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Sumá rio
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................6
REFERÊNCIAS...............................................................................................23
A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL
SUSTENTÁVEL NAS LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
1 INTRODUÇÃO
porte.
A Lei Complementar 123/2006 (Estatuto Nacional de Microempresa – ME e
da Empresa de Pequeno Porte – EPP) também estabeleceu uma aparente
exceção ao principio da igualdade...” (2017, p. 494).
A observação dos nobres doutores é questionável uma vez que, ao
vislumbrar o mundo fático, não há, nem de longe, aparente exceção ao princípio da
igualdade. A supracitada Lei Complementar busca equalizar o tratamento, ora
sugerindo, ora obrigando o tratamento diferenciado a micros e pequenas empresas:
Art. 47. Nas contratações públicas da administração direta e indireta,
autárquica e fundacional, federal, estadual e municipal, deverá ser concedido
tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de
pequeno porte objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e
social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das políticas
públicas e o incentivo à inovação tecnológica. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)
(...)
Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar,
a administração pública: (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de
2014)
I - deverá realizar processo licitatório destinado exclusivamente à participação
de microempresas e empresas de pequeno porte nos itens de contratação
cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação dada pela
Lei Complementar nº 147, de 2014)
II - poderá, em relação aos processos licitatórios destinados à aquisição de
obras e serviços, exigir dos licitantes a subcontratação de microempresa ou
empresa de pequeno porte; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147,
de 2014)
III - em que se estabeleça cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto
para a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte, em
certames para a aquisição de bens e serviços de natureza divisível.
IV - deverá estabelecer, em certames para aquisição de bens de natureza
divisível, cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a
contratação de microempresas e empresas de pequeno porte.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
(...)
§ 3o Os benefícios referidos no caput deste artigo poderão, justificadamente,
estabelecer a prioridade de contratação para as microempresas e empresas
de pequeno porte sediadas local ou regionalmente, até o limite de 10% (dez
por cento) do melhor preço válido. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de
2014)
Como fica claro observar, o legislador foi assertivo quando da proposta da
lei, vislumbrando diminuir a lacuna entre as grandes e pequenas empresas, apesar
de, atualmente, a norma merecer uma revisão de valores de referências,
principalmente, no Art. 48, I e II.
Todavia, o que se percebe no mundo fático é um engessamento pelos
órgãos de controle que já veem com pré-disposição negativa qualquer atuação de
um pregão que não seja eletrônico. Tal pré-julgamento tem criado o que o Ministro
do Tribunal de Contas da União (TCU) Dantas (2018) chama de “apagão decisório”:
“Deve haver, porém, equilíbrio entre gestão e seu controle, sob pena de criarmos no
país um “apagão decisório”, despertando nos gestores temor semelhante ao de
crianças inseguras educadas por pais opressores”.
Desta forma, é imprescindível considerar, no bojo da sustentabilidade, a
observância irrestrita do princípio da isonomia e, para isto, não há que se limitar em
pregão eletrônico e sim promover pregões presenciais onde, além das proteções
dos dispositivos legais já contemplados acima, oportunize-se a pequenas e médias
empresas locais a participação no certame licitatório de maneira competitiva.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Brasília, DF: Senado Federal: Centro
Gráfico, 1993
BRASIL. Lei Nº 12.349, de 10 de dezembro de 2010. Brasília, DF: Senado Federal:
Centro Gráfico, 1993
SANTOS, Lucimar Rizzo Lopes dos Santos, site Conteúdo Jurídico, disponível em:
http://conteudojuridico.com.br/artigo,abusos-e-desperdicios-nas-licitacoes-e-
contratacoes-publicas,58560.html, Acessado em 14/08/2017 às 11:35h
VIEIRA, Gabriela, Portal do jornal Estadão - Estado de São Paulo, disponível em:
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,desperdicio-de-recursos-publicos-e-
um-desafio-imp-,1566452. Acesso em 14/08/2017 às 8:30h
NERY JUNIOR, Nelson. Princípios do processo civil na constituição federal. 5.
ed. rev. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.