Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Sumário
Meio Ambiente e sua Proteção..................................................................................................... 3
1. Meio Ambiente e sua Proteção.. ................................................................................................ 3
1.1. Direito e Desenvolvimento...................................................................................................... 4
1.2. Ética Ambiental e Cidadania................................................................................................... 4
1.3. Meio Ambiente: Conceito e Classificação............................................................................ 6
1.4. Meio Ambiente e Direitos Fundamentais.. ........................................................................... 8
1.5. Bens Ambientais. . ..................................................................................................................... 11
2. Direito Ambiental: Conceito. . .................................................................................................... 11
2.1. Evolução Histórica da Proteção do Meio Ambiente. . ........................................................12
2.2. Fontes do Direito Ambiental.................................................................................................13
2.3. Tutela Internacional do Meio Ambiente.. ........................................................................... 14
2.4. A Proteção do Meio Ambiente na Constituição Federal. . ................................................15
2.5. Deveres do Estado na Área Ambiental. . ............................................................................. 18
3. Tutela Administrativa Ambiental e o Poder de Polícia Administrativa.......................... 20
Questões de Concurso.................................................................................................................. 22
Gabarito............................................................................................................................................ 39
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
1
A título de exemplo, rememore-se o processo predatório de exploração do pau brasil pelos português nas primeiras décadas do século
XVI. Nesse período, corte de pau-brasil foi feito em larga escala, de maneira rudimentar e impiedosa, desmatando a costa brasileira, sem
qualquer tipo de preocupação socioambiental ou em relação à preservação de tal tipo de madeira.
2
SILVA, José Afonso da Silva. Direito Ambiental Constitucional, p. 43.
3
MILARÉ, Édis. Direito do ambiente, p. 300.
4
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo, p. 822.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
e os seres vivos. José Afonso da Silva12, por sua vez, define-o como “a interação do conjunto
de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciem o desenvolvimento equilibrado da
vida em todas as suas formas”.
Classificação. Não obstante várias sejam as formas de se classificar o meio ambien-
te, a doutrina majoritária costuma subdividi-lo em meio ambiente natural, cultural, artificial e
do trabalho.
O meio ambiente natural ou físico é constituído pelos recursos naturais, como o solo, a água,
o ar, a flora e a fauna, e pela correlação recíproca de cada um destes elementos com os demais.
Assim, segundo expressa disposição constitucional, abrange a atmosfera, as águas interiores,
superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da
biosfera, a fauna, a flora, o patrimônio genético e a zona costeira (art. 225, CF/88)”, ou seja, é
formado por todos os elementos naturais responsáveis pelo equilíbrio entre os seres vivos e o
meio em que vivem. No mesmo sentido é a opinião de Celso Antônio Pacheco Fiorillo13, segundo
o qual tal modalidade seria constituída pelo solo, água, ar atmosférico, flora e fauna. Como se
vê o meio ambiente natural encontra-se diretamente adstrito à proteção à vida, eis que somente
pela proteção de tais bens jurídicos torna-se possível a existência de condições de vida digna.
9
MAZZILI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo, p. 148.
10
AKAOUI, Fernando Reverendo Vidal. Compromisso de ajustamento de conduta ambiental, p. 24
11
CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito constitucional: teoria do Estado e da Constituição, p. 753.
12
SILVA, José Afonso da. Direito ambiental constitucional, p. 20.
13
FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro, p. 19.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
O meio ambiente natural é, portanto, aquele composto pelos seres vivos e o meio físico em que
se inserem. Abrange o solo, a água, o ar atmosférico, a flora, a fauna e toda a biodiversidade. Para
José Afonso da Silva14, o meio ambiente se constitui pela interação dos seres vivos e seu meio.
Apesar da doutrina classificá-lo como uma espécie autônoma, tem-se que ele é, na verda-
de, uma espécie de meio ambiente artificial, resultante da atividade humana. Contudo, a ele
agrega-se um valor cultural, o qual o diferencia das demais espécies de meio ambiente. O meio
ambiente cultural também possui implicação na proteção da vida, eis que o lazer e a cultura
são meios eficazes para a melhoria da qualidade de vida da população. O meio ambiente cul-
tural constitui-se pelo patrimônio artístico, arqueológico, histórico, paisagístico e turístico.
Entende-se como patrimônio cultural a gama de bens, materiais ou não, que traduzem a
história, a cultura e principalmente a identidade de determinado povo. No texto constitucional
brasileiro em seu artigo 216, estão inseridas as formas de expressão da nossa cultura que
devem ser preservadas.
Desse modo, constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e ima-
terial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação,
à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações
artístico-culturais;
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleonto-
lógico, ecológico e científico.
14
SILVA, José Afonso da Silva. Direito Ambiental Constitucional, p. 21.
15
Idem, ibidem.
16
Sobre saneamento básico, veja Lei n. 11.445/2007, a qual estabelece diretrizes nacionais em relação ao mesmo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Com relação ao meio ambiente cultural, Roberto Armando Ramos de Aguiar17 ensina que o
capítulo [da Constituição] que trata da cultura também deu direitos à comunidade a fim de au-
xiliar o Poder Público na proteção do patrimônio cultural brasileiro. Segundo o autor, isso pode
ocorrer por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento, desapropriação e outras
formas de acautelamento e preservação previstas no art. 216, §1º da Constituição Federal.
Refere-se às inovações decorrentes das novas técnicas informatizadas para criar, fazer
e viver. Trata-se do reflexo do novo processo civilizatório que enfrenta o Brasil no século XXI,
voltado, principalmente, à sociedade de informação.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
(de não causar danos) adstrita a um sujeito por meio de uma norma jurídica.21 Nesta linha, é
possível afirmar-se que os direitos fundamentais são direitos reconhecidos pelo ordenamento
jurídico e por meio dos quais outorga-se aos titulares a possibilidade de impor os seus interes-
ses em face do Poder Público e dos demais indivíduos. São, nos dizeres de MENDES, a um só
tempo, direitos subjetivos e elementos fundamentais da ordem constitucional objetiva.22
ANDRADE conceitua os direitos fundamentais como “aqueles essenciais à existência dig-
na do ser humano, previstos expressamente na Constituição Federal, e que devem ser efetiva-
dos a todos, não apenas no plano formal, mas também materialmente”.
Dada sua natureza, observa-se que tais direitos se encontram em constante evolução, ou
seja: o rol de direitos fundamentais modifica-se em razão de condições históricas ou transfor-
mações na sociedade, visando a manutenção da dignidade da pessoa humana. Aliás, segundo
BOBBIO, “não existem direitos fundamentais por natureza. O que parece fundamental numa
época histórica e numa determinada civilização não é fundamental em outras épocas e em
outras culturas”.23
Assim, é possível falar-se em diversas “gerações” ou “dimensões” de direitos fundamen-
tais, havendo, inclusive, autores que defendem (além da existência dos direitos de primeira,
segunda e terceira dimensão) a existência de direitos de quarta e de quinta dimensão.24
Os direitos fundamentais de primeira geração (ou dimensão) são aqueles relacionados
a direitos do próprio indivíduo como tal, ou seja: direitos que limitam a atuação do Estado na
liberdade individual.
Já os direitos de segunda geração (ou dimensão) surgem com o objetivo de proteger o
indivíduo da situação de massificação, automatização, espoliação e coisificação imposta pelo
capitalismo.25 Exige-se, assim, uma ação positiva por parte do Estado.
Com o desenvolvimento da sociedade, houve um aumento no rol de direitos a serem tute-
lados. Neste contexto, os direitos fundamentais de terceira geração surgem como direitos de
fraternidade ou solidariedade, objetivando tutelar a qualidade de vida e a solidariedade entre
os homens.26
Desse modo, os direitos de terceira geração passam a se caracterizar em função da sua
transindividualidade, ou seja: caracterizam-se como direitos de titularidade coletiva ou difusa.
Logo, incluem-se nessa categoria o direito ao meio ambiente equilibrado, à paz, ao desenvolvi-
mento, à proteção dos consumidores, à tutela do patrimônio histórico e cultural, entre outros.
21
FERRAJOLI, Luigi. Los fundamentos de los derechos fundamentales. Madrid: Editorial Trotta, 2001, p. 19.
22
MENDES, Gilmar Ferreira. Direitos fundamentais e controle de constitucionalidade: estudos de direito constitucional. 3 ed. São Paulo:
Saraiva, 2004, p. 2.
23
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992. p. 19.
24
Neste sentido, veja-se: BONAVIDES, Paulo. A quinta geração de direitos fundamentais. Direitos Fundamentais & Justiça, n. 3, abr./jun.,
2008, p. 91. Disponível em: <http://www.dfj.inf.br/ Arquivos/PDF_ Livre/3_Doutrina_5.pdf>. Acesso em: 5 fev. 2013.
25
LOPES, Othon de Azevedo. A dignidade da pessoa humana como princípio jurídico fundamental. In: SILVA, Alexandre Vitorino da et al. Estu-
dos de direito público: direitos fundamentais e estado democrático de direito. Porto Alegre: Síntese, 2003. p. 198-9.
26
COUTINHO, Nilton Carlos de Almeida. Legislação social: direito do trabalho. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2015, p. 7
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Deste modo, MORAES27 inclui o direito ao meio ambiente saudável entre os direitos de ter-
ceira geração como aqueles que “mesmo utilizados por todos, não lhes pertencem, pois nunca
os terão por completo, sendo permitido, no máximo, assumir-lhes a gestão até o limite legal”.
Mantendo esta linha de raciocínio, o STF, ao julgar o MS 22.164-0-SP28 conceituou o meio
ambiente como um “típico direito de terceira geração que assiste, de modo subjetivamente inde-
terminado, a todo o gênero humano, circunstância essa que justifica a especial obrigação - que
incumbe ao Estado e à própria coletividade - de defendê-lo e de preservá-lo em benefício das
presentes e futuras gerações”.
E, no mesmo sentido, o julgado RTJ 164/158-16129, que afirma: “incumbe, ao Estado e à
própria coletividade, a especial obrigação de defender e preservar, em benefício das presentes
e futuras gerações, esse direito de titularidade coletiva e de caráter transindividual”.
Nessa perspectiva, a doutrina tem inserido o meio ambiente entre os direitos de fraternida-
de ou solidariedade, uma vez que a sua proteção gera benefícios não apenas para o indivíduo
isoladamente, mas para a sociedade como um todo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
defesa dos direitos individuais homogêneos teve início nos Estados Unidos em 1966, através
das chamadas “Class actions”.
30
MIRRA, Álvaro Luiz Valery. Op. cit., p. 13; GOULART, Marcelo Pedroso. Elementos para uma teoria geral do Ministério Público. Belo Horizonte:
Arraes Editores, 2013
31
REISEWITZ, Lúcia. Direito ambiental e patrimônio cultural: direito à preservação da memória, ação e identidade do povo brasileiro, p. 30.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Tais conceitos evidenciam que o direito ao meio ambiente tem como objeto de estudo o
conjunto de regras e normas destinadas à proteção do meio ambiente, bem como aqueles re-
lacionados à proteção da vida humana e sua dignidade.
Nessa linha, o gestor ambiental (e os demais profissionais que atuam nessa área) desem-
penham papel estratégico fundamental, desenvolvendo projetos direcionados à preservação e
proteção do meio ambiente.
32
RAMOS, Carmem Lúcia Silveira. Diálogos sobre Direito Civil: Construindo uma racionalidade contemporânea, p. 8.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
• Estatuto da Terra (Lei n. 4.504/64): tem grande importância nas tratativas referentes à
fixação da função socioambiental da propriedade;
• Código Florestal (Lei n. 4.771/65): revogado pelo atual Código Florestal (Lei n.
12.651/2012);
• Lei de Proteção à Fauna (Lei n. 5.197/67): é lei vigente, mas com algumas disposi-
ções revogadas;
• Código de Pesca (Decreto-Lei n. 221/67): é lei vigente, mas com algumas disposições
revogadas;
• Código de Mineração (Decreto-Lei n. 227/67): sofreu várias alterações decorrentes de
Medidas provisórias.
3ª fase – holística -> Inicia-se em 1981. Foi concebida a partir da Política Nacional do Meio
Ambiente - PNMA (Lei n. 6.938/81). Há uma proteção do meio ambiente como um TODO, de
maneira integrada.
Na fase holística de evolução histórica da legislação ambiental, é marcada pela compre-
ensão do meio ambiente como um todo integrado, em que cada uma das suas partes é in-
terdependente das outras e não fragmentada. A Lei n. 6.938/81, que dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, é marco do começa da fase holística, pois somente a partir daí a
defesa do meio ambiente começou a ser considerada uma finalidade em si mesma. Apenas
nessa fase que o meio ambiente passou a ser considerado como um bem jurídico autônomo.
33
LEMOS, Patrícia Faga Iglecias. Direito ambiental: responsabilidade civil e proteção ao meio ambiente. São Paulo: Revista dosTribunais,
2010, p. 63
34
Cite-se, por exemplo: os acordos, ajustes, convenções, declarações, pactos, procolos, ajustes, etc.
35
Cite-se, como exemplo, o Protocolo de Montreal, a Convenção sobre as Mudanças Climáticas Globais e o Protocolo de Kyoto, os quais sur-
giram em decorrência das descobertas científicas relacionadas à a emissão de CFC e outros gases na camada de Ozônio e o efeito estufa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defen-
dê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
A inserção de tal capítulo trouxe transformações para a questão ambiental em nosso país,
conforme se passará a expor adiante.
Ao tratar dos efeitos da constitucionalização, Virgílio Afonso da Silva43 destaca a unifica-
ção da ordem jurídica e a necessidade da sua simplificação.
41
sOBRE O TEMA, VEJA: VARELLA, Marcelo. Direito Internacional Econômico Ambiental. Belo Horizonte: De Rey, 2015.
42
Artigo 225, caput, da Constituição Federal de 1988.
43
SILVA, Virgílio Afonso. A constitucionalização do direito: os direitos fundamentais nas relações entre particulares, p. 48-50.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Para o referido autor, por meio da unificação, as normas constitucionais se tornariam, pro-
gressivamente, o fundamento comum dos diversos ramos do Direito. Do mesmo modo, a unifi-
cação acabaria relativizando a distinção entre direito público e privado, uma vez que a Consti-
tuição passaria a ser a base fundamentadora de todos os princípios da ordem jurídica.
O segundo efeito destacado pelo autor consiste na denominada simplificação da ordem
jurídica, uma vez que a Constituição passa a ser a “norma de referência” de todo o ordenamen-
to jurídico. Logo, a Constituição Federal de 1988 fez muito mais do que simplesmente atribuir
proteção constitucional ao meio ambiente. Ao inserir a dignidade da pessoa humana entre os
fundamentos de nossa República, visando assegurar direitos como a vida digna e a saúde,
considerando-os fundamentais.
A Constituição criou o cenário perfeito para se chegar a uma conclusão importante: a de
que o meio ambiente, além de ser matéria constitucional, é, também, um direito fundamental
de todos os seres humanos.
E, na medida em que o meio ambiente passa a ser considerado um direito fundamental
autônomo, essa circunstância traz consequências para toda a ordem jurídica.
Discorrendo a respeito das consequências do reconhecimento do meio ambiente como
direito humano fundamental, Jorge Alberto de Oliveira Marum44 afirma que tal direito passa a
ser irrevogável, eis que passa ele a se constituir como verdadeira cláusula pétrea do regime
constitucional brasileiro.
O mesmo autor ainda destaca a “integração plena e imediata dos pactos, tratados e con-
venções internacionais que versem sobre o tema”, bem como a prevalência da “norma que
mais favoreça o direito fundamental ao meio ambiente sadio e equilibrado”.
Ademais, lembre-se que nem todos os direitos garantidos na Constituição são considera-
dos direitos fundamentais.
Para que todos tenham uma vida digna é imprescindível que haja a adequada utilização e
proteção dos recursos naturais existentes em nosso planeta. Do mesmo modo, a proteção à
história e à cultura dos povos é imprescindível para que as futuras gerações tenham informa-
ções acerca de suas origens e dos problemas vivenciados no passado, a fim de ter condições
de garantir a continuidade da vida em nosso planeta.
Do mesmo modo, registre-se que a proteção ao meio ambiente não se encontra previs-
ta apenas naquele capítulo, mas, sim, ao longo de todo o texto constitucional. Assim, vários
aspectos merecem ser destacados. O primeiro deles refere-se à divisão das competências.
Segundo estabelece nossa Constituição “é competência comum da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer
de suas formas” (Art. 23, VI).
Neste sentido, a jurisprudência tem entendido que a competência da União, dos Estados
e dos Municípios para legislar e proteger o meio ambiente é concorrente, por se tratar de
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se, por isso, ao
44
MARUM, Jorge Alberto de Oliveira. Meio ambiente e direitos humanos, p. 134.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Com relação à vida rural, observe-se que um dos requisitos necessários para que a proprie-
dade rural cumpra sua função social é a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis
com a possível preservação do meio ambiente51.
Desse modo, há de se concluir que a proteção ao meio ambiente não se encontra previs-
ta em um único artigo, mas, sim, ao longo de toda Constituição, uma vez que, conforme dito
anteriormente, sua proteção visa, em suma, tutelar o direito à vida das presentes e futuras
gerações.
Cumpre destacar, mais uma vez, que, por força do disposto no art. 5º, § 2º, da Constituição
Federal, o rol de direitos e garantias nela elencados é meramente exemplificativo, de tal forma
que é possível a existência de outros, decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados,
ou, ainda, dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
Assim, tanto na esfera nacional quanto na internacional, o meio ambiente, tem sido, cons-
tantemente, objeto de proteção e, felizmente, de tutela legislativa. Concomitantemente, a so-
ciedade civil tem se organizado e exigido posturas mais comprometidas dos governantes e
dos indivíduos a fim de garantir qualidade de vida para esta e para as futuras gerações.
51
Art. 186, II, da Constituição Federal de 1988.
52
Anote-se, para fins de registro, que o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal foi regulamentado por meio da lei n. 9.985,
de 18 de julho de 2000.
53
Para maiores detalhes, cf. COUTINHO, Nilton Carlos de Almeida. Proteção jurídica do meio ambiente: o papel da administração pública na
preservação dos direitos da personalidade. Maringá: Cesumar, 2009.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de sig-
nificativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publi-
cidade.
O estudo de impacto ambiental constitui-se como um dos instrumentos da Política Nacional
do Meio Ambiente, cabendo à Administração Pública o dever de exigir tal estudo quando en-
tender que a obra é potencialmente prejudicial ao meio ambiente.
VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
54
Redação dada pela Medida Provisória n. 2.166-67, de 2001.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Tal medida, assim como as anteriormente descritas, tem como objetivo proteger o direito à
vida, por meio do correto gerenciamento dos recursos ambientais. A proteção à fauna, à flora
e aos diversos ecossistemas existentes deve ser um objetivo presente na atividade estatal.
PEC da vaquejada. Neste item, destaque-se que, por meio da Emenda Constitucional n.
96, de 2017 foi incluído no texto do art. 225 um parágrafo sétimo estabelecendo que “não se
consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifesta-
ções culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem
de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas
por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos.”55.
Tal EC foi aprovada após o julgamento, pelo Plenário do STF da ADI n. 4983, ajuizada pelo
procurador-geral da República contra a Lei n. 15.299/2013, do Estado do Ceará, que regula-
mentava a vaquejada como prática desportiva e cultural no Estado.56
Por fim, registre-se que, em razão da natureza jurídica do direito ambiental, sua proteção
exige uma atuação efetiva não só do Estado, mas também, da sociedade, do terceiro setor e
da própria iniciativa privada, uma vez que o desenvolvimento sustentável é a única forma de se
conseguir uma tutela efetiva do bem jurídico ambiental.
Poder de Polícia
O instrumento maior para a efetivação da tutela jurídica do meio ambiente, a nosso ver, é
o poder de polícia administrativa, mais especificadamente no nosso caso, o poder de polícia
administrativa ambiental.
Deste modo, o poder de polícia administrativa é prerrogativa da Administração Pública, que
legitima a intervenção na esfera jurídica do particular, sempre em defesa do interesse público,
e sempre pautada nos princípios que regem os atos da Administração Pública.
55
Tal emenda foi alvo de uma ADI (n. 5728) a qual encontra-se pendente de julgamento pelo STF.
56
Neste sentido, cf.: COUTINHO, Nilton Carlos de Almeida. O essencial nas procuradorias: advocacia pública em nível federal, estadual, dis-
trital e municipal. Brasília: Coutinho, 2018.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Por meio do poder de polícia a administração pública condiciona e restringe o uso e gozo
de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade, do próprio Estado e o
interesse público.
O poder de polícia constitui-se como um mecanismo de frenagem que dispõe a Administra-
ção Pública para conter os abusos do direito individual dos cidadãos.
No tocante a competência para exercer o poder de polícia ambiental, tal tutela administrati-
va ambiental cabe aos todos os entes federativos constitucionais, ou seja, a União, os Estados,
Distrito Federal e Municípios, porquanto a Lei Fundamental elevou o meio ambiente à condição
de bem de uso comum do povo e atribuiu, através deste contrato social, a toda a coletividade e
ao próprio Poder Público o dever de zelar pela sua proteção e preservação.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FCC/2015/DPE-SP/Defensor Público) “[...] Esse conjunto de entidades envolvido no deba-
te ambiental brasileiro esteve sempre atravessado por uma questão central: a de como engajar-
-se em campanhas que evocam a ‘proteção ao meio ambiente’ sem desconsiderar as evidentes
prioridades da luta contra a pobreza e a desigualdade social ou mostrando-se capaz de respon-
der aos propósitos desenvolvimentistas correntes que almejam a rentabilização de capitais em
nome da geração de emprego e renda. Em outros termos, como conquistar legitimidade para as
questões ambientais, quando, com frequência, a preocupação com o ambiente é apresentada
como um obstáculo ao enfrentamento do desemprego e à superação da pobreza? Como dar um
tratamento lógico e socialmente aceitável às implicações ambientais das lutas contra a desi-
gualdade social e pelo desenvolvimento econômico?”
(ACSELRAD, Henri. Ambientalização das lutas sociais − o caso do movimento por justiça ambiental. Estudos
avançados, São Paulo, v. 24, n. 68, p. 103-119, 2010. Acesso em 10 de agosto 2015. http://dx.doi.org/10.1590/
S0103-40142010000100010)
O trecho acima reproduzido alude a uma das questões centrais em matéria de justiça ambien-
tal: o conflito entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. O tema justiça
ambiental:
I – incorpora a lógica do princípio administrativo da distribuição equitativa dos ônus e encar-
gos, considerando que os riscos ambientais e a poluição atingiriam a todos indistintamente e
na mesma proporção.
II – tem sua origem associada, segundo parte da doutrina, às lutas raciais desenvolvidas pelos
negros nos Estados Unidos, na década de 1980.
III – defende a ponderação quantitativa entre os específicos direitos das comunidades afeta-
das pelos empreendimentos e o direito coletivo ao desenvolvimento econômico.
IV – sustenta a necessidade de consideração da dimensão histórica e social na análise da
questão ambiental.
V – tem dentre seus princípios o fomento à gestão democrática e o acesso à informação.
VI – prioriza, como estratégia de efetivação de justiça ambiental, a realização de estudos téc-
nicos divergentes como suporte às comunidades afetadas por empreendimentos que gerem
riscos, em contraposição aos Estudos de Impacto Ambiental elaborados pelos empreendedo-
res-poluidores.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, V e VI.
b) II, IV e V.
c) III, IV e V.
d) I, IV e VI.
e) I, III e V.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Certas II, IV E V.
I – Errada. A poluição NÃO É necessariamente democrática. Os ricos são menos afetados do
que os pobres. Exemplo: água tratada e água retirada de rios para consumo da comunidade
mais pobre.
II – Certa. O conceito de justiça ambiental desenvolveu-se a partir das lutas por direitos civis da
população negra dos Estados Unidos na década de 1980. As populações mais pobres (em sua
maioria negra), percebeu que os resíduos tóxicos proveniente da indústria, sobretudo química,
estavam sendo depositados em seu território. Pois bem, essa constatação gerou uma série de
protesto e culminou com a construção de um novo campo denominado justiça ambiental, que
congrega toda uma produção teórica crítica sobre a distribuição desigual dos riscos provenien-
tes desse modelo de desenvolvimento.
III – Errada. A Justiça Ambiental não defende apenas “a ponderação entre específicos direitos
das comunidades afetadas pelos empreendimentos e o direito coletivo ao desenvolvimento
econômico”, sendo mais ampla, uma vez que, segundo o princípio da cooperação entre os po-
vos, o meio ambiente não conhece fronteiras políticas (ou comunitárias), sendo curial uma mú-
tua cooperação entre as nações. Logo, há uma ponderação QUALITATIVA (e não quantitativa).
IV – Certa. Vide comentários a afirmativa II.
V – Certa. PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO OU PRINCÍPIO DA GESTÃO COMUNITÁRIA. Veja: O
princípio da participação, conhecido também como princípio democrático ou de princípio da
gestão democrática, assegura ao cidadão o direito à informação e à participação na elabora-
ção das políticas públicas ambientais, de modo que devem ser assegurados os mecanismos
judiciais, legislativos e administrativos que o efetivam. Dessa forma, a população deve ser
inserida em questões ambientais. Fonte: Material Curso Ciclos R3.
VI – Errada. Estudos técnicos devem ser CONVERGENTES, EM SINTONIA.
Letra b.
Vide:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Lei n. 8.666/93, Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da iso-
nomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração E a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa,
da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos
DECRETO N. 7.746, DE 5 DE JUNHO DE 2012, Art. 2º A administração pública federal direta, autár-
quica e fundacional e as empresas estatais dependentes poderão adquirir bens e contratar serviços
e obras considerando critérios e práticas de sustentabilidade objetivamente definidos no instrumen-
to convocatório, conforme o disposto neste Decreto.
Parágrafo único. A adoção de critérios e práticas de sustentabilidade deverá ser justificada nos au-
tos e preservar o caráter competitivo do certame.
Errado.
Lei n. 6.938/1981:
Art. 3º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I – meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
c) Para efeitos da legislação criadora da política nacional, os consumidores não podem ser
considerados geradores de resíduos sólidos e, portanto, não têm responsabilidade pelo ciclo
de vida dos produtos consumidos.
d) É permitida a importação de resíduos sólidos perigosos unicamente para fins de tratamento,
reforma, reutilização ou recuperação.
e) Os consumidores deverão manter atualizadas e disponíveis ao órgão municipal competente
as informações completas sobre a realização das ações sob sua responsabilidade.
Art. 1º, § 1º Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público
ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desen-
volvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.
§ 2º Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por legislação específica.
c) Errada.
Art. 49. É proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos
sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade
vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reúso, reutilização ou recuperação.
e) Errada.
Art. 23. Os responsáveis por plano de gerenciamento de resíduos sólidos manterão atualizadas
e disponíveis ao órgão municipal competente, ao órgão licenciador do Sisnama e a outras auto-
ridades, informações completas sobre a implementação e a operacionalização do plano sob sua
responsabilidade.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
c) POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE = LEI N. 6.938/1981: Dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências.
Art. 2º A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recupera-
ção da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvi-
mento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida
humana, atendidos os seguintes princípios: (...)
d)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Item 1 - CORRETO. De fato, o Direito Ambiental tem três esferas básicas de atuação: preventiva,
reparatória e repressiva.
Item 2 - Correto: “O Código Civil de 2002, atento à crescente complexidade das relações pre-
sentes na moderna sociedade brasileira, introduziu importantes modificações nas normas
que disciplinam a responsabilidade civil. Migrou do sistema único do Código Civil de 1916,
de exclusividade consagração da regra da responsabilidade civil fundada na culpa (art. 159),
para um sistema dualista que, sem prejuízo desse princípio básico, reproduzido agora no art.
186, agregou, com igual força de incidência, a responsabilidade sem culpa, esteado no risco
da atividade. Assim, a partir do Código Civil de 2002, independentemente de normas especí-
ficas, passam a coexistir, em pé de igualdade, o sistema tradicional da culpa com o de risco
inerente à atividade.”
Item 3. CORRETO. No direito ambiental adote-se a responsabilidade objetiva com base no ris-
co integral. Assim, consoante ensina a doutrina também é possível falar-se em teoria do risco
criado, a qual se fundamenta no princípio de que, se alguém introduz na sociedade uma situ-
ação de risco ou perigo para terceiros, deve responder pelos danos que a partir desse risco
criado resultarem.
Item 4 - Correto:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Letra e.
b) Cultural – formado pelas criações tangíveis ou intangíveis do homem sobre os elementos
naturais, de valor artístico, cultural, histórico, científico e outros.
c) Artificial – formado por bens fruto da criação humana, mas que não integre o patrimônio
cultural.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
a) Errada. A Constituição Federal de 1988 foi a primeira a tratar do meio ambiente de forma
sistematizada e dedicando capítulo específico. Anteriormente, o tema foi abordado somente
de forma indireta, mencionado em normas hierarquicamente inferiores.
b) Errada. A Lei n. 7.347/1985 tutela o meio ambiente desde o seu texto original, art. 1º, I.
c) Errada. Os municípios foram inseridos desde a edição da Lei n. 6.938/1981, que autoriza
aos municípios instituírem órgãos locais para comprarem o SISNAMA e elaborarem normas
supletivas e complementares às dos estados, na forma do art. 6º, VI, e parágrafo 2º da Lei n.
6.938/1981.
d) Certa. Descentralização pelos órgãos componentes do SISNAMA do art. 6º da citada lei.
e) Errada. Antes da CF/88, as Leis 6.938, 7.347 e até o revogado código florestal da Lei n.
4.771/1965 já traçavam normas ambientais específicas
Letra b.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
b) O mecanismo legal através do qual uma determinada área de floresta é destinada pelo
Governo do Estado do Acre a ser explorada pela iniciativa privada denomina-se concessão
florestal.
c) São atribuições do Conselho Florestal Estadual do Estado do Acre, dentre outras, aprovar e
revisar periodicamente a Política Florestal e Extrativista Estadual e aprovar a criação de novas
unidades de conservação.
d) De acordo com a política nacional da biodiversidade, a natureza é provida de valor intrínseco,
merecendo valoração econômica não somente em decorrência de sua utilidade econômica.
e) Um dos motivos do período de defeso, de acordo com a Lei Federal que dispõe sobre a Po-
lítica Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca, é a ocorrência de
graves acidentes ambientais.
Os PRINCÍPIOS referentes à Política Florestal do Estado do ACRE, são os que estão previstos
no Art. 3º da L. 1.426/01, logo a alternativa está ERRADA, pois tal art. não faz referência de
participação do IBAMA nem do Instituto Chico Mendes.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
a) Errada. Pelo seguinte trecho: “enquanto o parasita – o nosso atual estatuto – condena à
morte aquele que pilha e o habita sem ter consciência de que, a prazo, se condena a si mesmo
ao desaparecimento. O parasita agarra tudo e não dá nada”
b) Errada. Pelo seguinte trecho: “O parasita agarra tudo e não dá nada”
c) Certa.
d) Errada. Pelo seguinte trecho: “O direito de dominação e de propriedade reduz-se ao para-
sitismo. (...) o direito de simbiose define-se pela reciprocidade: aquilo que a natureza dá ao
homem é o que este lhe deve dar a ela”
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado,
de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
Vide ainda: PNMA (Lei n. 6.938/1981):
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação
da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento
socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,
atendidos os seguintes princípios:
VIII – recuperação de áreas degradadas;
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
ambiental, garante a prática de atividades com mais de 100 anos de tradição, comprovadas
com estudos antropológicos, ainda que possam resultar em submissão de animais a trata-
mentos cruéis.
c) Os sítios arqueológicos, por constituírem patrimônio da União, não podem ser alvo de fisca-
lização ambiental por municípios e estados-membros.
d) O conceito normativo de meio ambiente abrange o conjunto de condições, leis, influências
e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas
suas formas, não incluindo o patrimônio edificado.
e) O meio ambiente pode ser classificado em natural, artificial, cultural, do trabalho e o patri-
mônio genético.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Veja-se:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Letra d.
Bem ambiental é aquele que apresenta interesse público. Pouco importa se é público ou parti-
cular. O bem ambiental (meio ambiente ecologicamente equilibrado) é um bem público de uso
comum do povo.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Lei n. 6.938/1981:
O meio ambiente trata-se de direito difuso, pois transindividual (transcende a esfera individual,
indivisível, intergeracional, nos termos do art. 81, parágrafo único, I, do Código de Defesa do
Consumidor:
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em
juízo individualmente, ou a título coletivo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
Art. 225/CF - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
2º aspecto/Dever do Poder Público (MP) e do cidadão de protegê-lo: Impõe-se ao Poder Públi-
co, principalmente ao Ministério Público, que tem como função institucional.
O caráter bifronte é típico dos direitos de terceira geração (onde inclui-se o Direito ao meio
ambiente) impondo ao Estado uma abstenção (aspecto negativo – não fazer) quanto à de-
gradação ambiental, bem como uma necessidade de agir (aspecto positivo - prestacional), no
sentido de preservar a qualidade do meio ambiente em face das ações antrópicas, à direito de
defesa e direito prestacional.
ABSTENÇÃO = Poder público, não detone o meio ambiente!
PRESTAÇÃO = Poder público, impeça que destruam o meio ambiente e/ou restaure-o
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
O art. 225, caput, da Magna Carta assegura o interesse difuso ao meio ambiente, estabelecen-
do concepções fundamentais sobre o Direito Ambiental, pois indica o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado como direito de todos e dispõe a natureza jurídica dos bens am-
bientais como de uso comum do povo e impõe tanto ao poder Público quanto à coletividade o
dever de defender e preservar os bens ambientais para as presentes e futuras gerações.
PARA MAIS DETALHES:
CDC: Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida
em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
I – interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias
de fato;
II – interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou
com a parte contrária por uma relação jurídica base;
III – interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem
comum.
Letra c.
Nilton Coutinho
Doutor em Direito Político e Econômico. Procurador do Estado de São Paulo. Aprovado em diversos
concursos públicos: Correios, Unesp, Ministério Público, Procuradoria do Estado de São Paulo. Autor de
diversos livros jurídicos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 40
DIREITO AMBIENTAL
Meio Ambiente e sua Proteção
Nilton Coutinho
GABARITO
1. b
2. E
3. E
4. a
5. d
6. e
7. e
8. b
9. b
10. a
11. c
12. d
13. e
14. d
15. e
16. a
17. e
18. a
19. c
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 40
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Welington Fuma - 03657542264, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.