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Vitória da Conquista
Outubro de 2022
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Sumário
PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL ....................................................................................... 1
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS AMBIENTAIS ........................................................................... 3
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA.................................................................................................... 4
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE ............................................................................................................. 5
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DA RESERVA LEGAL ......................................................................... 6
PRINCÍPIO DO DIREITO DE PROPRIEDADE. ARTIGO 5º., XII, CF/88 ............................................... 8
LIVRE INICIATIVA ....................................................................................................................................... 9
DEVIDO PROCESSO LEGAL, AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO .................................................. 9
PRINCÍPIOS AMBIENTAIS ............................................................................................................. 10
PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 10
PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO ..................................................................................................................... 11
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO .................................................................................................................... 11
PRINCIPIO DA PREVENÇÃO ................................................................................................................... 12
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO .................................................................................................................... 12
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE DE SUPORTE ......................................................................................... 13
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE..................................................................................................... 13
PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR .................................................................................................. 13
PRINCÍPIO DO USUÁRIO PAGADOR...................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................... 15
ANEXOS ............................................................................................................................................... 16
MENÇÕES DIRETAS DA CONSTITUIÇÃO AO MEIO AMBIENTE ........................................... 16
MENÇÕES INDIRETAS DA CONSTITUIÇÃO AO MEIO AMBIENTE ...................................... 19
NORMAS REGULAMENTADORAS DO ARTIGO 225, CF/1988 ................................................. 21
SISTEMA JURÍDICO AMBIENTAL BRASILEIRO .................................................................. 23
CARTILHA ....................................................................................................................................... 23
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INTRODUÇÃO
A ideia deste texto é estudar os princípios do direito ambiental tal qual eles estejam
expressos ou implícitos na legislação brasileira vigente. Por objetivo específico, produzimos
uma cartilha em linguagem simples para a explicação dos princípios para um leitor leigo.
Essa cartilha segue anexa ao final do texto, após as referências.
Este texto é um estudo dos livros encontrados na Biblioteca Central da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB. Selecionamos os cursos, manuais e livros de Direito
Ambiental por meio do acesso virtual. Lemos os capítulos pertinentes ao tópico Princípios
do Direito Ambiental e articulamos o assunto ao que foi mencionado em aula. Com a
finalidade de estudar e aprofundar os conceitos, não há a intenção em produzir um artigo
com a realização deste texto. Entretanto, procuramos seguir a disposição proposta pelas
normas técnicas para a produção de textos acadêmicos, mais conhecidas como normas da
Abnt.
Para aprender mais a respeito dos princípios do direito ambiental, partimos da
Constituição Federal, de 1988. O trabalho mostrou-se gigantesco e, por esse motivo,
buscamos alguma sistematização da Carta Magna brasileira para orientar melhor o estudo. O
livro Curso de Direito Ambiental (MORAES, 2004) sistematiza as menções
constitucionais diretas e indiretas a respeito do meio ambiente em quadros. Reproduzimos
os quadros e anexamos ao trabalho, pois facilitou o estudo dos princípios constitucionais
ambientais empreendido nas páginas seguintes.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial À sadia qualidade de vida, impondo-se ao
poder público e à coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.
§ 1º. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE
Luís Carlos Silva de Moraes, no livro Curso de Direito Ambiental (2004)2, explica
que o artigo 225 da Constituição Federal de 1988 atribui ao meio ambiente a noção de bem
jurídico, não exclusivo e nem superior aos demais (vida, propriedade, saúde, livre iniciativa,
educação, etc) (MORAES, 2004, p. 14-15). O autor explica a evolução histórica do Direito
Ambiental, apartado do Direito Administrativo, reconhecido como um Direito de 3ª.
Dimensão (ou 3ª. Geração), pois que vinculado ao Título VIII da Constituição Federal de
1988, qual seja Da Ordem Social (artigos 193 até o artigo 232). Vinculado nesta seção da
Constituição Federal de 1988, o autor diz que cabe ao Estado a proteção deste bem de
interesse coletivo (MORAES, 2004, p. 15). O autor exemplifica o interesse coletivo “como
sendo aqueles que, mesmo utilizados por todos, não lhes pertence, pois nunca os terão por
completo, sendo permitido, no máximo, assumir-lhe a gestão até o limite legal” (MORAES,
2004, p.15). Exemplo disso são os rios que cortam grandes extensões de terra, beneficiando
as populações ribeirinhas, os latifundiários e os animais nativos; as grandes porções de mata,
benéficas a todos e as quais não podemos obstar o uso por outros. Moraes (2004, p. 16)
explica que, para esses bens de interesse coletivo, “alguém tem de regular e administrar essa
posse coletiva”, pois que a ação de uma pessoa na nascente de um rio pode subtrair algum
afluente, “fazendo com que todos percam” (MORAES, 2004, p. 16).
Conforme Luís de Moraes, a responsabilidade do Estado em relação à proteção do
meio ambiente foi bem delineada pelo Plenário do STF, no MS 22.164-0 (STF – Pleno, v.u.,
DJU, 17/11/19953). O relatório versa a respeito da reforma agrária e do uso de terras no
Pantanal Mato Grossense, área protegida conforme o §4º. do artigo 225 da Constituição
Federal de 1988. O relatório versa a respeito de um imóvel denominado Itiratupã, em Mato
Grosso, no município de Santo Antonio de Leverger (STF – Pleno, v.u., DJU, 17/11/1995,
p. 02).
Após uma explanação a respeito da (a) reforma agrária e o devido processo legal e da
(b) função social da propriedade e vistoria efetuada pelo INCRA; da( c) notificação prévia e
pessoal da vistoria e da (d) descrição do §4º. do artigo 225 da Constituição Federal, com a
possibilidade jurídica de expropriação de imóveis rurais nele situados, para fins de reforma
agrária, o relator ministro Celso de Mello debate a respeito da questão do direito ao meio
2MORAES, Luís Carlos Silva de. Curso de Direito Ambiental. – 2ª. Dição. São Paulo: Atlas, 2004.
3BRASIL. Mandado de Segurança número 22164-0 São Paulo. Relator Ministro Celso de Melo. Impetrante:
Antonio de Andrade Ribeiro Junqueira. Impetrado: Presidente da República. Disponível em:
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=85691 Acessado em 26 e fevereiro
de 2020
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O Ministro Celso de Mello explica quais sejam os direitos de primeira geração (os
civis e os políticos) - quais sejam “as liberdades clássicas, negativas ou formais”, cuja função
é realçar “o princípio da liberdade” - e os direitos de segunda geração (econômicos, sociais e
culturais), identificados com “as liberdades positivas, reais ou concretas”. Para o relator,
ambos “acentuam o princípio da igualdade”. Na decisão do STF, os direitos de terceira
geração “materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as
formações sociais”. Estes “consagram o princípio da solidariedade e constituem um
momento importante no processo de desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos
direitos humanos, caracterizados, enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota
essencial de uma inexauribilidade”.
O relator ministro Celso de Mello reitera uma decisão referida pelo Supremo Tribunal
Federal (RE 134.297 – SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO4 ao afirmar a participação do
meio ambiente como um direito de terceira dimensão que “assiste, de modo subjetivamente
indeterminado, a todo gênero humano” e, por isso, é obrigação do “Estado e à própria
coletividade” defende-lo e preservá-lo “em benefício das presentes e das futuras gerações”,
evitando que “irrompam, no seio da comunhão social, os graves conflitos intergeneracionais
marcados pelo desrespeito do dever de solidariedade na proteção da integridade desse bem
essencial de uso comum de todos quantos compõe o grupo social” (LAFER, 1988, 131-1325
apud MS n. 22.164 – 0, 17/11/1995).
4 Não encontrei. APUD: BRASIL. Plenário do STF, Ministro Celso de Mello, relatório MS, n. 22.164 -0,
17/11/1995. Também citado em: Ag. Reg. No Recurso Extraordinário 290.950 São Paulo. Relator Min. Dias
Toffoli. 04/11/2014. Disponível em:
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7629984 Acessado em 27/02/2020
5 LAFER, Celso. A reconstrução dos Direitos Humanos, Companhia das Letras: São Paulo, 1988.
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O autor segue explicando que o artigo 8º., incisos VI e VII da Lei no. 9.638/81, que
regula a atividade normativa do Conselho Nacional de Meio Ambiente, “não possuem
validade no que ultrapassarem os princípios constitucionais da legalidade e reserva legal, nas
matérias em que são aplicáveis” (MORAES, 2004, p.26). Salvo isso, as atividades de
licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, o estabelecimento de
normas e padrões nacionais de controle da poluição, o estabelecimento de normas, critérios
e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente foram
recepcionados pela Constituição de 1998, sem maiores problemas.
O autor ainda relata a absorção de várias resoluções em que “a publicação indica que
se julgou por atacado vários recursos administrativos, inclusive de diferentes Estados”
(MORAES, 2004, p. 26) e a manutenção dos artigos 8º. e 10º. da lei no. 6938/81, com as
competências do CONAMA, atendendo ao disposto no artigo 225, inciso VI da Constituição
Federal de 1988, com a ressalva da não recepção do inciso I do artigo 8º. da lei no. 6.938/81.
Esse problema foi resolvido com o “exercício da competência geral concorrente dos
Estados”, com edição de regras a respeito do licenciamento ambiental, a exemplo da lei no.
9.505/97 do Estado de São Paulo (MORAES, 2004, p. 30-31).
De maneira mais didática e ampla, Fiorillo (2019, p.78) explica que “o advento da
Constituição proporcionou a recepção da Lei n. 6.938/81 em quase todos os seus aspectos,
além da criação de competências legislativas concorrentes”.
garantias em cláusulas pétras (art. 60, § 4º.)” (MORAES, 2004, p. 33). Quando há a supressão
do direito de propriedade por meio do Estado, ocorre uma retribuição. Moraes (2004, p.33)
explica que “não está se privando o Estado de agir, mas de assim fazê-lo sem lesar parte da
sociedade em proveito da outra”, visando a proporcionalidade das trocas (MORAES,
2004, . 34). Essa posição é comumente adotada pelo STF, a exemplo do Recurso
Extraordinário no. 134.297-8-SP, do Relator Min. Celso de Mello, citado anteriormente.
Se, no exercício da soberania, é necessário bem de particular, possível e legal obtê-
lo. Contudo, a apreciação patrimonial desse não pode ser lesada, posto que tal
apreciação constitui patrimônio, ou seja, propriedade privada. Assim, a
compensação que se entender necessária, é a troca elementar para se manter vivo
o princípio constitucional do direito de propriedade. Acrescente-se ainda que, ao
retirar o patrimônio de um, colocou-se à disposição de todos, com gestão pelo
Estado. É essa desproporção que torna legítima a necessidade da contraprestação
destinada ao equilíbrio patrimonial, o que torna inabalável o significado do
princípio de direito de propriedade (MORAES, 2004, p. 36).
LIVRE INICIATIVA
Moraes (2004, p. 37) explica o princípio da livre iniciativa partindo do artigo 170 da
Constituição Federal d 1988. Para o autor, o meio ambiente “interfere na livre iniciativa, pois
grande parcela das atividades industriais e/ou comerciais necessitam de licenciamento para
serem realizadas”. O §5º. Do artigo 173 da Constituição Federal de 1988 estipula a
desconsideração da pessoa jurídica que lesar o meio ambiente, estabelecendo
responsabilidade e punições compatíveis com sua natureza. A lei constitucional é amparada,
ainda, pelos artigos 2º. e 3º., parágrafo único, da Lei n. 9.605/98, responsabilizando diretores,
administradores, membros de conselho e de órgão técnicos que vierem a estabelecer
condutas criminosas. O artigo 3º. responsabiliza a pessoa jurídica e também a pessoa física
autoras, co-autoras ou partícipes do fato.
Fiorillo (2019, p. 83) vincula a livre iniciativa ao princípio do desenvolvimento
sustentável. Para o autor, a livre iniciativa tem de estar voltada à “disposição de um meio
ambiente ecologicamente equilibrado”.
Tanto isso é verdade que a Constituição Federal estabelece que a ordem
econômica, fundada na livre iniciativa (sistema de produção capitalista) e na
valorização do trabalho humano (limite ao capitalismo selvagem), deverá regrar-se
pelos ditames da justiça social, respeitando o princípio da defesa do meio ambiente,
contido no inciso VI do art. 170. Assim, caminham lado a lado a livre
concorrência e a defesa do meio ambiente, a fim de que a ordem econômica esteja
voltada à justiça social (FIORILLO, 2019, p.83).
Constantes nas cláusulas pétras na Constituição Federal de 1988 (artigo 5º., incisos
LIV e LV) participam do Direito Ambiental por meio dos artigos 19, parágrafo único, e 70,
§ 4º. A Lei n. 9.605/98, que versa a respeito da perícia produzida no inquérito civil ou no
juízo cível e, ainda, no arito 70, §4º., quando define que as infrações ambientais são apuradas
em processo administrativo próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório.
PRINCÍPIOS AMBIENTAIS
PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO
Conforme Antunes (2019, p.17), “o grau maior de proteção ambiental é uma razão
direta do maior nível de bem-estar social e renda da população”. O autor assevera, em
conformidade com as declarações internacionais a respeito do meio ambiente, a necessidade
de um desenvolvimento sustentável e econômico, ao mesmo tempo.
O entendimento a respeito do desenvolvimento sustentável surgiu, “inicialmente, na
Conferência Mundial de Meio Ambiente, realizada, em 1972, em Estocolmo e repetida nas
demais conferências sobre o meio ambiente, em especial na ECO-92, a qual empregou o
termo em onze de seus vinte e sete princípios (FIORILLO, 2019, p. 79).
Esse princípio decorre de uma percepção a respeito do desenvolvimento sustentável,
disseminada com mais força, principalmente, a partir do Relatório Brundtland, também
conhecido como Nosso Futuro Comum (1991). O relatório indica como desenvolvimento
sustentável “aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade
de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades” (COMISSÃO MUNDIAL
SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1991, p.46).
Para o caso brasileiro, Antunes (2019, p. 17) sugere a interpretação do Relatório Nosso
Futuro Comum em consonância do a Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento, em seu § 1º.,
do artigo 1º, cujo teor sugere dirimir as disparidades sociais, ampliando o direito ao
desenvolvimento para todos os seres humanos, tornando todos os povos habilitados para
“participar do desenvolvimento econômico, social, cultural e político, a ele contribuir e dele
desfrutar, no qual todos os direitos humanos e liberdades fundamentais possam ser
plenamente realizados”.
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PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO
Antunes (2019, p. 19) explica como o Direito Ambiental nasce nos movimentos
populares e sociais. Essa origem torna a base dos direitos ambientais mais democrática. Essa
base democrática encontra “sua expressão normativa especialmente nos direitos à
informação e à participação”.
Beltrão (2014, p.20) vincula o direito à informação como um princípio ambiental,
pois que intimamente ligado ao princípio da participação. O acesso à informação, em sentido
amplo, “consiste em um dos direitos e garantias fundamentais previstos pela Constituição
Federal (Art. 5º., XIV)” (BELTRÃO, 2014, p.24).
O princípio democrático assegura aos cidadãos a participação em discussões “para a
elaboração das políticas públicas ambientais” e a obtenção de informações “dos órgãos
públicos sobre matéria referente à defesa do meio ambiente e de empreendimentos
utilizadores de recursos ambientais e que tenham significativas repercussões sobre o
ambiente, resguardado o sigilo ambiental” (ANTUNES, 2019, p. 19).
Beltrão (2014, p.27) estabelece como princípio autônomo o princípio da
oportunidade para participação pública.
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
Antunes (2019, p 21) explica que o Princípio da Precaução é aquele que avalia as
“consequências sobre o meio ambiente dos diferentes projetos e empreendimentos que se
encontravam em curso ou em vias de implantação”. Este princípio foi redigido como o
princípio número 15 da Declaração do Rio – 92. Diz assim:
nem sempre estarmos preparados para quais os riscos e danos preferimos correr, por isso é
necessário a escolha ser realizada racionalmente. Beltrão (2014, p. 17) alerta para a incerteza
científica, pois que “a maioria dos processos da natureza e elementos é complexa,
desconhecida em sua inteireza pela comunidade científica”. O princípio da precauções
pressupõe, portanto, uma “razoável imprevisibilidade dos danos que poderão ocorrer dada
a incerteza científica dos processos ecológicos envolvidos” (BELTRÃO, 2014, p. 18).
Para Antunes (2019, p. 24) a exegese do princípio permite duas interpretações: (a)
cabe a cada Estado definir como o princípio da precaução estará presente na ordem interna,
“na exata medida das capacidades dos diferentes estados” e (b) deve-se sempre ponderar a
respeito dos danos e dos riscos envolvidos, mesmo quando haja a aparente impressão de que
os riscos são mínimos ou inexistentes.
PRINCIPIO DA PREVENÇÃO
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE
Antunes (2019, p. 30) explica que “qualquer violação do Direito implica a sanção do
responsável pela quebra da ordem jurídica”. A responsabilidade ambiental divide-se em (a)
civil; (b) administrativa e (c) penal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. – 20ª. Edição – São Paulo: Atlas, 2019.
BELTRÃO, Antônio F. G. Curso de Direito Ambiental. – Rio de Janeiro: Forense: São Paulo:
Método, 2014.
BRASIL. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Plenário do STF, Ministro Celso de Mello, relatório
MS, n. 22.164 -0, 17/11/1995. Também citado em: Ag. Reg. No Recurso Extraordinário 290.950 São
Paulo. Relator Min. Dias Toffoli. 04/11/2014. Disponível em:
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7629984 Acessado em
27/02/2020
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. – 19ª. Edição. – São
Paulo: Saraiva Educação, 2019.
LAFER, Celso. A reconstrução dos Direitos Humanos, Companhia das Letras: São Paulo, 1988.
MORAES, Luís Carlos Silva de. Curso de Direito Ambiental. – 2ª. Dição. São Paulo: Atlas, 2004.
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ANEXOS
§ 2º.
§ 2º. Aquele que explorar recursos Decreto-lei no. 227/67
minerais fica obrigado a recuperar o Lei no. 6.567/78
meio ambiente degradado, de acordo Lei no. 7.805/89
com solução técnica exigida pelo órgão Lei no. 8.723/93 (Ar)
público competente, na forma da lei Lei no. 9.433/96 (água)
§ 3º.
§ 3º. As condutas e atividades Lei no. 9.605/98
consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas
ou jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados
§4º.
§ 4º. A Floresta Amazônica brasileira, a Lei no. 4.771/65
Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Decreto no. 1.282/94
Pantanal Mato-Grossense e a Zona Lei no. 6.938/81
Costeira são patomônio nacional e sua Decreto no. 750/93
utilização far-se-á, na forma da lei, Lei no. 7.661/88
dentro de condições que assegurem a Lei no. 9.636/98
preservação do meio ambiente,
inclusive quanto ao uso dos recursos
naturais.
§ 5º.
§ 5º. São indisponíveis as terras Decreto-ei no. 9.760/46
devolutas ou arrecadadas pelos Estados, Decreto no. 966/93
por ações discriminatórias, necessárias
à proteção dos ecossistemas naturais
§ 6º.
§ 6º. As usinas que operem com reator Lei n. 4.118/62
nuclear deverão ter sua localização Lei no. 6.189/74
definida em lei federal, sem o que não Lei no. 6.453/77
poderão ser instaladas Decreto-lei no. 1.982/82
Decreto-lei no. 2.464/88
Lei no. 7.862/89
Lei no 7.195/89
(MORAES, 2004, p. 52-53)
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Regras de procedimento
Lei no. 6.938/81: zoneamento e licenciamento de atividades
Lei no. 9.605/98: punição às infrações da regra material
Regras materiais
Residencial Industrial
Lei Municipal de
Zoneamento
CARTILHA