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RESUMO
ABSTRATC
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, com a aprovação da resolução n.º38/2017, que dispõe sobre
a aprovação das normas que disciplinam as ações de Extensão Universitária no
âmbito da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), a extensão passou a
ocupar um lugar de destaque no processo formativo. Nessa direção, as ações de
extensão tornam-se exigências obrigatórias na graduação, um processo educativo,
artístico, cultural e científico que passa a articular as atividades de ensino e pesquisa
de forma indissociável (UFRB, 2017).
Historicamente, consciente do papel do curso na construção de uma formação
profissional crítica, o Serviço Social da UFRB assume um protagonismo nas ações de
extensão. Entretanto, a partir do ano de 2020, diante da portaria n.º 544 de 16 de
junho de 2020, que dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em
meios digitais, que instituiu o Ensino Remoto Emergencial (ERE) enquanto durasse a
situação de pandemia do novo coronavírus (MEC, 2020), houve ampliação das ações
extensionistas no curso de Serviço Social da UFRB.
Importante destacar, que a referida ampliação surge como estratégia
pedagógica para realização de ações educativas, formativas e continuadas para os
discentes, buscando incidir na fragilidade característica do ERE que responsabiliza
individualmente docentes e discentes por garantir o processo de ensino-
aprendizagem.
Como destacou o Fórum Nacional em Defesa da Formação e do Trabalho com
Qualidade em Serviço Social e o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) na
Nota Trabalho e Ensino Remoto Emergencial (2020), refletir sobre o ERE é pensar
sobre as mudanças econômicas e sociais desencadeadas pela pandemia, com fortes
impactos na vida acadêmica, pois o debate das condições para o ERE não se reduz
ao acesso à rede de internet e à disponibilidade de telefone celular e/ou demais
equipamentos, “é preciso considerar todos os efeitos da desigualdade social
combinados à crise sanitária e econômica”.
Neste sentido, em 2021, o colegiado do curso de Serviço Social da UFRB
envidou esforços para contribuir com a permanência de discentes na graduação e com
recursos oriundos da emenda parlamentar concedida pela Deputada Federal Luiza
Erunudina, conseguiu-se XXXX discentes com bolsas1.
1
( aqui pode colocar nota de rodapé com os projetos de extensão e números de bolsistas
contemplados).
Cabe salientar que, apesar dos avanços, a cultura extensionista ainda é
desprestigiada, sendo secundarizada no processo formativo em detrimento do
investimento na pesquisa. Com as exigências e com as prerrogativas do trabalho
extensionista no processo formativa, cabe destacar o crescimento dos editais de
financiamento de bolsas para discentes nos projetos de extensão, os quais são
custeados tanto com a fonte orçamentária da universidade e/ou por recursos externos,
a exemplo dos projetos de Emenda Parlamentar.
Tais ações tiveram um papel fundamental para a permanência dos discentes
na graduação, a proposta deste trabalho é refletir sobre esse processo de ensino-
aprendizagem, a partir das experiências de extensão, ações desenvolvidas no curso
de Serviço Social, ligadas aos projetos de “Realidade Brasileira” e “ÉTICA E
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: a necessidade de espaços críticos de diálogos sobre a
necropolítica praticada na sociedade atual”, desenvolvidas com os discentes de
graduação de Serviço Social, no contexto pandêmico (2020-2022).
Vale destacar que os referidos projetos, contemplam as diretrizes/propostas de
adensar questões centrais no processo de formação profissional, fortalecendo as
reflexões sobre ética e necropolítica, a partir da realização de oficinas e seminários. E
as reflexões sobre a realidade brasileira a partir de encontros formativos. Todas essas
reflexões culminando no debate sobre permanência universitária.
Por conseguinte, buscou-se o processo de articulação das ações dos referidos
projetos, tendo como premissa fortalecer as ações desenvolvidas no âmbito da
formação profissional. Ademais, busca-se, com essa ação, promover atividades que
possibilitem aos discentes refletirem sobre as questões conjunturais que afetam a
permanência e, consequentemente, promover articulação.
✔ 03 Mesas Temáticas;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das considerações, cabe salientar que a necessidade de ampliar o investimento na política de extensão no processo formativo dos
discentes. Haja vista, a contribuição que essa experiência tem proporcionado. Para além disso, fica explícito a importância do fomento às práticas de
produção de conhecimento.
Registra-se que a experiência de organização do “I Seminário Realidades Brasileiras: Universidade e Permanência” foi aceita com êxito e
oportunizou uma grande experiência tanto a comissão como para os convidados e os participantes. Tornando-se um espaço de excelência na
formação dos discentes. É importante registrar que o Seminário consentiu um espaço imprescindível de socialização e reflexão sobre a produção
acadêmica dos discentes. Além de oportunizar debates riquíssimos sobre as temáticas ligadas às questões do racismo, permanência e da arte na
formação, numa direção de contribuir para adensar esse debate na formação. Importa dizer que muitas das temáticas abordadas se apresentaram de
Assim, o projeto do “I Seminário Realidades Brasileiras: Universidade e Permanência” tornou-se um divisor de águas, na medida que
apontou a necessidade de ampliar o debate da permanência na universidade e criar mais espaços de divulgação da produção acadêmica.
Certamente, ainda há muito a fazer e aprimorar para que consigamos promover as atividades de capacitação almejadas, de forma a
compor as bases teóricas, metodológicas e éticas que assegurem eficiência, eficácia e efetividade nas ações de assistência social. Por exemplo, é
fundamental desenvolver estudos para identificar o impacto social das ações empreendidas até então, que possam respaldar o planejamento de
futuras capacitações, em consonância com as demandas apresentadas pelos usuários da rede socioassistencial.
Neste sentido, entendemos a necessidade da continuidade da proposta em tela da organização do segundo seminário, de forma
integrativa com outros grupos, a fim de que as ações sejam planejadas e operacionalizadas em conjunto. Além disso, cabe afirmar que é necessário
Acredita-se, entretanto, que tais ações são fundamentais para minimizar as fragmentações e suposições de atividades, fortalecendo o
curso e a universidade. enfrentadas pela população, sem incorrer em discriminação, preconceito e estigmatização da pobreza. Em suma, as
Concluí-se que o projeto foi pensado no âmbito de um processo educativo, cultural e científico, de modo que pudesse viabilizar uma
relação de conhecimento de via dupla entre a universidade no âmbito acadêmica e a sociedade. Havendo assim uma troca de conhecimento.
Pode-se confirmar a importância da construção e a realização deste projeto na vida acadêmica, tanto dos discentes que tiveram a
oportunidade de submeter seus trabalhos, que até a aquele momento estavam guardados, quanto para os ouvintes que tiveram a oportunidade de
agregar maiores conhecimentos. Os temas dos trabalhos apresentados em sua singularidade revelavam questões para debates, despertando um
novo olhar para questões até então não debatida no âmbito acadêmica do referido curso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA. Conselho Acadêmico
(CONAC). Resolução nº 38/2017, de 29 de março de 2007. Dispõe sobre a aprovação
das normas que disciplinam as ações de Extensão Universitária no âmbito da
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Cachoeira: Conselho
Acadêmico (CONAC), 2017. Disponível em:
https://www.ufrb.edu.br/proext/images/Revis%C3%A3o_da_Resolu
%C3%A7%C3%A3o.PDF. Acesso em: 29 mai. 2022.