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e artigo 37 que estabelece que o Estado promove iniciativas para garantir o equilíbrio ecológico
e a conservação e preservação do meio ambiente visando a melhoria da qualidade de vida dos
cidadãos.
Com a entrada em vigor da constituição de 2004 houve reforço do modelo hibrido representado
pelos artigos 90 que consagra o direito ao ambiente e 117 ambiente e qualidade de vida,
atribuindo ao Estado a obrigação de levar a cabo um conjunto de ações e valorização do
ambiente.
Segundo António Erman Benjamin, a bem jurídica tutelado integra a categoria daqueles valores
fundamentas da sociedade. Com a proteção do meio ambiente salvaguardados não só a vida nas
suas varias dimensões como as próprias bases da vida.
Outos direitos fundamentais complementares: direito a saúde artigo 89; direitos dos
consumidores aert. 92; direito de aceso a justiça uma vez violada a legislação que proteje o bem
jurídico ambiente.
Esta ainda indica o mecanismo adequado para a execução, no país das opções de
desenvolvimento sócio e macroeconómico, que se baseia nos preceitos universais do
desenvolvimento sustentável.
Foi no domínio da proteção florestal que surgiram os primeiros diplomas legais, nomeadamente
o Decreto 7/78 de 18 de abril, que regulamentava as modalidades de caça a serem praticadas em
Moçambique, regulado pela portaria número 117/78 de 18 de Abril, e o Decreto 12/81,de 25 de
julho que determinou que fosse classificada como madeira preciosa aquele que pela sua
qualidade, realidade utilização e valor que possuísse no mercado internacional devesse ser
protegida de forma especial;
E por fim em 1988 foi aprovada a lei do património cultural pela lei 10/88 de 22 de dezembro.
Em 1997 foi aprovada a Lei 20/97 de 1 de outubro (Lei do ambiente) que se configura
atualmente como lei-quadro fixando os pilares do regime de proteção jurídico-legal do ambiente,
cujo objectivo encontra-se no artigo 2. Não obstante esta lei tem vindo a sofrer um pr ocesso de
regulamentação.
Neste aspecto, faremos alusão apenas dos principais diplomas legais, com destaque na lei de
Terras;
Lei 16/91 de 3 de Agosto (Lei das águas), regulamentada pelos Decretos 15/2004 de 15 de Julho,
Decreto 180/2004 de 15 de Setembro e Decreto 43 /2007 de 30 de Outubro;
Lei de Pescas;
Lei de Minas;
Lei de Energia;
Lei do Turism;
Dai que a luz do n 2 do artigo 1 da Lei do ambiente, as florestas e fauna bravia constituem a cima
de tudo, componentes ambientais naturais decorrentes da sua inclusão no conceito legal de
ambiente a biodiversidade, os ecossistemas e as relações ecológicas, isso porque os diversos
problemas ambientais da atualidade não só afetam a direta ou indiretamente a flora e fauna do
mundo, como também só resultantes da ação humana naqueles componentes ambientais.
O preambulo da lei em alusão, aprimora a importância dos recursos hídricos em todos os sectores
da vida o que eleva a necessidade da sua utilização.
Assim, a finalidade da lei das águas é de criar mecanismos que conduzem a distribuição ou
fornecimento da água, na medida das necessidades de cada um para que o seu uso pelos
múltiplos interessados não prejudique as necessidades de alguns.
O direito das águas tem em termos doutrinais e legais alguns princípios nomeadamente:
Principio dos usos múltiplos e do uso integrado, segundo o qual deve se racionalizar e
otimizar ao máximo o aproveitamento dos recursos hídricos tendo presente os vários usos
possíveis, bem como as necessidades diferentes existentes.
Este principio foi consagrado pelo legislador e facilmente constatável em alguns artigos, tais
como o no 1 do artigo 46 e artigo 48.
Nesta senda, José Casalta, citado por Carlos Cerra 1, define o direito de património cultural
como conjunto de normas de direito público que estabelecem o regime de proteção dos bens
culturais.
Para além da lei do ambiente o direito do património cultural é também é tutelado pela lei
número 10/88 de 22 de dezembro, Lei do património cultural.
Assim, o património cultural tem como objeto a definição de um regime jurídico, composto
por princípios e normas de natureza geral e especifica, visando a proteção, preservação
conservação, salvaguarda, valorização, revitalização e fruição dos bens materiais e imateriais
que se revelam essenciais à definição da identidade cultural moçambicana2.
1
SERRA Carlos Manuel, CUNHA Fernando, Manual de Direito do Ambiente, 2a Edicao, Ciedima SARL, Maputo, 2008,
p. 112
2
Idem, pg. 114
3
Ibdem
Este Direito possui quatro princípios ao nível da legislação internacional de diversos Estados,
bem como doutrinários dos quais destaca-se os seguintes4: Principio dos 3R e o principio
da Responsabilidade do produtor.
4
CERRA Carlos e CUNHA Fernando op cit, pag. 114-115.
11. Os principais problemas ambientais
11.2. Conceito
O aquecimento global é o aumento da temperatura media terrestre, causado pelo acumular de
gases poluentes na atmosfera.
Então como acontece o aquecimento global? O aquecimento global acontece com o aumento
na concentração dos gases de efeito de estufa, provocando a alteração nas trocas de calor,
ficando a maior parte retida na atmosfera. Em consequência ocorre o aumento da temperatura
que causa o aquecimento global.
11.4. Consequências
Os gases poluentes formam uma espécie de estufa a volta do planeta. Eles impedem que a
radiação solar se espalhe para o espaço. As principais consequências do aquecimento global são:
5
https:/www.todamateria.com.br/aquecimento global/acesso em 26/08/2019.
Extinção de espécies;
Secas mais frequentes;
Desertificação das áreas naturais.6
conceito
Causas
Para a subida das águas do mar ocorre com o derretimento de gelo proveniente dos glaciares e
não, como acontece com o oceano Ártico, isto é o gelo marinho. O maior problema constitui
antes o gelo continental existente na maior reserva de água doce do mundo, a Antárctica, bem
como nos glaciares localizamos nos diversos continentes, pois, derretendo-se, contribui
substancialmente para subida do nível das águas do mar.8
Consequência
Como consequência do degelo, verifica-se o aumento do nível das águas do mar. Sobre este
problema, registou um aumento global do nível médio do mar de 10 a 20 centímetros nos
últimos, 100 anos, mais do que metade do que havia subido nos 2000 anos anteriores. Isto coloca
em estado de risco eminente uma serie de ilhas localizadas um pouco por todo mundo e também
as zonas costeiras situadas abaixo ou pouco acima do nível das águas do mar.Com efeito, temos
subida das águas do mar e tem se tornado realidade, intensificando o fenómeno da erosão, a
perda das áreas terrestres ao longo da costa e salitração de vastas áreas agrícolas, colocando em
risco a segurança e a substancia alimentar de milhões de pessoas que vivem nas zonas costeiras9
6
SERRA, Carlos Manuel; FERNANDO, Cunha, Direito do Ambiente, 2° edição revista e actualizada, Maputo,2008,
pág.42.
7
idem
8
ibdem
9
In ibdem
12. Destruição de camada de ozono
12.1. generalidades
É a destruição que a concentração de alguns gases de natureza tóxica está a provocar na
camada de ozono. Segundo os cientistas, a camada de ozono na baixa estratosfera impede que
cerca de 95% da radiação solar ultravioleta atinja a superfície terrestre 10. Hoje sabe-se que à
diminuição de camada de ozono, com efeito principalmente nos pólos, constitui uma ameaça
seria e preocupante para o Homem (destaca-se os riscos de cancro de pele) e grande parte das de
mais formas de vida.
12.2. causa
Tal como o aquecimento global, este problema também tem como causa a poluição
atmosférica resultante de inúmeras actividades humanas. Neste caso, a principal causa advém
dos chamados CFC (clorofluorcarbonetos), descobertos a partir de 1930. A libertação de CFC, na
atmosfera produz, em combinação com os efeitos da radiação acelerado a destruição do ozono,
em algumas partes mais rápido do se forma11.
12.3. Consequências
Aumento dos raios ultravioleta(UV) altamente energético. Estes raios ao atingirem a terra
vão promover a destruição das proteínas, e do ADN, provocando o cancro da pele, cataratas,
alterações no sistema imunitário, danos nas colheitas.12
10
Idem, pág.44
11
SERRA, Carlos Manuel; FERNANDO, Cunha, Direito do Ambiente, 2° edição revista e actualizada,
Maputo,2008, pág.46.
12
www.slideshare.com.pt/destruição da camada de ozono/acesso em:26/08/2019
13
Segundo Yves Bergeronat AL, explicam que: as consequências, de tal conduta humana
assumem um carácter irreversível, isto porque, em algumas zonas do mundo, as florestas
cortadas se regeneram bastante lentamente, tendo em conta principalmente o rigor do clima. a
floresta é uma aquisição de climas passados e a reflorestação pode ser impossível sob o clima
actual14.
12.5.1. generalidades
A água é o recurso mais abundante no planeta terra, pois ocupa 71% da água suficiente.
Porem, trata-se de uma abundância relativa, visto que 97% da água é salgada, encontrando-se
nos oceanos e mares interiores, e só os restantes 3% correspondem a água doce. Ora deste total
de água doce 70% corresponde a água em estado sólido que se encontra nos pólos e glaciares,
por conseguinte, apenas 0,65% constitui reserva de recursos hídricos para uso Humano.16A
problemática das águas esta associada às alterações de suas características físicas, químicas e
biológicas, que prejudicam seu uso.
14
SERRA, Carlos Manuel; FERNANDO, Cunha, Direito do Ambiente, 2° edição revista e actualizada,
Maputo,2008, pàg.48
15
Idem, pág. 49
16
Ibdem pág.51.
indústrias geram efluentes com elevadas concentrações de matéria orgânica, metais pesados,
compostos tóxicos etc. podendo provocar grandes desastres ecológicos.
17
WATANABE, Carmen Ballão, Conservação ambiental, Instituto Federal, Paraná,2011, pág.76.
18
WATANABE, Carmen Ballão, Conservação ambiental, Instituto Federal, Parana,2011, pág.88.
13. A busca pelo desenvolvimento sustentável
No final da década de 1970, foi iniciada a busca por um modelo alternativo de desenvolvimento
que estimulasse o crescimento econômico e ao mesmo tempo promovesse a manutenção e
melhoria da qualidade de vida. Dessa maneira, foi traçado o caminho rumo ao desenvolvimento
sustentável, definido como um caminho de progresso social e econômico que objetiva satisfazer
as necessidades das gerações presentes sem comprometer a disponibilidade de recursos naturais
às gerações futuras (Relatório Brundtlan)
De acordo com Watanabe (2002) a Agenda 21 Global indica as estratégias para se atingir o
desenvolvimento sustentável. Está estruturada em quatro seções: