implantação de programa de educação ambiental
• Recuperação de manguezal
• Sinalização do Centro de Recepção do Pratigi
APA MARAÚICOSTA DO DENDÊ
• Elaboração do plano de manejo e zoneamento ecológico-econômico
APA SANTO ANTÔNIO/COSTA DO DESCOBRIMENTO
• Elaboração e edição do plano de manejo
• Elaboração de plano de desenvolvimento do ecoturismo
APA MARIMBUS-IRAQUARA
• Elaboração e edição do plano de manejo
H JOTAFREITAS

Rodovia BA-001, Ilhéus–Itacaré

198 | t U R I S M o
H JOTAFREITAS (2)

Gruta Torrinha, em Iraquara

Para promover os investimentos relativos à proteção ambiental,


o Estado formulou diretrizes capazes de harmonizar o turismo, a
conservação dos recursos naturais e a cultura local. Para isso,
estabeleceu normas de uso e ocupação do solo, definiu sistemas
de gestão das áreas beneficiadas, através de criteriosos planos de
manejo. Paralelamente, desenvolveu ações de conscientização e
educação ambiental junto às comunidades, como forma de difundir
a necessidade de proteção da fauna e da flora locais, em benefício
da sustentabilidade da própria região turística.
Os planos de manejo das APAs de Itacaré-Serra Grande, Ma-
rimbus-Iraquara, Santo Antônio, Pratigi e Maraú são documentos-
síntese que orientam os organismos governamentais, as organizações
não-governamentais e o setor empresarial, fornecendo informações
indispensáveis para a formação do produto turístico em bases
sustentáveis. Em uma iniciativa inédita, encontram-se incorporados
a esses documentos mapas de atrativos ecoturísticos, contendo
informações detalhadas do potencial natural para turistas e Cachoeira Véu de Noiva,
em Itacaré
empreendedores.

I N V ES T I M E N T O S p ú b l i c o s | 199
A SCT, através da Suinvest, desenvolveu projetos de educação
ambiental nas Costas do Dendê e do Cacau, abrangendo as APAs
de Pratigi, Maraú, Itacaré-Serra Grande, Lagoa Encantada e o Parque
Estadual do Conduru. O objetivo foi a integração das comunidades
locais às diretrizes do plano de manejo das APAs. Entre as estra-
tégias de aproximação está, por exemplo, a elaboração do Jornal
da APA Itacaré-Serra Grande e a criação de comitês e conselhos
gestores das APAs, buscando maior participação da comunidade
nos processos de conscientização e decisão.
Os planos de referência urbanístico-ambiental — PRUAs foram
elaborados com objetivo de ordenar a expansão urbana das locali-
dades turísticas, contando com a participação da comunidade em
sua elaboração e conferindo maior qualidade à ocupação do solo. Con-
vênio com a Embratur que possibilitou a elaboração dos planos de
desenvolvimento turístico da Baía de Camamu, em 2000, e do Golfo
de Valença/Cairu, em 2001, ambos na Costa do Dendê, representam
importante instrumento para a atração de investimentos, assegurando
o turismo sustentado em harmonia com o meio ambiente e com as
vocações históricas e culturais regionais.

Planos elaborados
PLANOS DE REFERÊNCIA URBANÍSTICO-AMBIENTAL
• Serra Grande, município de Uruçuca
• Tanquinho, município de Lençóis
• Areias, na área da Lagoa Encantada, município de Ilhéus
• Mucugezinho, na Chapada Diamantina
• Itaitu, município de Jacobina
PLANOS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO
• Baía de Camamu
• Golfo de Valença/Cairu

Gruta Pratinha, em Iraquara


JOTAFREITAS
H

200 | t U R I S M o
Desenvolvimento institucional
As ações de desenvolvimento institucional realizadas pela SCT,
através do Prodetur/NE I, no período de 1995-2004, incluíram plane-
jamento local, capacitação, modernização dos órgãos executores
e da unidade gestora do programa, promoção do turismo, apoio a
eventos, produção de material promocional (folhetos, publicações,
kits para investidores, CD-Rom, vídeos) e capacitação dos envolvidos
com a atividade turística nos municípios priorizados.
Esse componente do Prodetur/NE I potencializou a gestão dos
recursos do programa por parte da SCT, CRA e Embasa e contribuiu
para a formação de nova mentalidade no que se refere ao turismo
sustentável, onde setor público, setor privado e população benefi-
ciada formam a base indispensável do processo de desenvolvimento
da atividade turística.
O incentivo à realização de eventos contribuiu para a difusão
do turismo como atividade socioeconômica imprescindível para a
geração de emprego e renda, especialmente para o desenvolvimento
sustentável nos municípios com potencial turístico.

Apoio a eventos
2004 I Fórum Nacional de Nichos do Turismo em Salvador
Evento de lançamento do CD de Destinos Ecoturísticos em São
Paulo
Salão Imobiliário de Lisboa
2003 Fórum Bahia Turismo em São Paulo
XI Encontro Nacional de Empresas Juniores — ENEJ em Salvador
Encontro de trabalho “Cruzeiros marítimos e turismo” em Porto
Seguro
2002 I Endotur — Encontro Nacional de Docentes de Turismo e Entrete-
nimento em Salvador
2001 Feira do Empreendedor do Sebrae em Salvador
Evento de Artesãos da Costa do Descobrimento em Porto Seguro
V Hotels e Resorts Investment em São Paulo
1999 II Seminário de Turismo e Hotelaria da Costa do Descobrimento
em Porto Seguro
IV Fórum Anual de Investimentos em Hotelaria e Turismo na Amé-
rica Latina
1998 Eventos artísticos e culturais no Teatro XVIII e Fundação Casa de
Jorge Amado
Seminário de Qualidade no Atendimento, Marketing e Relações
Humanas em Salvador
,

I N V ES T I M E N T O S p ú b l i c o s | 201
Além do apoio a eventos nacionais, os investimentos incluem a
produção de material promocional diversificado:

Vídeos promocionais
• Vídeo-documentário “Invista no turismo, Bahia o melhor destino”
• Vídeo em seis idiomas
• Vídeo-documentário “Ilhéus, o portal”
• Vídeo “Bahia turismo” (reedição e atualização)
• Vídeo institucional das sete regiões turísticas
Material promocional interno e externo
• Folheteria “Invista no Turismo”
• Jornal Bahia Invest
• CD-Rom “Guia para Investidores”
• Publicação trimestral Bahia Tourism Invest
• Guias “Litoral da Bahia”
• Publicação Oportunidades de investimento
• Mapas “Trilhas e caminhos da Chapada Diamantina”
• Guia Praticus de Salvador

Publicações

O selo Turismo Bahia, que faz parte do programa editorial da SCT,


edita publicações que contribuem para o registro e reflexão sobre o
desenvolvimento da atividade turística do Estado. Para divulgar os atra-
tivos naturais e motivar a prática do ecoturismo e do turismo náutico,
a SCT lançou os Roteiros ecoturísticos e o Roteiro náutico do Litoral da
Bahia, publicação dirigida a navegadores e aficionados do mar, cobrindo
toda a costa baiana. O Roteiro náutico indica os principais lugares
onde se pode chegar de barco, com as características náuticas de
cada local, trazendo ainda informações sobre comércio e serviços,
como apoio local para a manutenção de embarcações, hospedagem,
restaurantes, atrativos turísticos, além de mapas e fotografias.

202 | t U R I S M o
Livros
• Turismo e desenvolvimento socioeconômico: o caso da Costa do Desco-
brimento, de Érico Mendonça, Inez Garrido e Socorro Vasconcelos
• Gestão participativa para um turismo sustentável: o caso da Costa do
Descobrimento, de Dalva Sant’Anna, Maria Teresa Chenaud Oliveira e
Symona Berenstein
• Turismo e transporte aéreo internacional, de Virgínio Loureiro
• Turismo na Bahia, de Lúcia Aquino de Queiroz
• Turismo sustentável, cultura, relações públicas, qualidade, de João Cláu-
dio Souza e Lícia Souza
• Ecoturismo e comunicação; quem não se comunica se trumbica, de
Symona Berenstein
• Modelos multiorganizacionais no turismo: cadeias, clusters e redes, de
Inez Garrido
• Pelourinho: desenvolvimento socioeconômico, de Luciete Miranda e Maria
Aparecida dos Santos
• Marketing e competitividade no turismo da Bahia, de Érico Pina Men-
donça Júnior
Roteiros
• Roteiro ecoturístico Costa do Cacau
• Roteiro ecoturístico Costa do Descobrimento
• Roteiro ecoturístico Costa do Dendê
• Roteiro ecoturístico Baía de Todos os Santos
• Roteiro ecoturístico Costa das Baleias
• Roteiro ecoturístico Costa dos Coqueiros
• Roteiro náutico do litoral da Bahia, em parceria com o Centro Náutico
da Bahia — CENAB

Capacitação

A SCT/Bahiatursa também priorizou investimentos em capaci-


tação da própria equipe e das comunidades onde existem ofertas
turísticas. Além disso, reuniões e treinamentos de pessoal dos
órgãos executores do Prodetur/NE I garantiram a integração para o
melhor desempenho na realização das ações interfaciadas.

I N V ES T I M E N T O S p ú b l i c o s | 203
Partici-
Capacitação para o turismo
pantes
• Pós-graduação/especialização em Administração, Gestão Empre-
sarial, Marketing, Finanças Corporativas, Turismo e Hotelaria e
Gestão de Empreendimentos Turísticos, para técnicos da SCT/
Bahiatursa ......................................................................................................... 28
• Pós-graduação/mestrado em Administração, Gestão Empresarial
e Marketing, Análise Regional e Rede de Computadores, para
técnicos da SCT/Bahiatursa ....................................................................... 7
• Curso para monitores de turismo ............................................................ 160
• Curso de atendimento turístico de qualidade, para a população
da Costa do Descobrimento (comemoração dos 500 Anos do
Brasil) ................................................................................................................. 450
• Seminário de integração dos órgãos gestores do Prodetur “Ges-
tão empresarial e comportamento humano”, em Salvador ........... 40
• Curso de monitores náuticos da Costa do Descobrimento, para
a população local ........................................................................................... 40
• Curso de condutores de trilhas da Chapada Diamantina, para a
população local .............................................................................................. 40
• Curso Amana Key, em São Paulo ............................................................. 1
• Projeto de Revitalização do Artesanato da Costa do Cacau e Costa
do Descobrimento ......................................................................................... 340
• Seminários de capacitação “Gestão integrada em cultura e
turismo” — IV Mercado Cultural, em Salvador ..................................... 806
• Curso I Semana de Imersão em Gestão e Planejamento do
Turismo, para técnicos da SCT/Bahiatursa ........................................... 10
• Curso de Gestão e Marketing de Destinos Turísticos, para téc-
nicos da SCT/Bahiatursa ............................................................................. 28
• Curso Novo Perfil de Guias Turísticos, para a população ................ 40
Total ........................................................................................................................ 1.990

Treinamento

204 | t U R I S M o
Porto de Canavieiras
H JOTAFREITAS

O Projeto de Revitalização do Artesanato da Costa do Cacau e


Costa do Descobrimento destaca-se na capacitação local. Realizado a
partir de 2001, em parceria com o Instituto Mauá, Setras, Sebrae, BNB,
IEL/Bahia Design, visa à implementação de aprendizado, qualificação
e pesquisa para desenvolvimento de objetos artesanais, utilizando
técnicas de miniaturização e de faianças, através do Programa Bahia
Design, além de treinamento nos níveis técnico, administrativo e de
qualificação para comercialização desses objetos.
Dentre as atividades realizadas para a viabilização desse projeto,
podemos salientar:

• Acompanhamento das ações realizadas pelo Grupo de Artesanato da


Costa do Descobrimento, através de reuniões periódicas com a parti-
cipação dos órgãos parceiros
• Lançamento do Projeto de Artesanato na Costa do Cacau envolvendo os
municípios de Ilhéus, Uruçuca, Una, Santa Luzia e Canavieiras, na sede
do Sebrae, com a participação dos órgãos parceiros e das prefeituras
• Realização de quatro oficinas de criatividade e design para o artesanato,
em 2002, nos municípios de Porto Seguro, Belmonte e Santa Cruz
Cabrália
• Realização de seis oficinas do Projeto de Revitalização do Artesanato
da Costa do Cacau — 1ª fase, nos municípios de Canavieiras, Itacaré,
Uruçuca, Una e Santa Luzia, em 2002
• Elaboração da Cartilha e catálogo do artesão, com o objetivo de valo-
rizar, difundir e dar suporte à comercialização do artesanato

Modernização

Os investimentos na estrutura física dos órgãos executores e da


unidade gestora incluíram a aquisição de software e equipamentos
de informática (microcomputadores, servidor de rede, notebooks,
impressoras, câmera digital, scanner), vídeo-projetor, veículos,
equipamentos de laboratório (Embasa) e outros, para suporte ao
acompanhamento da implantação de infra-estrutura turística nos
municípios.

I N V ES T I M E N T O S p ú b l i c o s | 205
Planejamento

Outro importante componente do desenvolvimento institucional


é o planejamento das políticas de gestão, através da elaboração de
planos e realização de pesquisas, bases para o bom desempenho
da gestão de turismo no setor público.

• Elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Susten-


tável — PDITS da Costa do Descobrimento
• Realização de pesquisa de avaliação dos impactos socioeconômicos do
Prodetur I na Costa do Descobrimento
• Elaboração dos planos de formação contínua de hotelaria e restaurantes
em Salvador e Porto Seguro
• Realização de pesquisas de indicadores de turismo e hotelaria nas zonas
prioritárias do Prodetur/BA
• Implantação do FEAT — Fórum de Estudos Avançados do Turismo

JOTAFREITAS
Praia de Mucugê, em Arraial d’Ajuda, Porto Seguro

206 | t U R I S M o
Prodetur Nordeste II
O Governo da Bahia, através da SCT, assinou, em dezembro
de 2004, o primeiro contrato do Prodetur/NE II com o Banco do
Nordeste — BN e o Ministério do Turismo, após gestões políticas
e administrativas junto aos organismos envolvidos. Esse contrato tem
valor de US$ 16,6 milhões, sendo US$ 10 milhões financiados pelo
Banco Interamericano de Desenvolvimento — BID, através do Banco
do Nordeste e o restante composto por contrapartidas estadual e
federal. Os recursos serão aplicados durante quatro anos, em infra-
estrutura turística, qualificação de mão-de-obra e projetos municipais
de gestão turística.

Principais ações físicas do Prodetur/NE II


INFRA-ESTRUTURA RODOVIÁRIA
• Construção de 48km da estrada Itacaré–Camamu, integrando a Costa
do Cacau à Costa do Dendê, encurtando em 200km a viagem feita pela
BR-101
URBANIZAÇÃO
• Projetos de urbanização das orlas de Itacaré, Morro de São Paulo,
Guaibim e Imbassaí
CAPACITAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
• Qualificação de mão-de-obra direcionada para a Costa do Descobrimento
(Porto Seguro, Cabrália e Belmonte)
SINALIZAÇÃO TURÍSTICA
• Desenvolvimento de projetos de sinalização turística na Costa do Dendê,
Costa dos Coqueiros, Costa do Cacau e implantação de sinalização na
Costa do Descobrimento
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
• Recuperação ambiental da Bacia do Rio dos Mangues, principal manan-
cial de abastecimento de água de Porto Seguro
GESTÃO TURÍSTICA MUNICIPAL
• Projetos municipais de gestão turística de Salvador, Mata de São João,
Camaçari, Valença, Camamu, Cairu, Maraú, Itacaré, Porto Seguro, Santa
Cruz Cabrália e Belmonte

O Estado da Bahia já foi autorizado pela Secretaria do Tesouro


Nacional — STN a assinar o segundo contrato do programa, no
montante de US$ 14 milhões de financiamento. A participação
da Bahia no Prodetur/NE II prevê um programa de investimentos
de US$ 40 milhões, sendo US$ 24 milhões com recursos do BID e
US$ 16 milhões de contrapartida local.

I N V ES T I M E N T O S p ú b l i c o s | 207
Outras ações
Além dos investimentos em desenvolvimento institucional pre-
vistos no Prodetur/NE I, a Suinvest vem desenvolvendo papel de
articuladora da parceria com órgãos executores estaduais, prefeituras
municipais, conselhos municipais e regionais de turismo e ONGs,
vinculados ao programa. Nesses dez anos, a SCT capitalizou impor-
tantes participações para a melhor condução das políticas públicas
do turismo.

• Apoio à criação do Conselho de Turismo da Costa do Descobrimento


— CRT/CD, da Comissão Regional da Chapada Norte, do Comitê de
Gestão da APA Itacaré–Serra Grande e dos Conselhos de Turismo dos
Pólos Chapada Diamantina, Salvador e Entorno e Litoral Sul
• Participação no Comitê do Programa de Qualidade em Turismo, coor-
denado pelo IEL — Instituto Euvaldo Lodi/FIEB
• Realização de oficinas de experiências das ONGs em pólos turísticos,
em Ilhéus/Olivença, trabalho conduzido pela ONG AutoPhoesis
• Realização do workshop “A sociedade civil no desenvolvimento turís-
tico sustentável: experiências e propostas”, com o apoio do BID, MTur,
CBTS — Conselho Brasileiro de Turismo Sustentável e IESB — Instituto
de Estudos Sócio-ambientais do Sul da Bahia
• Realização do workshop de convalidação do PDITS do Pólo do Desco-
brimento
• Coordenação do Fórum Estadual de Turismo, instalado em 2003, com
a participação de representantes do poder público federal, estadual
e municipal, da comunidade científica, do setor privado e do terceiro
setor; das suas oito câmaras temáticas, participam representantes dos
conselhos dos pólos turísticos

H ARTUR IKISHIMA
Ilhéus

208 | t U R I S M o
• Participação no Programa de Regionalização do Turismo — Roteiros do
Brasil
• Participação no Programa Estrada Real
• Participação na formatação do Programa de Desenvolvimento Estraté-
gico para o Setor Terciário da Bahia — PDE
• Participação no grupo de criação do Conselho da Zona Turística Cami-
nhos do Oeste
• Participação para apresentação do Programa de Regionalização na
Costa dos Coqueiros
• Participação no Conselho Estadual de Zoneamento Ecológico e Eco-
nômico
• Participação no seminário do Programa Purificação de Santo Amaro,
presidido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação
• Participação em evento para definição de área de plano-piloto de turis-
mo sustentável
• Participação no Conselho Aeroportuário do Estado da Bahia
• Participação no Programa Estratégico da Logística de Transportes — PELT
• Participação juntamente com o Banco do Nordeste para discussão das
prioridades do Programa de Financiamento do Turismo, relativo ao FNE
• Participação na Conferência Regional das Américas — Certificação de
Sustentabilidade das Atividades Turísticas
• Participação no Fórum Internacional sobre Política de Turismo organi-
zado pela OMT/BID com apresentação do estudo de caso Turismo e
desenvolvimento socioeconômico — o caso da Costa do Descobrimento,
escolhido para representar as ações bem sucedidas do Prodetur/NE

JOTAFREITAS
H

Vila dos Pescadores, na Praia do Forte

I N V ES T I M E N T O S p ú b l i c o s | 209
H EDUARDO BARCELLOS

Investimentos privados
210 | t U R I S M o
É importante destacar a participação da iniciativa privada, no
período 1995-2004. Foram US$ 753 milhões (R$ 1,35 bilhão) em
obras já executadas e fortemente concentradas na implantação e
expansão da rede hoteleira. Somados aos recursos públicos, essa
posição coloca a Bahia como um dos maiores conjuntos de inves-
timentos turísticos do Brasil.

Investimentos privados por zonas turísticas


Chapada Diamantina Costa do Dendê
US$ 13.111 mil . . US$ 16.669 mil
= R$ 15.234 mil . = R$ 34.050 mil
Outras .
Costa das
US$ 8.016 mil Baleias
= R$ 10.720 mil
.
US$ 32.658 mil
Costa dos . = R$ 48.692 mil
Coqueiros
Costa do Cacau
US$ 242.180 mil
= R$ 454.804 mil US$ 55.885 mil
. = R$ 74.304 mil
Costa do
Descobrimento . Baía de Todos os Santos
US$ 212.705 mil US$ 171.861 mil
= R$ 415.987 mil = R$ 305.966 mil
Investimentos privados, em unidades de hospedagem
Costa das Baleias . Chapada Diamantina
1.250 798
.
. .
Outras
. Costa do Dendê
556
1.345

Costa do Cacau . Costa dos Coqueiros


2.077
3.958
Baía de Todos
os Santos . . Costa do Descobrimento
3.811 5.525

H ARTUR IKISHIMA

Paradise Park, em Porto Seguro

I NVES T I M E N T O S p R I V A D O S | 211
Complexo Turístico Costa do Sauípe, em Mata de São João
H JOTAFREITAS (2)

Dentre os empreendimentos privados concluídos nos últimos dez


anos, merecem destaque:

Principais empreendimentos turísticos privados — 1995-2004


EM MUNICÍPIOS TURÍSTICOS
• Complexo Turístico Costa do Sauípe
• Ampliação do Praia do Forte Eco Resort
• Paradise Water Park, em Arraial d’Ajuda
• Itacaré Eco Resort — Vilas de São José
• Costa Brasilis Hotel, em Santa Cruz Cabrália
• Hotel Toca do Marlim, em Santo André, Santa Cruz Cabrália
• Txai Resort, em Itacaré
• Villaggio Guaratiba Resort, em Prado
• Hotel Portal de Lençóis
• Club Med Trancoso
• Kiaroa Beach Resort, em Maraú
EM SALVADOR
• Reforma do Hotel Sofitel, em Itapuã
• Pestana Bahia, no Rio Vermelho
• Ampliação do Catussaba Hotel, em Praias do Flamengo
• Pousada do Convento do Carmo, no Centro Histórico de Salvador (em
conclusão)
• Vila Galé Bahia, em Ondina
• A Casa das Portas Velhas Boutique Hotel, no Bairro da Palma
• Centro de Convenções do Bahia Othon, em Ondina
• Fiesta Convention Center, no Itaigara
• Hotéis Ibis e Mercure, no Rio Vermelho
• Blue Tree Hotel, no Rio Vermelho
• Holliday Inn Express, no Jardim Armação
• Piza Plaza, no Jardim Armação
Fogão a lenha na Pousada
Pai Inácio, em Lençóis
Também é importante destacar a construção de diversas pousa-
das de pequeno e médio portes em Imbassaí, Praia do Forte, Morro
de São Paulo, Barra Grande de Maraú, Mucugê, Lençóis e Itacaré.
São investimentos privados que geram outras opções para os muni-
cípios turísticos, que assim podem atender também aos visitantes
que buscam meios de hospedagem personalizados, mais integrados
à cultura local e que demandam menos gastos.

212 | t U R I S M o
Cluster de Entretenimento,
Cultura e Turismo da Bahia
Após a realização de amplo estudo-diagnóstico, em 2001, o
Cluster de Entretenimento, Cultura e Turismo da Bahia foi criado
com o apoio e participação do Governo Estadual. Em 2002, trans-
formou-se em sociedade civil denominada Fórum para o Desenvol-
vimento do Entretenimento, Cultura e Turismo na Bahia.
A entidade, composta por representantes de empresas aéreas,
de hotelaria, comércio, comunicações, entretenimento, lazer e da
SCT, instalou seu Conselho e articula a elaboração de plano estraté-
gico para impulsionar a economia dessas áreas nos próximos dez
anos, com ações no desenvolvimento de produtos, no plano edu-
cacional e de caráter operacional. Avalia periodicamente o setor,
integra segmentos e replaneja ações, concretizando estratégias.
O Fórum do Cluster tem a responsabilidade de desenvolver, com
apoio de consultoria especializada e dos órgãos governamentais de
turismo, um plano de marketing para o pólo turístico Salvador e En-
torno, com vistas à obtenção de financiamento através do Prodetur/
NE II para ações de promoção deste pólo nos principais mercados
emissores.

H JOTAFREITAS

Grandes hotéis na orla marítima de Salvador

I NVES T I M E N T O S p R I V A D O S | 213
Atendimento empresarial
Com um produto turístico consolidado, a Bahia oferece con-
dições vantajosas para as empresas que desejam conquistar ou
aumentar sua participação no mercado. Para informar e orientar
potenciais investidores, a SCT implantou o Programa de Atendi-
mento Empresarial. No período 1995-2004, foram realizados mais
de 1.700 atendimentos a empresários que procuraram orientação
para formatação de seus empreendimentos.

Ano Atendimentos Zonas turísticas preferidas


2004 84 Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros,
Costa do Dendê, Costa do Cacau
2003 66 Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros,
Costa do Dendê, Costa do Cacau, Costa do Des-
cobrimento
2002 78 Costa do Dendê, Costa dos Coqueiros, Baía de
Todos os Santos, Chapada Diamantina
2001 118 Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros
2000 195 Costa dos Coqueiros, Baía de Todos os Santos,
Costa do Cacau, Costa do Dendê
1999 245 Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros,
Costa do Descobrimento, Costa do Dendê
1998 239 Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros,
Costa do Cacau
1997 237 Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros,
Costa do Cacau
1996 280 Costa dos Coqueiros, Chapada Diamantina, Baía
de Todos os Santos, Costa do Descobrimento
1995 195 Costa dos Coqueiros, Chapada Diamantina, Baía
de Todos os Santos, Costa do Descobrimento
Total 1.737
H JOTAFREITAS

Resort Praia Hotel, em Praia do Forte

214 | t U R I S M o
Captação de investimentos privados
A SCT desenvolve o Programa de Captação de Investimentos
Privados para o desenvolvimento do turismo sustentável. Participa
de conferências, congressos e reuniões, no Brasil e no exterior, para
divulgar o produto Bahia e os benefícios do Prodetur para o turismo
baiano, com distribuição de material promocional especialmente
elaborado para essa clientela.

• Seminário para Investimentos no Turismo, em Ilhéus, com a participação


de 200 empresários, para discussão do Prodetur e de linhas de crédito
existentes, com o Desenbanco, Banco do Brasil e BNB
• Seminário para Desenvolvimento do Turismo no Lago de Pedra do
Cavalo, com participantes de treze municípios do entorno, da Desen-
vale, Embasa, CRA, DTT e SCT
• Ampliação, atualização e envio para investidores de cadastro de áreas
para turismo e hotéis à venda no Estado da Bahia
• Elaboração e impressão do folheto “Fontes de financiamento para inves-
timentos privados em turismo”
• Lançamento do boletim trimestral Bahia Tourism Invest, enviado por mala
direta a empresas e investidores internacionais
• Lançamento do folheto “Programa de Desenvolvimento do Turismo na
Bahia — Oportunidades de investimentos”, em três idiomas
• Participação no Seminário do Banco Intesa-BSCI e Ministério do Esporte
e Turismo, em Roma, e com o Banque des Pays-Bas, em Paris
• Participação em diversos seminários Hotels & Resorts promovidos pela
BSH Consultoria, em São Paulo, para promoção de investimentos na
Bahia
• Reedição de brochura sobre investimentos na Bahia, em dois idiomas,
para promoção junto a potenciais investidores
• Realização de seminários em Lisboa promovidos pelo Banco Espírito
Santo e Deutsche Bank
• Produção de vídeo sobre as oportunidades de investimentos no setor
turístico do Estado
• Participação junto à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração na
elaboração do portal Bahia Invest, objetivando a atração de investimen-
tos e difusão de informações ao potencial investidor
• Disponibilização e atualização dos investimentos do Prodetur/NE e
informações empresariais a potenciais investidores no site da SCT
• Criação e veiculação do informativo eletrônico Bahia Invest Tourism,
buscando fortalecer o canal de comunicação com os investidores
• Seminário Oportunidades de Negócios em Destinos Turísticos da Bahia,
em Salvador, para empresários nacionais
,

I NVES T I M E N T O S p R I V A D O S | 215
H JOTAFREITAS

Qualificação
216 | T U R I S M O
Bahia Qualitur
Por entender que a competição entre os destinos turísticos é
acirrada e os turistas cada vez mais exigentes, a SCT/Bahiatursa criou
o Bahia Qualitur — Programa de Certificação para o Setor de Turis-
mo do Estado da Bahia. Com o programa, o Governo visa assegurar
um alto padrão de atendimento e serviços de classe internacional aos
visitantes, gerando um diferencial competitivo através da qualidade.
Lançado em maio de 2003, o Qualitur contribui para o desenvol-
vimento do turismo baiano, através da qualificação dos serviços das
empresas e seus profissionais. Além dos turistas, o programa tam-
bém beneficia a população local com atendimento qualificado e
estimula a geração de emprego e renda.
Parcerias com o Sebrae — Serviço de Apoio à Pequena e Micro
Empresa e organizações renomadas em certificação de qualidade
(BVQI – Bureau Veritas Quality International, IH — Instituto de Hos-
pitalidade e ABGC — Associação Baiana para Gestão Competitiva)
garantem a assistência técnica. O Conselho Diretor do Qualitur é
composto por representantes das secretarias estaduais da Cultura
e Turismo, do Trabalho e da Ação Social, além do Sebrae. O Conse-
lho de Entidades tem a representação de importantes segmentos do
setor privado (Associação Brasileira das Agências de Viagem — ABAV,
Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento
— Abrasel, Associação Brasileira da Indústria de Hotéis — ABIH,
Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo — ABBTUR, Associa-
ção Brasileira das Locadoras de Automóveis — ABLA, Sindicato das
Empresas de Turismo — Sindetur, Sindicato de Hotéis, Restauran-
tes, Bares e Similares — SHRBS, Sindicato das Locadoras — Sindloc,
Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia,
Transportes e Comunicações da Bahia — Agerba, Cluster de Entrete-
nimento, Cultura e Turismo da Bahia, Confederação de Golfe e os
Conventions Bureaux de Salvador, Ilhéus e Porto Seguro).

QUALIFICAÇÃO| 217
Na fase de implantação (2003-2005), com investimento de R$
2,7 milhões, a Bahiatursa contemplará 192 empresas de três zonas
turísticas (Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros e Costa do
Descobrimento). Entre as empresas certificadas nos dois primeiros
grupos, o segmento dos meios de hospedagem participou com 30%,
o de bares e restaurantes, com 21,5%, operadoras e agências, com
27,5% e meios de transporte, com 21%.
Em 2004, foram realizadas duas cerimônias de certificação do
Bahia Qualitur, edição 2003/2004, Baía de Todos os Santos e Costa
dos Coqueiros, com 58 empresas certificadas e 2.294 profissionais
capacitados. Outras 56 empresas encontram-se em processo de
adesão ao programa. Dando maior visibilidade ao selo e às empresas
certificadas, a Bahiatursa veiculou anúncios sobre o Bahia Qualitur
em importantes revistas semanais de circulação nacional.

Qualifica RH e Fórum de Estudos


Avançados em Turismo — FEAT
O turismo caracteriza-se como um segmento econômico em que
o mercado é cada vez mais competitivo, sendo que a qualidade do
Qualifica RH atendimento é um dos diferenciais que levam o turista a escolher
Turismo uma cidade ou país.
Treinamento externo
Atento a essa realidade, o Governo do Estado, através da
1995 1.321
1996 1.029
Bahiatursa, em convênio com o Instituto da Hospitalidade, realizou
1997 2.469 cursos para a formação e treinamento da mão-de-obra turística,
1998 5.613
com o propósito de melhorar a qualidade dos serviços prestados, e
1999 6.180
2000 964 agregar outros fatores, como o de segurança, fundamentais para que
2001 973
a atividade turística na Bahia alcance patamares de competitividade
2002 182
2003 19.997 cada vez mais elevados.
2004 156
JOTAFREITAS

Total: 38.884

Treinamento interno
H

1995 273
1996 326
1997 242
1998 124
1999 587
2000 396
2001 344
2002 254
2003 188
2004 161
Total: 2.895 Treinamento de recepcionistas dos Postos de Informações Turísticas

218 | T U R I S M O
Municípios beneficiados pelo treinamento externo
Barra Ituaçu Salvador
Barreiras Jacobina Santa Cruz Cabrália
Belmonte Jandaíra Santo Amaro
Cachoeira Juazeiro São Félix
Cairu Lençóis São Francisco do Conde
Campo Formoso Morro do Chapéu Seabra
Canudos Muritiba Serra Grande
Conde Nazaré Subaúma
Entre Rios Piritiba Uruçuca
Esplanada Porto Seguro Valença
Ilhéus Prado Vera Cruz
Itacaré Praia do Forte Vitória da Conquista

Dentro desse princípio, o programa de capacitação de pessoas


realizou ações destinadas a diversas áreas da atividade turística,
tendo priorizado o atendimento aos profissionais que mantêm con-
tato direto com o turista, como o pessoal de vendas das agências de
viagens, receptivos, taxistas, seguranças, guias, garçons, barraqueiros,
fiscais da Prefeitura, ambulantes, baianas de acarajé, manipuladores
de alimentos, produtores culturais, artesãos, cordeiros de blocos
de Carnaval, policiais militares etc., abrangendo, além de Salvador,
outros municípios turísticos do Estado.

Curso para baianas de acarajé

QUALIFICAÇÃO| 219
H ARTUR IKISHIMA
Curso para taxistas

Também foi desenvolvido um programa de capacitação e trei-


namento para os funcionários da Bahiatursa e da SCT, com cursos
de redação, informática, língua estrangeira, relações interpessoais e
qualidade no trabalho, para servidores de nível médio e superior.
Para a execução desse programa, a Bahiatursa e a SCT recorreram a
instituições públicas e privadas e, mais especificamente, ao Progra-
ma de Modernização e Racionalização da Administração Financeira
do Estado — Promaf. O setor conta atualmente com 107 servidores
com cursos de especialização, mestrado, MBA e doutorado.
Convênio de cooperação técnica firmado entre a SCT, a Asso-
ciação Baiana de Ensino Superior/Faculdade Baiana de Ciências e a
empresa Parceria assegurou a implantação do primeiro curso de pós-
graduação em Gestão de Turismo e Hotelaria em Salvador, iniciado em
2002, numa demonstração clara da complementaridade existente
entre as instituições de ensino do Estado e as políticas governamen-
tais no que diz respeito à formação e especialização de mão-de-obra
do turismo.
Em 1997, por exemplo, a Bahiatursa trabalhou com condutores
de trilhas, em Lençóis; em 1998, trabalhou o turismo e o meio am-
biente, em Serra Grande e Uruçuca; em Barreiras e Nazaré, com
ambientalistas, funcionários de bares, pousadas e hotéis, professores
e estudantes e, em 2002, também em Barreiras, juntamente com a
Bahiaventura, realizou o primeiro curso para monitores de turismo
em esportes verticais — alpinismo, rappel e cascading — visando não
só à segurança, mas também à correta utilização dos equipamentos
e adequação dos procedimentos aos padrões internacionais.

220 | T U R I S M O
Outra iniciativa visando agregar qualidade aos serviços turísticos
pela via da educação, foi a instalação do Fórum de Estudos Avançados
em Turismo — FEAT, em 1999, cuja criação promove integração
entre Governo, instituições educacionais, trade turístico e organiza-
ções não-governamentais.
A dinâmica desse Fórum caracterizou-se pelo desenvolvimento
de ações compartilhadas pelos representantes das instituições e
entidades associadas, organizadas em grupos-tarefa que se mantêm
ou se reorganizam em função da prospecção do mercado.
Dentre as ações implementadas pelo FEAT estão as do quadro
a seguir:

• Prêmio FEAT — edições 2001 e 2002


• Desenvolvimento de estudos e pesquisas — destaque para o Projeto
Estudo da Atividade Empresarial (Sebrae 2003)
• Seminário de Sensibilização de Empresários
• Manipulação de Alimentos (Senac)
• Qualidade de Atendimento (Sebrae)

Congregando e articulando representantes de órgãos municipais


e estaduais; 14 instituições de ensino de turismo e hotelaria; o
Sistema S (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial — Senac,
Serviço Social do Comércio — Sesc, Serviço Nacional de Apren-
dizagem Industrial — Senai e Serviço Social da Indústria — Sesi);
entidades do trade turístico e ONGs, como o Instituto da Hospi-
talidade, a constituição do FEAT representa importante iniciativa
capaz de promover avanços práticos na adequação da formação
dos profissionais de turismo às necessidades do mercado.

QUALIFICAÇÃO| 221
H JOTAFREITAS

Zonas e motivações turísticas


222 | t U R I S M o
A geografia baiana é formada por dez zonas turísticas com a maior
e mais diversificada linha de produtos oferecida no país: Costa das
Baleias, Costa do Descobrimento, Costa do Cacau, Costa do Dendê,
Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros, Chapada Diamantina,
Caminhos do Oeste e Lagos do São Francisco. Atento a essa realidade,
o Governo do Estado vem aliando ao zoneamento turístico a segmen-
tação motivacional, como forma de fortalecer a promoção e assim
despertar interesse no mercado consumidor. Estas motivações foram
mapeadas a partir da oferta efetiva em cada uma das zonas turísticas.
Além do segmento tradicional do turismo de sol e praia, as moti-
vações cultura (história, culinária, artesanato, folclore, arquitetura),
esporte (radicais, pesca oceânica, golfe, tênis), aventura, diversidade
religiosa, negócios, entretenimento e lazer e ecoturismo fazem parte
do composto promocional do Estado.
Pela pluralidade de cenários com potencial de aproveitamento
turístico e forte diferencial das manifestações culturais, novas regiões
estão sendo incorporadas aos destinos turísticos tradicionais, confi-
gurando o que se pode denominar de Nova Geografia Turística da
Bahia. Esses novos destinos turísticos compreendem:
• Vale do Jequiriçá — Atende principalmente ao turismo rural;
abrange os municípios de Amargosa, Jequiriçá, Laje, Mutuípe,
Nazaré, Santo Antônio de Jesus, Santa Inês e Ubaíra.
• Trilha Peregrina da Lapa — Responde pelo segmento religioso;
caminho que vai da Chapada Diamantina até o santuário de Bom
Jesus da Lapa.
• Parque Municipal do Serrano, em Lençóis — Objeto de projeto
de requalificação sócio-ambiental, visando a um modelo de parque
para o desenvolvimento do ecoturismo.

JOTAFREITAS
H

Bicicletas no Parque do Serrano, em Lençóis

ZONAS E MOTIVAÇÕES tURÍSTICAS| 223


• Estrada Real — o Caminho da Bahia — São mil quilômetros e
42 municípios no Estado, fazendo parte do Programa de Regionali-
zação Roteiros do Brasil, proposto pelo Plano Nacional do Turismo
do Ministério do Turismo, e liderado pelo Instituto Estrada Real,
com sede em Minas Gerais.
Além da infra-estrutura, o Governo estende aos municípios os
benefícios do fortalecimento institucional, em duas vertentes bási-
cas: apoio à melhoria da gestão municipal de interesse turístico e
consultoria para a formação e desenvolvimento de produtos turís-
ticos. Esse tipo de ação, que visa reforçar a capacidade planejada
dos municípios, bem como as iniciativas locais de integração inter-
municipal, tem exigido articulação de várias Secretarias de Estado e
instituições, a exemplo do Banco do Nordeste (Programa Brasil em
Ação), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas —
Sebrae-BA (Programa de Turismo), Programa Nacional de Munici-
palização do Turismo — PNMT, Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial — Senai e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
— Senac.
H XANDO PEREIRA

JOTAFREITAS
H

Cachoeira do Boqueirão, em Jequiriçá A Estrada Real, em Rio de Contas

224 | t U R I S M o
Turismo rural Hotéis-fazenda
1998 13
1999 33
Em 1997, a SCT realizou, em parceria com o Sebrae, o 1º Semi- 2000 56
nário de Turismo Rural da Bahia, lançando a publicação Turismo 2001 65
2002 75
rural na Costa do Cacau. Desde então, este segmento vem crescendo 2003 90
e se tornando mais uma alternativa de geração de emprego e renda 2004 108

na zona rural, reduzindo o êxodo e contribuindo para a preservação Hóspedes


ambiental. 1998 22.000
Com treze propriedades, o Programa de Turismo Rural — PTR 1999 33.000
2000 45.000
foi lançado em 1998, e vem crescendo com a adesão de proprietá- 2001 62.300
rios e hóspedes. O Governo do Estado também apoiou a criação da 2002 83.000
2003 108.000
Associação Baiana de Turismo Rural — ABATURR, que coordena e 2004 141.000
divulga todas as atividades do segmento, visando ao seu fortaleci-
mento e incremento.
Além do lazer de fim-de-semana, as fazendas também são pro-
curadas para congressos, reuniões de empresa, seminários e festas
familiares, entre outras demandas. Os hotéis-fazenda estão loca-
lizados na Costa do Cacau, Costa do Descobrimento, Costa dos
Coqueiros, Chapada Diamantina, com predominância no Recôncavo
Baiano e no Vale do Jequiriçá.
JOTAFREITAS
H

Fazenda Renascer, em Ilhéus

ZONAS E MOTIVAÇÕES tURÍSTICAS| 225


Desde a sua implantação, o Programa de Turismo Rural registra
crescimento considerável, reunindo hoje 108 hotéis-fazenda cadas-
trados, o que equivale a uma evolução de 750% em apenas seis
anos. O número de hóspedes aumentou em 541%, entre 1998 e
2004. Para 2005, há expectativa de 20,4% de aumento no número
de propriedades, equivalendo a 130 estabelecimentos, e de 41,8%
no fluxo, que deve fechar o ano com 200 mil turistas.
Nesse período foram realizados, em convênio com a Associação
Cavalgada ecológica Baiana de Criadores de Cavalos, vários eventos que contribuem para
da Maramata, a divulgação e prática do turismo rural na Bahia:
em Ilhéus
2001 1ª Cavalgada Ecológica da Chapada Norte — Jacobina
3ª Cavalgada da Independência 2001 — Jaguaripe
1ª Cavalgada Avante Jaguaquara
2002 Festa do Vaqueiro — Jitauna
1ª Cavalgada ao Luar de Canavieiras
Festa do Cavalo — Ibirapuã
2004 Cavalgada do Recôncavo, em São Gonçalo dos Campos
6ª Cavalgada Ecológica de Amélia Rodrigues

H ARTUR IKISHIMA (2)

Fazenda do Coronel, em Coração de Maria

226 | t U R I S M o
H JOTAFREITAS (2)

Turismo ecológico
A Bahia tornou-se um atraente mercado para o ecoturismo e seus
segmentos — o turismo de aventura e o turismo rural. Isso pela diver-
sidade de ambientes naturais e o expressivo patrimônio cultural que
oferece, conjugados aos investimentos públicos na melhoria da infra-
estrutura para dar suporte às atividades turísticas e à valorização e
conservação do meio ambiente.
O turismo ecológico — com crescimento de 15% ao ano no Brasil
— e o de aventura têm contribuído para a manutenção do fluxo
turístico nos períodos sazonais, com a vantagem de representar
gastos de 25% a mais do que o turismo apenas de lazer.
O Estado protege legalmente, em unidades de conservação, diver-
sos ecossistemas e cenários paisagísticos de valor singular, como
manguezais, caatinga, cerrado, mata atlântica, rios, cachoeiras,
estuários, lagoas, dunas, grutas, falésias, fósseis, restingas costeiras,
praias, ilhas e recifes de coral. Essas unidades de conservação esta-
duais perfazem, atualmente, 3,38 milhões de hectares. Deste total,
3,26 milhões de hectares constituem-se em 28 Áreas de Proteção
Ambiental — APAs estaduais, sendo 21 delas de interesse turístico,
o que equivale a 1,62 milhões de hectares do território baiano.
A Chapada Diamantina é zona ecoturística consolidada como
um dos destinos preferidos: a região recebeu 150 mil visitantes em
2004, dos quais 25% estrangeiros. A Chapada tem recebido investi-
mentos públicos e privados em infra-estrutura. O aeroporto regional
da Chapada Diamantina, situado em Lençóis, foi inaugurado em
1998 e contribui para o incremento do turismo, com a oferta de vôo
regular, com duas freqüências semanais, originado de São Paulo e
Baleias em Abrolhos
Salvador.

Vale dos Dois Braços, em Palmeiras

ZONAS E MOTIVAÇÕES tURÍSTICAS| 227


H JOTAFREITAS (3)
Fazenda São José, em Itacaré

A Costa do Cacau, situada no litoral sul da Bahia, possui um dos


ecossistemas mais ricos em diversidade de espécies animais e vege-
tais e comprovada vocação para o turismo ecológico, como fator de
desenvolvimento local, geração de empregos, renda e conseqüente
melhoria das condições de vida das populações. A Costa do Cacau
concentra, na estrada ecológica Ilhéus–Itacaré, grande parque de
hotelaria e infra-estrutura voltada para este segmento.

Trilha para a Cachoeira


do Roncador, em Lençóis O Rio de Contas, na Fazenda Ponta Grossa, em Itacaré

228 | t U R I S M o
Uma aula do programa
Pequeno Marinheiro

Turismo náutico
A Bahia oferece 1.100km de litoral e duas das maiores baías do
país — Todos os Santos e Camamu. Reúne, portanto, as condições
naturais para tornar-se um dos estados líderes do Brasil em atividades
náuticas, campo fértil para geração de empregos e desenvolvimento
social. Nestes dez anos, o segmento de esporte e turismo náutico
cresceu no Estado, com a realização de regatas, passeios e cruzeiros,
fruto de parceria entre iniciativa privada, órgãos estaduais e o Cen-
tro Náutico da Bahia — CENAB, na captação de regatas internacio-
nais e outras competições, incluindo Salvador em seus roteiros. O
Centro Náutico também realiza eventos de turismo náutico, participa
de feiras e exposições do setor e promove ações educacionais, como
cursos e palestras, além de atuar na fiscalização ambiental.

H ARQUIVO CENAB (3)


Regata internacional “Around alone”

Píer do Centro Náutico da Bahia

ZONAS E MOTIVAÇÕES tURÍSTICAS| 229


H ARTUR IKISHIMA (2)
Marina de Itaparica

O Governo do Estado investiu no período US$ 5,6 milhões para


estimular o setor náutico, com obras na Baía de Todos os Santos,
como a Marina de Itaparica; reforma e construção da Vila das Rega-
tas, no Centro Náutico da Bahia; atracadouro de Cacha-Pregos/Vera
Cruz, e no Projeto Jequitaia — Centro Cultural e Náutico, que abriga
escola de ensino fundamental e médio e Condomínio Náutico, com
seis estaleiros em funcionamento.
Na Costa do Dendê foram construídos e/ou recuperados atraca-
douros em Barra de Serinhaém/Ituberá, Cajaíba do Sul/Camamu,
Barra Grande/Maraú, Ilha Grande/Camamu, Bom Jardim/Ponta do
Curral/Valença, Terminal Hidroviário de Maraú e Gamboa do Morro/
Cairu. Na Costa do Cacau, o cais de Canavieiras e, na Costa do
Descobrimento, o atracadouro de Porto Seguro.
Iniciativa da Prefeitura de Salvador, a implantação da Via Náu-
tica já conta com o atracadouro da Ponta de Humaitá.

Atracadouro da Ponta de Humaitá, em Salvador

230 | t U R I S M o
Marina Ponta do Dourado, em Salinas da Margarida
H RAFAEL GRIMALDI

Entre os investimentos privados, nos últimos dez anos, destacam-


se a Bahia Marina, na Avenida Contorno; a Marina e Estaleiro Aratu,
no Centro Industrial de Aratu; a Marina Píer Salvador, no Porto dos
Tainheiros/Ribeira; e a Marina Ponta do Dourado, ainda em obras,
em Salinas da Margarida.
Juntamente com a iniciativa privada, outras ações estão sendo
implementadas, como a ampliação e modernização das instalações
portuárias de Salvador, incluindo um home port, a implantação de
um pier de atracação em Mar Grande e o saneamento da Baía
de Todos os Santos através do Programa Bahia Azul.
Em 2004, foi lançado o Roteiro náutico do litoral da Bahia,
publicação dirigida a navegadores e aficionados do mar. Cobre toda
a costa baiana, contemplando os principais lugares onde é possível
atracar, com informações de comércio, serviços e apoio local para a
manutenção de embarcações, além de dados sobre as características
náuticas de cada local, hospedagem, restaurantes, atrativos turísticos.
Contendo mapas náuticos e fotografias, o Roteiro apresenta, em deta-
lhes, as 34 Bases de Apoio Náutico — BANs, locais de suporte ao
longo da costa e em águas interiores, com distância média de 30
milhas uma da outra, localizadas em estruturas que vão desde mari-
nas completas até clubes, pousadas e restaurantes voltados para o
atendimento náutico.
H JOTAFREITAS

Marina Contorno, em Salvador

ZONAS E MOTIVAÇÕES tURÍSTICAS| 231


H FABIO PARADISE

Turismo de aventura e de esportes


O turismo de aventura e esportes encontra na Bahia vários des-
tinos para a prática de suas opções terrestres, aéreas, hidrográficas
e marítimas, seja de maneira independente ou através de clubes
e associações que congregam os praticantes e promovem competi-
ções. As modalidades mais representativas, com as áreas onde são
praticadas:

Canoagem e rafting — Rios São Francisco (regiões de Sobradinho e Paulo


Afonso), de Contas e Cachoeira (Costa do Cacau), Corrente e Barreiras
(Oeste), Camamu (Costa do Dendê), Ubaitaba e Ilhéus (Costa do Cacau);
Canoagem oceânica — Baía de Camamu;
Cavalgada — Toda a costa do Estado, Recôncavo, Chapada Diamantina,
Parque Nacional de Monte Pascoal (Costa do Descobrimento); organizada
por centros hípicos, haras e associações de criadores de cavalos;
Surf e windsurf — Salvador, Sítio do Conde e Praia do Forte (Costa dos
Coqueiros), Ilhéus e Itacaré (Costa do Cacau); o windsurf também é prati-
cado no Lago de Sobradinho e no Rio Pardo, em Canavieiras;
Sandboard — Dunas de areia de Mangue Seco (Costa dos Coqueiros) e
em Salvador (Abaeté, Imbuí);
Mergulho — Baía de Todos os Santos, Arquipélago de Abrolhos, Praia do
Forte, Morro de São Paulo e cavernas da Chapada Diamantina;
Pesca esportiva — Marlin azul, em Canavieiras e Santo André; Açude de
Cocorobó, na região de Canudos; rios São Francisco, Jequitinhonha, Para-
guaçu, Itapicuru, de Contas e Pardo;

H EDUARDO MOODY

Rapel em Itacaré Surf no Litoral Norte de Salvador

232 | t U R I S M o
H JOSÉ ANTONIO C. NETO
Biking e trekking — Inúmeras trilhas costeiras na Costa do Dendê, Costa
do Descobrimento, região de Paulo Afonso e Chapada Diamantina (Palmei-
ras, Andaraí, Mucugê e Jacobina);
Vôo livre — Chapada Diamantina (Rio de Contas), Costa do Dendê (Valen-
ça) e Recôncavo (Santa Terezinha);
Paraquedismo — Zona de saltos em Itaparica;
Canyoning, cascading e rapel — Inúmeras cachoeiras, paredões e caver-
nas da Chapada, Costa do Cacau, Oeste e Costa do Dendê;
Automobilismo off-road e motocross (enduro) — Com dois grupos prati-
cantes dessa modalidade: o Jeep Clube da Bahia e Bahia Off-road Clube;
Golfe — Costa do Sauípe, Ilha de Comandatuba e Trancoso;
Tênis — Costa do Sauípe.
H ARTUR IKISHIMA

Asa delta em Rio de Contas


H ARTUR IKISHIMA

Rafting no Rio das Fêmeas, em São Desidério


H ARISTIDES ALVES

Windsurf na Ilha de Itaparica Mergulho submarino

ZONAS E MOTIVAÇÕES tURÍSTICAS| 233


H JOTAFREITAS

Captação de turistas
234 | t U R I S M o
H ARTUR IKISHIMA

Aeroporto Luís Eduardo Magalhães, de Salvador

Vôos internacionais e charters


Entre as estratégias da SCT para atrair turistas estrangeiros, está
a captação de vôos regulares e charters junto a empresas aéreas e
operadoras turísticas, ampliando a possibilidade da Bahia nos princi-
pais mercados emissores internacionais.
Para dar suporte ao tráfego aéreo e conseqüente captação de
vôos, o Governo constrói e reforma aeroportos com capacidade para
receber jatos de médio porte, nas zonas turísticas do Estado. Dessa
forma, facilita o acesso aos visitantes, considerando-se a diversidade
do mercado turístico baiano e a perspectiva de incremento das taxas
de permanência do visitante.
O Aeroporto Internacional Deputado Luis Eduardo Magalhães,
em Salvador, é o terceiro em movimentação de vôos internacionais
no Brasil, líder no Nordeste e quinto colocado no Brasil em número de
passageiros e vôos nacionais. Foi ampliado e modernizado em 2002,
oferecendo mais conforto e rapidez nos embarques e desembarques.
Nestes dez anos, foram inaugurados ainda os aeroportos de Len-
çóis, na Chapada Diamantina, e de Valença, na Costa do Dendê,
além de obras de ampliação do aeroporto de Porto Seguro, na Costa
do Descobrimento. Há mais quatro aeroportos turísticos no Estado:
Caravelas, Ilhéus, Comandatuba/Una e Paulo Afonso — que rece-
bem vôos regulares e vôos charters.

CAPTAÇÃO DE tURISTAS| 235


H JOTAFREITAS (2)
Aeroporto de Porto Seguro

Em 2004, resultado da estratégia empreendida pela SCT para


atrair turistas estrangeiros, o Aeroporto Internacional de Salvador
passou a receber 42 vôos internacionais semanais regulares, fazendo
conexão com oito países — Argentina, Chile, Uruguai, Estados Uni-
dos, Espanha, Portugal, Itália e França. Isso representa incremento
de 241,6% em relação a dezembro de 2003, mantendo a Bahia como
a terceira principal porta de entrada para o turismo internacional no
Brasil.
Atualmente, nove vôos charters semanais chegam ao Estado, de
Lisboa, Porto, Buenos Aires, Córdoba e Amsterdã a Porto Seguro, na
Costa do Descobrimento; em Salvador, vêm de Lisboa, Porto, Milão
e Amsterdã; e a Chapada Diamantina recebe vôos regulares de
SP/SSA/Lençóis, com duas freqüências semanais, oferecendo mais
opções para o turismo ecológico.

Aeroporto de Ilhéus

236 | t U R I S M o
JOTAFREITAS
H
Transatlântico Raphsody no porto de Salvador

Cruzeiros marítimos
O desenvolvimento do turismo náutico de cruzeiros, segmento
favorecido pela vocação natural do Estado, é resultado de ações
promocionais junto às operadoras internacionais, considerando-se
suas rotas na América do Sul e Brasil. O Estado investe na infra-
estrutura dos portos e captação de cruzeiros com passagem pelos
portos de Salvador e Ilhéus, e paradas ao largo de Porto Seguro e
Morro de São Paulo.
Segundo pesquisa da Embratur, o porto de Salvador é o primeiro
do Nordeste em movimentação de navios de cruzeiros, significando
importante contribuição para o comércio ligado ao turismo, com a
permanência dos excursionistas por 24 horas na cidade, uma vez
que se trata de um segmento de poder aquisitivo acima da média,
cujo crescimento tem sido expressivo tanto no número de passagei-
ros como na receita gerada.

Movimento de cruzeiros marítimos


Navios Atracações Passageiros Receita em US$
1997 32 43 23.401 1.663.333
1998 50 70 41.445 2.945.898
1999 47 74 51.974 3.694.280
2000 29 52 32.977 2.344.006
2001 43 65 41.780 2.985.044
2002 42 71 60.687 4.313.658
2003 42 74 64.728 4.600.878
2004 51 89 75.111 5.764.359

Obs.: Dados de Salvador referentes a todo o período 1997-2004; de Ilhéus, ao período


1998-2004; Porto Seguro, 1998-2001 e 2003; Morro de São Paulo, ao ano de 1999.
Fontes: Codeba, operadoras e agências marítimas.

CAPTAÇÃO DE tURISTAS| 237


Eventos
O turismo de eventos gera demanda espontânea de visitantes,
regulariza o fluxo e ativa os setores produtivos no período de baixa e
média estação. Salvador reúne todas as condições de infra-estrutura
necessárias para sediar eventos de médio e grande portes, não só
pela oferta de vôos, mas também pela qualidade da hotelaria,
serviços receptivos em geral, além de centros de convenções em
que qualidade tecnológica e operacional é considerada competitiva
em nível nacional. Por essa razão, Salvador ocupa o terceiro lugar
no ranking das cidades preferidas para eventos, depois de São Paulo
e Rio de Janeiro.
O Centro de Convenções da Bahia – CCB, que completou 25
anos em 2004, recebeu o Prêmio Caio 2004 Nacional — Jacaré de
Ouro como o melhor espaço para a realização de eventos. Outros
dois equipamentos baianos também se destacaram: o Centro Cultu-
ral e de Eventos do Descobrimento, de Porto Seguro, e o Centro de
Convenções Luís Eduardo Magalhães, de Ilhéus, ganharam o Prêmio
Caio 2004 Nordeste em segundo e terceiro lugares, respectivamente,
obtendo assim o reconhecimento nacional.

Desempenho dos centros de convenções estaduais


CENTRO DE CONVENÇÕES DA BAHIA
Eventos Público Receita US$ mil Receita R$ mil
1995 191 801.553 38.117 36.973
1996 195 810.715 26.631 36.487
1997 209 800.831 30.122 32.471
1998 215 793.113 29.905 34.723
1999 290 640.401 28.163 51.138
2000 230 760.005 92.579 169.732
2001 232 795.519 70.169 165.051
2002 261 947.316 139.982 408.901
2003 231 955.774 147.956 455.438
2004 248 915.529 128.235 375.203

CENTRO DE CONVENÇÕES LUÍS CENTRO CULTURAL E DE


EDUARDO MAGALHÃES EVENTOS DO DESCOBRIMENTO
Eventos Público Eventos Público
2000 47 23.594 17 22.800
2001 75 75.562 7 16.595
2002 67 69.691 13 16.070
2003 33 31.407 13 28.920
2004 43 40.220 12 31.365

Obs.: Valor da receita em dólares convertido ao dólar médio anual do Banco Central.

238 | t U R I S M o
H JOTAFREITAS

Além do CCB, em Salvador, há ainda centros de convenções


privados, modernos e espaçosos, com capacidade para eventos de
médio e grande portes, instalados em hotéis como Fiesta, Pestana,
Catussaba, Othon, Tropical e no complexo hoteleiro de Costa do
Sauípe, na Costa dos Coqueiros.
Com a inauguração, em 2000, do Centro de Convenções Luís
Eduardo Magalhães, em Ilhéus, e do Centro Cultural e de Eventos do
Descobrimento, em Porto Seguro, o Estado passou a oferecer outras
boas opções para a realização de eventos, por estarem localizados
em cidades que possuem aeroporto, além da sua proximidade com
outras capitais e pelo conforto que seus equipamentos oferecem.
A captação dos eventos é realizada pela SCT/Bahiatursa, em parce-
ria com os Convention Bureaux de Salvador, Ilhéus e Porto Seguro, insti-
tuições voltadas para o incentivo ao turismo de eventos e negócios.
A Bahia tem conseguido manter sua posição privilegiada no ranking
dos estados mais procurados, com eventos estaduais, regionais,
nacionais e internacionais captados para os centros de convenções
governamentais e privados.

Principais eventos captados para o Estado no período


• Congresso Internacional de Odontologia da Bahia — 2004, 2002, 2000
e 1998
• BNTM — Brazil National Tourism Mart — 2004, 2000 e 1999
• Jornada Internacional de Educação — 2004
• Congresso da APAVT – Associação Portuguesa de Agentes de Viagem e
Turismo — 2003
• Congresso Braztoa — Associação Brasileira das Operadoras de Turismo
— 2003
• 1ª Conferência Nacional do Meio Ambiente — 2003
• II Congresso Internacional de Direito — 2003
• 52º Congresso da Associação Internacional de Pesquisadores e Investi-
gadores do Turismo — AIEST — 2002
• XXXI Congresso Nacional de Odontologia — 2001
• Congresso da Associação Brasileira de Agências de Viagem — ABAV —
2000 e 1996
• XVIII Lubrapex — Exposição Luso-brasileira de Filatelia — 2000
• 2º Congresso e Exposição Internacional de Ecoturismo — World Ecotur
2000
• Dança Bahia — Festival Internacional de Dança — 1999
• X Congresso Mundial de Reprodução Humana — 1999
• Congresso Nacional e Latino-americano do Clube da Melhor Idade —
1998
• IV Conferência Mundial de Saúde — 1997 Centro Cultural e de Eventos do
, Descobrimento, de Porto Seguro

CAPTAÇÃO DE tURISTAS| 239


H JOTAFREITAS

Promoção turística
240 | t U R I S M o
Promoção e participação em eventos
A política de promoção desenvolvida pela SCT/Bahiatursa englo-
ba ações dirigidas ao consumidor final, aos operadores, aos agentes
de viagens, nos mercados nacionais prioritários (São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Distrito Federal e Sergipe) e
nos considerados mercados em expansão na esfera nacional (como
Paraná, Rio Grande do Sul e Ceará). Nos mercados internacionais
prioritários (Estados Unidos, França, Alemanha, Portugal, Itália,
Espanha, Holanda e Argentina), além da Escandinávia e Rússia,
considerados mercados potenciais.
Nos últimos dez anos, a Bahia participou de eventos nacionais,
entre os quais feiras dos setores de informática, agropecuária, utilida-
des domésticas, setor automotivo, de pesca, entre outros, buscando
atingir o consumidor final, cujo poder aquisitivo é acima da média.
Também promoveu e participou de eventos internacionais, entre fei-
ras de turismo e de negócios, workshops e outras ações, em parceria
com o empresariado baiano, trabalhando mercados emissores tradi-
cionais para multiplicar resultados, ao mesmo tempo procurando
ampliar a atuação em mercados potenciais.
Nos últimos anos, houve um reposicionamento do órgão de turis-
mo estadual para a participação da Bahia em eventos, estabelecendo
critérios de importância do promotor, a presença de agentes da cadeia
produtiva para a geração de negócios e o interesse do trade turístico
baiano. Com essa mudança foram realizados mais workshops e capa-
citações do Destino Bahia, em que as iniciativas pública e privada se
apresentam aos mercados emissores, para gerar negócios e capacitar
os vendedores da Bahia como produto turístico, informando-os sobre
destinos e motivações.

Promoção e participação em eventos


Nacionais Internacionais Total

1995 51 1995 42 1995 93


1996 27 1996 41 1996 68
1997 85 1997 63 1997 148
1998 73 1998 63 1998 136
1999 64 1999 38 1999 102
2000 58 2000 29 2000 87
2001 44 2001 22 2001 66
2002 28 2002 36 2002 64
2003 28 2003 22 2003 50
2004 43 2004 30 2004 73

PROMOÇÃO TURÍSTICA| 241


O Programa Bahia, Vários Destinos, Um Só Lugar – Projeto Rota
Viva Bahia, em parceria com o Sebrae, foi especialmente formatado,
em 2003, para qualificar os profissionais do turismo que vendem
o destino Bahia. Contemplou ações promocionais nos principais
mercados emissores, além de ter realizado paralelamente oficinas
de capacitação em vendas do produto Bahia para o trade turístico.
Em 2003 e 2004 foram treinados 1.639 agentes de viagem nacionais
e 960 internacionais. Foi lançada uma nova série de folhetos sobre
as regiões turísticas, contendo mapas, dicas de roteiro, distâncias,
acessos etc.

Capacitação Programa Bahia, Vários Destinos, Um Só Lugar


Treinados Cidades/países
Nacional — 2003/2004 1.639 19
Internacional — 2004 960 12

Em 1999, São Paulo, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e Recife


foram as cidades escolhidas para receber o road show que contou
com a apresentação do músico Armandinho saudando os 50 anos
da criação do trio elétrico.
Estratégia especial de divulgação foi desenvolvida para promover
o turismo cultural, focando a atenção para os 500 anos do Brasil.
O evento “Bahia — o Brasil nasceu aqui” foi realizado em shopping
centers e parques, com grande concentração de público, em estandes
que apresentaram material promocional, mostra de CDs e livros
editados pela SCT, exibição de vídeos sobre culinária baiana, exposi-
ções fotográficas sobre o patrimônio histórico e a religiosidade afro-
baiana, aulas e exibições de dança e capoeira.
Em 2001-2002, Belo Horizonte e mais seis cidades mineiras
receberam duas edições do evento “Bahia nas Gerais”. Campos do
Jordão, em São Paulo, recebeu a “Tenda Bahia”, montada durante o
Festival de Inverno, evento de rua que concentra o público de maior
poder aquisitivo de São Paulo. Em ambos, o objetivo foi divulgar o
turismo de lazer, negócios e eventos, ecoturismo, aventura e espor-
tes, com o propósito de incrementar o fluxo turístico doméstico
em dois dos maiores emissores para a Bahia — São Paulo e Minas
Gerais.
Os mercados do Cone Sul e europeu foram priorizados, sem
prejuízo da promoção no disputado mercado dos Estados Unidos. Em
2004, a participação da Bahia em eventos culturais internacionais
de grande visibilidade, como o Fórum das Culturas, em Barcelona;

242 | t U R I S M o
shows em Lisboa e na cidade do Porto, os festivais de cinema de
Miami e de Nova York e o Brazilian Day, em Nova York, tiveram
importante repercussão na mídia.
O composto promocional de divulgação turística da Bahia inclui
produtos tradicionais, impressos e digitais, em sete idiomas, adequa-
dos ao mercado nacional e internacional, assim como publicações
sobre os mais importantes atrativos turísticos e culturais do Estado,
apresentados por zonas e por motivações turísticas.
Ao longo dos últimos dez anos, o material promocional utilizado
pela SCT/Bahiatursa foi diversificado e atualizado. Em 1999, foi
lançado o CD-card, cartão de visitas interativo, contendo textos e
imagens sobre a Bahia, modernizando e agilizando a divulgação
das informações turísticas junto aos agentes de viagens, operadores
e clientes. A partir de 2003, com o portal bahia.com.br, na Internet, e
as mídias eletrônicas, a promoção ganha em dimensão e eficiência.
A distribuição, a partir de 2004, de três mil CDs de capacita-
ção profissional para os maiores agentes e operadores de viagens
nacionais e internacionais certamente vai contribuir para acelerar o
consumo do turismo baiano. O CD-Rom reúne, de maneira atrativa
e em uma única mídia, informações completas sobre infra-estrutura
e destinos, em oito idiomas, entre eles o russo e o chinês.

Fidelidade Bahia
Iniciado em 2003, este programa é operacionalizado através do
portal bahia.com.br, onde o turista se cadastra e recebe em casa
o Cartão Fidelidade Bahia, acompanhado de folheto explicativo e
de um guia de estabelecimentos que oferecem descontos, vanta-
gens e ofertas especiais ao filiado. Chegando à Bahia, utilizando os
serviços ou comprando nos estabelecimentos credenciados, o turista
acumula pontos que lhe dão direito a benefícios e upgrade no seu
cartão. Além disso, todas as informações sobre o perfil do turista

PROMOÇÃO TURÍSTICA| 243


são armazenadas em banco de dados único, permitindo que o setor
ofereça produtos e serviços atendendo ao interesse e necessidade
dos visitantes.
O Programa Fidelidade Bahia chegou a 2004 com 110 estabe-
lecimentos credenciados e 5.620 associados, 91% dos quais são
brasileiros e 9%, estrangeiros.
Viabilizado através de parceria com as empresas Vivo e Visa e
estabelecimentos credenciados, o programa contribui para elevar
a receita turística, através do gerenciamento das relações com o
turista-consumidor, a fim de agregar valor ao destino, atraindo turistas
com maior potencial de consumo. Além de proporcionar vantagens
para o turista, também funciona como ferramenta de marketing para
as agências de viagem, operadoras e hotéis que vendem os destinos
da Bahia, uma vez que poderão comercializar pacotes via Internet.
Uma central de atendimento bilíngüe (call center) foi instalada
para atender ao turista cadastrado no programa, através do número
(71) 3370-9000 e do web call center, que funciona das 8:30 às
18:30h. Este serviço oferece informações sobre o Fidelidade Bahia,
reservas em estabelecimentos credenciados, calendário de eventos
e informações turísticas em geral.

Portal bahia.com.br
A Secretaria da Cultura e Turismo lançou, em 2002, através da
Bahiatursa, o portal bahia.com.br, em parceria com a iniciativa pri-
vada, inovando com modelo eletrônico de promoção e divulgação,
constituindo-se em ferramenta eficaz na captação de turistas e
negócios. Apresenta ao usuário, de maneira atraente, rápida e de
fácil acesso, as belezas naturais, a história e a cultura baiana, em
Portal bahia.com.br
Consultas textos e fotografias, além de informações e serviços abrangendo os
2002 5.643.075
diversos segmentos turísticos da Bahia.
2003 15.317.625 Desde 2002, o portal já foi visitado por mais de 45 milhões de
2004 25.139.245
0 5 10 15 20 25
internautas, sendo 73% nacionais e 27% estrangeiros. No espaço
Nacionais Internacionais denominado Seu Guia estão cadastrados para consulta 7.034 esta-
Atendimento belecimentos, oferecendo aos internautas acesso fácil aos serviços
Fale Conosco turísticos no Estado. O portal é também um veículo de comunicação
2002 236 dos eventos de interesse turístico realizados na Bahia, tendo sido
2003 520
divulgados 550 desde 2002. O Fale Conosco é um canal aberto
2004 2.588
0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 com o internauta e realizou 2.588 atendimentos em 2004, dos quais
Nacionais Internacionais
88,7% nacionais e 11,2% internacionais.

244 | t U R I S M o
Propaganda e campanhas
promocionais
Marketing arrojado e direcionado para os mercados tradicionais,
potenciais e em expansão, tem sido a tônica da propaganda do des-
tino Bahia, através de matérias promocionais e divulgação na mídia
nacional e internacional. Esse é um dos principais instrumentos da
política de desenvolvimento do turismo baiano, que vem priorizando
campanhas promocionais para os diversos mercados emissores.
Além do material impresso (folheteria, cartazes, guias, cartões
postais, catálogos, adesivos) e da mídia eletrônica, através do portal
na Internet, a Bahia também é objeto de campanhas publicitárias
variadas (verão, Carnaval, festas populares, institucionais, investido-
res etc). As campanhas são compostas de várias peças (filmes, vídeos,
outdoors, encartes de jornal) e veiculadas nos principais canais de
televisão e na mídia impressa nacional e internacional.
Ao longo de dez anos, foram veiculados 46 filmes e vídeos
para campanhas, 273 peças promocionais de eventos e campanhas
de verão e institucionais da Bahia e em torno de 50 outros materiais
promocionais. Entre as campanhas, destaque para: Bahia, o Brasil
nasceu aqui, por ocasião dos 500 anos do Brasil; Bahia, terra da felici-
dade; Bahia que não me sai do pensamento; Neste verão não quero
ver você à toa, vem pra Bahia, que a Bahia é uma boa, esta com a
participação voluntária de artistas da música baiana como Daniela
Mercury, Ivete Sangalo, Tatau do Araketu, Durval Lélis, Margareth Me-
nezes, Ninha e Amanda, da Timbalada, e Reinaldo, do Terra Samba.
Em 2000, foi veiculada campanha estadual para o turismo rural
no Vale do Jequiriçá e, em 2004, foi realizada campanha institucional
do programa Bahia para os Baianos, que estimula viagens às cidades
turísticas do Estado, em outdoor, rádio e na revista Veja Bahia. Em
articulação com outros órgãos do Governo Estadual, a SCT/Bahiatursa
continua promovendo e apoiando eventos de natureza cultural cons-
tantes do calendário de festas religiosas e populares da Bahia, assim
como grandes eventos esportivos na capital e no interior.

PROMOÇÃO TURÍSTICA| 245


H ARTUR IKISHIMA

Convênios e outras ações


246 | t U R I S M o
Sinalização
A parceria do Programa Fidelidade Bahia, entre Governo do Esta-
do, Vivo e Visa, proporcionou a instalação, em 2004, de 435 placas
de sinalização turístico-histórica, em inglês e português. As áreas
prioritárias foram escolhidas após levantamento dos atrativos exis-
tentes, identificando o potencial turístico e as condições oferecidas
para receber o público. Museus e igrejas receberam placas com o
nome do local, horário de funcionamento e telefone, além de placas
interpretativas contendo textos explicativos.
As cidades e localidades beneficiadas foram: Salvador (Centro
Histórico/Pelourinho, Campo Grande, Graça, Barra, Cidade Baixa,
Itapagipe e Itapuã), Cachoeira, São Félix, Lençóis, Mucugê, Rio de
Contas, Ilhéus, Itacaré, Morro de São Paulo, Valença, Praia do Forte,
Porto Seguro, Arraial d’Ajuda e Trancoso.

Informações
A SCT/Bahiatursa mantém Postos de Informações Turísticas na
capital e no interior, em parceria com as prefeituras municipais. Além
do atendimento personalizado aos turistas, brasileiros e estrangeiros,
e do atendimento telefônico gratuito através do 0800716622, os
postos distribuem folheteria informativa em quatro idiomas, sempre
renovada e atualizada. Os postos de Salvador mantêm o serviço
Tourist-Net, com o envio e recebimento de e-mails gratuitos. O atendi-
mento nos postos apresentou um crescimento de 54,8% no período
1995-2004, firmando-se como um serviço essencial para os visitantes.
H ARTUR IKISHIMA

Posto de Informações Turísticas


na Estação Rodoviária de Salvador

CONVÊNIOS E OUTRAS AÇÕES| 247


Atendimento direto Postos de Informações Turísticas
1995 70.951 SALVADOR:
1996 85.082
1997 93.306
• Aeroporto • Porto da Barra
1998 112.314 • Centro de Convenções da Bahia • Rodoviária
1999 125.703
• Mercado Modelo • SAC Barra
2000 129.922
2001 129.684 • Pelourinho
2002 126.215 INTERIOR:
2003 178.402
2004 144.951
• Barra • Mucugê
• Barreiras • Mucuri
Consultas • Camaçari • Nazaré
por telefone
• Cipó • Paulo Afonso
1995 4.160
1996 4.071
• Ilhéus (dois postos) • Praia do Forte
1997 4.658 • Jacobina • Rio de Contas
1998 3.358
• Lençóis • Salinas da Margarida
1999 22.175
2000 14.527 • Luís Eduardo Magalhães • Sítio do Conde
2001 16.860 • Marina de Itaparica • Valença
2002 10.039
• Morro do Chapéu
2003 12.144
2004 10.039

Programa Nacional de Municipalização


do Turismo — PNMT
O PNMT foi criado em 1994 pela Embratur, para fomentar o
desenvolvimento do turismo em municípios com potencial turístico
e condições técnicas para promover essa atividade com base na
sustentabilidade econômica, social, ambiental, cultural e política. A
Bahia participou do programa, de 1995 a meados de 2003, através
da SCT/Bahiatursa, e com 123 municípios engajados.
Depois, o Governo Federal substituiu o PNMT pelo programa
Roteiros Turísticos do Brasil, mas a SCT/Bahiatursa continua a traba-
lhar com os municípios das zonas turísticas integrantes do planeja-
mento estratégico do Estado, valorizando o papel de conscientização
das lideranças da sociedade desses municípios. Em 2003, foi reali-
zado o Seminário de Regionalização para o Desenvolvimento do
Turismo, em Lençóis e na Costa do Descobrimento.
H JOTAFREITAS

Vila Tapuias, município de Cairu

248 | t U R I S M o
Municípios participantes do PNMT
Abaíra Itabuna Paulo Afonso
Alcobaça Itacaré Piatã
Amargosa Itaetê Pilão Arcado
Andaraí Itamaraju Piritiba
Aramari Itanagra Porto Seguro
Barra Itaparica Prado
Barra da Estiva Itapetinga Remanso
Barreiras Ituaçu Rio de Contas
Belmonte Ituberá Rio do Pires
Bom Jesus da Lapa Jaborandi Rio Real
Bonito Jacobina Rodelas
Buerarema Jaguaquara Salinas da Margarida
Cachoeira Jaguarari Salvador
Caetité Jaguaribe Santa Brígida
Cairu Jandaíra Santa Cruz Cabrália
Camaçari Jequié Santa Luzia
Camamu Jequiriçá Santa Maria da Vitória
Campo Formoso Juazeiro Santo Amaro
Canavieiras Lagoa Real Santo Antônio de Jesus
Canudos Laje São Desidério
Caravelas Lauro de Freitas São Félix
Casa Nova Lençóis São Francisco do Conde
Castro Alves Luís Eduardo Magalhães Saubara
Conde Madre de Deus Seabra
Correntina Maracás Senhor do Bonfim
Curaçá Maragogipe Simões Filho
Dom Macedo Costa Maraú Sobradinho
Elísio Medrado Mata de São João Tanhaçu
Entre Rios Miguel Calmon Taperoá
Érico Cardoso Monte Santo Teixeira de Freitas
Esplanada Morro do Chapéu Tucano (Jorro)
Eunápolis Mucugê Ubaíra
Feira de Santana Mucuri Una
Glória Mutuípe Uruçuca
Ibicoara Nazaré Utinga
Ibotirama Nilo Peçanha Valença
Igrapiúna Nova Redenção Vera Cruz
Ilhéus Nova Viçosa Vitória da Conquista
Iramaia Ourolândia Wagner
Iraquara Palmeiras Xique-Xique
Irecê Pau Brasil
,

CONVÊNIOS E OUTRAS AÇÕES| 249


Programa de Regionalização do
Turismo — Roteiros do Brasil
Programa do Governo Federal, foi implantação em 2003, para
promover a cooperação dos segmentos envolvidos com o turismo.
A adesão da Bahia se deu com o apoio ao Fórum Estadual de Turis-
mo, que organizou oito câmaras temáticas, onde se discutiram
ações para o desenvolvimento do turismo, segundo os conceitos de
regionalização e através da formatação e implantação de roteiros
turísticos nas áreas de interesse turístico.
A SCT estabeleceu, através da Suinvest, as quatro zonas turís-
ticas prioritárias, definidas e validadas no Fórum, que receberão os
primeiros investimentos: Costa das Baleias, Costa do Descobrimento,
Baía de Todos os Santos e Chapada Diamantina, por serem regiões
que já estão em estágios mais avançados quanto à estruturação e
ordenamento turístico, além de possuírem Conselhos dos Pólos
Turísticos e Planos de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sus-
tentável — PDITS.

H MARISA VIANNA

A tropa leva o cacau para secar nas barcaças

250 | t U R I S M o
Fiscalização e controle
A fiscalização e o controle de qualidade, tanto dos equipamentos
quanto dos serviços turísticos, competência do Governo Federal, são
realizados, de forma delegada, pela Bahiatursa, a partir de convênio
com o Instituto Brasileiro de Turismo — Embratur e, mais recente-
mente, com o Ministério do Turismo. Esses serviços são realizados em
todo o Estado, periodicamente, junto a agências de turismo, meios de
transportes e de hospedagem, bares e restaurantes e guias de turismo.

Fiscalização e controle de qualidade,


segundo convênio com a Embratur e o Ministério do Turismo
Empresas
Atendimento classificadas/ Empresas Empresas
empresarial cadastradas habilitadas desclassificadas
1995 590 73 70
1996 488 61 30 7
1997 597 61 28 16
1998 343 66 17
1999 763 80 10 1
2000 745 383 3
2001 667 240 11
2002 593 169 12 13
2003 718 364 5 19
2004 886 444 8 72

Guias Meios de
cadastrados/ Equipamentos Controle de hospedagem
recadastrados classificados qualidade avaliados
1995 165 40 254 3
1996 6 26 147 595
1997 18 72 62 547
1998 9 8 32 743
1999 21 336 76 630 Enquadramentos de
2000 100 140 399 1.269
projetos de meios
2001 78 241 197 287
2002 85 124 181 649
de hospedagem
2003 273 175 108 1.290 2000 602
2004 103 180 636 2.138 2001 2
2002 68
Processos de Processos de Veículos/
2003 4
reclamação reclamação Fiscalizações/ embarcações 2004 7
instaurados arquivados diligências desclassificados
1995 Vistorias de
1996 20 17 classificação
1997 23 2 9 8
2002 23
1998 11 6
2003 205
1999 46
2004 2
2000 48 24 42
2001 23 16 16
Transferência
2002 27 12 31 15
de regional
2003 61 45 4 46
2004 35 27 504 133 2003 3

CONVÊNIOS E OUTRAS AÇÕES| 251


H WALMIR PINHEIRO

Preservação do
Patrimônio
Histórico, Artístico e
Entidades conveniadas
Cultural
252 | E N T I D A D E S CONVENIADAS
A Bahia desenvolve importantes atividades culturais através de enti-
dades civis, organizações não-governamentais e sem fins lucrativos,
além de instituições seculares e representativas da cultura baiana.
É a sociedade organizada preservando, promovendo e produzindo
a arte, a cultura e a memória histórica e contemporânea do Estado.
A Secretaria da Cultura e Turismo, nessa década, apoiou várias
dessas entidades, seja pela representatividade de cada uma, ou pela
importância do segmento pelo qual trabalham. O apoio da SCT,
para algumas, é fundamental até para a própria sobrevivência da
organização.

Associação Cultural Auguste Rodin


— Rodin Bahia

Entidade não-governamental sem fins lucrativos, foi criada em


2002 para gerir os processos de implantação e desenvolvimento do
Museu Rodin Bahia — MRB, em permanente articulação com o meio
cultural, com o Museu Rodin Paris e com a Secretaria da Cultura e
Turismo. O MRB é o primeiro equipamento internacional nessa cate-
goria em implantação no Brasil, fruto de um acordo de cooperação
bilateral França-Bahia firmado entre o Ministério da Cultura e da
Comunicação da França/Museu Rodin e o Governo do Estado da
Bahia, através da Secretaria da Cultura e Turismo. A implantação
do Museu tem investimentos previstos da ordem de R$ 13 milhões.
Integrado à política governamental de dinamização e fortaleci-
mento dos museus e de preservação e proteção do patrimônio

Projeto arquitetônico do Museu Rodin Bahia

ENTIDADES CONVENIADAS| 253


artístico e cultural da Bahia, o Rodin Bahia tem o objetivo estratégico
de criar condições que contribuam para ampliar as possibilidades de
incentivo e de desenvolvimento das artes plásticas na Bahia, em parti-
cular da escultura, através de um programa de desenvolvimento artístico
e pedagógico que estimule processos criativos e inovadores de inclu-
são social e afirmação da cidadania, além de ampliar a participação
da Bahia nos circuitos nacional e internacional dos grandes eventos.
Com sede no Palacete Comendador Bernardo Martins Catharino,
mansão do início do século passado, situada no bairro da Graça, em
Salvador, o MRB teve sua inauguração adiada para março de 2006,
de modo a garantir a restauração integral dos ornamentos artísticos
descobertos durante os trabalhos de prospecção das pinturas nessa
mansão, considerada um dos mais representativos exemplares da
arquitetura eclética da cidade e importante testemunho do processo
de evolução urbana de Salvador do início do século XX.
Num espaço de aproximadamente cinco mil metros quadrados
de área construída, esse novo museu será formado por três am-
bientes integrados: o Palacete, o Parque das Esculturas e o edifício-
anexo — este último, um espaço multiuso destinado a exposições
de arte contemporânea e atividades multilinguagens.
Até 2004, foram realizadas atividades envolvendo três etapas
das cinco que integram a fase de implantação.

Atividades 2002-2004
1ª Etapa — Articulações, missões técnicas e institucionais e as tratativas
legais.
2ª Etapa — Elaboração dos projetos básicos (arquitetônico e museográfico)
e complementares (estrutural, elétrico, hidráulico, segurança, paisagístico,
luminotécnico etc.), estudos diagnósticos preliminares, definição de ins-
trumentos e medidas de captação de recursos. Concorrência pública para
execução das obras de intervenção física, incluindo restauro e adequação
ao novo uso do palacete, construção do edifício-anexo e agenciamento
paisagístico do jardim com o parque das esculturas do Museu.
3ª Etapa — Execução das obras de intervenção física e implementação dos
processos de organização e preparação de bases e ações de apoio logístico
à implantação e desenvolvimento do Museu Rodin Bahia, destacando-se:
1) estudos sobre o estado de conservação do palacete e trabalhos de
prospecção de pinturas do palacete;
2) cooperação cultural e apoio logístico na realização do Seminário Inter-
nacional de Museografia e na exposição comemorativa do centenário
+1 de Mãe Menininha do Gantois;
3) ações de apoio, incentivo, intercâmbio e difusão do MRB, com a parti-
cipação das artistas plásticas baianas Maria Adair e Eliana Kertész na V

254 | E N T I D A D E S CONVENIADAS
Bienale Internationale di Roma, logrando essa última o 3º prêmio na
categoria escultura;
4) implementação do selo editorial Coleções Rodin Bahia, com as publi-
cações: folder “Homenagem ao bicentenário de Victor Hugo”, tradução
livre do prof. Waldir Freitas Oliveira (coleção Memória, novembro 2002),
Rodin Bahia — Estratégias de implantação e desenvolvimento (coleção
Obras Institucionais, abril 2003); Mário Cravo, O desafio da escultura
na Bahia: a arte moderna na Bahia 1940 a 1980 (coleção Arte Bahia,
novembro 2003); Gordas, da escultora Eliana Kertész (coleção Arte
Bahia, novembro 2004);
5) definição dos indicadores básicos da pesquisa sobre a escultura na
Bahia do século XVI ao século XXI e da pesquisa sobre a memória do
Palacete Martins Catharino no contexto da evolução urbana da cidade
do Salvador;
6) reforma do estatuto social, visando ao aperfeiçoamento institucional
da entidade.

Casa das Filarmônicas


Organização não-governamental que conta com apoio do
Governo do Estado, através da SCT, desde 1999. Esta ONG atua na
preservação, revitalização e incentivo das sociedades filarmônicas
no Estado, executando atividades de recuperação física (sedes e
instrumentos), aquisição de equipamentos, capacitação e edição de
selos editorial e musical, entre outras ações. Desde sua fundação,
até 2004, cadastrou e apoiou 134 filarmônicas, algumas delas cente-
nárias, em 109 municípios, envolvendo mais de nove mil pessoas,
entre alunos, professores e maestros.

Sociedade Philarmonica Lyra do Commercio, de Canavieiras

ENTIDADES CONVENIADAS| 255


H MARISA VIANNA

H MARISA VIANNA
A centenária Filhos de Apolo, de Santo Amaro

Atividades/beneficiários/quantidade
Partituras disponibilizadas: 134 filarmônicas, 240 títulos cada
Doação de instrumentos
• SCT: 637 instrumentos a 44 filarmônicas
• MinC: 1.152 instrumentos a 64 filarmônicas
• TIM: 49 instrumentos a 7 filarmônicas
Recuperação de instrumentos: 84 filarmônicas, 1.358 instrumentos
Doação de fardamento: 14 filarmônicas, 14 kits, total de 508 peças
Doação de estantes para partituras: 11 filarmônicas, 320 estantes
Escolas de música: 133 filarmônicas — Alunos: 270 até 18 anos; 8.934 de
19 até 30 anos — Instrutores: 198 pessoas
Capacitação técnica: 30 filarmônicas, 76 pessoas treinadas
Selo editorial: um livro (Teoria e leitura da música para filarmônicas, de
Fred Dantas)
Selo musical: apoio financeiro a 5 filarmônicas, 5 CDs
Produção de CD de uma filarmônica
Intervenção física em sedes: 8 filarmônicas, 8 imóveis
Realização de encontros: 4 filarmônicas, 4 eventos apoiados
Eventos cívico-festivos: 69 filarmônicas, 211 eventos

Ensaio da Filarmônica
de Morro do Chapéu Aula na Filarmônica Ambientalista Sede da Terpsicore, de Maragogipe

256 | E N T I D A D E S CONVENIADAS
Teatro Vila Velha
O Teatro Vila Velha, reinaugurado em 1998 e administrado pela
Sol Movimento da Cena — Centro de Pesquisa para o Desenvolvi-
mento Cultural, é um espaço versátil que abriga grupos artísticos
(Cia. Teatro dos Novos, Bando de Teatro Olodum, Viladança, Cia.
Novos Novos e Vilavox). O Vila Velha realiza apresentações, ensaios,
criação e produção de espetáculos, assim como oficinas artísticas e
técnicas. Também é responsável por intercâmbios internacionais,
com o interior baiano e com artistas do subúrbio, além de estimular
novos talentos e promover atividades de formação de platéia. Com
quarenta anos de história, é uma instituição comprometida com a
busca incessante pelo novo, com a valorização da cultura popular.
Ao longo do tempo, tornou-se referência nacional e internacional.

Ações de Ações de
Apresentações intercâmbio capacitação
1998 123 2000 35 1998 22
1999 246 2001 25 1999 19
2000 273 2002 3 2000 32
2001 330 2003 53 2001 19
2002 295 2004 45 2002 42
2003 344 2003 27
2004 435 2004 37

Público das Público dos Público das


apresentações intercâmbios capacitações
1998 10.497 2000 2.160 1998 474
1999 15.309 2001 760 1999 235
2000 36.434 2002 218 2000 206
2001 36.433 2003 2.027 2001 1.236
2002 27.339 2004 3.112 2002 2.524
2003 33.670 2003 1.986
2004 42.283 2004 1.685
H MÁRCIO LIMA

Viladança

ENTIDADES CONVENIADAS| 257


H MARISA VIANNA

Forte da Capoeira
A Sociedade Brasileira de Defesa e Preservação da Capoeira —
Forte da Capoeira, com sede no Forte de Santo Antônio Além-do-
Carmo, Centro Histórico de Salvador, recebe apoio do Estado, através
da SCT, para desenvolver ações de suporte à preservação e fortaleci-
mento desse importante segmento cultural da Bahia. Com a Lei Esta-
dual dos Saberes e Fazeres, em 2004, foram abertas inscrições para
o registro de mestres capoeiristas, passando a capoeira a contar com
proteção oficial, através do Livro de Registro Especial das Expressões
Lúdicas e Artísticas.

Atividades
2000 Roda da Paz
2001 Roda da Paz
XII Evento da Escola de Capoeira Angola Irmãos Gêmeos de Mestre
Curió
2002 Roda da Paz
XIII Evento da Escola de Capoeira Angola Irmãos Gêmeos de Mes-
tre Curió
2003 Roda da Paz
I Jornada Internacional de Capoeira Zabiacongo
Zumbimba — Fundação Mestre Bimba
XVIII Congresso da Associação Brasileira de Professores de Capoeira
XIV Evento da Escola de Capoeira Angola Irmãos Gêmeos de Mestre
Curió
Fórum Universitário da Capoeira — UNEB/Gueto
Projeto Intercâmbio Cultural — Associação Cultural de Capoeira Mes-
tre Boa Gente
Roda dos Mestres 2003
2004 Roda do Forte
Homenagem ao Mestre Pastinha — Associação Brasileira de Capoei-
ra Angola
Zumbimba — Fundação Mestre Bimba
Ginga sem Limite II — Ginga Associação de Capoeira
I Encontro Nacional da Capoeira de Rua — Capoeira Artística Mer-
cado Modelo
II Encontro Regional da Capoeira — Projeto Pequeno Mestre (Ilhéus)
III Jornada Internacional de Capoeira Zabiacongo
I Encontro da Associação Cultural de Capoeira Mestre Boa Gente
XV Evento da Escola Irmãos Gêmeos de Mestre Curió
Participação no cortejo comemorativo ao 2 de Julho
Homenagem ao Mestre João Grande
Congresso Cultural Gueto/UNEB
II Congresso Sul-Americano de Cultura
Uma roda no Forte da Capoeira 2º aniversário da Assoc. Recreativa e Cultural Afoxé Dança da Bahia

258 | E N T I D A D E S CONVENIADAS
Fundação Pierre Verger
Esta fundação de direito privado, com sede na Vila América, bairro
de Brotas, em Salvador, foi criada em 1988, para divulgar a obra de
seu fundador, o fotógrafo e etnólogo Pierre Edouard Leopold Verger,
conhecido artisticamente como Pierre Fatumbi Verger (1902-1996).
O papel da Fundação é preservar, guardar e abrir à comunidade o
acervo do artista, além de possibilitar o acesso a novos conhecimentos
e técnicas através de ações culturais. Em 2004, por exemplo, a Fun-
dação Pierre Verger promoveu os espetáculos “Luiz Gonzaga: sua
vida e sua obra”, “Uma cidade chamada Nordeste”, “Alafia Fatumbi”
e a exposição de fotografia (artesanal pinhole) “Um olhar sobre a
Vila América”.

Atividades — 2004
• 2 oficinas de fotografia pinhole, com 30 participantes, 2 apresentações
• Oficina de criação musical — Música Nordestina, com 15 participantes,
2 apresentações
• Oficina de dança afro-brasileira para crianças, com 12 participantes,
3 apresentações
• Oficina de dança afro-brasileira para jovens, com 12 participantes,
3 apresentações
• Oficina de violão, com 16 participantes

Exposição de fotos de Pierre Verger

ENTIDADES CONVENIADAS| 259


Fundação Balé Folclórico da Bahia
Organização privada sem fins lucrativos, foi criada em 1988, com
a finalidade de preservar e divulgar as manifestações folclóricas da
Bahia. É a única companhia de dança folclórica profissional do país,
com significativo currículo que lhe valeu a conquista de prêmios e a
realização de turnês nacionais e internacionais. O Balé Folclórico
da Bahia é composto por 38 integrantes, divididos em duas compa-
nhias: uma realiza as turnês e a outra apresenta espetáculos diários,
há oito anos, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho. Em 2004, o
Teatro tornou-se a sede oficial do Balé, com apoio permanente da
Secretaria da Cultura e Turismo, através do IPAC e Fundação Cultural.

Atividades 1995-2004
Repertório de danças: Dança de Origem, Maracatu, Xaxado, Corte de Oxalá
(Exu), Corte de Oxalá (Oxum), Corte de Oxalá (Iansã), Boi-bumbá,
Samba-de-roda, Puxada de Rede, Capoeira, Samba Reggae, Afixirê,
Fêmeas, Maculelê, Ginga
Prêmio recebido: Prêmio Mambembão, oferecido pelo Ministério da Cul-
tura como a melhor pesquisa em cultura popular e melhor preparação
técnica de elenco em 1996
Turnês nacionais: Belo Horizonte, Brasília, Campina Grande (PB), Caruaru
(PE), Curitiba, Farroupilha (RS), Florianópolis, Getúlio Vargas (RS), Juazeiro,
Maceió, Palmares (AL), Paulo Afonso, Passo Fundo (RS), Petrolina (PE),
Rio de Janeiro, São Cristóvão (SE), São Carlos (SP), São José do Rio Preto
(SP), São Paulo, Santos (SP), Teresina, Vitória da Conquista
Turnês internacionais: Alemanha, Austrália, Canadá, Caribe, Chile, Dina-
marca, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Portugal, Suécia e Suíça
Apresentações de espetáculos diários no Teatro Miguel Santana integrando
a programação do Pelourinho Dia & Noite

Instituto Geográfico e Histórico


da Bahia
Organização civil sem fins lucrativos fundada em 1894, também
conhecido como Casa da Bahia, o Instituto Geográfico e Histórico
tem como finalidade a promoção de estudos e o desenvolvimento
e difusão dos conhecimentos de geografia, história e ciências afins,
especialmente da Bahia e do Brasil, assim como a promoção de
eventos culturais, a defesa e conservação do patrimônio histórico e
artístico baiano e brasileiro.

260 | E N T I D A D E S CONVENIADAS
A entidade realiza mensalmente reuniões e conferências públicas
para conhecimento e discussão de assuntos científicos e históricos.
Coleta, classifica e conserva documentos particulares, livros, mapas
e outros objetos de interesses específicos. Mantém intercâmbio com
instituições congêneres e realiza convênios com entidades privadas
e órgãos da administração pública. Edita livros e periódicos, como
a Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e um boletim
mensal, além de promover e patrocinar encontros e congressos.

Cursos, Consultas
congressos, Eventos a livros e
Lançamentos palestras etc. comemorativos periódicos
1996 2 5 6 1.316
1997 3 6 4 180
1998 8 5 5 2.016
1999 2 10 2 2.542
2000 1 15 2 1.904
2001 3 17 2 1.798
2002 3 19 8 5.239
2003 2 26 6 3.224
2004 2 32 6 3.118

Usuários Aquisição de Livros e jornais Livros e jornais


registrados livros e revistas registrados encadernados
1996 167 113 385 203
1997 150 54 451 101
1998 175 155 3.315 86
1999 197 206 658 658
2000 219 121 780 133
2001 60 213 565 140
2002 1.846 175 450 142
2003 1.924 311 615 785
2004 1.773 158 710 79

Fundação Núcleo de Incentivo Cultural


de Santo Amaro — NICSA
Fundação privada criada para preservar a memória e o acervo
referente à vida e obra do professor José Silveira. Funcionando como
centro cultural, com desenvolvimento de atividades artísticas e cultu-
rais. Promove cursos, palestras, seminários, exposições e eventos com
ênfase na cultura popular, além de ações de preservação da história
e da memória sociocultural de Santo Amaro.
A Fundação também mantém biblioteca, o Memorial José Silveira
e escolinha de arte.

ENTIDADES CONVENIADAS| 261


Alunos da escolinha de arte

Fundação Núcleo de Incentivo Cultural de Santo Amaro


Exposições e Lançamentos e Curso, seminário
apresentações outros eventos e palestra Apoios
1995 2 2
1996 1 3 1
1997 4
1998 3 7 2 2
1999 1
2000 2 2
2001 1 1 1
2002 1 5 1 4
2003 4
2004 1 1 6

Fundação Museu Carlos Costa Pinto


Esta fundação foi criada em 1969, para conservar o antigo imó-
vel pertencente a Carlos e Margarida Costa Pinto e o acervo de arte
decorativa originária da coleção do casal, composto de 3.175 peças,
datadas dos séculos XVII à metade do XX. O Museu se consolida
como casa de cultura que se integra à comunidade, dinamizando
suas ações com atividades de caráter cultural, socioeducativo,
documentação, pesquisa e promoção de eventos.

Produção Público
Exposições Outros eventos editorial anual
1995 2 7 1 5.250
1996 2 4 2 5.700
1997 2 3 1 4.700
1998 3 3 1 5.800
1999 1 5 1 6.300
2000 1 7 2 6.750
2001 1 3 4 7.150
2002 1 3 4 6.150
2003 3 2 4.300
2004 1 5 1 4.100

262 | E N T I D A D E S CONVENIADAS
Academia de Letras da Bahia
Organização literária criada em 1917, visando ao desenvolvimento
de atividades culturais e de pesquisa. Promove cursos, palestras,
seminários, exposições e eventos comemorativos direcionados ao
fomento, difusão e preservação da produção literária.

Exposições e Cursos e Eventos Produção Público


lançamentos seminários comemorativos editorial anual
1995 10 6 18 3.076
1996 14 6 5 1 2.651
1997 24 5 11 4 1.675
1998 18 3 3 4 1.379
1999 19 4 9 3.871
2000 18 2 6 3 3.431
2001 10 4 6 1 2.607
2002 19 5 10 3 3.546
2003 11 3 5 2 3.023
2004 12 2 10 2 1.884
H WALMIR PINHEIRO

O Palacete Goes Calmon, sede da Academia

ENTIDADES CONVENIADAS| 263


Oficina das Artes
Organização não-governamental sediada no Pelourinho, traba-
lha a inclusão social através de ações de arte-educação, democrati-
zação das artes, resgate da cultura e tradições populares, formação
de platéia e de novos artistas. Realiza cursos permanentes de teatro,
dança, música, artesanato e artes plásticas, preenchendo com isto os
espaços do Centro Histórico de Salvador e favorecendo a melhoria
e complementação do produto turístico da capital da Bahia. Con-
tando com patrocínio do Governo do Estado, através da Secretaria
da Cultura e Turismo, desde 2002, a ONG Oficina das Artes mantém
convênio com a SCT/IPAC, para a produção dos projetos Pelourinho
Dia & Noite e Expresso 2001’s.

Pelourinho Projeto Pelourinho Dia & Noite


Dia & Noite
Eventos
A Oficina das Artes é responsável, desde 2002, pelo Projeto
2002 1.546
2003 1.569 Pelourinho Dia&Noite, uma realização da SCT, através do IPAC, que
2004 1.038 providencia a infra-estrutura de iluminação, sonorização, segurança,
Artistas locação de rádios de comunicação, sanitários químicos, sinalização
2002 13.134 e palcos; e da Bahiatursa, que patrocina a programação (música,
2003 16.010 teatro, performances, dança, poesia e recreação infantil), dando
2004 11.404
oportunidade para artistas consagrados e novos. Destaque para o
Público Domingo do Leite, com apresentação de artistas renomados no
2002 2.837.248 cenário musical brasileiro; as Segundas Teatrais e a Quinta do Forró,
2003 1.916.923
2004 2.038.572
na Praça Pedro Arcanjo; o Sábado Pop, na Praça Tereza Batista. Há
ainda eventos tradicionais como a Terça da Bênção, no Largo do
Pelourinho/Terreiro de Jesus, e os projetos em parceria com a TV
Bahia: Páscoa no Pelô, São João no Pelô, Dois de Julho, Semana
do Folclore e Natal. Com a TVE, realiza o Carnaval no Pelourinho.
JOTAFREITAS
H

São João no Pelô, 2004

264 | E N T I D A D E S CONVENIADAS
Expresso 2001’s
Expresso 2001’s em Narandiba
Eventos
2002 11
2003 6
2004 3

Artistas
2002 570
2003 193
2004 156

Público
2002 41.500
2003 15.300
2004 11.700

Orquestra Popular
JOTAFREITAS

da Bahia
Eventos
H

2002 15
2003 9
2004 9
Projeto Expresso 2001’s
Artistas
Projeto multidisciplinar e itinerante de democratização cultural, 2002 557
2003 330
que leva arte e cultura para os bairros populares de Salvador. Com 2004 290
a proposta de descobrir novos talentos e divulgar o trabalho de
Público
artistas emergentes, o Expresso apresenta vasta programação musi-
2002 50.000
cal, apresentações teatrais, performances, dança, poesia e recreação 2003 38.348
infantil. Possui diversas metodologias, mas a principal são as oficinas 2004 11.680

móveis mensais. O Expresso 2001’s já se apresentou na maioria


dos bairros de Salvador, para um público aproximado de quatro mil
pessoas por evento, com cerca de um milhão de pessoas no total.

Orquestra Popular da Bahia

A Orquestra Popular da Bahia faz parte da Oficina das Artes.


Tem direção artístico-musical da etnomusicóloga Emília Biancardi e
coreografia de Carlos Moraes. A Orquestra Popular da Bahia, formada
por 33 músicos, dez bailarinos e dois coreógrafos, é uma miscigena-
ção sonora tradicional, onde o som e o movimento se fundem,
objetivando o resgate e a projeção da cultura musical tradicional da
Bahia, através de um repertório melódico e singular. O seu elenco,
oriundo da comunidade do Centro Histórico e bairros periféricos
de Salvador, tem atuação polivalente na Orquestra, que reúne os três
Espetáculo “Boi Axé”
elementos básicos da música: melodia, harmonia e ritmo.

ENTIDADES CONVENIADAS| 265


Fundação Casa de Jorge Amado
Fundação privada com sede no Pelourinho, foi criada em 1987
para a preservação da memória e do acervo referente à vida e obra
do escritor Jorge Amado. Também atua na difusão da cultura baiana,
executando atividades artísticas e culturais de intercâmbio, pesquisa
e promoção de eventos.

Seminários
Exposições e palestras Lançamentos Pesquisadores
1995 5 17 13
1996 3 14 23
1997 2 8 15 1.021
1998 3 9 13 657
1999 5 8 13 1.196
2000 15 12 1.131
2001 6 14 1.283
2002 3 11 406
2003 1 11 76
2004 4 2 9 338

Publicações Apresentações
editadas Cursos artísticas Visitantes
1995 4
1996 16 1
1997 10 2 5 4.884
1998 15 3 22 3.514
1999 7 1 81 4.476
2000 9 1 26 5.815
2001 7 6 35 3.938
2002 10 2 28 103.990
2003 7 3 12 94.856
2004 8 1 6 101.600

Fundação Hansen Bahia


Constituída para a preservação, restauração e divulgação da obra
do gravurista alemão Hansen Bahia, esta fundação desenvolve
atividades de manutenção e recuperação física da sede da Galeria e
Museu Hansen Bahia, em Cachoeira, onde o artista viveu até seus
últimos dias, e do Memorial, em São Félix. Também promove, apóia,
mantém e revitaliza atividades e manifestações artísticas e culturais
das cidades-irmãs do Recôncavo, Cachoeira e São Félix, e em outros
municípios da região.
A Fundação realiza cursos, oficinas e seminários, incentivando
principalmente jovens artistas e grupos culturais.

266 | E N T I D A D E S CONVENIADAS
Fundação Hansen Bahia
Exposições e Cursos e Apresentações Eventos
lançamentos seminários artísticas comemorativos
1997 6 1 4
1998 6 1 2 3
1999 7 2 2
2000 3 2 2 6
2001 7 2 1 4
2002 3 1 4
2003 2 1 1 4
2004 2 1 3

Centro Náutico da Bahia — CENAB


Criado em 1996, o Centro Náutico da Bahia tornou-se, em 1999,
uma associação civil sem fins lucrativos, que mantém convênios com
a SCT e outros organismos, governamentais e privados, para realizar
ações de natureza educacional, cultural e de turismo, inserindo
a Bahia na rota do turismo náutico internacional e fortalecendo o
setor náutico como segmento econômico. O CENAB faz captação
e recepção de eventos, promove estudos e pesquisas, e atua na
formação de mão-de-obra, conservação do meio-ambiente, resgate
do patrimônio e das tradições históricas ligadas à náutica.

Píer do Centro Náutico da Bahia

ENTIDADES CONVENIADAS| 267


Centro Náutico da Bahia
Eventos Eventos Participação Participação
nacionais internacionais em feiras em feiras
realizados realizados nacionais internacionais
1996 1
1997 20 3 1
1998 34 3
1999 31 3 2
2000 34 5 1 3
2001 39 4 2 4
2002 49 1 3 4
2003 50 5 1 4
2004 53 1 2

Participação
em seminários Cursos e Projetos
e congressos oficinas Alunos educacionais
1997 5
1998 7 2 60 2
1999 7 2 60 2
2000 8 2 60 2
2001 10 20 410
2002 11 34 670
2003 12 47 953
2004 13 65 1.302

Sede do Centro Náutico da Bahia

268 | E N T I D A D E S CONVENIADAS
Centro Brasileiro de Difusão do Livro e
da Leitura — Viva o Livro
Organização privada, sem fins lucrativos, para difusão tecnológica
e científica no uso de recursos naturais renováveis, e valorização
da educação e da cultura para o desenvolvimento sustentável, com
especial atenção à formação cultural e ao incentivo à leitura. Desde
2001, o Viva o Livro apóia os projetos governamentais neste setor.

Bibliotecas inauguradas
2001 Alcobaça, Caravelas, Conceição do Coité, Mascote, Mucuri, Nova
Viçosa e Rui Barbosa
2002 Boa Nova, Campo Alegre de Lourdes, Caraíbas, Caturama, Ilhéus,
Nazaré, Novo Horizonte, Piraí do Norte, Porto Seguro e Saubara
2003 Cabaceiras do Paraguaçu, Conceição da Feira, Feira de Santana, Irará,
Maracás, Maragogipe, Piritiba, Rio de Contas e Santo Estêvão
2004 Botuporã, Governador Mangabeira e Santa Inês

Patrocínio Participação Convênios de


de eventos em eventos Lançamentos cooperação
2002 2 1 2 1
2003 2 4 4 4
2004 6 17 7 2

ENTIDADES CONVENIADAS| 269

Você também pode gostar