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Disciplina: Ética Profissional

Docente: Andréa Alice Rodrigues Silva


Data: 01/03/2021
Atividade: Fichamento de transcrição textual

Ana caliane Bela


calianebela@hotmail.com
BARROCO, Maris Lucia Silva. Ética e Serviço Social: Fundamentos ontológicos.
São Paulo. Cortez:2003. p. 25-65

“A sociedade é uma totalidade organizada por esferas ( totalidades) cuja (re)


produção supõe a totalidade maior, mas se efetua de formas particulares, com
regularidades próprias. Conforme a sociedade se complexifica, as esferas sociais
podem ganhar uma certa autonomia, que pode lavar a uma falsa compreensão da
realidade social: a ideia de que suas esferas podem ser isoladas – uma das outras e
em ralação a totalidade – para ser analisadas. Outro erro metodológico consiste em
supor que uma dada categoria social tem um mesmo desenvolvimento, em qualquer
esfera social.” (p.25)

“[...]Nenhuma esfera da vida social pode se reproduzir sem responder as suas


determinações[...]” (p.25)

“Qual é o lugar da ética na totalidade social? É ela uma esfera específica? Quais são
suas categorias fundantes e sua dinâmica particular? A resposta a estas questões
supõe a apreensão da totalidade social, tendo como ponto de partida seu lado
ontológico primário; o trabalho como pressuposto da existência humana e forma
privilegiada de práxis.” (p.26)

“Além de supor a sociabilidade e a universalidade, o trabalho implica um dado


conhecimento da natureza e a valoração dos objetos necessários ao seu
desenvolvimento: aí é dada a gênese da consciência humana—como capacidade
racional e valorativa. Por ser capaz de agir racionalmente, o homem pode conhecer
a realidade, de modo a apreender sua própria existência como produto de sua
práxis.; a totalidade pode ser reproduzida e compreendida teoricamente. Por ser
consciente o homem age teleologicamente; transforma suas necessidades e
satisfações em novas perguntas; auto constrói-se como um ser de projetos; torna-se
automaticamente, como sujeito construtor de si mesmo e da história. O trabalho e
seu produto, a cultura, fundam a história, auto construção dos próprios homens, em
sua relação reciproca com a natureza” (p.27-28)

“A autoconsciência é um ato de determinação; capacidade humana posta em


movimento pelo trabalho. [...] Por isso, o trabalho é uma atividade teleológica, donde
o papel ativo da consciência no processo de autoconstrução humana; o produto
objetivo da práxis personifica suas intenções e projetos. Esse é o núcleo gerador da
liberdade e da Ética. (p.28)

“A universalidade, a sociabilidade, a consciência e a liberdade são capacidades


humano-genéricas, ou seja, sem as quais a práxis não se realiza com suas
potencialidades emancipatórias. [...]” (p.28)

“A valoração de um objeto supõe sua existência material concreta: seu valor


corresponde a uma práxis que o transformou em algo novo que corresponde as suas
necessidades, e, como tal, é bom, útil, belo etc. Por isso, o valor não é uma
decorrência apenas da subjetividade humana; ele é o produto da práxis.” (p.29)

“A práxis não tem como objetivo somente a matéria; também supõe formas de
interação cultural entre os homens. Para transformar a realidade produzindo mundo
histórico-social, os homens interagem entre si e tendem a excluir os sobre os outros,
buscando produzir finalidades coletivas. A práxis interativa, por exemplo, emerge
como necessidade imposta pelo desenvolvimento da sociedade; sua especificidade
está no fato de objetivar uma transformação da realidade em sua dimensão
consciente, valorativa, cognitiva, teleológica. Nesse sentido, a vida social se constitui
a partir de várias formas de práxis, cuja base ontológica primária é dada pela práxis
produtiva objetivado pelo trabalho.” (p.30)

“Tendo como suposto que valor é uma categoria ontológico-social - por isso sempre
objetiva -, podemos considerar as várias expressões de valor como mediações -
cada vez mais complexas -, inscritas no desenvolvimento histórico do serviço social.
Podemos falar de valores éticos, estéticos, científicos, religiosos e de categorias
orientadoras de valor, tais como: bom e mau, belo e feio, verdadeiro e falso, sagrado
e profano. ao mesmo tempo, as ações são sempre orientadas por categorias de
valor, em geral, por mais de uma.” (p.31)
“Mas, dada a complexidade da totalidade sócio-histórica, os valores não operam da
mesma forma em cada esfera social. Por exemplo, podemos pensar que os valores
estéticos tem a mesma legalidade dos valores econômicos? Que as relações de
produção são movidas por critério da beleza? Uma vez que todas as dimensões da
vida humana são inter-relacionadas, é claro que existe a possibilidade de
aprendermos padrões estéticos na análise do trabalho. Mas isso não significa
afirmar econômico, porém, o inverso não tem a mesma medida, ou seja, o valor de
uma obra de arte no mercado nem sempre é dado pela sua qualidade e estética.”
(p.32)

“São objetivações genéricas aquelas que expressam as conquistas da humanidade,


em termos do que foi construído e valorado como algo que possibilitou a
criatividade, a multiplicidade de gostos e aptidões, a realização da liberdade, da
sociabilidade, da universalidade, da consciência, ou seja, no desenvolvimento
multilateral de todas as capacidades e possibilidades humanas. o que, para Marx,
corresponde à “riqueza humana” [...]. (p.32-33)

“No contexto da sociedade capitalista, em face de apropriação privada dos meios de


produção e das formas pelas quais se objetiva a (re)produção da vida social, o
trabalho se realiza de modo a negar suas potencialidades emancipadoras.
invertendo seu caráter de atividade livre, consciente, universal e social, propicia que
os indivíduos que realizam trabalho não se conheçam, nele, como sujeitos.” (p.33)

“Ao ser alienado, em todo o processo, de atividade que lhe confere identidade
humana, o trabalhador se aliena do objeto que ele mesmo criou; com isso se aliena
da atividade da relação - consigo mesmo e com os outros.” (p.34)

“A coisificação das relações sociais e a transformação da riqueza humana, ou seja,


do produto material e espiritual da práxis, em objetos estranhos e dotados de uma
vida própria, que aparecem aos homens como um “poder” que os domina, propiciam
que os valores tomem a forma de coisas que valem independentemente da atividade
humana.” (p.34-35)

“Na vida cotidiana a relação entre o indivíduo e a sociedade se faz de modo


espontâneo, pragmático, heterogêneo, crítico; o “nós” é geralmente apreendido
como aquele pelo o “eu” existe, ou seja, através de uma identificação imediata. O
indivíduo responde às necessidades de sua reprodução sem aprender as mediações
nelas presentes; por isso, é característico do modo de ser cotidiano o vínculo
imediato entre o pensamento e ação, a repetição automática de modos de
comportamento.” (p.38)

Na medida em que, na vida cotidiana, o indivíduo expressa motivações


heterogêneas, efêmeras, carregadas de espontaneísmo e repetição acrítica, não faz
parte do cotidiano a profundidade, a amplitude e a intensidade necessárias as
atividades que o homem entre em contato com suas capacidades essenciais, ou
seja, com sua capacidade de criar, transformar, escolher, valorizar de forma
consciente. Por isso, a atividade cotidiana não é uma práxis [...].” (p.40)

“Apesar de a vida cotidiana ser a esferas que mais se presta a alienação, isso não
quer dizer que ela seja ontologicamente alienada; “a vida cotidiana não é alienada
necessariamente, em consequência de sua estrutura, mas apenas em determinadas
circunstâncias sociais”(idem:39)” “ (p.41)

“O senso moral ou moralidade é uma medida para julgar se os indivíduos estão


socializados, ou seja, se são responsáveis por seus atos e comportam-se de acordo
com as normas e valores socialmente determinados. Por isso a moral tem uma
função integradora; estabelece uma mediação de valor entre o indivíduo e a
sociedade; entre ele e os outros, entre sua consciência e prática. [...]” (p.42-43)

“A moral interfere nos “papéis” sociais, donde sua caracterização como um modo de
ser, um ethos que expressa a identidade cultural de uma sociedade, de uma classe,
de um estrato social, num determinado momento histórico. Por sua perspectiva
consciente, ou seja, pelo fato de o indivíduo aceitar intimamente os valores, passa a
fazer parte do seu “caráter”: por sua função integradora, estabelecendo vínculos
sociais, está presente em todas as atividades humanas.” (p.43)

“Ao converter as necessidades imediatas em exigências internas conscientes a


moral propicia a suspensão da singularidade [...]” (p.44)

“A moral é parte fundamental da vida cotidiana, pois a reprodução das normas


depende do espontaneísmo e da repetição para que elas se tornem hábitos e se
transformem em costumes que respondam às necessidades de integração
social.44A legitimação classes a moral compreensão e biológica precisa contribui
para uma interessante social viabilizadoras de necessidades frisadas alheias e
estranhas a capacidade de antecipar dores do homem.” (p.44)

“Nessas condições, as “escolhas” são direcionadas por determinantes ideológicos


coercitivos, voltados a dominação; voltados a dominação; nem sempre são
propiciadores da liberdade, por isso, a autonomia do indivíduo e sua consciência, em
face da moral socialmente dada, são sempre relativas a círculos sociais e
históricas:” (p.45)

“A cotidianidade é o campo privilegiado de reprodução da alienação, tendo em vista


sua repetição acrítica dos valores, sua assimilação rígida dos preceitos e modos de
comportamento, seu pensamento repetitivo e ultrageneralizador. No campo da
moral, a alienação da vida cotidiana se expressa, especialmente, pelo moralismo,
movido por preconceitos.” (p.46)

“A ultrageneralização é necessária no nível da cotidianidade, porém como


decorrência de cimentos provisórios pode ser modificada. [...]” (p.46)

“Os critérios para a objetivação dos valores universais são dados concretamente no
movimento extensivo e intensivo de construção e desvalorização histórica dos
valores; os que representam conquistas de humanidade não se perdem na história
sua perda é sempre relativa as condições históricas; e ao seu desenvolvimento
desigual, no interior da sociedade em relação ao desenvolvimento humano-genérico.
nesse sentido os valores são sempre objetivos mesmo quando se apresentam na
forma de normas abstratas[...] o critério de desenvolvimento dos valores não é
apenas a realidade dos mesmos, mas, também, suas possibilidades’’Heller,1972:8-
9)” (p.54)

“Para que a ética se realize como saber antológico é preciso que ela é sua
perspectiva totalizante crítica, capaz de desmistificar as formas reificadas de ser e
pensar [...]” (p.56)

“A ética realiza sua natureza da atividade propiciadora de uma relação consciente


com humano-genérico quando consegue aprender criticamente os fundamentos dos
conflitos morais e desvelar o sentido e determinações e suas formas alienadas [...]”
(p.56)

“Quando a ética não exerce sua função crítica pode contribuir, de modo peculiar,
para a reprodução de componentes alienantes; pode colocar-se como espaço de
prescrições morais; favorecer ideologia dominante; obscurecer os nexos e as
contradições da realidade; fortalecer o dogmatismo e dominação; remeter os valores
para uma origem transcendente a história[...]” (p.56)

“Como reflexão crítica, faz juízos de valor sobre a realidade, mas seu caráter teórico-
metodológico não permite que a fundamentação da realidade se sustente em
valores; trata-se de aprender, na realidade concreta, as tendências e possibilidades
para a vigência dos valores que lhe servem de orientação ética.” (p.56)

“Como possibilitadora da Liberdade o trabalho é uma atividade potencialmente livre


isto, é ele põe as condições para liberdade na medida em que permite o domínio do
homem sobre a natureza o desenvolvimento multilateral de suas forças produtivas
capacidade necessidades para seu conhecimento de si mesmo e dos outros como
sujeitos capazes de criar alternativas e imprimir uma direção a seus projetos sócio-
históricos." (p.60)

“O indivíduo pode superar sua singularidade através da moral, mas quando isso
ocorre ele se eleva a condição de sujeito ético na compreensão de locar como
particularidade objetivador do gênero humano para cima.” (p.62)

“Para Lukács, é a distinção entre o gênero humano esse é o gênero humano para se
que expressa a diferença entre as ações que visam afirmar ou negar a ordem social
dominante. As que se dirigem ao gênero humano esses são próprias necessidades
de autoconservação e legitimação do status que ele enquanto é dirigida ao gênero
humano para se são objetivações superiores nas quais se retira aspiração
autodeterminação do gênero humano"(idem:137)” (p.62)

“A ética se põe com ação prático dotada de uma moralidade que extrapola o instinto
indo se no espaço deve-ser isto é na teleologia inscrita nas decisões que objetivam
ações práticas voltadas a superação dos entraves a liberdade a criação de
necessidade livres a ética se coloca então como uma práxis supondo portanto uma
prática concreta e uma reflexão ética crítica”(p.64)
“Seu fundamento da Liberdade entendida como capacidade humana e valor o que é
para Marx significa a participação dos indivíduos sociais na riqueza humano
genérica construídas historicamente a humanidade será livre quando todo homem
particular possa participar conscientemente da realização da essência do gênero
humano e realizar os valores genéricos em sua própria vida em todos os seus
aspectos (Marx, apud Heller,1977:217)” (p.65)
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Ética profissional
Docente: Andrea Alice
Discente Ana Caliane Bela

Cod e 1947 1965 1975 1986 1993


anot.
Conte 2° guerra Início da Intervenções Fim da Neoconservadoris
xto. mundial, fim da ditadura a ditadura guerra mo,padronização,
hist era Vargas militar, pós militar, fria, pós globalização
guerra, manifestaçõe ditadura reestruturação
Castelo s publicas produtiva,impeanc
Branco pres. hment Collor
Do Brasil
Cont. Protoformas, Arcabouço Laicização Ruptura c Valor
hist.. filantropia,damas que legitima do seso, não conservad central,liberdade
Seso de caridade, a ligado a orismo, plena,qualquer
encíclicas papais profissão,rec igreja compromi pessoa pode ser
onceituação sso c a atendida pelo
do seso classe creas
trabalhad
ora
Cod e Altamente 1 capitulo, 4titulos, 5 titul 4 titulos 6
estrut desestruturado 46 artigos,8 3capitulos,11 4cap 40 capitulos 11
ura paginas artigos,9pag art 11 pag principios
Base Neotomismo/ Pluralismo Personalista/ Marxismo Marxismo, Lukacs
teoric positivismo teorico, funcionalista sem
a perspectiva Marx,
modernizado Althusser
ra
sigilo Confessionismo,c p/impedir p/ evitar Admis. p/ Estritamente
omo na igreja, um mal dano grave, não necessario
não poderia ser maior ao injusto e causar
revelado cliente atual danos a
assist. classe
social,3°, ou trabalhad
bem comum ora
Impac Beneficiários, Reconceitua Defesa da Sujeito Valores
t na desajustados, ção do famili, ordem trabalhad emancipatórios/
interv controlar, seso,mais social justa e or,usuario usuários,
enç adequar leve,menos solidaria previdência,
prof. conservador/ assistência, saude
clientes
Outra Doutrina cristã de Democracia, Moral Surgimen Apontamento dos
s São Tomás de justiça social profissional to das pós desafios
infor Aquino, preconizada graduaçõe contemporâneos
maçoe indulgencia(ceu/i s da profissão/ cod
s nferno,bem/mal) mais critico
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Ética do Serviço Social


Docente: Andrea Alice
Discente: Ana Caliane Bela

ESTUDO DIRIGIDO

1 O que fundamenta a Ética Profissional?


 As atribuições e competências profissionais.
2 O que é o neotomismo e quais seus fundamentos?
Neotomismo é uma corrente filosófica surgida no século XIX com o objetivo de
reviver e atualizar a filosofia e a teologia de São Tomás de Aquino. Seus
fundamentos são a caridade, o bem comum, perfectibilidade, lei moral subordinada a
lei de Deus, dignidade humana, harmonia social ( que levaria ao bem comum e
felicidade geral), conservadora e moralizante, dominado por mulheres brancas da
burguesia, consciência reta, indulgencia (céu/inferno) e o sigilo era absoluto, como
nas confissões da igreja.
3 O que é deontologia do Serviço Social?
A deontologia é o conjunto de deveres e regras da profissão, assim como a ética.
Posso também dizer que a deontologia é um sinônimo da ética. Sua importância no
serviço social provém do fato que Toque o serviço social não trata apenas de fator
material, não se limita a remoção de mal físico, ou alguma transação comercial ou
monetária: trata como pessoas humanas desajustadas ou empenhadas no
desenvolvimento da própria personalidade.
4 Qual a diferença de moral e ética apresentada no Código?
A moral ou ética pode ser conceituada como a ciência dos princípios e das normas que devem
seguir para fazer o bem e que tal mal, ou seja, nesse código, não há diferença entre moral e
ética.
5 Quais os principais elementos que chamaram sua atenção no Código de Ética
profissional de 1947, referenciando contexto histórico, contexto histórico do Serviço
Social, código e estrutura, base teórica, impactos na intervenção profissional e outras
informações?
O código de ética profissional de 1947 É um código altamente conservador que tem
como base teórica Neotomismo, uma filosofia cristã, humanismo cristão,voltado ao
bem comum, a perfectibilidade humana. Esse código trata do serviço social como
profissão, protoformas, porém ainda não era reconhecido como tal, o serviço social
era voltado a filantropia,caridade, através das damas de caridade, mulheres brancas
da burguesia. Os usuários desse serviço social eram tratados como beneficiários e
pessoas desajustadas que precisavam ser doutrinadas, controladas, adequadas a
sociedade e as leis de Deus.
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ÉTICA PROFISSIONAL
Docente: Andrea Alice
Discente: Ana Caliane bela

ESTUDO DIRIGIDO

1 Analise o código de 1975? Aqui me refiro as diferenças relacionadas ao contexto histórico


mundial, contexto histórico do Serviço Social, código e estrutura, base teórica, impactos na
intervenção profissional e outras informações.
O referido código de ética profissional, é estruturado em 3 capítulos, 4 títulos, 11
artigos e 5 páginas. Os quais inferem a regulamentação do exercício da profissão.
Num contexto de ditadura militar e intervenção a ditadura, esse código vem com um
retrocesso, ou seja, fecha a perspectiva ao pluralismo e tem uma “recaída” a
perspectiva do conservadorismo.
2 Diferencie com base no texto e no diálogo das aulas os códigos de 1947, 1965 e 1975.
A diferença entre os códigos é que: o código de 1947 tem a base teórica
conservadora cristã. O de 1965 tem uma perspectiva modernizadora, abre para o
pluralismo teórico e o de 1975 fecha novamente, retira o pluralismo e abre para o
personalismo, ou seja, a laicização do serviço social.
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Ética profissional
Docentea: Andrea Alice
Discente: Ana Caliane Bela

ESTUDO DIRIGIDO

1 Com base nas leituras indicadas, qual a base intelectual que se destaca na construção do
código de 1986? Cite o autor e comente sobre o mesmo.
A base intelectual que se destaca na construção do código de 1986 é o marxismo
sem Marx, ou seja, o marxismo vulgar, por Louis Althusser, filósofo francês cuja
leitura da obra de Marx vai influenciar a proposta marxista do serviço social nos anos
60/70 e particularmente o método de B.H. o marxismo equivocado que recusou a via
institucional e às determinações sócio histórica da profissão.
2 Analise o código de 1986? Aqui me refiro as diferenças relacionadas ao contexto histórico
mundial, contexto histórico do Serviço Social, código e estrutura, base teórica, impactos na
intervenção profissional e outras informações.
O código de ética de 1986 é um marco na história do serviço social, depois do
congresso da virada em 1979, que trouxe um grande diferencial, a ruptura com o
conservadorismo. diálogo das ciências sociais Máxima fixação com a classe
trabalhadora e uma forte percepção da totalidade. A grande crítica esse código foi a
recusa a neutralidade é um grande avanço foi o diálogo das ciências sociais que
traz o aspecto cientifico junto com o surgimento das pós graduações.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Centro de Artes, Humanidades e Letras
Curso Serviço Social CAHL
Centro de Artes,
DISCIPLINA: ÉTICA PROFISSIONAL Humanidades e
Letras
DOCENTE: ANDREA ALICE RODRIGUES SILVA
DISCENTE: ANA CALIANE BELA

ESTUDO DIRIGIDO

1) Identifique os fundamentos ontológicos da ética.

Sobre os fundamentos ontologicos da Ética, podemos citar:

Totalidade: Além do pensamento moralista, limitado, compreender toda a dimensão além da


aparência. Além do campo de visão existe todo um contexto ao redor, a situação problema. O
assistente social deve agir de forma profissional, observando as nuances da situação.

Capacidade teleológica: passagem do ser natural para o ser social, através do trabalho. Trabalho
como categoria e não como organização. Capacidade de discernimento, ou seja, moralmente e
eticamente certo e errado.

Práxis: conciliação, mediação entre a teoria e a prática do assistente social. Uma forma de práxis, a
dialética, a transferência da teoria em prática, possibilitado o pensamento crítico.

2) Quais as implicações da atualidade (do contexto capitalista) sob os fundamentos ontológicos


da ética?
Vivemos numa sociedade feitichizada, envalida no processo de alienação capitalista
midiático. O que gera implicações como a tendência a humanizar as coisas, ou seja,
retificação e tornar-mos-nos em coisa, ou seja, a coisificaçao.

3) Defina moral e ética? Conceitue, diferencie e cite exemplos.

A moral é o senso comum, a Ética é o que regulamenta a moral. A ética são as leis, as regras
de convivência em grupo, em sociedade…

Ação moral- “ Trair” a pesar de banal, o ato de traição é caracterizado como uma “infração”
imoral, não é crime!
Ação Ética- “É anti ético assinar o trabalho de outrem, tornado-o seu” Caracterizado como
crime, infração as leis que regulamentam a profissão.

4) De que forma o conservadorismo moral se sustenta ideologicamente na sociedade


contemporânea?

Ideologicamentea burguesia é moralista, abstrai, coloca no campo das idéias determinadas


situações, mudando completamente o foco, ou seja, tira do campo da objetividade e põe no
campo da abstração. A abstração deleita arbitrariamente segundo os seus conceitos. Ex.:

“A mulher apanha porque gosta”

Isso é moralizar a questão social. Julgar é um moralismo imposto pela burguesia.

5) Disserte sobre o neoconsevadorismo.


O é o conservadorismo disfarçado com uma nova roupagem, ou seja, uma maquiagem.
Continua valendo as “velhas” máscaras, porém em um novo contexto, a intensificação da
burguesia, novas burguesias: complexidade, capitalismo exacerbado, defesa da família
tradicional, relações de gênero, étnico raciais…

6) A partir do filme “Anjos do Sol (2006)”, direção de Rudi Lagemann, construa uma análise
vinculada na relação teleologia e causalidade na qual envolva a ética e a moral.

No filme podemos encontrar diversas situações da questão social: condição de pobreza,


analfabetismo e vulnerabilidade… As personagens, crianças, mulheres entram ou são
forçadas a entrar na prostituição, em uma sociedade patriarcal, machista e burguesa, onde
as regras são ditas pelos poderosos. Algumas delas, puras e inocentes, são “taxadas de
putas”, por homens que as compram e as violentam, transformando sua inocência, em
sujeira e dor, sendo comercializada pela família que também são vítimas da pobreza e da
ignorância. O filme faz uma critica a forma do “cafetão”, a prostituição infantil, e ao turismo
sexual, fazendo uma dura apresentação dos fatos, levando o público a refletir sobre a moral
e os costumes da sociedade machista e violenta, onde as regras e as leis, são impostas por
quem possue o capital. Umas das principais questões do filme, é a solução ou não dos
problemas que vamos (como assistentes sociais) enfrentar. Lhe dando diretamente com
pessoas que estão as margens da sociedade e da moral.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Centro de Artes, Humanidades e Letras
Curso Serviço Social
CAHL
DISCIPLINA: ÉTICA PROFISSIONAL
Centro de Artes,
Humanidades e
DOCENTE: ANDREA ALICE RODRIGUES SILVA Letras

DISCENTE: ANA CALIANE BELA

ESTUDO DIRIGIDO

1 Quais as diferenças entre os códigos de 1947 e 1965? Aqui me refiro as diferenças relacionadas ao
contexto histórico mundial, contexto histórico do Serviço Social, código e estrutura, base teórica,
impactos na intervenção profissional e outras informações.

O código de 1947 é conservador, com teoria filosófica cristã, neotomista (bem/ mal, céu/inferno).
Um código completamente desestruturado, com o serviço social a dogmas da igreja, sigilo absoluto
como nas confissões da igreja, foco na caridade e “dominado” por mulheres brancas da burguesia. Já
o código de 1965 é um código mais bem elaborado, com um capítulo, 46 artigos e oito páginas,
passando a ter um caráter legal, arcabouço que legítima a profissão. Mesmo que ainda com base no
conservadorismo, vem com uma perspectiva modernizadora, que abre para o pluralismo teórico, que
são elementos novos dentro do tradicionalismo. Num contexto de “inicio” da ditadura militar, em
face de manifestações culturais de oposição ao regime, mobilizações democráticos populares da
militância jovem estudantil, dos setores profissionais, revela-se a divisão moral da reação
conservadora.

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