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Direito Ambiental

Material Teórico
Histórico e Importância

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Solange Aparecida Guimarães

Revisão Textual:
Profa. Ms Rosemary Toffoli
Histórico e Importância

• Conceito técnico e jurídico de meio


ambiente

• Conceito de Direito Ambiental

• Histórico da proteção ambiental no mundo

• Evolução do direito ambiental no Brasil e


a legislação atual

Nesta Unidade – Direito Ambiental: Histórico e Importância -


veremos como surgiu no Brasil e no mundo o Direito Ambiental
e a sua importância para a preservação do meio ambiente e da
própria humanidade.
O Direito Ambiental tem por finalidade reconhecer o ser humano
como elemento essencial e integrante da natureza. No Brasil, a
Constituição Federal reconheceu o direito ao meio ambiente
sadio como um direito fundamental de todas as pessoas. Ou seja,
o meio ambiente saudável é essencial para que o cidadão possa
ter acesso a uma vida digna. Ao lado dos tratados e Convenções
Internacionais, a legislação brasileira tem buscado intensificar a
proteção ao meio ambiente e a busca pela sustentabilidade. A
partir de agora, vamos ver como o legislador e o poder constituído
pretendem atingir esses objetivos.

As atividades da unidade I constituem a leitura do material teórico e complementar;


na atividade de aprofundamento, com base no fórum de discussão e na atividade de
sistematização do conhecimento, composta por seis questões de autocorreção.
Não se esqueça de acompanhar os prazos para entrega das atividades. Programe-se para a
leitura e anote suas dúvidas eventuais para levá-las ao professor tutor.

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Unidade: Histórico e Importância

Contextualização

http://dc344.4shared.com/doc/F-pZZXXx/preview.html http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/
detalhe.php?foto=6&evento=1

Não dá mais para imaginar nosso País e o Mundo tratando o meio ambiente de forma
irresponsável, sem limites. O planeta Terra, até o momento, é a única “casa” que temos. E como
temos tratado a nossa casa?
Mal..., muito mal...
Desmatando florestas, jogando lixo nos rios e nas ruas, poluindo o ambiente. De acordo
com a Constituição Federal de 1988, a natureza e os outros elementos que a compõem são
essenciais para uma sadia qualidade de vida.
Por essa razão, o Direito Ambiental é fundamental para que possamos atingir o objetivo de ter
um País sustentável, com um meio ambiente saudável e preservado para nós e para as gerações
futuras. Nesta Unidade, vamos ver quais foram as bases históricas nacionais e internacionais
que formaram o Direito Ambiental atual.
Vamos estudar?

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Introdução

O Direito Ambiental visa reconhecer o ser humano como elemento essencial e integrante
da natureza. O direito de viver em um ambiente sadio e, por consequência, livre de poluição e
preservado, é um direito fundamental, pelo que se verifica do artigo 225 da Constituição Federal:

“todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de


uso comum do povo, e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações”.

Por suas peculiaridades, o direito ambiental se relaciona com vários outros ramos do Direito
e de outras áreas do conhecimento, como a Biologia, Ecologia, Geografia, Direito Civil, Penal,
Administrativo, Constitucional e outros.
Mas o que, efetivamente, engloba o meio ambiente? É o que veremos a seguir.
O Direito Ambiental costuma ser relacionando sempre à natureza. Entretanto, o meio ambiente
envolve vários aspectos, não apenas o natural. Também interessam ao Direito Ambiental o meio
artificial, cultural, o meio ambiente do trabalho e o patrimônio genético, pois todos eles afetam
a vida do homem no planeta, direta ou indiretamente.

Meio ambiente natural


O meio ambiente natural compreende os
ecossistemas, biomas e recursos específicos que
compõem toda a diversidade biológica, as áreas
naturais, o ar, a água, a fauna e a flora, o solo, o
subsolo, assim como o controle e a prevenção dos
processos de degradação do meio ambiente.
Além da proteção constitucional, a legislação infraconstitucional dá suporte para meios
naturais específicos, como é o caso da Lei 9985/2000 (SNUC – Sistema Nacional de Unidades
de Conservação), Lei 12651/2012 (Código Florestal), 11.428/2006 (Mata Atlântica) e outras.

Meio ambiente artificial


O meio ambiente artificial é o construído ou alterado
pelo homem, e é constituído pelos edifícios urbanos, que
são os espaços públicos fechados, e pelos equipamentos
comunitários, que são os espaços públicos abertos, como
ruas, praças e áreas verdes. O conceito de meio ambiente
artificial não está ligado apenas à área urbana, abarcando
também a zona rural.
Gene Hunt - Flickr.com

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Unidade: Histórico e Importância

Meio ambiente cultural


O meio ambiente cultural é composto pelo patrimônio
histórico, artístico, paisagístico, ecológico, científico e turístico.
Compõe-se tanto de bens de natureza material como
construções, lugares, obras de arte, objetos e documentos
históricos, quanto de bens imateriais, como idiomas,
tradições, mitos etc. O motivo dessa proteção é que o ser
humano interage com o meio em que vive, e essa interação
é uma referência à identidade de um povo, uma nação ou
às vezes, de toda a humanidade, e nessa condição, a cultura
Nico Kaiser - pt.wikipedia.org merece ser protegida.

Meio ambiente do trabalho


O meio ambiente do trabalho é considerado uma extensão do
meio ambiente artificial. É o conjunto de fatores que se relacionam
às condições do ambiente laboral, como o local de trabalho, as
ferramentas, as máquinas, os agentes químicos, biológicos , e a
relação disso com o trabalhador no meio físico e psicológico.

Meio ambiente genético


Protege-se o patrimônio genético pelos mesmos motivos que se protege o
patrimônio cultural. O patrimônio genético faz parte da história do Homem, do
que ele é e realizou. A espécie humana deve evoluir, e se desenvolver, mas há
que se preservar a sua essência. O meio ambiente genético é composto pelos
organismos vivos do planeta Terra, que formam sua diversidade biológica. Por
essa razão, o patrimônio genético também é considerado parte do meio ambiente,
e também merece proteção especial do legislador.

1. Conceito técnico e jurídico de meio ambiente


Em geral, o cidadão comum liga o meio ambiente apenas à flora e a fauna, o que dá a
ideia errada de que as manifestações culturais não fazem parte do conceito de meio ambiente.
Atualmente, o conceito de meio ambiente é definido pela Ecologia, que é a ciência que estuda
a relação entre os organismos e o ambiente em que vivem:

“meio ambiente é o conjunto de condições e influências externas que cercam


a vida e o desenvolvimento de um organismo ou de uma comunidade de
organismos, interagindo com eles” •••.

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Esse conceito abrange condições físicas e biológicas, como o solo, o clima, a vegetação; mas
também diz respeito aos seres humanos, as considerações de ordem social, cultural, econômica e
política. Desse modo, é possível afirmar que o meio ambiente é o lugar onde se manifesta a vida,
seja ela humana ou de qualquer outro tipo, e ainda, todos os elementos que dela fazem parte.
O conceito jurídico de meio ambiente está disposto na Lei 6938/81, conhecida como PNMA
– Politica Nacional do Meio Ambiente, no art. 3º, inc. I:

I – [...] o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem


física , química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas” .

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A Lei 6938/81 é uma das mais importantes da legislação ambiental brasileira. Foi a primeira vez que
uma lei tratou de implementar uma política nacional de proteção ao meio ambiente, de forma direta
e incisiva. Representou um marco no Direito Ambiental Brasileiro, e continua em vigor. Para conhe-
cer seu texto integral e atualizado, consulte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.html

A Constituição Federal de 1988 ampliou o conceito jurídico de meio ambiente dado pela Lei
6938/81, criando um verdadeiro subsistema jurídico- ambiental, cuja base é o artigo 225:

“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o
manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País
e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material
genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a
supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização
que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de
vida e o meio ambiente;

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Unidade: Histórico e Importância

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a


conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de
espécies ou submetam os animais à crueldade.”

2. Conceito de Direito Ambiental


Não é fácil conceitual o Direito Ambiental, do mesmo modo que não é fácil conceituar meio
ambiente, dada a amplitude de seu alcance. Podemos dizer que o Direito Ambiental é um
ramo do Direito Público, composto por princípios e regras que regulam as condutas humanas
que afetem , indireta ou diretamente, de forma efetiva ou potencial, o meio ambiente, seja ele
cultural, natural ou artificial1.
Um dos principais objetivos do Direito Ambiental no Brasil é o controle da poluição, a
fim de mantê-la em padrões toleráveis, para que possamos alcançar um desenvolvimento
sustentável,objetivo este previsto no artigo 225 da Constituição Federal.
O Direito Ambiental atualmente é considerado como ramo autônomo do Direito, pois tem
princípios peculiares que não se aplicam aos demais princípios, os quais serão estudados
na próxima Unidade.
Apesar da existência anterior de Leis ambientais, como o Código de Águas, de Pesca, a Lei
de Proteção à Fauna etc., entende-se que o ponto inicial do Direito Ambiental no Brasil foi a
Lei 6938/81, porque trata-se da primeira lei que cuidou do meio ambiente como um todo, e
não em partes, aprovando a Política Nacional do Meio Ambiente, seus objetivos e instrumentos,
assim como criou o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA – órgão que inclusive tem
a missão de implementar essa Política Nacional Ambiental.
O Direito Ambiental se comunica com os demais ramos do Direito, tendo com estes estreita
relação. O Direito Civil, por exemplo, dispõe diretamente sobre a obrigação do titular do direito
de propriedade de proteger o meio ambiente, no artigo 1228, par. 1º do Código Civil:

“Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da


coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a
possua ou detenha.
§ 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as
suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados,
de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as
belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico,
bem como evitada a poluição do ar e das águas.”

1 AMADO, Frederico Augusto Di Trindade. Direito Ambiental Esquematizado, p.11. São Paulo: Editora Gen- Método, 2011

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A proximidade do Direito Ambiental com o Direito Administrativo é ainda maior, pois as
disposições gerais dessa disciplina fundamentam o Direito Ambiental no que for compatível. Já
o Direito Constitucional, através da Constituição Federal, fornece todos os fundamentos básicos
da legislação ambiental, principalmente nos artigos 216 ( meio ambiente cultural) e no artigo
225 (maio ambiente natural).
O Direito Penal tipifica as condutas mais agressivas contra o patrimônio ambiental, punindo
as condutas humanas que causem danos ou exponham a risco o meio ambiente.
Também existem relações do Direito Ambiental com o Direito Tributário, Econômico, e
Processual Civil.

3. Histórico da proteção ambiental no mundo

A preocupação com o meio ambiente é relativamente recente. A humanidade inicialmente via


a natureza e seus recursos como algo inesgotável, e que sempre estariam à disposição para as
necessidades humanas. Com o passar do tempo, estudos revelaram que isso não correspondia à
verdade, ou seja, os recursos naturais não são inesgotáveis, ao contrário, são escassos. A natureza
sofre com as intervenções humanas desordenadas. Por essa razão, não havendo cuidado e controle
no uso dos recursos naturais e no trato com a natureza, a humanidade estará fadada à extinção.

Com a certeza de que o meio ambiente precisava ser protegido do próprio Homem,
a partir dos anos 60 do século XX, os países começaram a editar normas jurídicas mais
severas para sua proteção.
O marco mundial dessa proteção foi a Conferência de Estocolmo (Suécia), ocorrida
em 1972, promovida pela ONU, com a participação de 113 países, quando se deu um
alerta mundial sobre os riscos para a existência da humanidade trazidos pela degradação
excessiva do meio ambiente.

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Unidade: Histórico e Importância

O diferencial da Conferência de Estocolmo para os Tratados Internacionais e conferências


anteriores foi com relação ao enfoque dado ao tema, pois o núcleo da atenção não se restringia
a um recurso ambiental, mas abordava o meio ambiente como um todo, objeto de preocupação
de toda a humanidade.
Os participantes da Conferência de Estocolmo entenderam que era necessário criar
mecanismos institucionais e financeiros permanentes, capazes de coordenar, catalisar e estimular
ações para a proteção e melhoria do meio ambiente humano. Dessa forma surgiu o Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) a fim de reforçar as ações mundiais de
proteção ao meio ambiente
O PNUMA foi instituído como um programa para incentivar e promover o desenvolvimento
sustentável. Esse programa seria financiado e supervisionado pelo Conselho Econômico e
Social ─ o que reforça a proximidade entre meio ambiente e desenvolvimento socioeconômico.
A Conferência de Estocolmo introduziu alguns dos conceitos e princípios que, ao longo
dos anos, se tornariam a base sobre a qual evoluiriam as discussões na área do meio
ambiente como um todo. Esse evento foi relevante, apesar do conflito que se estabeleceu
entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Pelo Princípio 21 da Declaração
de Estocolmo, entendeu-se que, em caso de dúvida, a proteção ambiental deveria ceder
frente ao desenvolvimento econômico:

Princípio 21 – Em conformidade com a Carta das Nações Unidas e com os princípios do


direito internacional, os Estados tem o direito soberano de explorar seus próprios recursos em
aplicação de sua política ambiental e a obrigação de assegurar que as atividades existentes,
dentro de sua jurisdição ou sob seu controle, não prejudiquem o meio de outros estados ou de
zonas situadas fora de toda jurisdição nacional.

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Os debates ocorridos e os princípios adotados na Conferência de Estocolmo, influenciaram muito a


redação do nosso texto constitucional de 1988 no que se refere à proteção do meio ambiente. Para
ter acesso a todos os princípios adotados na Conferência de Estocolmo, consulte: http://www.onu.
org.br/rio20/img/2012/01/estocolmo1972.pdf

No início da década de 80, a ONU retomou as discussões sobre os problemas ambientais.Na


época, a ONU indicou a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, para chefiar
a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que estudaria o o assunto.
O documento final desses estudos ficou conhecido como Nosso Futuro Comum ou Relatório
Brundtland. Apresentado em 1987, propõe o desenvolvimento sustentável, que é ‘aquele que
atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras
atenderem às suas necessidades’

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Dessa forma, o Relatório criou o conceito de desenvolvimento sustentável, com base em três
dimensões principais: ambiental, econômica e social. De acordo com os autores do Relatório,
o desenvolvimento deveria ser ambientalmente sustentável, economicamente sustentado e
socialmente includente.

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Para saber mais sobre as disposições desse importante relatório, consulte o link: http://www.marcou-
niversal.com.br/upload/RELATORIOBRUNDTLAND.pdf

Diante do alarmante conteúdo do Relatório Brundtland, a ONU convocou a Conferência


das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992 no Rio de
Janeiro, com a finalidade de discutir os graves problemas referentes ao desenvolvimento
socioeconômico e à proteção ambiental.

A ECO-92, Rio-92, Cúpula da Tera ou Cimeira da Terra são nomes pelos


quais é mais conhecida a Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizada entre 3 e 14 de
junho de 1992 no Rio de Janeiro.

A ECO-92 consagrou em definitivo o conceito de desenvolvimento sustentável e contribuiu


para uma maior conscientização de que os danos ao meio ambiente eram principalmente
responsabilidade dos países desenvolvidos. Ao mesmo tempo, entendeu-se a necessidade
de os países em desenvolvimento receberem ajuda financeira e tecnológica para atingirem o
desenvolvimento sustentável.
A Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, assinada na Rio-
92, por mais de 170 países, contém 27 princípios/enunciados, que enfatizam a necessidade de
se atingir o desenvolvimento sustentável em sua plenitude.
Os resultados da Rio-92 foram a produção de cinco importantes documentos:
A) 
Convenção sobre Diversidade Biológica: é uma convenção-quadro, que estabelece
medidas gerais a serem seguidas pelos países para atender aos objetivos e princípios,
cabendo a cada país formular políticas e planos apropriados à sua realidade;
B) Convenção Quadro sobre Mudanças climáticas;
C) Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento;
D) Declaração sobre Conservação e Uso Sustentável de todos os tipos de Florestas;
E) Agenda 21.

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Unidade: Histórico e Importância

A Convenção sobre Diversidade Biológica e a Convenção Quadro sobre mudanças


climáticas são acordos cujo cumprimento é juridicamente obrigatório para todos os países que
os ratificaram. As outras declarações e a Agenda 21 são acordos protocolares que estabelecem
políticas, não havendo vinculação jurídica, e o cumprimento desses protocolos depende do
governo de cada país que assinou esses instrumentos.
A Agenda 21 consiste em um programa de proteção ambiental para o século XXI. Tem 40
capítulos, e trata praticamente de todos os aspectos relacionados ao meio ambiente, fixando
metas gerais a serem cumpridas. Os pontos tratados são:

• D
 imensões sociais e econômicas do desenvolvimento: pobreza, produção e consumo,
saúde, aglomerações humanas e processos integrados de decisão.

• C
 onservação e gerenciamento de recursos naturais: atmosfera, oceanos e mares, solo,
florestas, montanhas, diversidade biológica, ecossistemas, biotecnologia, água potável e
resíduos em geral.

• F
 ortalecimento do papel de grupos: jovens, mulheres, povos indígenas, organizações não
governamentais, autoridades locais, sindicatos, comunidades científicas e tecnológicas.

• M
 eios de implementação: finanças, transferências de tecnologias, informação, consciência
pública, educação, instrumentos legais e estruturas institucionais.

No Brasil, a Agenda 21 se desdobrou em agendas locais – nacional, estaduais e municipais –


cabendo a cada ente federado brasileiro formular suas metas. Essas agendas locais estabelecem
planos efetivos para atingir os objetivos previstos na Agenda 21, indicando inclusive as fontes
de financiamento e as entidades responsáveis pela realização de cada atividade. Mas essas
agendas não são juridicamente obrigatórias, e dependem de acordo político e de recursos
financeiros para se realizar.
Com o passar do tempo, a Agenda 21 sofreu alguns ajustes. O primeiro ocorreu na a 19ª
Sessão Especial da Assembléia-Geral da ONU, a “Conferência Rio+5”, realizada em Nova
Iorque no ano de 1997.Em 1999, foi elaborada uma agenda complementar denominada Metas
do Desenvolvimento do Milênio.
Em 2002, foi realizada, na África do Sul, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento
Sustentável, também chamada de Cúpula de Johannesburgo ou Rio+10, com o intuito de
estabelecer um plano de implementação eficaz para a aplicação dos princípios aprovados no
Rio de Janeiro em 1992.
A reunião da Cúpula da Terra, em Johannesburgo, deveria marcar o início da virada de uma
conscientização internacional sobre a importância do meio ambiente. Entretanto, o balanço final
da reunião mostrou que não houve avanço significativo, pois muitas questões foram discutidas
sem alcançar solução.

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3.1. O Protocolo de Kyoto
Um dos problemas ambientais mundiais mais graves é a emissão de gases-estufa na
atmosfera, o que compromete a camada de ozônio e acelera o aquecimento global. Para discutir
o problema, foi convocada uma reunião mundial em 1997, realizada em Kyoto, no Japão.
Nessa reunião, foi assinado o Protocolo de Kyoto, com a implantação de metas de redução de
gases em torno de 5,2% para o período de 2008 e 2012. Oitenta e quatro países participantes
aderiram ao protocolo e o assinaram, comprometendo-se com a implantação de medidas para
diminuição dos efeitos da emissão de gases.

ZooFari - en.wikipedia.org

As metas de redução de gases previstas no Protocolo de Kyoto não são as mesmas


para todos os países. Os países considerados mais poluidores receberam metas maiores de
redução, enquanto que os países em desenvolvimento não receberam metas de redução,
como é o caso do Brasil.
O Protocolo de Kyoto não só tratou de medidas de redução de gases do efeito estufa,
mas também incentivou e determinou medidas com intuito de substituir produtos derivados
do petróleo por outros que provoquem menos impactos ambientais. Porém, diante das metas
estabelecidas que exigiam revisão de políticas econômicas e comerciais o maior emissor de
gases do mundo, Estados Unidos, desligou-se em 2001 do protocolo, sob a alegação de que a
redução iria comprometer o desenvolvimento econômico do país.
Foi em 2005, que o Protocolo de Kyoto entrou efetivamente em vigor, com início a partir do
mês de fevereiro. Com sua entrada em vigor, aumentou a possibilidade do carbono se tornar
moeda de troca. O mercado de créditos de carbono pode aumentar muito ainda, porque países
que assinaram o Protocolo podem comprar e vender créditos de carbono.

Mas o que são créditos de carbono?

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Unidade: Histórico e Importância

O mercado de créditos de carbono surgiu a partir do Protocolo de Kyoto, que estabeleceu


que os países desenvolvidos deveriam reduzir, entre 2008 e 2012, suas emissões de Gases de
Efeito Estufa (GEE) 5,2% em média, em relação aos níveis medidos em 1990. Para que essa
redução fosse estimulada, o Protocolo criou o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL),
que prevê a redução certificada das emissões de gases. Obtida essa certificação, quem conseguir
reduzir as emissões de gases poluentes tem direito a créditos de carbono e pode comercializá-los
com os países que têm metas a cumprir.
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carbono e pode comercializá-los com os países que têm metas a cumprir.


“A redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) é medida em
toneladas de dióxido de carbono equivalente – t CO2e (equivalente).
Cada tonelada de CO2e reduzida ou removida da atmosfera corresponde
a uma unidade emitida pelo Conselho Executivo do MDL, denominada
de Redução Certificada de Emissão (RCE).
Cada tonelada de CO2e equivale a 1 crédito de carbono. A ideia do MDL
é que cada tonelada de CO2 e não emitida ou retirada da atmosfera por
um país em desenvolvimento possa ser negociada no mercado mundial
por meio de Certificados de Emissões Reduzidas (CER).
As nações que não conseguirem (ou não desejarem) reduzir suas emissões
poderão comprar os CER em países em desenvolvimento e usá-los para
cumprir suas obrigações.2”

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Para saber mais sobre o mercado de carbono e os projetos de MDL, consulte: http://www.institutocar-
bonobrasil.org.br/mercado_de_carbono

3.2. As novas conferências mundiais sobre meio ambiente


• Conferência de Bali, Indonésia, 2007: Teve por objetivo traçar metas ainda mais ambiciosas
do que as estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto quanto às emissões de gases do efeito
estufa. O resultado da conferência foi o chamado Mapa do Caminho, que não definiu
porcentagens de redução, mas estabeleceu a data em que um acordo realmente efetivo
teria que estar pronto: dezembro de 2009, na reunião COP 15 na Dinamarca.

• Conferência de Copenhagen, Dinamarca, 2009 (COP 15): Infelizmente, ao contrário do


que se esperava, COP 15 não obteve o êxito que se esperava e o Acordo de Copenhagen,
documento de apenas 12 parágrafos, não teve a representatividade ou até a legalidade
necessária. Nada de efetivo ficou definido nessa conferência.
2 Fonte: http://www.brasil.gov.br/sobre/meio-ambiente/climas/credito-carbono , em 10/07/2013

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• Conferência do Clima da Onu de Durban, África do Sul, 2011: A conferência reuniu
representantes de 190 países para decidir pela renovação – ou não – do mais importante
protocolo feito até então para conter os gases de efeito estufa: o Protocolo de Kyoto.
Ao final da conferência, ficaram lançadas as bases de um futuro acordo de controle da
poluição que deverá ser discutido e aprovado até 2015, e entrar em vigor só a partir de
2020. Essa disposição gerou fortes críticas de ambientalistas em todo o mundo.

• Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), Rio de


Janeiro, Brasil: vinte anos depois da ECO 92, mais de 45 mil participantes, entre chefes
de governo e sociedade civil, voltaram a se reunir na cidade do Rio de Janeiro em 2012.
O documento final da conferência, conhecido como “O futuro que queremos”, apontou
a pobreza como o maior desafio a ser combatido. Os 188 países presentes na Rio+20 se
comprometeram a investir US$ 513 bilhões em projetos, parcerias, programas e ações nos
próximos dez anos nas áreas de transporte, economia verde, energia, proteção ambiental,
desertificação e mudanças climáticas, entre outros.

4. Evolução do direito ambiental no Brasil e a legislação atual

A Legislação ambiental brasileira ainda precisa de uma codificação geral na esfera federal,
ou até mesmo de uma consolidação, pois existem muitas leis esparsas, muitas editadas antes de
Constituição Federal de 1988 e que ainda deixam dúvidas sobre a própria vigência.
Além disso, em Direito Ambiental existe uma variedade de normas regulamentares editadas
pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), sem
contar com os atos normativos estaduais, distritais e municipais.
Historicamente, vejamos, a seguir, como se desenvolveu a legislação ambiental brasileira.

4.1. Histórico das principais leis ambientais no Brasil


As primeiras leis brasileiras em matéria ambiental foram baseadas na legislação portuguesa.
Na época do Brasil colônia, Portugal já tinha de leis de proteção dos seus próprios recursos
naturais, e o Brasil, apesar de ser um país colonizado, acabou se beneficiando desse
conjunto legislativo.
Podemos destacar da legislação portuguesa, por exemplo, a proibição do corte deliberado
de árvores frutíferas (de março de 1393), e a proteção das aves pela Ordenação de 09 de
novembro de 1326. Para a época, eram consideradas leis bastante evoluídas.
Portanto, desde a época do Brasil colônia observa-se o desenvolvimento de uma legislação
ambiental embrionária que, com o passar dos anos, e a influência dos tratados internacionais,
culminou no nosso atual Direito Ambiental.

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Unidade: Histórico e Importância

Em junho de 2010, o STJ publicou uma cronologia da legislação ambiental brasileira, que
reproduzimos a seguir3:

• 1605: Surge a primeira lei de cunho ambiental no País: o Regimento do Pau-Brasil,


voltado à proteção das florestas.

• 1797: Carta régia afirma a necessidade de proteção a rios, nascentes e encostas, que
passam a ser declarados propriedades da Coroa.

• 1799: É criado o Regimento de Cortes de Madeiras, cujo teor estabelece rigorosas regras
para a derrubada de árvores.

• 1850: É promulgada a Lei n° 601/1850, primeira Lei de Terras do Brasil. Ela disciplina a
ocupação do solo e estabelece sanções para atividades predatórias.

• 1911: É expedido o Decreto nº 8.843, que cria a primeira reserva florestal do Brasil, no
antigo Território do Acre.

• 1916: Surge o Código Civil Brasileiro, que elenca várias disposições de natureza ecológica.
A maioria, no entanto, reflete uma visão patrimonial, de cunho individualista.

• 1934: São sancionados o Código Florestal, que impõe limites ao exercício do direito
de propriedade, e o Código de Águas. Eles contêm o embrião do que viria a constituir,
décadas depois, a atual legislação ambiental brasileira.

• 1964: É promulgada a Lei 4.504, que trata do Estatuto da Terra. A lei surge como resposta
a reivindicações de movimentos sociais, que exigiam mudanças estruturais na propriedade
e no uso da terra no Brasil.

• 1965: Passa a vigorar uma nova versão do Código Florestal, ampliando políticas de
proteção e conservação da flora. Inovador, estabelece a proteção das áreas de preservação
permanente.

• 1967: São editados os Códigos de Caça, de Pesca e de Mineração, bem como a Lei de
Proteção à Fauna. Uma nova Constituição atribui à União competência para legislar sobre
jazidas, florestas, caça, pesca e águas, cabendo aos Estados tratar de matéria florestal.

• 1975: Inicia-se o controle da poluição provocada por atividades industriais. Por meio do
Decreto-Lei 1.413, empresas poluidoras ficam obrigadas a prevenir e corrigir os prejuízos
da contaminação do meio ambiente.

• 1977: É promulgada a Lei 6.453, que estabelece a responsabilidade civil em casos de


danos provenientes de atividades nucleares.

• 1981: É editada a Lei 6.938, que estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente. A lei
inova ao apresentar o meio ambiente como objeto específico de proteção.

3 HTTP://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=97547

18
• 1985: É editada a Lei 7.347, que disciplina a ação civil pública como instrumento processual
específico para a defesa do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

• 1988: É promulgada a Constituição de 1988, a primeira a dedicar capítulo específico ao


meio ambiente. Avançada, impõe ao Poder Público e à coletividade, em seu art. 225, o
dever de defender e preservar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras.

• 1991: O Brasil passa a dispor da Lei de Política Agrícola (Lei 8.171). Com um capítulo
especialmente dedicado à proteção ambiental, o texto obriga o proprietário rural a
recompor sua propriedade com reserva florestal obrigatória.

• 1998: É publicada a Lei 9.605, que dispõe sobre crimes ambientais. A lei prevê sanções
penais e administrativas para condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

• 2000: Surge a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei nº 9.985/00),


que prevê mecanismos para a defesa dos ecossistemas naturais e de preservação dos
recursos naturais neles contidos.

• 2001: É sancionado o Estatuto das Cidades (Lei 10.257), que dota o ente municipal de
mecanismos visando permitir que seu desenvolvimento não ocorra em detrimento do
meio ambiente.

4.2. A atual legislação ambiental no Brasil


O Direito Ambiental brasileiro vem desenvolvendo-se rapidamente, influenciado tanto
pelas conferências e tratados internacionais, quanto pelo interesse na preservação de nosso
patrimônio natural, cultural e genético. A defesa do meio ambiente tem sido um diferencial
nas relações econômicas e comerciais, dentro e fora do Brasil. A proteção ambiental tornou-se
não apenas uma obrigação constitucional, mas também um requisito para que as empresas
obtenham destaque no mercado.
Não existe, até o momento, um “Código Ambiental”. O que temos é uma legislação esparsa e
alguns Códigos específicos de proteção a certos recursos naturais, como o Código de águas, de
Mineração etc. Além disso, órgãos ligados ao SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente),
como o CONAMA (Conselho Nacional do Meio ambiente), emitem resoluções de caráter
ambiental e que obrigam a todos. Na atual legislação, destacamos:

• Constituição Federal de 1988, sobretudo os artigos 216 e 225, que tratam diretamente
de questões ambientais;

• Lei 6938/81 – Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) – Foi a primeira lei no
Brasil a tratar com exclusividade de uma Política Nacional uniforme de proteção ambiental,
e para isso, estabeleceu vários instrumentos de proteção ambiental, de prevenção de danos,
de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente etc. Ainda é considerada como
a mais importante lei em matéria ambiental.

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Unidade: Histórico e Importância

• Lei 9605/98 – Lei de Crimes Ambientais: esta lei foi um marco no sistema ambiental
brasileiro, pois estabeleceu os crimes ambientais e as punições para esses crimes. Inovou
ao instituir a criminalização da pessoa jurídica, que responderá por danos ambientais,
independentemente da responsabilidade da pessoa física.

• Lei 10257/2001 – Estatuto da cidade: o Estatuto da Cidade representa o instrumento


legal mais importante na implementação de políticas públicas urbanas.A política urbana está
disciplinada na Constituição Federal, nos artigos 182 e 183.O estatuto da Cidade ratificou
as disposições constitucionais. A previsão é que a política de desenvolvimento urbano deve
ser executada pelo Poder Municipal, e o seu objetivo deve ser o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar de seus habitantes.

• Lei 9985/2000 – SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação: a lei


6938/81, ao dispor sobre os instrumentos da Politica Nacional do Meio Ambiente, incluiu
a criação de espaços especialmente protegidos pelo Poder Público Municipal, Estadual ou
Federal. Também a CF, no art. 225, par. 1º, III, determinou que o Poder Público apontasse ,
em todas as Unidades da Federação, espaços territoriais a serem especialmente protegidos,
e que a supressão e alteração de tais espaços só seria permitida através de lei. Foi com
tais fundamentos que surgiu a Lei Federal 9985/00, conhecida como Sistema Nacional de
Unidades de Conservação – SNUC.

As Unidades de Conservação constituem, segundo a Lei 6938/81, art. 9º, VI, instrumentos
da Política Nacional de Meio Ambiente, e nos termos do art. 4º, V, da Lei 10257/01 (Estatuto
da Cidade), também instrumentos da política urbana.

• Lei 12651/2012 – Código Florestal: O novo Código Florestal foi promulgado depois
de muita polêmica e discussões entre bancadas ruralistas e ambientalistas no Congresso
Nacional. A principal função do Código é a proteção de áreas de florestas e matas brasileiras.

• Resolução 237/97 do CONAMA: A Resolução 237/97 do CONAMA é o atual


dispositivo legal que trata do licenciamento ambiental, que é um dos instrumentos da
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), cujo objetivo é agir preventivamente sobre
a proteção do meio ambiente – e compatibilizar sua preservação com o desenvolvimento
econômico-social, o que implica na busca da sustentabilidade.

• Lei 11105/2005 – Lei de biossegurança: Essa lei trata da produção, comercialização,


distribuição e pesquisa de material geneticamente modificado, e também da manipulação
de material genético humano. Além dos dispositivos regulamentares também prevê os
crimes genéticos, como a clonagem humana.

• Lei 12305/2010 – Politica nacional de resíduos sólidos: Essa lei trata de um dos
mais graves problemas ambientais no Brasil e no mundo: o lixo. O tratamento de resíduos
merece atenção, porque o lixo é uma grande fonte de poluentes, e produz um dos gases
mais agressivos do efeito estufa, o metano ( o gás metano é 21 vezes mais poluente que o
CO2, base para a elaboração do mercado de carbono). A lei estabeleceu prazo para o fim
dos chamados “lixões” e a adequada implementação de aterros sanitários.

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Existem muitas outras leis ambientais, todas importantes e fundamentais para que o país
alcance o tão almejado desenvolvimento sustentável, mas a legislação citada acima é de grande
relevância, e por isso destacam-se no atual Direito Ambiental Brasileiro. Nas próximas Unidades
estudaremos em detalhes a composição do Direito Ambiental Brasileiro e seus reflexos para o
Brasil e até para a comunidade internacional.

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Unidade: Histórico e Importância

Material Complementar
Além do texto teórico, base de nossa unidade, recomendamos que você assista aos vídeos
abaixo indicados, bem como faça a leitura dos artigos propostos. Essa atividade facilitará a
elaboração do texto na Atividade de aprofundamento proposta. Programe-se e aproveite!

1) Protocolo de Kyoto: o desafio do superaquecimento global (vídeo)


http://www.youtube.com/watch?v=H2aVbBHJLQU

2) Efeitos da poluição no corpo (vídeo)


http://www.youtube.com/watch?v=Y9dEN1IFzYM

3) O judiciário e a legislação ambiental (vídeo)


http://www.youtube.com/watch?v=RMsHT6xi5v8

4) Mercado de Carbono ( texto )


http://www.institutocarbonobrasil.org.br/#mercado_de_carbono

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Referências
AMADO, Frederico Augusto Di Trindade. Direito Ambiental Esquematizado, p.11. São
Paulo: Editora Gen- Método, 2011.

FREITAS, V. P. Direito Ambiental em Evolução, 1. 2. ed. Curitiba: Jurua, 2010.

MILARE, E. Direito do Ambiente: Doutrina, Jurisprudência, Glossario. 6. ed. Sao


Paulo: Revistas dos Tribunais, 2009.

SILVA, J. A. Direito Ambiental Constitucional. 8. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2010.

SIRVINSKAS, L. P. Manual de Direito Ambiental. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

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Unidade: Histórico e Importância

Anotações

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