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Porto Velho
2018
ROGERIO GARBIN
Área de Concentração:
Administração Pública
Porto Velho
2018
GARBIN, Rogério. Título: A Aplicação do Princípio do Desenvolvimento Nacional
Sustentável nas Licitações e Contratações Pública.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................6
REFERÊNCIAS...............................................................................................23
1 INTRODUÇÃO
Não há, neste caso, qualquer apologia ao descarte da regra como premissa
primeira, pelo contrário, cônscios da limitação da regra, o que se busca neste
particular é abstrair acima da regra a tutela ao qual a mesma visa resguardar, ou
seja, defende-se mais que o apego a letra seca da lei, mas o espírito da Lei,
intangível, mas palpável quando olhado sob o prima do desenvolvimento sustentável
do Brasil em todas as suas vertentes. Corrobora com essa abordagem, André
Ramos Tavares, quando escreve, sem desprezar a letra da lei:
“Um modelo feito de regras prestigiaria o valor da segurança jurídica, mas seria
limitada praticidade, por exigir uma disciplina minuciosa e plena de todas as
situações relevantes, sem deixar espaço para o desenvolvimento da ordem
social” (MENDES, 2017, p. 75)
porte.
1
Termo inglês que remete à obrigação, à transparência, de membros de um órgão
administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados
nas-licitacoes-e-contratacoes-publicas,58560.html, Acessado em 14/08/2017 às
11:35h)
A fim de exemplificar melhor, suponha-se que o Estado intencione construir
uma escola, pergunta-se: Qual é a intensão primeira que motiva tal contratação?
Ora, parece óbvio que é a promoção da educação e para tanto, necessita da devida
estrutura.
Pois bem, ao pensar no Projeto Básico e Termo de Referência que
subsidiará o processo licitatório, o servidor público necessita considerar o público
que será atendido, a classe social, o bairro eleito para receber tal estrutura e até
mesmo as condições dos profissionais que ali laborarão após a sua conclusão. Esta
análise perpassa aos limites dos cálculos estruturais ou nos projetos executivos
(FREITAS, 2014).
Tal análise, se negligenciada, incorrerá no erro de construir uma escola em
que o deslocamento dos alunos necessitados ensejará em gastos posteriores com
transporte escolar por ter sido construído em local inadequado, e ainda, se
contemplar na equipagem desta escola, tecnologias modernas e seus profissionais
não estarem devidamente qualificados para a sua operação, resultando num
sucateamento prematuro e desperdício de recurso público (COIMBRA, 2016).
A análise sob este prisma holística é a provocação exata proposta na
instauração do Princípio do Desenvolvimento Nacional Sustentável, em que o
legislador descreve, principalmente no Decreto Nº 7.746/12, os critérios a serem
observados para tanto.
Portanto, é razoável ombrear o pensamento da Drª. Lucimar em que o
desconhecimento e a falta de preparo dos servidores públicos são um ponto de
escoamento e desperdício do recurso público
(http://conteudojuridico.com.br/artigo,abusos-e-desperdicios-nas-licitacoes-e-
contratacoes-publicas,58560.html, Acessado em 14/08/2017 às 11:35h).
Não somente isso, o desconhecimento destas nuanças possibilita ainda o
aumento da corrupção citada pelos Drs. Francisco de Assis e Ricardo Castro, onde
esta, tem sua facilitação no despreparo da sociedade e do servidor público que
sequer terá condições de levantar os devidos questionamentos.
Assim, no pensamento do Coimbra (2016), a estruturação do Estado na
implantação do Princípio do Desenvolvimento Nacional Sustentável deverá ter seu
inicio na capacitação de servidores e na criação de manuais complementares, pelos
órgãos de controle, dos estudos e análises que devem ser feitas quando da
elaboração dos documentos referenciais que nortearão as contratações e aquisições
pela Administração Pública, tendo como premissa basilar o bem jurídico a ser
tutelado ou garantido quando da efetivação do serviço ou do fornecimento de
materiais.
Por fim, responde-se então a pergunta: Como se pode assegurar que seja
promovido o Princípio do Desenvolvimento Nacional Sustentável nas licitações e
contratações com a administração pública para atender, em tempo hábil as
necessidades sociais finalísticas?
A resposta a essa pergunta inicia-se pela afirmação de que já existe de
maneira consolidada e suficiente normas basilares capazes de estruturar
procedimentos aos estudos preliminares na construção de documentos técnicos.
Além disso, pode ser assegurado capacitando os servidores públicos no
desenvolvimento de uma visão holística em que, antes da concepção de qualquer
ato para o processo licitatório, tenha-se de maneira comprobatória e documental
qual o bem jurídico ou nuclear a ser garantido na contratação ou aquisição de
material.
Não obstante a este cuidado, tem-se ainda que, em incremento aos critérios
eleição de proposta mais vantajosa à Administração Pública, sejam considerados o
desenvolvimento, a empregabilidade dos componentes daquela sociedade local,
bem como a preservação dos recursos naturais disponível e que, direta ou
indiretamente serão impactados.
Paralelo essa visão está o papel imprescindível dos órgãos de fiscalização e
controle, neste particular, o órgão consagrado pela Carta Magna no Art. 70, a saber,
os Tribunais de Contas que são desafiados, a atuar de maneira preventiva,
coletando informações em tempo hábil anterior ao previsível dano ao erário e
consequentemente à sociedade.
Sim, o Princípio do Desenvolvimento Nacional Sustentável é uma garantia
de que não somente sejam atendidas as necessidades da sociedade, mas que
garantam sua durabilidade no espaço temporal e ainda produza efeitos positivos
secundários, desenvolvimento indústria e comercio, fomentando a educação e
geração de empregos e otimizando a utilização e exploração dos recursos naturais
de maneira sustentável e renovável, garantindo seu suprimento para gerações
futuras.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Brasília, DF: Senado Federal: Centro
Gráfico, 1993
VIEIRA, Gabriela, Portal do jornal Estadão - Estado de São Paulo, disponível em:
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,desperdicio-de-recursos-publicos-e-
um-desafio-imp-,1566452. Acesso em 14/08/2017 às 8:30h