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Função socioambiental da

propriedade
ART. 170, INC. III DA CF/1988 E ART 2º DA PNMA.
 Na vigência de um Estado Democrático de Direito, fundado na soberania e na
dignidade da pessoa humana e tendo como objetivo fundamental construir uma
sociedade livre, justa e solidária, não é possível conceber direito subjetivo sem que
lhe seja atribuída uma correspondente função social.

 Além disso, como consequência da influência da terceira dimensão de direitos, a


propriedade adquiriu um novo elemento consistente na função ambiental.
 Esta nova função de caráter ambiental confere à coletividade o poder de exigir do
proprietário a observância das medidas necessárias à preservação do direito
metaindividual (direito coletivo, grupos e social) ao meio ambiente
ecologicamente preservado.
 A necessidade de se fazer uso dos instrumentos postos à disposição da
coletividade para a garantia de um meio ambiente ecologicamente preservado
torna-se uma realidade inevitável diante do avanço tecnológico e em razão de
expressa determinação constitucional.
 A incidência da função ambiental sobre a propriedade dinamiza o exercício deste
direito, estimulando o proprietário a preservar e a recuperar os bens ambientais
sob seu domínio.
 Tal fato não acarretará somente a preservação do meio ambiente de uma área
restrita, mas, certamente, culminará na preservação de todo um ecossistema,
mediante a observância do princípio do desenvolvimento sustentável.
 O princípio da função social da propriedade impõe que, para o reconhecimento e
proteção constitucional do direito do proprietário, sejam observados os interesses da
coletividade e a proteção do meio ambiente, não sendo possível que a propriedade
privada, sob o argumento de possuir a dupla natureza de direito fundamental e de
elemento da ordem econômica, prepondere, de forma prejudicial, sob os interesses
socioambientais.
 Diante da incidência das regras de interesse social e ambiental, surge um conflito de
interesses entre o direito à propriedade privada e o direito ao meio ambiente
preservado.
 O primeiro direito corresponde ao interesse privado do proprietário em exercer seu
direito de propriedade exclusivamente de acordo com os seus interesses, enquanto que o
segundo direito relaciona-se com o interesse público em preservar o meio ambiente e
respeitar as finalidades sociais, o que acarreta restrições ao uso da propriedade
particular.
 Nesta contraposição de conflitos, deve-se buscar uma harmonização dos interesses
privados e públicos. Ambos os interesses são legítimos e recebem proteção do
ordenamento jurídico. Entretanto, o interesse público de natureza social e ambiental
poderá restringir a realização integral do interesse particular do proprietário.

 Apenas quando for impossível promover esta conciliação, deverá adotar-se um


posicionamento excludente, em que preponderem os interesses de natureza social e
ambiental.

 O princípio da função socioambiental da propriedade é o fundamento constitucional


para a imposição coativa ao proprietário do exercício de seu direito em consonância
com as diretrizes de proteção do meio ambiente e de interesse social.
 Não se busca, simplesmente, anular ou limitar o direito à propriedade, mas
encontrar um justo equilíbrio entre o interesse privado e o interesse social, de
forma que a propriedade privada harmonize-se com os interesses
socioambientais. Não se pode tolerar que o exercício de um direito configure em
um instrumento violador das legítimas expectativas sociais e das regras de
proteção ambiental.

 Constata-se, portanto, que interesse público e interesse social não se excluem,


mas se complementam, sendo que a função socioambiental da propriedade é a
justa solução para o conflito de interesses surgido entre o direito à propriedade
privada e a incidência de regras de interesse social e difuso.
Princípio do desenvolvimento sustentável
 O Princípio do Desenvolvimento Sustentável foi inserido na Carta Política de
1988, e é um instituto de vanguarda, que visa harmonizar o uso dos recursos
naturais de forma sustentável, colocando no centro da proteção os seres
humanos.

 O princípio do desenvolvimento sustentável nasceu na Conferência das Nações


Unidas realizada no Rio de Janeiro no ano de 1992, conhecida como a ECO 92.

 Mas as discussões sobre o assunto começaram erigir a partir do relatório da


ex-primeira Ministra da Noruega Harlem Brundtland, intitulado “Nosso
Futuro Comum”, que passou a ser conhecido como relatório de Brundtland.
 O relatório Brundtland definiu desenvolvimento sustentável como aquele que
“satisfaz as necessidades do presente sem pôr em risco a capacidade das gerações
futuras de terem suas próprias necessidades satisfeitas”. Cunhou, assim, a
expressão “equidade intergeracional” – intergeneration equity. (BELTRÃO,
Antônio G. 2014.)

 Na ECO 92, que nasceu das recomendações do relatório de BRUNDTLAND, o


centro das discussões passa a ser os seres humanos, como estes poderiam utilizar
o meio ambiente de forma sustentável, produtiva e harmônica, e ainda como os
países de forma soberana se utilizaria dos seus recursos naturais sem
interferências externas, mas limitando-se a respeitar os limites da
sustentabilidade do meio ambiente.
 A referida Conferência concluiu que os princípios de conservação se incorporavam ao
desenvolvimento, dando origem ao termo ecodesenvolvimento, ou seja, o
desenvolvimento em níveis regionais e local, congruente com as potencialidades da
área em questão, prestando-se atenção ao uso adequado e racional dos recursos
naturais e a aplicação de estilos tecnológicos, apropriados, e a adoção de formas de
respeito dos ecossistemas naturais, centrando seu objetivo em utilizar os recursos
segundo as necessidades humanas e melhorar e manter a qualidade de vida humana
para esta geração e para as futuras.
 Na sequência, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em 1983,
aprovou a criação de uma Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, tendo à frente da presidência dos trabalhos a ex-primeira ministra
da Noruega, Gro Harlem Brundtland. A comissão era constituída ainda por
representantes de dez países desenvolvidos e dez países em desenvolvimento.
 Essa exploração sustentável não pode colocar em risco os nacionais nem a
comunidade internacional. (BARROS, Wellington Pacheco. 2008).

 Os recursos naturais são escassos e finitos, e não pertence à geração contemporânea,


que tem a responsabilidade de protegê-lo para as próximas. Destarte, há que se ter a
interferência dos governos a fim de equalizar os interesses dos diversos setores da
sociedade minimizando os riscos ao meio ambiente. (BELTRÃO, Antônio G. 2014.)

 A Lei Federal 6.938/1981, que estabelece a Política Nacional para o Meio Ambiente


no Brasil, prevê como princípios em seu art. 2.º, II e III, respectivamente, a
“racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar” e o “planejamento e
fiscalização do uso dos recursos ambientais”. (BELTRÃO, Antônio G. 2014.)
 Depois de três anos de trabalhos, a mencionada Comissão publicou relatório que ficou conhecido
como Relatório Brundtland apontando os principais problemas ambientais divididos em três
grandes grupos:

 a) poluição ambiental, emissões de carbono e mudanças climáticas, poluição da atmosfera, poluição


da água, dos efeitos nocivos dos produtos químicos e dos rejeitos nocivos, dos rejeitos radioativos e
a poluição das águas interiores e costeiras;

 b) diminuição dos recursos naturais, como a diminuição de florestas, perdas de recursos genéticos,
perda de pasto, erosão do solo e desertificação, mau uso de energia, uso deficiente das águas de
superfície, diminuição e degradação das águas freáticas, diminuição dos recursos vivos do mar;

 c) problemas de natureza social, tais como: uso da terra e sua ocupação, abrigo, suprimento de
água, serviços sanitários, sociais e educativos e a administração do crescimento urbano acelerado.
 O Relatório em comento alertou à Assembleia Geral da ONU da necessidade de
realização de uma nova Conferência Internacional com vistas à discussão geral da
matéria, abrindo o caminho para a Conferência do Rio.

 Com efeito, o desenvolvimento econômico está cada vez mais atrelado às
preocupações universais de proteção ao meio ambiente. As empresas estão
investindo em tecnologias menos poluidoras e vários estudos estão sendo
realizados com o escopo de minimizar os impactos ambientais, o que denota que a
ideia do desenvolvimento sustentável está sendo permeabilizada na sociedade.
 Corroborando o entendimento, Fiorillo chama atenção para o esgotamento dos recursos naturais

e a inadmissibilidade que as atividades econômicas sejam desenvolvidas alheias a esse fato.

 Busca-se com isso a coexistência harmônica e proporcional entre economia e meio ambiente,

permitindo-se o desenvolvimento de forma sustentável, planejada, para que os recursos hoje

existentes não se esgotem ou tornem-se inócuos.

 O princípio do desenvolvimento sustentável tem por conteúdo a manutenção das bases vitais da

produção e reprodução do homem e de suas atividades, garantindo igualmente uma relação

satisfatória entre os homens e destes com o seu ambiente, para que as futuras gerações também

tenham a oportunidade de desfrutar os mesmos recursos que temos hoje à nossa disposição.

 O princípio do desenvolvimento sustentável visa compartilhar a atuação da economia com a

preservação do meio ambiente.


 Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses
da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os
seguintes princípios:

 II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar

 Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientai


 A Constituição Federal prevê a defesa do meio ambiente e o crescimento harmônico entre o
desenvolvimento econômico-social, qualidade do meio ambiente, e equilíbrio ecológico.

 A emenda Constitucional número 42 deu a seguinte redação ao artigo 170, VI

 Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre


iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes princípios:

 VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o


impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

 Este artigo consagra o Princípio do Desenvolvimento Sustentável, e está dentro do capítulo


que trata dos princípios gerais da atividade econômica.
 O ARTIGO 186, da constituição Federal traz de forma concreta o Princípio do
Desenvolvimento Sustentável, define-se aqui a função social da propriedade

 Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende simultaneamente,
segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

 I - aproveitamento racional e adequado

 II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente

 III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho

 IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

 O nível do bem estar e a renda da população estão intimamente ligados ao grau de


desenvolvimento sustentável e proteção do meio ambiente. Os maiores problemas do meio
ambiente, estará sempre nos locais mais pobres, e as maiores vítimas serão sempre os
menos desafortunados nas palavras de Paulo Bessa Antunes. (Antunes, Paulo Bessa. 2013.)
 A Constituição brasileira de 1988 insere na parte final do caput do artigo 225 a
preocupação com “as presentes e futuras gerações”, bem como no título VII que
trata da ordem econômica e financeira, em especial no artigo 170, inciso VI, que
estabelece que a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano
e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os
ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: defesa do meio
ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
 Significa dizer que o desenvolvimento econômico é muito importante para o país,
mas esse deve ser realizado em conformidade com a preservação ambiental. A
dicotomia “preservar o meio ambiente” e “fomentar o desenvolvimento
econômico” é solucionável se as partes procederem de forma correta sem
extremismos. Essa maneira traduz-se nos princípios que regem o
desenvolvimento sustentável que surge para compatibilizar as duas vertentes
mencionadas.
 O desenvolvimento sustentável é o princípio que busca encontrar o ponto de
equilíbrio entre a atividade econômica e o uso adequado, racional e responsável
dos recursos naturais para as gerações atuais e futuras.
Princípio da Proibição de Retrocesso
 Um dos pilares do direito ambiental, o princípio da proibição de retrocesso não é
um princípio explícito na Constituição Federal de 1988. Trata-se de uma garantia
constitucional implícita que pressupõe que a salvaguarda do meio ambiente tem
caráter irretroativo: não admite recuo para níveis de proteção inferior aos
anteriormente consagrados, com a exceção de alteração de circunstâncias de fato.
 O princípio da vedação ao retrocesso em caráter ambiental tem sua origem na
Alemanha, com a crise do Estado-Providência, que garantiu a proibição do
retrocesso social, princípio garantidor do progresso adquirido pela sociedade
durante os períodos de mudanças e transformações. Posteriormente, passou por
significativa evolução na Europa, tendo influência, principalmente, da doutrina e
jurisprudência italianas e portuguesas.
 Doutrinadores defendem que o princípio constitucional aludido é implícito e
relativo, ou, ainda, uma modalidade de eficácia jurídica, tendo como base a
segurança jurídica, proteção da confiança, maximização dos direitos
fundamentais e dignidade. Há duas modalidades de proibição de retrocesso:
genérica e específica.

 Parte-se da idéia de que o princípio da proibição do retrocesso está diretamente


ligado a finalidade de concretização de direitos fundamentais, através de ações
futura do Estado à sociedade com o objetivo de dar maior alcance aos direitos
sociais e diminuir as desigualdades. Em razão disso, decisões judiciais não
poderiam abandonar os avanços da legislação que surgiram ao longo dos anos, ou
seja, não é permitida sua regressão.
 Nesse sentido, aduz o Ministro Luiz Roberto Barroso:

 “Por este princípio, que não é expresso mas decorre do sistema jurídico-
constitucional, entende-se que se uma lei, ao regulamentar um mandamento
constitucional, instituir determinado direito, ele se incorpora ao patrimônio
jurídico da cidadania e não pode ser absolutamente suprimido.”

 Em sede ambiental, modalidade específica do princípio ora tratado, nota-se a


essencialidade premente do meio ambiente à vida digna, a necessidade de manter
um nível elevado de sua proteção, o que traduz uma maximização do direito
fundamental ao meio ambiente, com a conseqüente e progressiva implantação do
direito ao equilíbrio ecológico.
 Através da garantia do mínimo existencial ecológico e proteção do nível legalmente
concretizado dos princípios fundamentais, o princípio da proibição de retrocesso veda que
o conteúdo essencial da lei já consagrada seja suprimido sem alternativas ou
compensações ou desproporcionalmente restringido, atuando como uma limitação
jurídica no teste da proporcionalidade da atividade legislativa da revisão.

 Alguns doutrinadores entendem que as disposições do Novo Código Florestal sobre o


novo regramento de áreas de proteção permanente, áreas de reserva legal e “anistia”
caracterizam uma violação do princípio da proibição do retrocesso, tendo em vista que
estabelecem um padrão de proteção ambiental manifestamente inferior ao anteriormente
existente.

 Em suma, o princípio da proibição ao retrocesso confere aos direitos fundamentais, em


especial aos sociais, estabilidade nas conquistas dispostas na Constituição Federal de
1988, proibindo o Estado de alterar, quer seja por mera liberalidade, ou como escusa de
realização dos direitos sociais. Ele visa dar segurança jurídica e assegurar que, se um
direito for alterado, irá passar por um longo processo de análise que sirva para beneficiar
seus destinatários, qual seja, o teste de proporcionalidade.
 Dessa forma, a proibição do retrocesso protege somente a parte legalmente
consagrada do direito que passou pelo teste de proporcionalidade. No que tange
às alterações fáticas e jurídicas que visem mudar um conteúdo essencial relativo
da lei, toda vez que caracterizar-se esta exceção deverá haver uma revisão da
regulamentação, com novo teste de proporcionalidade, incidindo inclusive nessa
análise do princípio.
O PRINCÍPIO DO PROTETOR - RECEBEDOR
 Como bem expôs Gabriel Wedy :

 "o princípio do protetor-recebedor, importante destacar, envolve o mecanismo


que se convencionou denominar de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), o
qual “consiste no aporte de incentivos e recursos, de origem pública e/ou privada,
para aqueles que garantem a produção e a oferta do serviço e/ou produto obtido
direta ou indiretamente da natureza”.

 O princípio do protetor-recebedor, inaugurado na legislação ambiental, estabelece


uma lógica inversa ao princípio do poluidor-pagador. Esse princípio, introduzido
na legislação ambiental, propõe a ideia central de remunerar todo aquele que, de
uma forma ou de outra, deixou de explorar os recursos naturais que eram seus,
em benefício do meio ambiente e da coletividade, ou que tenha promovido alguma
coisa com o propósito socioambiental, como ainda salientou Gabriel Wedy,
naquela obra.

 Este princípio poderá servir para remunerar como, por exemplo, àquelas pessoas
que preservaram voluntariamente uma floresta, ou até mesmo mantiveram
intactas suas reservas legais ou áreas de preservação permanente.
 A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), no art. 6º,
inc. II, contempla também uma variante do princípio do poluidor-pagador, qual
seja, o princípio do protetor-recebedor. Na lição de Paulo Afonso Leme Machado
(Direito ambiental brasileiro. 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2017. p. 669-670), a:
 “relação proteger-receber visa a incentivar a proteção sem ser injusta nos
gravames ao protetor”. Assim, o “princípio deve levar a retribuições ou
compensações econômicas quando a sociedade e o Poder Público estejam em
condições de fazê-lo, mediante legislação específica”.
 O desenvolvimento sustentável utiliza como um de seus sustentáculos
o Princípio do Protetor-Recebedor , compensando financeiramente,
como incentivo pelo serviço prestado, aquele que protege um bem natural,
representando um símbolo da justiça econômica.
 Dahyana Siman C. da Costa (obra citada) que como conceito, esse princípio advém da
ideia de que uma pessoa que protege uma área ambiental deve receber uma
compensação financeira como incentivo, deixando assim de explorar seus recursos e
passar a preservá-los. É uma forma de estimular a preservação e pagar pelos serviços
ambientais prestados.
 “Exemplificando, tem-se o pequeno produtor rural, que depende da exploração das
suas terras para manter o sustento da família; contudo, por imposição legal, terá de
manter em sua propriedade a reserva legal e respeitar as eventuais áreas de
preservação permanente. Dessa forma, ele está fazendo um bem para toda a
coletividade, mantendo essas áreas preservadas, mas está sofrendo um grande ônus,
tendo diminuída sua renda.
 Nesse caso, os custos não devem ser suportados exclusivamente pelos proprietários
rurais, ao contrário, devem ser socializados. Assim, o protetor deve receber uma
compensação pelos serviços ambientais prestados e tanto a sociedade quanto a
natureza levariam vantagem, pois a sobrevivência humana e de todas as outras
espécies dependem diretamente de um meio ambiente saudável.”
 É inegável a dependência que tem o ser humano do meio ambiente. Então é
racional que se utilize dele de forma sustentável, que não degrade-o, visto que os
recursos naturais são finitos, e deles dependem todo o ciclo de vida na terra.
 Referências Bibliográficas:
 FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro, 14ª Edição, São Paulo: Saraiva, 2013.

 FIORILLO. Celso Antonio Pacheco, Revista Brasileira de Direito Ambiental, Ano 3, São Paulo, Fiuza, v. 9, jan./mar.
2007.

 LOPEZ, Teresa Ancona. Princípio da Precaução e Evolução da Responsabilidade Civil. 2008, Tese para concurso de
Professor Titular de Direito Civil da Faculdade de Direita da Universidade de São Paulo, 2008, p. 89.

 Pinheiro Neto Advogados – Meio Ambiente e Proibição do Retrocesso.

 MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 12ª edição, revista atualizada e ampliada. Editora
Malheiros. 2004.

 ANTUNES. Paulo Bessa. Direito Ambiental. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2001.GUERRA, Sidney;

 GUERRA, Sérgio. Curso de Direito Ambiental, 2ª edição, Editora Atlas.

 BARROS, Wellington Pacheco. Curso de direito ambiental, 2ª edição. Atlas, 10/2008. VitalSource Bookshelf
Online.

 BELTRÃO, Antonio G. Curso de Direito Ambiental, 2ª edição. Método, 08/2014.

 Antunes, Paulo Bessa. Direito ambiental, 15 edição. Atlas, 04/2013

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