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“Qual é o lugar da ética na totalidade social? É ela uma esfera específica? Quais são
suas categorias fundantes e sua dinâmica particular? A resposta a estas questões
supõe a apreensão da totalidade social, tendo como ponto de partida seu lado
ontológico primário; o trabalho como pressuposto da existência humana e forma
privilegiada de práxis.” (p.26)
“A práxis não tem como objetivo somente a matéria; também supõe formas de
interação cultural entre os homens. Para transformar a realidade produzindo mundo
histórico-social, os homens interagem entre si e tendem a excluir os sobre os outros,
buscando produzir finalidades coletivas. A práxis interativa, por exemplo, emerge
como necessidade imposta pelo desenvolvimento da sociedade; sua especificidade
está no fato de objetivar uma transformação da realidade em sua dimensão
consciente, valorativa, cognitiva, teleológica. Nesse sentido, a vida social se constitui
a partir de várias formas de práxis, cuja base ontológica primária é dada pela práxis
produtiva objetivado pelo trabalho.” (p.30)
“Tendo como suposto que valor é uma categoria ontológico-social - por isso sempre
objetiva -, podemos considerar as várias expressões de valor como mediações -
cada vez mais complexas -, inscritas no desenvolvimento histórico do serviço social.
Podemos falar de valores éticos, estéticos, científicos, religiosos e de categorias
orientadoras de valor, tais como: bom e mau, belo e feio, verdadeiro e falso, sagrado
e profano. ao mesmo tempo, as ações são sempre orientadas por categorias de
valor, em geral, por mais de uma.” (p.31)
“Mas, dada a complexidade da totalidade sócio-histórica, os valores não operam da
mesma forma em cada esfera social. Por exemplo, podemos pensar que os valores
estéticos tem a mesma legalidade dos valores econômicos? Que as relações de
produção são movidas por critério da beleza? Uma vez que todas as dimensões da
vida humana são inter-relacionadas, é claro que existe a possibilidade de
aprendermos padrões estéticos na análise do trabalho. Mas isso não significa
afirmar econômico, porém, o inverso não tem a mesma medida, ou seja, o valor de
uma obra de arte no mercado nem sempre é dado pela sua qualidade e estética.”
(p.32)
“Ao ser alienado, em todo o processo, de atividade que lhe confere identidade
humana, o trabalhador se aliena do objeto que ele mesmo criou; com isso se aliena
da atividade da relação - consigo mesmo e com os outros.” (p.34)
“Apesar de a vida cotidiana ser a esferas que mais se presta a alienação, isso não
quer dizer que ela seja ontologicamente alienada; “a vida cotidiana não é alienada
necessariamente, em consequência de sua estrutura, mas apenas em determinadas
circunstâncias sociais”(idem:39)” “ (p.41)
“A moral interfere nos “papéis” sociais, donde sua caracterização como um modo de
ser, um ethos que expressa a identidade cultural de uma sociedade, de uma classe,
de um estrato social, num determinado momento histórico. Por sua perspectiva
consciente, ou seja, pelo fato de o indivíduo aceitar intimamente os valores, passa a
fazer parte do seu “caráter”: por sua função integradora, estabelecendo vínculos
sociais, está presente em todas as atividades humanas.” (p.43)
“Os critérios para a objetivação dos valores universais são dados concretamente no
movimento extensivo e intensivo de construção e desvalorização histórica dos
valores; os que representam conquistas de humanidade não se perdem na história
sua perda é sempre relativa as condições históricas; e ao seu desenvolvimento
desigual, no interior da sociedade em relação ao desenvolvimento humano-genérico.
nesse sentido os valores são sempre objetivos mesmo quando se apresentam na
forma de normas abstratas[...] o critério de desenvolvimento dos valores não é
apenas a realidade dos mesmos, mas, também, suas possibilidades’’Heller,1972:8-
9)” (p.54)
“Para que a ética se realize como saber antológico é preciso que ela é sua
perspectiva totalizante crítica, capaz de desmistificar as formas reificadas de ser e
pensar [...]” (p.56)
“Quando a ética não exerce sua função crítica pode contribuir, de modo peculiar,
para a reprodução de componentes alienantes; pode colocar-se como espaço de
prescrições morais; favorecer ideologia dominante; obscurecer os nexos e as
contradições da realidade; fortalecer o dogmatismo e dominação; remeter os valores
para uma origem transcendente a história[...]” (p.56)
“Como reflexão crítica, faz juízos de valor sobre a realidade, mas seu caráter teórico-
metodológico não permite que a fundamentação da realidade se sustente em
valores; trata-se de aprender, na realidade concreta, as tendências e possibilidades
para a vigência dos valores que lhe servem de orientação ética.” (p.56)
“O indivíduo pode superar sua singularidade através da moral, mas quando isso
ocorre ele se eleva a condição de sujeito ético na compreensão de locar como
particularidade objetivador do gênero humano para cima.” (p.62)
“Para Lukács, é a distinção entre o gênero humano esse é o gênero humano para se
que expressa a diferença entre as ações que visam afirmar ou negar a ordem social
dominante. As que se dirigem ao gênero humano esses são próprias necessidades
de autoconservação e legitimação do status que ele enquanto é dirigida ao gênero
humano para se são objetivações superiores nas quais se retira aspiração
autodeterminação do gênero humano"(idem:137)” (p.62)
“A ética se põe com ação prático dotada de uma moralidade que extrapola o instinto
indo se no espaço deve-ser isto é na teleologia inscrita nas decisões que objetivam
ações práticas voltadas a superação dos entraves a liberdade a criação de
necessidade livres a ética se coloca então como uma práxis supondo portanto uma
prática concreta e uma reflexão ética crítica”(p.64)
“Seu fundamento da Liberdade entendida como capacidade humana e valor o que é
para Marx significa a participação dos indivíduos sociais na riqueza humano
genérica construídas historicamente a humanidade será livre quando todo homem
particular possa participar conscientemente da realização da essência do gênero
humano e realizar os valores genéricos em sua própria vida em todos os seus
aspectos (Marx, apud Heller,1977:217)” (p.65)
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
Ética profissional
Docente: Andrea Alice
Discente Ana Caliane Bela
ESTUDO DIRIGIDO
ÉTICA PROFISSIONAL
Docente: Andrea Alice
Discente: Ana Caliane bela
ESTUDO DIRIGIDO
Ética profissional
Docentea: Andrea Alice
Discente: Ana Caliane Bela
ESTUDO DIRIGIDO
1 Com base nas leituras indicadas, qual a base intelectual que se destaca na construção do
código de 1986? Cite o autor e comente sobre o mesmo.
A base intelectual que se destaca na construção do código de 1986 é o marxismo
sem Marx, ou seja, o marxismo vulgar, por Louis Althusser, filósofo francês cuja
leitura da obra de Marx vai influenciar a proposta marxista do serviço social nos anos
60/70 e particularmente o método de B.H. o marxismo equivocado que recusou a via
institucional e às determinações sócio histórica da profissão.
2 Analise o código de 1986? Aqui me refiro as diferenças relacionadas ao contexto histórico
mundial, contexto histórico do Serviço Social, código e estrutura, base teórica, impactos na
intervenção profissional e outras informações.
O código de ética de 1986 é um marco na história do serviço social, depois do
congresso da virada em 1979, que trouxe um grande diferencial, a ruptura com o
conservadorismo. diálogo das ciências sociais Máxima fixação com a classe
trabalhadora e uma forte percepção da totalidade. A grande crítica esse código foi a
recusa a neutralidade é um grande avanço foi o diálogo das ciências sociais que
traz o aspecto cientifico junto com o surgimento das pós graduações.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Centro de Artes, Humanidades e Letras
Curso Serviço Social CAHL
Centro de Artes,
DISCIPLINA: ÉTICA PROFISSIONAL Humanidades e
Letras
DOCENTE: ANDREA ALICE RODRIGUES SILVA
DISCENTE: ANA CALIANE BELA
ESTUDO DIRIGIDO
Capacidade teleológica: passagem do ser natural para o ser social, através do trabalho. Trabalho
como categoria e não como organização. Capacidade de discernimento, ou seja, moralmente e
eticamente certo e errado.
Práxis: conciliação, mediação entre a teoria e a prática do assistente social. Uma forma de práxis, a
dialética, a transferência da teoria em prática, possibilitado o pensamento crítico.
A moral é o senso comum, a Ética é o que regulamenta a moral. A ética são as leis, as regras
de convivência em grupo, em sociedade…
Ação moral- “ Trair” a pesar de banal, o ato de traição é caracterizado como uma “infração”
imoral, não é crime!
Ação Ética- “É anti ético assinar o trabalho de outrem, tornado-o seu” Caracterizado como
crime, infração as leis que regulamentam a profissão.
6) A partir do filme “Anjos do Sol (2006)”, direção de Rudi Lagemann, construa uma análise
vinculada na relação teleologia e causalidade na qual envolva a ética e a moral.
ESTUDO DIRIGIDO
1 Quais as diferenças entre os códigos de 1947 e 1965? Aqui me refiro as diferenças relacionadas ao
contexto histórico mundial, contexto histórico do Serviço Social, código e estrutura, base teórica,
impactos na intervenção profissional e outras informações.
O código de 1947 é conservador, com teoria filosófica cristã, neotomista (bem/ mal, céu/inferno).
Um código completamente desestruturado, com o serviço social a dogmas da igreja, sigilo absoluto
como nas confissões da igreja, foco na caridade e “dominado” por mulheres brancas da burguesia. Já
o código de 1965 é um código mais bem elaborado, com um capítulo, 46 artigos e oito páginas,
passando a ter um caráter legal, arcabouço que legítima a profissão. Mesmo que ainda com base no
conservadorismo, vem com uma perspectiva modernizadora, que abre para o pluralismo teórico, que
são elementos novos dentro do tradicionalismo. Num contexto de “inicio” da ditadura militar, em
face de manifestações culturais de oposição ao regime, mobilizações democráticos populares da
militância jovem estudantil, dos setores profissionais, revela-se a divisão moral da reação
conservadora.