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e do Adolescente
Material Teórico
Prevenção, Política de Atendimento e Medidas de Proteção
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Alessandra Fabiana Cavalcanti
Prevenção, Política de Atendimento
e Medidas de Proteção
• Da prevenção;
• Da política de atendimento;
• Medidas de proteção.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· O Sistema de Proteção Integral, criado pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente, possui uma inegável preocupação com a prevenção de
ações que possam lesar ou colocar em risco direitos das crianças e
dos adolescentes.
· Nesta unidade, iremos conhecer essas medidas preventivas, as quais
possuem grande relevância para o trato de muitas questões que
envolvem as crianças e os adolescentes.
· Por outro lado, quando os direitos são efetivamente lesados ou há
um inegável risco de que isso ocorra devem ser aplicadas as medi-
das protetivas.
· Nesta unidade iremos conhecer esses importantes assuntos!
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Prevenção, Política de Atendimento e Medidas de Proteção
Da prevenção
Disposições gerais
Dentro do Sistema de Proteção Total, previsto no Estatuto, a todos cabe preve-
nir a ocorrência de ameaça ou de violação aos direitos da criança e do adolescente,
que têm direito à informação, à cultura, ao lazer, aos esportes, às diversões, aos es-
petáculos e aos produtos e serviços; contudo, sempre deve ser observada a neces-
sidade de pleno respeito à sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
Prevenção especial
Da informação, da cultura, do lazer, dos esportes, das diversões e dos espetáculos
O poder público deve regular as diversões e os espetáculos públicos, sendo
obrigatório informar a natureza deles, as faixas etárias a que se recomendem, os
locais e os horários em que sua apresentação se mostre inadequada – é o que a lei
chama de certificado de classificação.
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Já as revistas e as publicações que possuem material impróprio ou inadequado a
crianças e adolescentes devem ser comercializadas em embalagem lacrada, com a
advertência de seu conteúdo. Se as capas possuírem mensagens pornográficas ou
obscenas devem ser protegidas com uma embalagem opaca.
II - bebidas alcoolicas;
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UNIDADE Prevenção, Política de Atendimento e Medidas de Proteção
Essa autorização expedida pelo juiz poderá, a pedido dos pais ou do responsável,
ser expedida com validade de até dois anos.
Por fim, estabelece o Estatuto que, sem expressa autorização judicial, nenhuma
criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair do país em
companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.
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Da política de atendimento
Disposições gerais
A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente se faz por um
conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais, da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Entidades de atendimento
As entidades de atendimento são responsáveis pelo planejamento e pela exe-
cução de programas de proteção e socioeducativos destinados a crianças e adoles-
centes, em regime de:
• orientação e apoio sócio familiar;
• apoio socioeducativo em meio aberto;
• colocação familiar;
• acolhimento institucional;
• prestação de serviços à comunidade;
• liberdade assistida;
• semiliberdade; e
• internação.
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UNIDADE Prevenção, Política de Atendimento e Medidas de Proteção
Em razão de sua importância, a lei dedica especial atenção às entidades que de-
senvolvem esse programa, seja na modalidade familiar ou institucional. O importante
é que elas busquem preservar ou reatar os vínculos familiares (na família natural ou
extensa) e, na impossibilidade, devem buscar a colocação em uma família substituta.
Art. 94 [...]
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de restrição
na decisão de internação;
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VI - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, os casos em que
se mostre inviável ou impossível o reatamento dos vínculos familiares;
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UNIDADE Prevenção, Política de Atendimento e Medidas de Proteção
Medidas de proteção
Disposições gerais
As chamadas medidas de proteção são uma série de providências criadas pelo
Estatuto para situações em que os direitos da criança ou do adolescente estejam
sendo ameaçados ou violados:
ECA
Em cada caso concreto devem ser verificadas qual ou quais dessas medidas devem
ser aplicadas, visto que elas podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem
como substituídas a qualquer tempo. Contudo, sempre deve ser dada preferência para
aquelas medidas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
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As medidas de proteção, sempre que necessário, devem acarretar a regulariza-
ção do registro civil da criança ou do adolescente. É o caso, por exemplo, de uma
criança de poucos meses que é inserida em um programa de acolhimento sem que
haja qualquer notícia de seus pais ou de sua origem. Assim, nessa situação se pro-
videnciará seu registro de nascimento com os elementos que estiverem disponíveis.
Medidas específicas
O ECA estabelece no artigo 101 as medidas específicas de proteção, contudo,
há possibilidade de aplicação de outras, sempre que se verificar a sua necessidade
e desde que sejam respeitados os princípios firmados por essa norma.
Não podemos esquecer que essa medida de proteção, tal como as demais, pode
ser aplicada de forma cumulativa com outras.
Ela, apesar de ser temporária, não comporta prazo certo, devendo subsistir até
que seja verificada a cessação das causas que lesem ou ameacem os direitos da
criança ou do adolescente.
[...]
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UNIDADE Prevenção, Política de Atendimento e Medidas de Proteção
Por outro lado, decorre do poder familiar o dever dos pais de criar condições
para que seus filhos frequentem o ensino fundamental.
ECA
Caso essa frequência não ocorra, seja em razão do Estado não proporcionar o seu
acesso, seja em razão da omissão dos pais em matricular seus filhos ou garantir-lhes
condições para que frequentem a escola, poderá ser aplicada essa medida protetiva.
[...]
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ECA
[...]
Acolhimento institucional
O acolhimento institucional ou familiar é normalmente uma medida protetiva
aplicada para resolver diversas situações, tais como:
• Em casos emergenciais que o Poder Público ou a sociedade se depara, tal
como naqueles casos em que adolescentes ou crianças (muitas vezes com
poucos dias de vida) são encontradas em situação de completo abandono.
• Dar atendimento para crianças e para adolescentes que, em razão de maus
tratos ou mesmo crimes contra eles praticados por seus pais ou responsável,
não podem continuar a conviver (pelo menos nesse primeiro momento) com
os autores dessas condutas.
• Dar atendimento para criança ou para adolescente que, por qualquer razão,
esteja afastado de sua família natural ou extensa, enquanto essa situação não
é resolvida.
• Dar atendimento para criança ou para adolescente que se encontra em proces-
so de colocação em família substituta.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Estatuto da Criança e do Adolescente
https://goo.gl/9ULiJB
Constituição Federal
https://goo.gl/zaRrL
Código Civil
https://goo.gl/1k18iF
Código de Processo Civil
https://goo.gl/6b0EbE
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Referências
CUNHA, Rogério Sanches; LÉPORE, Paulo Eduardo; ROSSATO, Luciano Alves.
Estatuto da criança e do adolescente comentado. 5. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2013.
ISHIDA, Valter Kenji. Estatuto da criança e do adolescente. 15. ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
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