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Abstract
If it is configured as a continuation of affirmative actions, the policies of students'
permanence to students are extremely important in reducing the inequalities experienced by
them in higher education. The objetive of this article is to analyze the permanence policies
developed at the State University of Bahia and how they dialogue with the needs of quota
students beyond financial demands. To that pourpose, a semistructured questionnaire was
applied to 10 students from the Psychology and Pharmacy courses at UNEB, which sought to
highlight their experience in the university, as well as their relationship with existing student
assistance actions that did not exist in the institution . With this, it is concluded that the needs
of these students outweigh the financial issues, demanding greater assistance from the
1
Graduando em Psicologia pela Universidade do Estado da Bahia. Bolsista de Iniciação Cientifica pelo
Programa AFIRMATIVA. E-mail: dicmiranda1@gmail.com
2
Professor da Universidade do Estado da Bahia do Curso de Direito (Campus 15). Doutor em Sociologia pelo
IESP/UERJ. E-mail: cleber.juliao@gmail.com
university. Although they get a considerable notion about their rights, lack of information is
still a problem in the barrier between the student and the policies of permanence.
Key-words: Affirmative Actions, Student Student, Higher Education, Affiliation, Student
Permanence, Symbolic Permanence.
Introdução
O ponto inicial das cotas nas universidades brasileiras se deu pelo pioneirismo da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da Universidade do Estado da Bahia, onde nessas
instituições, foi estipulado que boa parte das vagas disponibilizadas em cada curso devessem
ser direcionadas e reservadas para estudantes negros de baixa renda.
Contudo, a UNEB se destaca nesse aspecto pois nela, a decisão de implementação das
cotas se deu de maneira autônoma através de uma decisão unânime do Conselho
Universitário, durante a gestão da primeira Reitora negra do Brasil. Tudo isso em meio a um
contexto acadêmico extremamente segregacionista e fechado para o público alvo das cotas.
Período também onde nas outras universidades, a luta pela mesma adesão de sistema de cotas
ainda estava em pauta.
Todavia, apenas incluir estudantes negros e indígenas de baixa renda no seu corpo
discente não sana as demandas e dificuldades historicamente enfrentadas por esses grupos
sociais. No tocante a UNEB, Santos, M. (2009) aponta que no caso desta, seu modelo
multicampi demanda de uma atenção muito mais meticulosa no que se refere a permanência
dos cotistas, haja vista que estando presente em todo território baiano, as demandas por parte
dos estudantes acabam sendo mais diversas, indo para além das dificuldades financeiras,
mostrando que as políticas de assistência estudantil são de extrema importância para a
permanência dos discentes cotistas na UNEB.
Neste sentido, Santos, R. (2009) denota que para além das necessidades materiais, a
permanência desses estudantes perpassa, sobretudo, por questões simbólicas relacionadas
com afiliação, pertencimento e principalmente aprendizagem, onde, segundo Coulon (2008),
em um contexto de desigualdade social, o conhecimento e os processos de pertencimento e
permanência, se dão de maneira também desiguais, principalmente no ensino superior. Em
síntese, a autora notabiliza para se pensar as necessidades que perpassam pela permanência
simbólica desses estudantes, devendo se pensar tas políticas como dever da instituição no
intuito de minimizar as desigualdades enfrentadas por esses discentes.
Assim, torna-se relevante analisar o contexto das políticas de permanência estudantil
desenvolvidas no seio da Universidade do Estado da Bahia, bem como a presença ou a falta
delas impactam na vivência dos estudantes cotistas.
Cotas na UNEB e a permanência do discente cotista
De acordo com o Anuário UNEB 2017, a Universidade do Estado da Bahia em 2016
detinha um corpo estudantil formado por 40,37% de cotistas em seus cursos de graduação
presencial. São 8.570 estudantes negros e indígenas de baixa renda que se não fossem pelas
politicas de cotas, possivelmente jamais adentrariam em uma instituição pública de ensino
superior. Sobre este processo, Janoario (2013, p.14) nos explana que
O ingresso de alunos(as) negros(as) na universidade pelas cotas consiste em uma
oportunidade ímpar na vida, o contato com conhecimento cientí-fico permite
desenvolver alternativas de luta pela sobrevivência e o combate das múltiplas
formas de racismo que impedem o acesso às instâncias de prestígio social. Além de
permitir o desenvolvimento de estratégias de defesa em momentos de grandes
concorrências que, até então, esses(as) alunos(as) sequer visualizavam a
possibilidade de participar
Sendo assim, o meio universitário nunca antes vivenciado por essa população se
apresenta como um novo espaço de vivências onde as identidades se reconfiguram e são
transformadas mediante as experiências que esses indivíduos estão submetidos.
Com números cada vez mais significativos de estudantes pertencentes a esses grupos,
o autor (idem) também adverte que, frente a isso, a universidade
(...) precisa promover alterações nos conteúdos programáticos das disciplinas, nas
grades curriculares, estabelecer um intercâmbio de experiências para aprofundar a
reflexão sobre relações sociais e raciais, criar mecanismos de enfrentamento do
racismo e construir referências simbólicas a seus grupos e suas comunidades
culturais.
O argumento de Janoario (2013) evidencia a importância de que a universidade deve
se modificar para promover aos estudantes cotistas uma vivência mais adequada possível,
proporcionando a eles a possibilidade de se dedicarem a graduação sem as dificuldades
socioeconômicas.
Em vista dessa responsabilidade por parte do Estado em sanar essa desigualdade, o
governo estadual desenvolveu o Lei nº 13.458 de 10 de dezembro de 2015, que institui o
Projeto Estadual de Auxílio Permanência (PPE) voltado para as universidades estaduais, do
qual, de acordo com o Art. 4º, se compromete a:
I - contribuir para a permanência de estudantes em condições de vulnerabilidade
socioeconômica nas Universidades Públicas Estaduais da Bahia, por meio de
Auxílio Permanência, exclusivamente para os matriculados nos cursos de
Graduação presencial;
II - reduzir custos de manutenção de vagas ociosas em decorrência de evasão
estudantil;
III - fornecer meios para viabilizar a diplomação dos estudantes, na perspectiva da
formação ampliada, da produção de conhecimento, da melhoria do desempenho
acadêmico e da qualidade de vida;
IV - fomentar a democratização dos serviços prestados à comunidade estudantil;
V - contribuir para a promoção da inclusão social e da redução das desigualdades
pela educação.
O Plano Nacional de Permanência Estudantil, por sua vez desenvolvido pelo governo
federal para as Instituições Federais de Ensino, também assume a responsabilidade por parte
da universidade em reduzir as desigualdades existentes no ensino superior, compreendendo
uma visão ampliada das necessidades biopsicossociais dos estudantes e ratificando o dever
das IFES em oferecer acesso a saúde, oportunidades equivalentes de aprendizagem, acesso à
cultura, lazer e uma formação política social. Em síntese, o PNAES (Decreto 7.234/2010)
assegura aos estudante ações de assistência como: I) moradia estudantil; II) alimentação; III)
transporte; IV) assistência à saúde; V) inclusão digital; VI) cultura; VII) esporte; VIII)
creche; e IX) apoio pedagógico.
Ainda de acordo com o Plano Nacional de Permanência Estudantil (2007, p.4), essas
medidas são imprescindíveis para que os alunos vulneráveis socioeconomicamente possam ao
menos concluir seu curso, para isso, é necessária
(...) a criação de mecanismos que viabilizem a permanência e a conclusão de curso
dos que nela ingressam, reduzindo os efeitos das desigualdades apresentadas por um
conjunto de estudantes provenientes de segmentos sociais cada vez mais
pauperizados e que apresentam dificuldades concretas de prosseguirem sua vida
acadêmica com sucesso. (...) é necessário associar à qualidade do ensino ministrado
uma política efetiva de investimento em assistência, a fim de atender às
necessidades básicas de moradia, de alimentação, de saúde, de esporte, de cultura,
de lazer, de inclusão digital, de transporte, de apoio acadêmico e de outras
condições.
METODOLOGIA
O presente trabalho se refere a primeira etapa da pesquisa acerca da construção de
identidade dos estudantes cotistas em relação as ações afirmativas promovidas pela UNEB.
Esta etapa se propôs a analisar as políticas de permanência simbólicas e materias existentes
na Universidade do Estado da Bahia, bem como sua relação com os estudantes cotistas, para
tal feito, foi realizada a aplicação de um questionário semiestruturado em 05 estudantes de
cada um dos cursos de Farmácia e Psicologia, totalizando 10 sujeitos (40% da amostra total
da pesquisa). A escolha dos cursos em diversas áreas do conhecimento teve como objetivo
reconhecer a peculiaridade e as diferentes dificuldades que cada cotista vivencia em cada um
deles. Todos os itens do questionário foram criados em relação aos conceitos abordados na
revisão de literatura, onde buscou adquirir respostas que pautassem a vivência dos estudantes
para que se fosse possível investigar as mudanças comportamentais e subjetivas frente às
experiências acadêmicas, nesta etapa foram analisadas apenas os itens de respostas fechadas e
quantitativas de uma parte da amostra.
As questões foram organizadas em eixos temáticos, constituídos por: (1) momento
anterior às cotas; (2) momento de inserção/aprovação no vestibular; (3) dificuldades
financeiras; (4) dificuldades pedagógicas; (5) representatividade; (6) acesso à saúde; (7)
afetividade intergrupal; e (8) ser cotista na UNEB, onde cada eixo busca explorar diferentes
perspectivas da experiência acadêmica dos estudantes. A análise das respostas terá sempre
como referência a revisão de literatura, da qual será evidenciada a opinião, as vivências, os
comportamentos, as leituras dos estudantes acerca de si mesmo, além das mudanças de
pensamento e concepção que se apresentarem relacionadas ao contexto universitário. Nomes
fictícios de origem angolenses foram atribuídos aos sujeitos como forma de preservar suas
identidades.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Coleta de Dados
A coleta de dados foi realizada entre os dias 10 de abril e 04 de maio, por meio de um
questionário semiestruturado aplicado online, sendo apenas um deles impresso e respondido a
manuscrito.
Questionário
Deste modo foram organizadas os itens do questionário, segundo um agrupamento
teórico acerca da temática analisada. O questionário online disponibilizado em arquivo word
para os participantes, continha a funcionalidade de selecionar a alternativa desejada e
comportava de campos de textos onde era possível a escrita das respostas abertas. Foram ao
total 20 itens, distribuídos da seguinte maneira:
Tabela 1 – Distribuição dos itens do questionário
Categoria Perguntas Perguntas
fechadas abertas
Momento de inserção/aprovação 5 3, 4
Dificuldades pedagógicas 6, 7, 8, 9
Representatividade 14, 15 16
Acesso à saúde 17
Participantes
Foram totalizados 10 estudantes cotistas participantes desta etapa do questionário,
compondo 40% da amostra total da pesquisa. A maioria dos participantes são jovens, sendo a
média de idade 22,3 anos (DP=2,36) do gênero feminino e dos semestres iniciais do curso.
Feminino 70%
Masculino 30%
TOTAL 100%
Segundo 30%
Quarto 30%
Sexto 10%
Oitavo 10%
Décimo 10%
Desemestralizado 10%
TOTAL 100%
Momento de inserção/aprovação
Ao buscar um panorama geral das dificuldades enfrentadas pelos estudantes, as
respostas nessa categoria se apresentaram os resultados mais dispersos do questionário,
evidenciando que inúmeras dificuldades surgem na vida universitária, fazendo com que cada
contexto apresente dificuldades específicas.
Gráfico 1 - Questão n°5: Quais são as suas maiores
dificuldades em ser estudante cotista na UNEB?
A. Dificuldades financeiras. 40
C. Desempenho acadêmico. 30
D. Preconceito. 0
E. Outro: 20
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Nas falas acima é perceptível como se da o processo de afiliação, do qual não apenas
o ambiente é diferente, mas as pessoas que fazem parte dele. Se apresenta com certa
notoriedade que esta afiliação acontece na medida em que o estudante busca articulação em
determinadas atividades como movimentos estudantis e encontra seus semelhantes, mesmo
sendo minoria, a aprendizagem do ofício de estudante, assim como aponta Coulon (2008),
está ligada ao sentimento de pertencimento, que por sua vez, no caso dos entrevistados, está
ligado a convivência com estudantes que compartilham das mesmas questões.
Dificuldades pedagógicas
No que diz respeito as questões das dificuldades pedagógicas, evidenciou-se que a
maioria dos participantes relataram apresentar dificuldades em determinadas disciplinas,
entretanto, tal dificuldade em 40% (n=4) dos sujeitos se apresentou relacionada a origem
deficitária do ensino público básico e médio.
Frente a tais dificuldades, ao selecionarem as alternativas “A” e “B”, 100% (n=10) da
amostra responderam desenvolver atividades informais para contornar esses empecilhos que
ora enfrentam ao longo do curso.
Gráfico 2 - Questão n°7: Como você lida com as
dificuldades enfrentadas nas matérias?
A. Por conta própria, busco materiais
introdutórios em livros e sites, que me ajudem a 50
entender os assuntos das disciplinas.
B. Informalmente articulo com meus colegas as
50
dificuldades em comum.
E. Outro. 0
0 10 20 30 40 50 60
No momento em que percebo assuntos em que nunca vivenciei e que vários dos
meus colegas já conhecem e já estudaram. (Abilio, estudante de Farmácia).
Na maioria das vezes em sala de aula, quando percebo o quanto meu desempenho é
diferente da maioria dos meus colegas. (Nataniela, estudante de Psicologia).
Acho que nos momentos em que encontro dificuldades mediante aos meus colegas
que vieram de escolas boas e tem uma boa preparação. (Melodi, estudante de
Farmácia).
Dificuldades financeiras
Sendo a dificuldade mais explorada na revisão de literatura, estando muitas vezes
relacionada de forma direta com a permanência desses estudantes, 40% (n=40) relataram
receber apoio institucional, 30% (n=3) disseram receber apoio dos pais, 20% (n=2) buscam
formas informais de remuneração e apenas 10% (n=1) se utiliza das atividades acadêmicas
remuneradas.
Faz-se interessante a grande importância da família no apoio financeiro e
permanência desses estudantes, contexto evidenciado por Barros (2015), onde mais
especificamente a mãe, participa diretamente deste apoio financeiro familiar.
Em meio a tais dificuldades, os sentimentos dos estudantes caminham para uma
compreensão de uma conjuntura social (70%, n=7), possivelmente associados a participações
de discussões acerca do tema. Mas ainda 30% (n=3) se sentem constrangidos por tais
dificuldades, principalmente no convívio com estudantes que possuem condições financeiras
totalmente distintas. Os participantes relataram que um possível apoio institucional durante
todo o curso possibilitaria mais tempo para se dedicar as atividades acadêmicas (70%, n=7) e
os outros evidenciaram a possibilidade de investirem em materiais profissionais e importantes
para seu curso (30%, n=3). Deste modo, um apoio integral ao longo do curso está
inteiramente ligado a qualidade do ensino e da formação profissional desses estudantes.
No apoio alimentar, mais especificamente o Restaurante Universitário, as perguntas
variaram, como mostra o Gráfico 3:
E. Outro 0
0 50 100
E. Outro 0
0 20 40 60
Com ambas as informações acerca de seus ciclos afetivos e uma possível nomeação
institucional enquanto cotistas, levantaram-se questões acerca da construção identitária desses
estudantes. Paulo (2014) ao analisar as relações intergrupais em estudantes negros,
evidenciou que as aproximações grupais geralmente tem como base algo que os indivíduos
tenham em comum (comunhão) ou em ordens, geralmente prezando o funcionamento social
(autoridade). Deste modo, os discentes participantes da pesquisa expôs que de fato existe uma
aproximação entre os cotistas, e que essa proximidade está totalmente atrelada a um
compartilhamento mútuo dos mesmos contextos sociais, apresentando uma comunhão da
qual esses estudantes se aproximam na medida em que se identificam com as mesmas
dificuldades e/ou questões sociais.
Entretanto, não foi evidenciado uma forte presença de identidade social ou auto
categorização, estando a identidade de ser cotista estando atrelada majoritariamente em suas
dificuldades socioeconômicas e falta de assistência estudantil. Assim, como trazido por
Santos (2009) ao analisar o conceito de movimentos heréticos de Bourdieu, da qual em um
contexto semelhante, esses estudantes cotistas, em sua maioria, vão buscar “parecer o menos
cotista possível” (Santos, 2009, p.77), principalmente quando sua identidade ainda está
atrelada a elementos pejorativos ou de baixa atenção por parte da universidade,
proporcionando uma invisibilidade.
As necessidades
No tocante ao que eles desejariam que tivesse na UNEB, podemos listar que para
além da ampliação de bolsas, existe uma demanda de atendimento psicológico; mais debate
acerca das cotas; cotas nas seleção de pesquisa e monitoria; inclusão das temáticas
vivenciadas pela população mais marginalizada nas disciplinas, bem como atividades
referentes a cultura negra.
Fica evidente que as necessidades majoritariamente ultrapassam as necessidades
puramente financeiras, estando elas diretamente ligadas a afiliação institucional, com mais
visibilidade dos grupos étnico raciais e mais apoio institucional que vise o controle das
desigualdades existentes ao longo do curso, como por exemplo na seleção de participantes de
pesquisa e monitoria pelos professores, que segundo s4, é feita por pura meritocracia e com
base em perfis pré-determinados pelos professores, fazendo com que a maiorias dos
selecionados não sejam os cotistas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inserção de estudantes negros por meio das cotas constroem novos espaços sociais
onde se torna possível a formação de novas identidades e novas vivências, sendo elas de
preconceito, superação, dificuldades e autoconhecimento. É papel da universidade fornecer
autonomia tanto intelectual quanto financeira para que esses estudantes possam concluir seus
cursos e possam adentrar no mercado de trabalho, e por resultado, modificarem suas
realidades socioeconômicas.
Além disso, as ações afirmativas em formato de permanência estudantil são
indispensáveis para a emancipação e ascensão social desses estudantes, visto que o simples
fato de adentrar no espaço universitário não sana as interferências do racismo institucional
vivenciado diariamente pelos estudantes.
A universidade, bem como seus projetos de assistência e permanência, deve se voltar
para analisar e identificar as necessidades desses estudantes para além das dificuldades
financeiras, se atentando aos processos psicossociais implicados na vivência de ser estudante
cotista, sobretudo pela sua condição socioeconômica, da qual tende a proporcionar a estes
condições desiguais de aprendizagem, afiliação, reconhecimento, sucesso profissional e até
mesmo bem estar biopsicossocial.
Apesar de existirem no âmbito da UNEB, as políticas que vão além do apoio
financeiro são pouco disseminadas entre os estudantes cotistas. Ao analisar a baixa adesão
delas, podemos supor que essas políticas mais amplas são pouco divulgadas ou apresentam
baixo quantitativo de vagas, fazendo com que alguns nem sequer a busquem.
A noção acerca de seus direitos está presente na fala da maioria dos estudantes,
mostrando que para eles, tais políticas são de extrema importância para sua permanência na
universidade, bem como se configuram como a continuação de uma reparação histórica aos
grupos socialmente marginalizados.
Deste modo, é dever da universidade construir espaços onde a diversidade possa estar
presente e de maneira que todos possam se desenvolver tanto pessoalmente quanto
profissionalmente, contribuindo para as mudanças sociais e o progresso nas relações étnico
raciais no país.
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