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propriedade
ART. 170, INC. III DA CF/1988 E ART 2º DA PNMA.
Na vigência de um Estado Democrático de Direito, fundado na soberania e na
dignidade da pessoa humana e tendo como objetivo fundamental construir uma
sociedade livre, justa e solidária, não é possível conceber direito subjetivo sem que
lhe seja atribuída uma correspondente função social.
b) diminuição dos recursos naturais, como a diminuição de florestas, perdas de recursos genéticos,
perda de pasto, erosão do solo e desertificação, mau uso de energia, uso deficiente das águas de
superfície, diminuição e degradação das águas freáticas, diminuição dos recursos vivos do mar;
c) problemas de natureza social, tais como: uso da terra e sua ocupação, abrigo, suprimento de
água, serviços sanitários, sociais e educativos e a administração do crescimento urbano acelerado.
O Relatório em comento alertou à Assembleia Geral da ONU da necessidade de
realização de uma nova Conferência Internacional com vistas à discussão geral da
matéria, abrindo o caminho para a Conferência do Rio.
Com efeito, o desenvolvimento econômico está cada vez mais atrelado às
preocupações universais de proteção ao meio ambiente. As empresas estão
investindo em tecnologias menos poluidoras e vários estudos estão sendo
realizados com o escopo de minimizar os impactos ambientais, o que denota que a
ideia do desenvolvimento sustentável está sendo permeabilizada na sociedade.
Corroborando o entendimento, Fiorillo chama atenção para o esgotamento dos recursos naturais
Busca-se com isso a coexistência harmônica e proporcional entre economia e meio ambiente,
O princípio do desenvolvimento sustentável tem por conteúdo a manutenção das bases vitais da
satisfatória entre os homens e destes com o seu ambiente, para que as futuras gerações também
tenham a oportunidade de desfrutar os mesmos recursos que temos hoje à nossa disposição.
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende simultaneamente,
segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
“Por este princípio, que não é expresso mas decorre do sistema jurídico-
constitucional, entende-se que se uma lei, ao regulamentar um mandamento
constitucional, instituir determinado direito, ele se incorpora ao patrimônio
jurídico da cidadania e não pode ser absolutamente suprimido.”
Este princípio poderá servir para remunerar como, por exemplo, àquelas pessoas
que preservaram voluntariamente uma floresta, ou até mesmo mantiveram
intactas suas reservas legais ou áreas de preservação permanente.
A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), no art. 6º,
inc. II, contempla também uma variante do princípio do poluidor-pagador, qual
seja, o princípio do protetor-recebedor. Na lição de Paulo Afonso Leme Machado
(Direito ambiental brasileiro. 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2017. p. 669-670), a:
“relação proteger-receber visa a incentivar a proteção sem ser injusta nos
gravames ao protetor”. Assim, o “princípio deve levar a retribuições ou
compensações econômicas quando a sociedade e o Poder Público estejam em
condições de fazê-lo, mediante legislação específica”.
O desenvolvimento sustentável utiliza como um de seus sustentáculos
o Princípio do Protetor-Recebedor , compensando financeiramente,
como incentivo pelo serviço prestado, aquele que protege um bem natural,
representando um símbolo da justiça econômica.
Dahyana Siman C. da Costa (obra citada) que como conceito, esse princípio advém da
ideia de que uma pessoa que protege uma área ambiental deve receber uma
compensação financeira como incentivo, deixando assim de explorar seus recursos e
passar a preservá-los. É uma forma de estimular a preservação e pagar pelos serviços
ambientais prestados.
“Exemplificando, tem-se o pequeno produtor rural, que depende da exploração das
suas terras para manter o sustento da família; contudo, por imposição legal, terá de
manter em sua propriedade a reserva legal e respeitar as eventuais áreas de
preservação permanente. Dessa forma, ele está fazendo um bem para toda a
coletividade, mantendo essas áreas preservadas, mas está sofrendo um grande ônus,
tendo diminuída sua renda.
Nesse caso, os custos não devem ser suportados exclusivamente pelos proprietários
rurais, ao contrário, devem ser socializados. Assim, o protetor deve receber uma
compensação pelos serviços ambientais prestados e tanto a sociedade quanto a
natureza levariam vantagem, pois a sobrevivência humana e de todas as outras
espécies dependem diretamente de um meio ambiente saudável.”
É inegável a dependência que tem o ser humano do meio ambiente. Então é
racional que se utilize dele de forma sustentável, que não degrade-o, visto que os
recursos naturais são finitos, e deles dependem todo o ciclo de vida na terra.
Referências Bibliográficas:
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro, 14ª Edição, São Paulo: Saraiva, 2013.
FIORILLO. Celso Antonio Pacheco, Revista Brasileira de Direito Ambiental, Ano 3, São Paulo, Fiuza, v. 9, jan./mar.
2007.
LOPEZ, Teresa Ancona. Princípio da Precaução e Evolução da Responsabilidade Civil. 2008, Tese para concurso de
Professor Titular de Direito Civil da Faculdade de Direita da Universidade de São Paulo, 2008, p. 89.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 12ª edição, revista atualizada e ampliada. Editora
Malheiros. 2004.
ANTUNES. Paulo Bessa. Direito Ambiental. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2001.GUERRA, Sidney;
BARROS, Wellington Pacheco. Curso de direito ambiental, 2ª edição. Atlas, 10/2008. VitalSource Bookshelf
Online.