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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 1
Conclusão .............................................................................................. 21
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 23
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NOSSA HISTÓRIA
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Meio Ambiente e Mineração na Constituição Federal
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incorporando ao ordenamento jurídico diretrizes e instrumentos para sua defesa,
trazendo como principal inovação uma visão integrada e sistêmica para a questão
ecológica e fornecendo um tratamento autônomo para a tutela do meio ambiente.
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adoção de técnicas e instrumentos que possibilitem a proteção, a manutenção e a
restauração da qualidade ambiental.
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Como destacam Faucheux e Noel (1997, p. 16), enquanto os efeitos das
condutas humanas, em especial da atividade econômica, não colocavam em causa a
reprodução da biosfera, economia e natureza eram vistas como universos distintos,
cada qual com sua lógica, de modo que a reprodução econômica desenvolvia-se
ignorando o modo de reprodução espontânea da natureza.
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Enfatizando a inexistência de uma separação material entre economia e
ecologia, Cristiane Derani (1997, p. 187) defende a existência de uma união visceral
entre ambos os campos, pois do mesmo modo que as relações produtivas encontram
sua base nos recursos naturais fornecidos pela natureza, a natureza deve ser
compreendida como elemento integrante das relações humanas, sendo tarefa do
ordenamento jurídico representar este relacionamento.
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Observada esta congruência entre direito econômico e direito ambiental,
possuindo como pano de fundo a defesa da qualidade de vida, confirma-se, assim, a
premissa de que os valores da manutenção da ordem econômica e da defesa do meio
ambiente são interdependentes e devem ser realizados concomitantemente.
Nota-se que não é intenção nem objetivo da norma ambiental impedir toda e
qualquer transformação imposta pelo homem ao seu entorno. O meio ambiente não
pode ser visto como um elemento apartado das relações humanas e a razão do direito
ambiental não se traduz na defesa de uma natureza intocada.
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ambiente e possibilita ao Poder Público interferir drasticamente, se necessário, para
que a exploração econômica preserve a ecologia”.
O setor mineral brasileiro, conforme descreve Barreto (2001, p. 6), teve sua
construção operada sob a perspectiva de uma visão estratégica dirigida para o
desenvolvimento nacional, tendo por base, inicialmente, políticas destinadas a seu
fomento e incentivo.
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aproveitamento econômico das jazidas, fundamentado nos princípios da dualidade
imobiliária e da dominialidade pública sobre os recursos minerais.
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avaliação de impacto ambiental; b) o licenciamento ambiental; e c) o Plano de
Recuperação de Área Degradada, o qual será analisado a seguir.
Do mesmo modo, Derani (1997, p. 256) descreve que o art. 225 pode ser
visualizado em três partes distintas: a) a apresentação do direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado como um direito fundamental; b) a descrição do dever do
Estado e da coletividade em defender e preservar o meio ambiente para as presentes
e futuras gerações e; c) a prescrição de normas impositivas de conduta visando
assegurar a efetividade da proteção ao meio ambiente.
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Pois esta é a retratação que se busca aplicar ao parágrafo 2º do art. 225, como
norma constitucional que exterioriza um juízo de ponderação e de concertação,
derivada da colisão entre ordem econômica e meio ambiente no exercício da
mineração, pois a incumbência a respeito deste juízo corresponde, precipuamente,
ao legislador constitucional.
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inevitabilidade do dano, mas determinando a posterior recuperação do meio ambiente
degradado.
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Impactos socioambientais da mineração
Mudanças da paisagem
A principal forma de extração mineral no Brasil ocorre por meio das minas a
céu aberto. Sua instalação inicia com o desmatamento da região a ser lavrada e a
retirada de todo o solo fértil. Como esse solo normalmente possui baixo teor de
minério, ele é contraditoriamente chamado de “estéril” pelas mineradoras. Esse estéril
é, então, acumulado em grandes pilhas. Na maior parte dos projetos de grande
escala, em seguida, inicia-se o processo de extração; que envolve cortes em blocos
de dimensão padronizada e confere à mina a aparência de um poço dotado de
enormes plataformas em degraus. O preparo da escavação é feito a partir da
perfuração dos blocos e da infusão de cargas de explosivos. A detonação afrouxa os
blocos, permitindo que escavadeiras mecânicas carreguem o material extraído em
caminhões fora de estrada para as unidades de beneficiamento.
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também ocorre no ambiente construído. Assim, no caso de Congonhas, a Vila
Operária de Casa de Pedra, construída pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)
nos anos 1950, foi “desmobilizada” 30 anos mais tarde para permitir ampliação da
mina. No momento de sua demolição, a vila contava com quase trezentas casas,
cinema, praça de esportes, grupo escolar, igreja, hospital e uma população de quase
3 mil pessoas (Rodrigues, 2011 apud Barbosa e García, 2012).
Outro caso emblemático pode ser identificado em Itabira, uma das cidades com
maior tradição em mineração do país. Em Itabira, para garantir a expansão das minas
da Vale foram desmobilizados diferentes grupos de moradia operária, como Vila
Sagrado Coração de Jesus, Vila Conceição de Cima e Vila Cento e Cinco, bem como
bairros não vinculados à mineradora, como o Aglomerado da Camarinha e a Vila
Paciência (Souza, 2007).
Emissões atmosféricas
A poluição atmosférica associada à mineração, de forma geral, é mais
facilmente percebida quando existem comunidades próximas às minas, como no caso
de Itabira e Catas Altas, em Minas Gerais. Às vezes, a poluição atmosférica não é
causada diretamente pela lavra, mas pela poeira e pela lama, que são trazidas das
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minas para as cidades por ônibus, caminhões e automóveis que prestam serviços
às mineradoras, como em Congonhas (Milanez, 2011).
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consumo específico pode variar de 1,1 m3 /t (Samarco, 2015) até 4 m3 /t (MRN,
2015).
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d’água. Um dos exemplos mais emblemáticos desse processo ocorreu na região de
extração de carvão mineral, nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Esse carvão é impregnado por sulfetos metálicos que, depositados na forma de rejeito
ou estéril, entram em contato com a umidade do ar e são convertidos em ácidos. Isso
dá início ao processo conhecido como Drenagem Ácida de Mina (DAM), que aumenta
significativamente a acidez dos corpos d’água; além disso, a redução do pH intensifica
a solubilização dos metais pesados presentes nos resíduos das atividades minerais
na região. Assim, importantes rios, tais como Tubarão, Urussanga e Mãe Luzia,
encontram-se altamente contaminados, comprometendo, inclusive, o abastecimento
de algumas cidades (Fernandes, Alamino e Araujo, 2014).
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país totalizava 118 conflitos no território nacional. Embora esses mapas não permitam
identificar a temporalidade desses conflitos, sua recente criação já demonstra um
aumento do interesse acadêmico por tais fenômenos.
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socioeconômicas da região. Os dados foram computados em 2009 e 2010 e dão
conta ainda que o crescimento nominal da economia mineira em 2010 em relação a
2009 foi de 22,4%.
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mineração, indústria que tem a extração de recursos na natureza de sua atividade,
também pode compartilhar valor e gerar riqueza para as comunidades.
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insumo, atuais e futuros. Muitas empresas, como já dito, tem procurado participar
ativamente de ações de engajamento para o desenvolvimento de políticas públicas a
partir de discussões globais e locais sobre a água uma vez\ que se percebe que não
cabe somente ao setor privado ou ao setor publico (mas sim a ambos em conjunto) a
adoção das medidas necessárias para a manutenção e/ou recuperação de aquíferos.
IDH IDH
Município UF mineral Estado Município
Itabira-MG Ferro 0.766 0.798
Araxá-MG Nióbio 0.766 0.799
Nova Lima – MG Ouro 0.766 0.821
Catalão – GO Fosfato 0.733 0.818
Cachoeiro de Rocha Ornamental 0.767 0.770
Itapemirim - ES
Parauapebas – PA Ferro 0.720 0.740
Barcarena – PA Bauxita 0.720 0.769
Presidente Cassiterita 0.713 0.742
Figueiredo – AM
Conclusão
O estado brasileiro vem melhorando cada dia mais suas relações com o meio
ambiente, no sentido de estar a cada dia se renovando em matéria de legislação de
proteção ambiental, e regulação das atividades de mineração.
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visando além do meio ambiente, também o desenvolvimento das sociedades que de
forma direta ou indireta se beneficiam das atividades da mineração.
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REFERÊNCIAS
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SOUZA, Marcelo Gomes de. O direito e a compatibilidade da mineração com
o meio ambiente. 1995. Dissertação (Mestrado em Direito) - Universidade Federal de
Minas Gerais, Belo Horizonte.
HUSTRULID, William A. Open Pit Mining Planing and Designe. Taylor &
Francis. 2ª Edição. 2006. 991 p.
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JESUS, R. M. Recuperação de Áreas Degradadas. Revista do Instituto
Florestal,v.2 (parte única). São Paulo, p.350-362, 1992.
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