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e do Adolescente
Material Teórico
Conselho Tutelar e Acesso à Justiça
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Conselho Tutelar e Acesso à Justiça
• Conselho Tutelar;
• Acesso à Justiça.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Estudar as estruturas utilizadas pelo Estatuto da Criança e do Ado-
lescente para tornar realidade os seus diversos preceitos. Não basta
que a norma crie direitos e obrigações, é necessário que ela esta-
beleça quais são as pessoas e os Órgãos Públicos que devem atuar
para que os comandos da Lei façam parte de nosso dia a dia. Nesse
contexto, o Estatuto da Criança e do Adolescente criou os Conselhos
Tutelares e os Juizados da Infância e da Juventude, que são impor-
tantes estruturas que atuam em várias situações em que os direitos
das crianças e dos adolescentes estão em risco ou que, efetivamente,
estão sendo lesados. Dentro do Sistema de Proteção Integral, tam-
bém criado pelo Estatuto, faz-se necessário que a sociedade conheça
essas estruturas e saiba qual é a missão delas, pois, assim, estaremos
contribuindo para que a Lei se torne uma verdadeira realidade.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Conselho Tutelar e Acesso à Justiça
Conselho Tutelar
Considerações Iniciais
O Conselho Tutelar é um importante órgão criado pelo Estatuto da Criança e
do Adolescente, pois participa ativamente do sistema de proteção integral criado
por essa norma.
O Estatuto apresenta esse Órgão em seu Artigo 131, cuja redação é a seguinte:
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Lei municipal ou distrital deve dispor sobre o local, o dia e o horário de funcio-
namento do Conselho Tutelar, bem como sobre a remuneração dos respectivos
membros (Artigo 134 do ECA).
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Estatuto da Criança e do Adolescente
Para que alguém concorra a uma das vagas no Conselho Tutelar, deve atender
aos seguintes requisitos:
• Possuir reconhecida idoneidade moral;
• Ter idade superior a 21 anos;
• Residir no município em que pretende atuar:
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Atribuições
As principais atribuições do Conselho Tutelar estão descritas no Artigo 136 do ECA:
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1 Como as eleições para Presidente da República ocorrem a cada quatro anos, temos que elas se darão em 2018,
2022, 2026, e assim por diante. Dessa forma, o processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá no
primeiro domingo de outubro dos anos subsequentes a esses, ou seja, em 2019, 2023, 2017, e assim por diante.
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b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento
injustificado de suas deliberações.
Acesso à Justiça
Dentro do seu foco de proteger as crianças e os adolescentes de práticas que
possam afetar o exercício de seus direitos, estabelece o Estatuto a garantia de pleno
acesso desses destinatários aos seguintes órgãos:
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• Defensoria Pública;
• Ministério Público;
• Poder Judiciário:
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Outra forma encontrada pela Estatuto para facilitar esse acesso à Justiça foi a
de isentar de custas e emolumentos as Ações Judiciais de competência da Justiça
da Infância e da Juventude, exceto quando ficar caracterizada a chamada litigância
de má-fé2:
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2 As situações em que está caracterizada a litigância de má-fé estão descritas no Artigo 80 do Código de Processo Civil.
São diversas hipóteses que buscam identificar situações em que as partes utilizam o processo para tentar alcançar
objetivos ilícitos ou buscam indevidamente turbar o exercício de um direito por meio do processo, particularmente,
postergando-o sem qualquer fundamento.
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Curador especial
Em uma ação judicial, o Juiz da Infância e da Juventude pode nomear um curador
especial para a criança ou o adolescente sempre que:
• Seus interesses colidirem com os de seus pais ou responsáveis;
• Ele necessitar de representação ou assistência, ainda que de forma eventual:
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Vedação de divulgação
Uma medida que com frequência observamos em nosso dia a dia, particularmente,
ao assistirmos o noticiário, refere-se à total impossibilidade de se divulgar a autoria
de atos infracionais praticados por crianças ou adolescentes.
Nesse caso, essa expedição somente poderá ocorrer por decisão judicial, desde
que demonstrado o interesse e justificada a finalidade:
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V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de
atendimento, aplicando as medidas cabíveis;
c) boate ou congêneres;
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b) certames de beleza.
b) as peculiaridades locais;
f) a natureza do espetáculo.
Juiz
Na estrutura das Varas da Infância e Juventude, o juiz é uma das mais desta-
cadas figuras:
Estatuto da Criança e do Adolescente
Assim:
• O processo deve ser proposto na Comarca de domicílio dos pais ou responsáveis;
• Se não se souber o local em que estão os pais ou os responsáveis, o processo
deve ser proposto na Comarca em que se encontra a criança ou o adolescente;
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• Contudo, no caso da prática de atos infracionais3, o processo deve ser proposto
onde ocorreu a conduta a ser apurada.
Há, também, na Legislação, uma regra específica para casos em que uma infra-
ção à Legislação protetiva tenha sido praticada por meio de transmissão simultânea
de Rádio ou Televisão que tenha atingido mais de uma Comarca.
Nesse caso, o processo deve ser proposto na sede estadual da Emissora ou Rede,
sendo que a decisão tem eficácia para todas as transmissoras ou retransmissoras
situadas no Estado em que o processo tramitou – §3º do Artigo 147 do Estatuto.
Serviços auxiliares
O trato das questões jurídicas afeta às crianças e aos adolescentes e, na maioria
dos casos, necessita de um importante apoio de profissionais de outras áreas, pois
eles podem contribuir de maneira substancial para que haja uma melhor decisão
do juiz.
Com esse foco, prevê o Estatuto nos seus Artigos 150 e 151 a necessidade de
que sejam criadas Equipes Interprofissionais para assessorar a Justiça da Infância
e da Juventude.
Ministério Público
O Estatuto da Criança e do Adolescente reservou ao Ministério Público (repre-
sentado pelos Promotores de Justiça, em primeira instância) importantes atribui-
ções, sendo que as principais estão descritas em seu Artigo 201.
3 Atos infracionais são condutas, praticadas por adolescentes, previstas na legislação penal como crimes ou
contravenções penais. É o caso de um adolescente que pratica, mediante violência ou grave ameaça, a subtração de
coisa alheia móvel (por exemplo, um relógio) - essa conduta é descrita no Código Penal (art. 157) como sendo o crime
de roubo. Como foi praticada por um adolescente, será a questão tratada no Estatuto da Criança e do Adolescente
como sendo um ato infracional. Iremos estudar esse assunto nas próximas unidades.
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Artigo 5º [...]
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A assistência do advogado (ou defensor público) é particularmente importante
nos casos em que o adolescente é acusado da prática de atos infracionais, razão
pela qual o Estatuto estabelece, especificamente, a impossibilidade de que esse tipo
de processo ocorra sem que haja essa representação, mesmo que o adolescente
esteja foragido:
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Estatuto da Criança e do Adolescente
https://goo.gl/9ULiJB
Constituição Federal
https://goo.gl/zaRrL
Código Civil
https://goo.gl/1k18iF
Código de Processo Civil
https://goo.gl/6b0EbE
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Referências
CUNHA, Rogério Sanches; LÉPORE, Paulo Eduardo; ROSSATO, Luciano Alves.
Estatuto da criança e do adolescente comentado. 5.ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2013.
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