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Material Teórico
O Meio Ambiente na Constituição Federal de 1988
Revisão Textual:
Profa. Ms. Rosemary Toffoli
O Meio Ambiente na Constituição Federal de 1988
• A Constituição de 1988
• Saúde
• Ministério Público
• Indígenas
Ao fazer a leitura do texto, procure anotar os pontos que considere mais importantes e anote
também as suas dúvidas, pois o tema é fundamental para a aplicação do Direito Ambiental.
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
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Unidade: O Meio Ambiente na Constituição Federal de 1988
Contextualização
A Função social da propriedade tem estreita relação com a função ambiental. A Constituição
Federal prevê essa proteção de forma ampla.
Ou seja, hoje as limitações ao Direito de Propriedade são de ordem socioambiental.
Ordem Econômica: o legislador constituinte reconhece a importância e protege a iniciativa
econômica, mas esta deve estar em harmonia com a proteção do meio ambiente, e não visar,
exclusivamente, ao lucro!!
A Constituição também protege os indígenas e suas tradições!
Foi fundamental no desenvolvimento da proteção ambiental as disposições constitucionais
sobre o meio ambiente. O respeito à Constituição, à proteção dos bens ambientais, às
competências ambientais farão toda a diferença agora e no futuro.
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1. A Constituição de 1988
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Unidade: O Meio Ambiente na Constituição Federal de 1988
Percebemos que as disposições nos parágrafos do artigo 225 têm por objetivo dar efetividade ao
previsto no caput, ou seja, que todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.O
caput do art. 225 representou uma verdadeira mudança de paradigmas no ordenamento jurídico
brasileiro, uma vez que erigiu o meio ambiente a condição de patrimônio público e de proteção
especial. Além disso, a norma constitucional também especificou essa proteção.
Os “bens de uso comum” não compreendem apenas os bens públicos, mas também os bens de
domínio privado, pois é possível a fixação de obrigações a serem cumpridas por seus proprietários.
Todas as pessoas têm o dever de envidar esforços para a proteção do meio ambiente.
Ninguém tem o direito de, deliberadamente, causar dano ao meio ambiente, pois isso caracterizaria
a agressão a um bem que pertence a todos. O Poder Público tem um papel importante nesse processo
e dele devem ser cobradas ações condizentes com os dispositivos constitucionais.
O direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado é indisponível e tem a natureza de
direito público subjetivo, ou seja, pode ser exercido inclusive em face do próprio Poder Público,
pois a ele também incumbe a tarefa de protegê-lo.O mesmo dever imposto ao Poder Público se
estende também a todos os cidadãos.
No aspecto econômico, até pouco tempo atrás a ideia era de que as preocupações com
o meio ambiente apenas criariam obstáculos ao crescimento econômico, e não poderiam ser
maiores que o desenvolvimento econômico e industrial dos países em desenvolvimento.A
prioridade era a aceleração do crescimento econômico.O respeito ao meio ambiente geraria
custos desnecessários, o que tornava a degradação ambiental uma opção econômica.
A nova sistemática ambiental trazida pela Constituição Federal não se restringe ao artigo 225,
havendo outros dispositivos constitucionais sobre a matéria. O Título VII, que trata da Ordem
Econômica e Financeira, traz em seu artigo 170, o seguinte:
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“Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano
e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos a existência digna, conforme
os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
(...)
VI – defesa do meio ambiente.
Parágrafo único: é assegurado a todos livre exercício de qualquer atividade
econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo
nos casos previstos em lei” (grifo nosso)
Percebe-se portanto que o meio ambiente interfere na livre iniciativa, e não poderia ser
diferente, nos termos da nova ordem constitucional.Muitas atividades comerciais e industriais
precisam de licença ambiental para funcionar1, justamente para que o meio ambiente seja
protegido de eventuais atividades danosas.
A disposição constitucional sobre a ordem econômica e o respeito ao meio ambiente é tão
séria que a própria Constituição estipulou a possibilidade de desconsideração da pessoa jurídica,
como verificamos no art. 173,§ 5º:
Um dos princípios da ordem econômica é a defesa do meio ambiente (art. 170,VI,CF)2. Assim, quem
lesa o meio ambiente, viola o disposto no art. 170, e se sujeita as sanções previstas no artigo 173, § 5º.
O desenvolvimento econômico deve ser capaz de assegurar a todos os membros da sociedade
uma existência digna, e esta existência digna está irreversivelmente ligada à preservação do meio
ambiente, pois sem essa preservação a continuidade da vida em nosso planeta estará comprometida.
A propriedade é um direito real, que possibilita o uso, gozo e disposição da coisa, permitindo
ao proprietário, o direito de retirá-la de alguém que a detenha injustamente. O art. 5º da CF/88
garante a propriedade privada, atendida a sua função social. Essa determinação indica uma
evolução ocorrida no que se refere ao conceito de propriedade que, de exercício pleno e absoluto,
passou a a ter relação direta com a sociedade, de forma a compartilhar benefícios e não prejudicar
terceiros. A função social, e agora também, a função ambiental, adicionadas ao interesse privado
que reveste a propriedade, explicita o interesse público incorporado ao seu conteúdo.
1 Art. 10 da Lei 6938/81
2 MORAES, Luis Carlos Silva de. Curso de Direito Ambiental. São Paulo: Atlas,2006.p.37.
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Unidade: O Meio Ambiente na Constituição Federal de 1988
A propriedade, sob a égide da função social, passa a ter sentido jurídico apenas quando
submetida a valores sociais norteadores de uma ordem pública humanista ou social, como é o
caso da proteção dos recursos ambientais. Dessa forma, o art. 186, contido no capítulo referente
à Política Agrícola e Fundiária, dispõe expressamente que a função social é cumprida quando a
propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos
em lei, a requisitos dentre os quais “a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a
preservação do meio ambiente3.
O Código Civil determina, no par. 1º do art. 1228, que “O direito de propriedade deve ser
exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam
preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas
naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição
do ar e das águas”.Fica clara a imposição de uma restrição ao exercício do outrora absoluto
direito real de propriedade, com a finalidade de proteger valores como o meio ambiente e o
desenvolvimento socioeconômico.
4. Saúde
5. Ministério Público
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coletividade, quando da instauração do Inquérito Civil e da propositura da Ação Civil Pública;
além de atuar repressivamente e punitivamente, por meio da Ação Penal Pública em defesa
do meio ambiente. O Ministério Público está apto para exercer a proteção do meio ambiente,
porquanto possui estrutura funcional independente e Promotores de Justiça capacitados a
exercer o Direito nas questões pertinentes a defesa ambiental.
O artigo 129 da CF destaca as funções institucionais do Ministério Público.
6. Indígenas
A Constituição Federal destinou um capítulo aos indígenas, onde reconhece sua organização
social e cultural em geral, as diferenças culturais indígenas, assegura aos índios o direito de
manter íntegras a sua cultura e identidade, e coloca como dever do Estado a sua manutenção
e proteção (art.231). Dá ainda legitimidade processual para defender seus direitos (art.232), ao
dizer que os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em
juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o MP em todos os atos do processo.
De acordo com o art.129, V, CF cabe ao MP defender judicialmente os direitos e interesses das
populações indígenas.
O Estatuto do Índio (Lei 6.001/73), que está em revisão no Congresso Nacional, é o diploma
jurídico mais importante sobre as populações indígenas no Brasil. Segundo dispõe o seu artigo
3º, índio ou silvícola “é todo indivíduo de origem e ascendência pré-colombiana, que se identifica
e é identificada como pertencente a um grupo étnico cujas características culturais o distinguem
da sociedade nacional”.
Os indígenas são tutelados pelo Poder Público em todas as suas esferas (art. 7º, Lei 6001/73)
que deve protegê-lo, bem como as comunidades indígenas preservando seus direitos. O órgão
que tutela os interesses indígenas é a FUNAI.
Nos termos do art.232, CF: Os índios, suas comunidades e organizações são partes
legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o MP
em todos os atos do processo4.
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Se houver conflito entre normas federais e estaduais, sendo suplementar a competência
estadual, a maior parte da doutrina tem entendido que prevalecem as regras da União, desde
que o conteúdo da norma seja efetivamente geral. Entretanto, sendo definidos pela Constituição
os limites para a atuação de cada um dos entes federativos, a edição de normas com conteúdo
de norma geral pelos Estados, havendo norma Federal, ou ainda, a edição de normas
específicas pela União, representam verdadeira invasão de competência, tornando
a norma legal inconstitucional6.
Assim, ocorrendo o conflito entre a lei federal e a estadual editadas sob o regime de competência
concorrente, este será resolvido, via de regra, por meio de controle de constitucionalidade.
O artigo 24 da CF não atribuiu competência para que os Municípios possam legislar sobre as
matérias lá elencadas.Porém, o artigo 30, em seus incisos I e II, permitem que os Munícipios legislem
sobre matéria ambiental específica, de interesse local, sendo essa competência suplementar.
Como trata-se de questão ambiental, não se pode olvidar que o aspecto suplementar se
refere exclusivamente ao caráter mais restritivo da norma municipal, não se admitindo aquela
que contrarie ou adultere o objetivo e o conteúdo das normas federais e estaduais, pois a
majoração da competência municipal poderia implicar no sacrifício da preservação e defesa
do meio ambiente, constitucionalmente previstos. Isso acontece porque o critério fundamental
para a solução de conflitos normativos ambientais entre os diferentes entes federativos é o que
garante a preponderância da norma que melhor defenda o direito fundamental protegido, por
se tratar de preceito constitucional imposto à ordem jurídica geral.
6 Idem,p.39
7 SIRVINSKAS,Luis Paulo.Manual de Direito Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2008.p.114
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Unidade: O Meio Ambiente na Constituição Federal de 1988
A competência atribuída pelo art. 23 da CF não envolve o poder de legislar. Assim, para
executar tal competência, deve-se observar as leis já editadas para a implementação das políticas
públicas ambientais. A cooperação entre os entes federados está prevista no parágrafo único do
artigo 23 da CF, e será disciplinada por lei complementar, que até o momento não foi criada.
Para que haja efetividade ás matérias divididas entre os entes da Federação, basta o exercício
do poder de polícia ambiental, próprio de cada uma das entidades públicas, sem o qual não
haveria viabilidade para o exercício da competência material.
No caso de haver interesse local, a entidade pública municipal tem competência exclusiva,
desde que não haja previsão expressa nos dispositivos constitucionais atribuindo a competência
às demais entidades.
A Constituição não se ateve exclusivamente ao artigo 225 para dispor sobre matéria
ambiental. Muitos outros artigos trazem várias disposições ligadas ao meio ambiente direta ou
indiretamente, e é muito importante conhecer esses dispositivos.
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V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;”. (grifos
nossos)
Art. 23
“É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
(...)III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens
de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais
e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração
social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de
recursos hídricos e minerais em seus territórios;” (grifos nossos)
Art. 24
“Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;” (grifos nossos)
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Art. 26
“Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas,
neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas
sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;” (grifos nossos)
Art.91, § 1º,III
“O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos
assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele
participam como membros natos:
(...) § 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
(...)III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança
do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira
e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer
tipo;”(grifos nossos)
Art. 129, III
“São funções institucionais do Ministério Público:
(...)III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;” (grifo nosso)
Art. 170, VI
“A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem
por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados
os seguintes princípios:
(...)VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;”
(grifo nosso)
Art.173, § 5º
“Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
(...)§ 5º - A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica,
estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua
natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia
popular.” (grifo nosso)
Art. 174, § 3º
“Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o
setor público e indicativo para o setor privado.
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§ 3º - O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando
em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.”
(grifos nossos)
Art. 186, II
“A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo
critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
(...)II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio
ambiente;” (grifo nosso)
Art. 200, VIII
“Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei
(...)VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.” (grifo
nosso)
Art.216, V
“Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória
dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
(...)V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.” (grifo nosso)
Art.220, § 3º,II
“A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma,
processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 3º - Compete à lei federal:
(...)II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se
defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto
no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser
nocivos à saúde e ao meio ambiente.”(grifo nosso)
Art.231, §1º
“. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições,
e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União
demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação
dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física
e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.” (grifo nosso)
8.2 Referências indiretas da Constituição ao meio ambiente
Art.21
“Compete à União:
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de
outorga de direitos de seu uso;
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diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.”(grifo nosso)
Art.196
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” (grifo nosso)
Percebemos que as disposições constitucionais sobre o meio ambiente são muitas, o que
reforça a importância do Direito Ambiental na atualidade.
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Material Complementar
A Constituição Federal é a lei mais importante do nosso ordenamento jurídico. Dessa forma,
seus dispositivos acerca do meio ambiente são essenciais para um bom entendimento e aplicação
do Direito ambiental, sob todos os aspectos. Leia o texto indicado e assista ao vídeo sugerido e
aproveite bastante seus estudos.
1. Direito Constitucional Ambiental: o art. 225 da CF – Prof. Rodrigo Mesquita,
na TV Justiça - http://youtu.be/pFkFXYdadxk.
2. Direito constitucional ambiental, por Dayse Braga Martins – artigo do Jus Navigandi
- http://jus.com.br/artigos/2116/direito-constitucional-ambiental.
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Referências
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito Ambiental. 2ª Ed. , São Paulo: Atlas,2011.
GRIZZI, Ana Luci Limonta Esteves. Direito Ambiental Aplicado aos contratos.São Paulo:
Verbo Jurídico, 2008.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 34. ed. São Paulo: Malheiros, 2008
SILVA, Jose Afonso. Direito Ambiental Constitucional. 8. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2010.
SIRVINSKAS, Luis Paulo. Manual de Direito Ambiental. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
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Anotações
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