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EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E A PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES BOLSISTAS

ACERCA DA PERMANÊNCIA ESTUDANTIL EM TEMPOS PANDÊMICO DE


COVID-19

G. B. M. Reis. J. A. Mercês. G. C. Pereira. A. M. Silva e A. A. R. Silva.

A vida universitária é demarcada por uma formação crítica pensada para além do ensino,
promovendo a possibilidade de desenvolver a pesquisa e a extensão. Nesse sentido, este
relato de experiência está sendo produzido a partir da participação no grupo de extensão
“Ética e formação profissional: a necessidade de espaços críticos de diálogos sobre a
necropolítica praticada na sociedade atual'', as ações de extensão ocorreram na modalidade
remota devido ao período pandêmico da Covid-19. As atividades desenvolvidas pelo grupo
foram divididas entre a construção e desenvolvimento de oficinas com discentes do curso de
Serviço Social da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB, na qual foram
desenvolvidos debates acerca da necropolítica fomentando a importância da temática para
compreender a sociedade atual. Para além disso, foi elaborada uma ação em conjunto com o
grupo de extensão “Realidades Brasileiras” para construção de um evento na modalidade
remota, proporcionando assim a participação de pessoas situadas em diversos territórios
simultaneamente. Nesse contexto, para além dessas atividades, foram construídos resumos e
artigos para submissões e possíveis publicações em revistas científicas, dessa maneira, é
sabido ressaltar que o estímulo à escrita ocorreu devido a esse contato com a extensão
universitária. Evidenciado assim que, o contato com a extensão gera motivações para a
construção de produções científicas, e promove a aproximação com temáticas importantes
para a compreensão de como construir uma sociabilidade mais justa e igualitária. Um outro
aspecto positivo acerca da extensão universitária é a possibilidade da participação enquanto
bolsistas, pois a vida do estudante de classe popular necessita de subsídios para se manter no
meio acadêmico. A dedicação para apenas estudar não é uma escolha, é algo condicionado a
algumas pessoas, pois entende-se como um privilégio, apesar de ser um condutor para
mobilidade social, estudar demanda tempo e muitas pessoas não possuem essa oportunidade,
visto que, existe a necessidade de sobreviver no mundo capitalista repleto de marcadores
sociais, diante disso estudar e trabalhar é imposto para esses estudantes. É sabido ressaltar
que a crise vivenciada no atual contexto político e social do país intensificou as tensões e
desigualdades sociais, fato esse que implica diretamente na permanência desses estudantes.
Com a expansão do neoliberalismo o cenário enfrentado pela área social, em específico o
ensino público do Brasil vem sofrendo sucateamento e cortes de gastos que afetam
diretamente a permanência universitária. Faz-se necessário ressaltar que, a discussão sobre a
permanência estudantil torna-se essencial, uma vez que, ordens como essas, oriundas
diretamente do orçamento da União que impede o pagamento das bolsas impacta na
permanência de diversos discentes que se veem obrigados a se desvincularem dos projetos a
qual estão inseridos, pela ausência desse suporte financeiro, além de prejudicar a
intelectualidade dos discentes, que não estarão entregues a sua capacidade produtiva de forma
integral, certamente por estarem com sua atenção comprometida. Portanto, faz-se necessário
ressaltar a importância de uma educação crítica pautada na luta por inclusão social e na
defesa da universalização e democratização do ensino público de qualidade.
Palavras-chave: produção científica, inclusão social, ensino público de qualidade.
Financiamento:

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