Você está na página 1de 15

NELSON RIBEIRO JUNIOR

LEI Nº14.133:
UMA ANÁLISE DA LEI E DAS DIFICULDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DA
SUSTENTABILIDADE NAS AQUISIÇÕES PÚBLICAS

CURITIBA
2024
NELSON RIBEIRO JUNIOR

LEI Nº14.133:
UMA ANÁLISE DA LEI E DAS DIFICULDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DA
SUSTENTABILIDADE NAS AQUISIÇÕES PÚBLICAS

Artígo Científico apresentado ao programa


de Graduação em Direito do Centro
Universitário Internacional como um
requisito parcial para obeter o título de
Bacharel em Direito.

Orientadora: Profa. Ma. Safira Orçatto


Merelles do Prado

CURITIBA
2024
TERMO DE AUTORIA E RESPONSABILIDADE

À Coordenadoria de TCC Profa. Profa. Ma. Safira Orçatto Merelles do Prado

Acadêmico: Nelson Ribeiro Junior


Título do trabalho: Lei Nº 14.133 : Uma análise da lei e das dificuldades na
implementação das sustentabilidade na aquisições públicas.

Autorizo a submissão do artigo supramencionado acima à Comissão ou à Banca


Avaliadora, responsabilizando-me civil e criminalmente pela autoria e originalidade
do material apresentado.

Curitiba, 11 de março de 2024.

Assinatura do Acadêmico:
4

LEI Nº14.133:
UMA ANÁLISE DA LEI E DAS DIFICULDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DA
SUSTENTABILIDADE NAS AQUISIÇÕES PÚBLICAS

Nelson Ribeiro Junior1

RESUMO

SUMARIO: 1.INTRODUÇÃO 2. A SUSTENTABILIDADE NAS COMPRAS


PÚBLICAS 2.1.DIMENSÕES E O PRÍNCIPIO DA SUSTENTABILIDADE;
2.2.COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTATÁVEIS (CPS); 3. LICITAÇÕES
SUSTENTÁVEIS NA LEI N° 14.133/2021; 3.1 IMPACTOS DA NOVA LEI PARA O
APERFEIÇOAMENTO DA SUSTENTABILIDADE NAS CONTRATAÇÕES
PÚBLICAS; 3.2.O ESTADO E AS FUNÇÕES REGULATÓRIAS NAS COMPRAS
PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS (CPS); 4. OS DESAFIOS PARA A
IMPLEMENTAÇÃO DE CRITÉRIOS SUSTENTÁVEIS NAS LICITAÇÕES 4.1.A
ISONOMIA NAS COMPRAS PÚBLICAS; 4.2.COMPETIVIDADE E AQUISIÇÕES
PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS; 4.3. O POSICIONAMENTO DO TCU;
6.CONSIDERAÇÕES FINAIS. 7.REFERÊNCIAS.

1 INTRODUÇÃO

1
Nelson Ribeiro Junior. Graduando em Direito pelo Centro Univeritário Uninter. Email:
nelsrib@icloud.com
5

2 A SUSTENTABILIDADE NAS COMPRAS PÚBLICAS

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, também


conhecida como Conferência de Estocolmo, em 1972, foi um dos marcos iniciais do
movimento ecológico mundial, que surgiu como resultado da degradação ambiental
que a sociedade experimentou desde meados do século XX. Embora o termo
"desenvolvimento sustentável" ainda não estivesse em uso na época, a lógica que o
sustenta já era familiar. Usava-se ainda "ecodesenvolvimento", ou desenvolvimento
econômico justo e responsável para as gerações futuras, principalmente em relação
aos problemas ambientais.
A ideia de que uma ética ambiental deve ser "cultivada" é o caminho a seguir
para intervenções humanas responsáveis. Desde então, essa ética ambiental tem
sido o elemento catalisador para mudanças no direito, pois várias nações têm
incorporado princípios ambientais em suas leis, notadamente por meio de
instrumentos, planos, programas e políticas públicas.
No anos 80, 90 a discussão sobre o termo "desenvolvimento sustentável" se
intensificou. O relatório da “Comissão de Brundtland”2 de 1987, tornou-se
mundialmente conhecido tendo sido elaborado por diferentes nações em 1987 para
a ONU, por uma comissão chefiada pela Dra. Gro Harlem Brundtland 3.
Originalmente, chamava-se Nosso Futuro Comum e, onde o termo desenvolvimento
sustentável foi utilizado pela primeira vez, definido como aquele que supre às
necessidades do presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras.
Esse relatório definiu o que é desenvolvimento sustentável e defendeu mudanças
nas leis ambientais e na relação homem-meio ambiente.
O Brasil adotou uma postura inclusiva e considerou dispositivos com fortes
diretrizes normativas sobre como a sociedade e o Estado devem agir em relação ao
tema. Essa perspectiva de sustentabilidade vem sendo, aos poucos, incorporada no
sistema jurídico nacional de compras públicas, seja por força de intervenções
legislativas (por exemplo, a Lei 12.349/2010 4 que inseriu o dever de sustentabilidade

2
Sobre o tema, ver “Nosso Futuro Comum / Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento. Disponível em: <https://idoc.pub/queue/relatorio-brundtland-nosso-futuro-comum-
em-portugues-1d47edg6gmn2>. Acesso em 18 de março de 2024.
3
Ambientalita e primeira-ministra da Noruega na ocasião.
4
BRASIL. Lei 12.349, de 15 de dezembro de 2010. Altera as Leis nos 8.666, de 21 de junho de 1993,
8.958, de 20 de dezembro de 1994, e 10.973, de 2 de dezembro de 2004; e revoga o § 1o do art. 2o da
Lei no 11.273, de 6 de fevereiro de 2006.
6

na Lei 8.666/19915) ou de intervenções doutrinárias e jurisprudenciais e de controle


da administração estatal.
Todavia, essa ampliação tanto do dever legal quanto do conhecimento técnico
jurídico sobre o tema sustentabilidade ainda não reflete efetivamente na adoção de
práticas consistentes de aquisições públicas sustentáveis.
A sustentabilidade nas contratações públicas no Brasil é um tópico de
especial relevância , principalmente após a promulgação da nova Lei de Licitações e
Contratos - Lei nº 14.133/20216 que estabeleceu normas gerais de licitação e
contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Importantes, foram as
mudanças trazidas pela nova Lei, que incluiu de forma expressa a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável como um dos principais objetivos das
licitações e contratações públicas. Embora a implementação plena da nova
legislação seja complexa, ela nos trouxe uma importante base de princípios,
ferramentas e instituições que podem permitir progressos substanciais na
implementação da sustentabilidade no domínio dos contratos públicos.
A administração pública tem uma história de esforços para promover práticas
sustentáveis e combater a degradação ambiental. Essas ações fazem parte de um
objetivo maior para garantir que o avanço da sociedade moderna não prejudique o
bem-estar das gerações futuras.
As aquisições governamentais no Brasil são um tópico frequente no setor
público, sendo o tema, objeto de intensas discussões e bem conhecido por sua
complexidade em termos institucionais e organizacionais, bem como pela variedade
de atores envolvidos no processo de implementação, e também pelos mecanismos
de controle elencados nas compras públicas. Além disso, quando se trata de
movimentar uma quantidade significativa de recursos financeiros, é evidente a
complexidade dessa estratégia.

2.1 DIMENSÕES E O PRINCIPIO DA SUSTENTABILIDADE

5
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, institui normas para licitação e contratos […].
6
Nova Lei de Licitações e contratos, promulgada em 01 de abril de 2021.BRASIL. Lei 14.133, de 01
de abril de 2021. Dispõe sobre licitações e contratos. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm?origin=instituicao>. Acesso
em 13 de março de 2024.
7

A sustentabilidade está cada vez mais presente na vida de todos, mesmo que
não percebamos. Isso ocorre porque a sustentabilidade é vista como uma solução
para os problemas ambientais causados pelos humanos em nosso planeta. Assim,
surgem as "dimensões da sustentabilidade", que discutem como a sustentabilidade
se manifesta nas várias formas de interações humanas.
Assim, como paradigma, a sustentabilidade deve ser avaliada com base em
suas várias várias dimensões. Nos ateremos ao conceito multidimensional proposto
por Juarez Freitas em sua obra "Sustentabilidade: direito ao futuro" (2012) 7.
Segundo ele, o desenvolvimento sustentável deve ser compreendido em cinco
dimensões: social, ética, jurídico-política, econômica e ambiental. Freitas avança e
adiciona um novo olhar à teoria consagrada do “triple bottom line” 8, que antes se
concentrava apenas nos aspectos econômico, social e ambiental.
A dimensão social enfatiza a importância de modelos de desenvolvimento que
rejeitem a discriminação, a insensibilidade e a desigualdade, focando em assegurar
o acesso universal a bens e serviços essenciais. Esta perspectiva sublinha a
proteção dos direitos sociais fundamentais e promove um ambiente de trabalho
seguro e saudável. Na dimensão ética, Freitas destaca a interconexão emocional e
natural entre todos os seres humanos, baseada nas teorias de Darwin sobre a
seleção natural de grupos. Esta visão reconhece a solidariedade e a empatia como
obrigações universais, essenciais para a sustentação de uma sociedade coesa e
empática. Economicamente, argumenta que a sustentabilidade requer uma mudança
substancial nos padrões de produção e consumo. Ele defende a adoção de práticas
empresariais e estilos de vida que sejam ambientalmente conscientes e inclusivos,
promovendo uma economia de baixo carbono como essencial para reduzir as
emissões de gases de efeito estufa e fomentar o uso de energias renováveis e
tecnologias limpas. Além disso, ele propõe a necessidade de novos indicadores
econômicos que vão além do PIB para refletir melhor a saúde econômica, social e
ambiental das sociedades.
Continuando, Freitas9 nos traz que para medir o progresso em direção a uma
economia mais sustentável, é preciso ir além do PIB. O bem-estar duradouro deve
7
Vide: Freitas, Juarez Sustentabilidade: direito ao futuro. 2ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012, pag. 58
a 71.
8
Sobre o tema ver “MILLER, Kelsey. The Triple Bottom Line: What It Is & Why It’s Important. Harvard
Business School Online, 08 dez. 2020”. Disponível em: <https://online.hbs.edu/blog/post/what-is-the-
triple-bottom-line> . Acesso em: 24 de março de 2024.
9
Vide: Freitas, Juarez Sustentabilidade: direito ao futuro. 2ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012, pag. 52
a 54.
8

estar intrinsecamente ligado à sustentabilidade, especialmente em relação às


vulnerabilidades sociais e às mudanças climáticas. Como indicador econômico, o
PIB deve ser lido com cuidado. Ao longo do tempo, novos indicadores que levam em
consideração os vários aspectos da sustentabilidade devem ser introduzidos (ou, na
pior das hipóteses, servirem de contraponto a ele) em resposta aos grandes
desafios trazidos pelas mudanças climáticas, que incluem falhas de mercado (que
desafiam a revisão da teoria das externalidades) e crassas injustiças ambientais.
Uma vez mais, é importante ressaltar que a sustentabilidade deve ser definida,
condicionada e infundida em relação ao desenvolvimento, nunca o contrário.
Com relação à dimensão jurídico-política, Freitas 10 nos traz que a
sustentabilidade garante a tutela jurídica do direito ao futuro, sem depender de
regulamentação. Portanto, é dever constitucional proteger a liberdade de todos os
cidadãos (quer sejam cidadãos ambientais ou ecológicos) neste estado, no processo
de estabelecimento intersubjetivo dos direitos e deveres fundamentais das gerações
presentes e futuras. Como princípio jurídico, a sustentabilidade muda a perspectiva
do direito em geral, incorporando a condição normativa de um tipo de
desenvolvimento para o qual todos os esforços devem convergir obrigatoriamente.
For fim, conclui Freitas11: uma dialética responsável da sustentabilidade
envolve dimensões como ética, jurídico-política, ambiental, social e econômica.
Essas dimensões se interconectam como uma amálgama, que não pode ser
rompida sem causar danos irreparáveis. Como pode ser observado, não se trata
apenas de uma coleção de características dispersas; é uma combinação de
elementos que são essenciais para a compreensão dos desafios do século XXI e de
forma indissociável, não podem ser desconsideradas como base estruturante do
desenvolvimento.

2.2 COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS

As compras públicas sustentáveis (CPS)12 são valiosas ao permitir que o


Estado demonstre seu poder e liderança nos âmbitos social, econômico e ambiental,
10
Ibid., p.67 e 71..
11
Ibid., p.71.
12
Sobre o tema ver Tribunal de Contas da União (TCU) e “MOURA, Adriana Maria Magalhães de. As
compras públicas sustentáveis e sua evolução no Brasil. Boletim Regional, Urbano e Ambiental -
Artigos, [Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)]”, 2019. Disponível em:
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5584/1/BRU_n07_compras.pdf>. Acesso em 19 de
março de 2024.
9

ao promover políticas que estimulem o desenvolvimento sustentável. Isso se


enquadra no amplo tema de produção e consumo sustentável.
As aquisições públicas não mais se concentram apenas na esfera econômica.
Em vez disso, elas têm auferido destaque com a introdução da noção de compras
públicas sustentáveis (CPS) e variáveis integrando critérios econômicos, sociais e
ambientais nos processos licitatórios. As CPS obtiveram significativo impulso com as
mudanças na legislação brasileira, culminando com a Lei Federal 14.133/2021, que
não apenas incentiva, como estatui no ordenamento legal, a inovação e o
desenvolvimento nacional sustentável nas aquisições públicas.
Como o grande consumidor, o setor público ocupa uma posição invejável para
estabelecer escalabilidade e balizar o mercado nos mais diversos quesitos. O
governo fornece aos produtores e fornecedores um mercado estável e constante ao
sinalizar o aumento da demanda por produtos específicos. Ao demandar produtos e
serviços sustentáveis, o Governo têm a possibilidade de usar as aquisições públicas
como ferramentas para promover políticas públicas voltadas para o desenvolvimento
sustentável, impondo pelo exemplo, um direcionamento à sociedade.
Prosseguindo, importa comentar os aspectos legais das CPS. Além dos casos
estabelecidos no Art. 37 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), o processo de
aquisições na administração pública era regido de acordo com a Lei 8.666/1993. Em
2021, visando atender às novas demandas dos órgãos públicos, foi promulgada uma
nova lei de licitações, a Lei Federal 14.133/2021, que introduziu novos elementos no
processo de compras públicas. A Lei em seu Art. 11 estabelece os seguintes
objetivos que devem fazer parte do processo de licitação nas aquisições públicas:

I - assegurar a seleção da proposta apta a gerar o resultado de


contratação mais vantajoso para a Administração Pública,
inclusive no que se refere ao ciclo de vida do objeto; II - assegurar
tratamento isonômico entre os licitantes, bem como a justa
competição; III - evitar contratações com sobrepreço ou com preços
manifestamente inexequíveis e superfaturamento na execução dos
contratos; e IV - incentivar a inovação e o desenvolvimento
nacional sustentável (BRASIL, 2021, grifo nosso).

É relevante observar que a nova lei incorpora em seus objetivos que as


compras públicas devem incentivar a inovação e o desenvolvimento nacional
sustentável, ou seja, tem-se a preocupação da aquisição de produtos e serviços que
sejam sustentável e que contribuam para que o país possa atender os objetivos do
10

desenvolvimento sustentável. Com essa mesma compreensão, a Lei 12.305/2010 no


qual instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos em seu Art. 6 que versa sob os
princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos destaca que:

“V - a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a


preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as
necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto
ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo,
equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta” (BRASIL,
2010).

No Art. 11 parágrafo único, a Lei 14.133/2021 destaca que:

Parágrafo único. A alta administração do órgão ou entidade é responsável


pela governança das contratações e deve implementar processos e
estruturas, inclusive de gestão de riscos e controles internos, para avaliar,
direcionar e monitorar os processos licitatórios e os respectivos contratos,
com o intuito de alcançar os objetivos estabelecidos no caput deste artigo,
promover um ambiente íntegro e confiável, assegurar o alinhamento das
contratações ao planejamento estratégico e às leis orçamentárias e
promover eficiência, efetividade e eficácia em suas contratações (BRASIL,
2021)

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU) 13, as compras públicas


são cruciais para equilibrar o desenvolvimento econômico, a proteção ambiental e a
inclusão social. Ao estabelecer critérios de sustentabilidade, o governo promove uma
economia mais verde e incentiva a indústria local a adotar práticas mais sustentáveis
e novas ideias.
Dado a relevância econômica dessas compras que representam 9,2% do PIB,
conforme indicado pelos dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA)14 , configura-se a capacidade significativa do governo de moldar o mercado
através de suas escolhas de aquisição, demonstrando o impacto direto que as
políticas de compras públicas podem ter na economia nacional e na promoção de
um desenvolvimento sustentável. Como consumidor bastante ativo do mercado, o
Estado é importante para a criação de critérios de sustentabilidade nos certames
licitatórios, compatíveis com as premissas do desenvolvimento sustentável.

13
Tribunal de Contas da União. Compras públicas sustentáveis. Disponível em:
<https://sites.tcu.gov.br/compras-publicas-sustentaveis/o-que-sao-compras-publicas-
sustentaveis.html>. Acesso em: 24 de mar. de 2024.
14
Vide em: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA. Compras públicas: uma análise sobre a
conformidade das aquisições governamentais. 2022. p. 15. Disponível em:
<https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/12262/1/218187_LV_Compras
%20publicas_Cap01.pdf>. Acesso em:15 de mar. de 2024.
11

Portanto, as compras públicas sustentáveis no Brasil são práticas


integradas, acopladas às políticas de aquisições governamentais para promover um
desenvolvimento responsável e sustentável. O estamento legal disponível, como a
Lei nº 8.666/1993, a Lei nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), e a
recente Lei nº 14.133/2021, são fundamentais para estruturar e incentivar tais
práticas dentro do marco regulatório brasileiro.

3. LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS NA LEI N° 14.133/2021

3.1 IMPACTOS DA NOVA LEI PARA O APERFEIÇOAMENTO DA


SUSTENTABILIDADE NAS CONTRATAÇÕES PÚBLICAS;

3.2.O ESTADO E AS FUNÇÕES REGULATÓRIAS NAS COMPRAS PÚBLICAS


SUSTENTÁVEIS (CPS);

7 REFERÊNCIAS

ALENCASTRO, Maria Alice Cruz; DA SILVA, Edson Vicente; LOPES, Ana Maria
D’Ávila. Contratações sustentáveis na administração pública brasileira: a experiência
do Poder Executivo federal. Revista de Administração Pública, v. 48, n. 1, p. 207-
236, 2014. Disponível em:<
https://www.scielo.br/j/rap/a/569WywjGqbKtyFnZnwd9njs/?format=pdf>. Acesso em:
12 de março de 2024.

AMORIM, Victor. “Modalidades e Rito Procedimental da Licitação”. In: DI PIETRO,


Maria Sylvia Zanella. Licitações e contratos administrativos: inovações da Lei
14.133/21. 1ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021.

ANDRADE, Ricardo Barretto de; ROST, Maria Augusta. Uma travessia pela nova Lei
de Licitações e Contratos Administrativos. Revista Consultor Jurídico, 26 abr. 2021.
Disponível em:< https://www.cnj.jus.br/corregedoria/justica_aberta/?>. Acesso em:
24 de março de 2024.

BOSIO, Erica; DJANKOV, Simeon. How large public procurement. Development


Talk, Banco Mundial, 05 fev. 2020. Disponível em:
<https://blogs.worldbank.org/en/developmenttalk/how-large-public-procurement>.
Acesso em: 21 mar. 2024.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Presidência da


República, 1988. Disponível em:
12

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 12


de março de 2024.

BRASIL. Consultoria-Geral da União – CGU/AGU1. Guia Nacional de Contratações


Sustentáveis. Setembro de 2023. Disponível em:
https://www.gov.br/agu/pt-br/composicao/cgu/cgu/guias/guia-de-contratacoes-
sustentaveis-set-2023.pdf. Acesso em: 24 mar. 2024.

BRASIL. Lei 12.349, de 15 de dezembro de 2010. Altera as Leis nos 8.666, de 21 de


junho de 1993, 8.958, de 20 de dezembro de 1994, e 10.973, de 2 de dezembro de
2004; e revoga o § 1o do art. 2o da Lei no 11.273, de 6 de fevereiro de 2006.
Disponivel em :
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12349.htm>. Acesso
em 16 de março de 2024.

BRASIL. Lei 14.133, de 01 de abril de 2021. Dispõe sobre licitações e contratos.


Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm?
origin=instituicao>. Acesso em 13 de março de 2024.

BRASIL. Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Institui, no âmbito da União,


Estados, Distrito Federal e Municípios, a modalidade de licitação denominada
pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências.
Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10520.htm>.
Acesso em 24 de março de 2024.

BRASIL. Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011. Institui o Regime Diferenciado de


Contratações Públicas – RDC […]. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12462.htm>. Acesso
em 14 mar. 2024.

BRASIL. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos


Administrativos. Presidência da República, 2021. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm>. Acesso
em: 13 de março de 2024.

BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI,
da Constituição Federal, institui normas para licitação e contratos […]. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm>. Acesso em : 12 mar.
2024.

BRASIL.Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA. Compras públicas: uma


análise sobre a conformidade das aquisições governamentais. 2022. p. 15.
Disponível em:
<https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/12262/1/218187_LV_Compras
%20publicas_Cap01.pdf>. Acesso em:15 de mar. de 2024.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instrução Normativa nº


01 de 19 de janeiro de 2010. Disponível em:
13

<https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/instrucoes-
normativas/instrucao-normativa-no-01-de-19-de-janeiro-de-2010>. Acesso em 20
mar. 2024.

BRASIL.Tribunal de Contas da União. Compras públicas sustentáveis. Disponível


em: <https://sites.tcu.gov.br/compras-publicas-sustentaveis/o-que-sao-compras-
publicas-sustentaveis.html>. Acesso em: 24 de mar. de 2024.

BURMANN, Alexandre; DE BRITO, Felipe Pires M. Desenvolvimento nacional


sustentável e aspectos ambientais na Lei de Licitações. Consultor Jurídico, 15 de
abril de 2021. Disponível em:< https://www.conjur.com.br/2021-abr-15/burmann-
brito-aspectos-ambientais-lei-licitacoes/>. Acesso em: 15 de março de 2024.

CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO – CGU/AGU1. Guia Nacional de Contratações


Sustentáveis. Setembro de 2023. Disponível em:
<https://www.gov.br/agu/pt-br/composicao/cgu/cgu/guias/guia-de-contratacoes-
sustentaveis-set-2023.pdf>. Acesso em: 24 de março de 2024.

CRISTÓVAM, José Sérgio da Silva; SCHNEIDER, Nicolle Gomes. A contratação


sustentável na Lei nº 14.133/2021. Jus.com.br, 22 jan. 2024. Disponível em:
<https://jus.com.br/artigos/99612/a-contratacao-sustentavel-na-lei-n-14-133-2021-
aspectos-destacados>. Acesso em:16 de março de 2024.

CRUZ, Paulo; BODNAR, Zenildo. Globalização, transnacionalidade e


sustentabilidade. Itajaí: UNIVALI, 2012.

FERRER, Gabriel Real; GLASENAPP, Maikon Cristiano; CRUZ, Paulo Márcio.


Sustentabilidade: um novo paradigma para o direito1. Revista Novos Estudos
Jurídicos , Vol. 19, n. 4, Edição Especial 2014. Disponível em: <
https://core.ac.uk/download/pdf/78636484.pdf>. Acesso em: 24 de março de 2024.

FILER, Tanya. How governments can turn procurement into a climate innovation
tool. Brookings, 16 set. 2021. Disponível em: https://www.brookings.edu/articles/how-
governments-can-turn-procurement-into-a-climate-innovation-tool/. Acesso em: 21
abr. 2024.

FREITAS, Juarez. Sustentabilidade: direito ao futuro. 2 ª ed. Belo Horizonte: Fórum,


2012.

FURTADO, Madeline Rocha; et al. A Nova Lei de Licitações e Contratos


Administrativos. 1. ed. Vila Velha: Consultre, 2021.

GLASENAPP, Maikon Cristiano; CRUZ, Paulo Márcio. Estado e Sociedade nos


espaços de governança ambiental transnacional. Revista de Direito Econômico e
Socioambiental, Curitiba, v. 2, n. 1, p. 63-81, jan./jun. 2011. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/318872783_Estado_e_sociedade_nos_es
pacos_de_governanca_ambiental_transnacional>. Acesso em: 24 mar. 2024

GRAU, Eros. A ordem econômica na Constituição de 1988. 8 ed. rev. atual. São
Paulo: Malheiros, 2003.
14

JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 10. ed. rev. atual. e ampl.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.

MACHADO, Gabriela de Ávila. Considerações sobre a nova lei de licitações.


CONJUR – Consultor Jurídico, 2021. Disponível em: https:
//www.conjur.com.br/2021-abr-25/gabriela-machado-consideracoes – lei licitações.
Acesso em: 30 de mar de 2023

MENDES, Jefferson Marcel Gross. Dimensões da Sustentabilidade. Disponível em:


https://unisantacruz.edu.br/v4/download/revista-academica/13/cap5.pdf. Acesso em:
25 mar. 2024.

MILLER, Kelsey. The Triple Bottom Line: What It Is & Why It’s Important. Harvard
Business School Online, 08 dez. 2020. Disponível em:
<https://online.hbs.edu/blog/post/what-is-the-triple-bottom-line> . Acesso em: 24 de
março de 2024.

MOURA, Adriana Maria Magalhães de. As compras públicas sustentáveis e sua


evolução no Brasil. Boletim Regional, Urbano e Ambiental - Artigos, [Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)], 2019. Disponível em:
<https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5584/1/BRU_n07_compras.pdf>.
Acesso em 19 de mar. de 2024.

NIEBUHR, Joel de Menezes; NIEBUHR, Pedro de Menezes. Licitações e Contratos


das Estatais. Belo Horizonte: Ed.Fórum, 2018.
OLIVEIRA, Rafael. Licitações e Contratos Administrativos: Teoria e Prática. 7ª Ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2018.

PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito administrativo. 33. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2020. 1985 p.

RAUEN, André Tortato (Org.). Compras públicas para inovação no Brasil: novas
possibilidades legais. Brasília: IPEA, 2022. 531 p. il., gráfs., color. Disponível em:
<https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/11623/16/Compras_publicas_para_i
novacao_no_Brasil.pdf>.Acesso 20 de mar. 2024.

REK, Marcos. Os Princípios Constitucionais da Administração Pública e os


aplicáveis às licitações. Conteúdo Jurídico, 2014. Disponível em
http://www.conteudojuridico.com.br/ consulta/ Artigos/ 38450/ os – principios
constitucionais-da-administracao-publica-e-os-aplicaveis-as-licitacoes. Acesso em
15 de mar. de 2024.

RIBEIRO, C. G.; JÚNIOR, E. I. O mercado de compras governamentais brasileiro


(2006-2017): mensuração e análise. Texto para discussão. Brasília; Rio de Janeiro:
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2019. Disponível em:
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/9315/1/td_2476.pdf Acesso em: 23 de
março de 2024.

RODRIGUES DA SILVA, Caroline. A sustentabilidade na nova lei de licitações como


15

princípio e objetivo: um breve estudo a partir de sua base histórica, ONLL –


Observatório da nova lei de licitações, 2022. Disponível em:
<https://www.novaleilicitacao.com.br/2020/08/05/a-sustentabilidade-na-nova-lei-de-
licitações-como-principio-e-objetivo-um-breve-estudo-a-partir-de-sua-base
historica/>. Acesso em 05 de março de 2024.

SILVA,Marco Aurélio P. Da; SOUZA, Fabricia S. de. Licitações Sustentáveis: O


tratamento da sustentabilidade na nova lei de licitações e contratos administrativos.
Disponível em: <https://revistaft.com.br/licitacoes-sustentaveis-o-tratamento-da-
sustentabilidade-na-nova-lei-de-licitacoes-e-contratos-administrativos/>. Acesso em:
25 mar. 2024.

SOUZA,Fabricia Silva de ; SILVA, Marco Aurélio P.da. Licitações sustentáveis: o


tratamento da sustentabilidade na nova lei de licitações e contratos administrativos.
RevistaFT, Rio de Janeiro, Volume 28, número 128, Novembro de 2023. Disponível
em: <https://revistaft.com.br/licitacoes-sustentaveis-o-tratamento-da-
sustentabilidade-na-nova-lei-de-licitacoes-e-contratos-administrativos/>. Acesso em:
16 de março de 2024.

Você também pode gostar