Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
"#$%&&'(#")$'()%*"+)%&#,'
")$'()%*"+)%&"-%*".)#,'#&%
',/*%*".)#0/1'("+(
Página Legal
378-Mes-U
Ministerio de Educación Superior.
Universidad 2012: memorias. VI Taller Internacional de Internacionalización de la
Educación Superior / Ministerio de Educación Superior, Universidades de la
República de Cuba. – La Habana : Editorial Universitaria, 2012. – ISBN 978-959-16-
1548-0.
1. Universidades de la República de Cuba.
2. Educación Superior – Congresos.
1
Acadêmico do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades da Universidade Federal da Bahia – Brasil e
Bolsista de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
2
Professora Associada III da Universidade Federal da Bahia – Brasil, coordenadora do Programa de Pós-
Graduação Estudos Interdisciplinares sobre Universidade (EISU).
_______.(1999). Penser, classer, catégoriser: l’éfficacité de la méthodologie
documentaire das les premiers cycles universitaires. Les cas de l’Université de
Paris 8. Paris: Laboratoire de Recherches Ethnométhodologiques.
Primera parte
sección II
“Memorias del 1ª Congreso de Extensión de la Asociación de Universi-
dades Grupo Montevideo - AUGM - Extenso 2013”. Montevideo: 2013.
Extensión Libros.
Servicio Central de Extensión y Actividades en el Medio (SCEAM)
Brandsen 1956, apto 201.
11200 Montevideo, Uruguay.
Teléfono (598) 2409 0286 y 2402 5427
Fax (598) 2408 3122
comunicacion@extension.edu.uy
www.extension.edu.uy
Diseño: Trabajo Colectivo
ISBN 978-9974-0-1038-3
DA EDUCAÇÃO BÁSICA À EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA PESQUISA-AÇÃO ETNOMETODOLÓGICA
ACERCA DA REALIDADE DE ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO DA BAHIA
Estudos recentes afirmam que nas escolas públicas há poucos debates acerca da continuidade
dos estudos e da vida universitária de seus alunos, sendo grande a desinformação e o distanciamento de
estudantes do ensino médio público sobre a educação superior. Tudo isso somado ao despreparo produzido
por grande parte das escolas públicas, geram uma autoexclusão desses estudantes no que diz respeito ao
prosseguimento de seus estudos no nível superior. A pesquisa aqui relatada foi desenvolvida em escolas
públicas da região Metropolitana de Salvador e do Recôncavo da Bahia visando identificar as dificuldades
que se interpunham para a continuidade dos estudos desses estudantes, especialmente no que tange o
investimento de gestores e professores no futuro educacional desses jovens. O estudo de caráter qualitativo
utilizou como abordagem a pesquisa-ação, como opção teórico-metodológica a etnometodologia, além
das técnicas características da etnografia (diário de campo, observação participante e entrevistas). Foi
identificado que os estudantes de escolas públicas não têm informações básicas relativas à universidade,
descrédito de professores e gestores na capacidade dos alunos em obter sucesso na educação superior e
um posicionamento em geral, contrário à reserva de vagas para os alunos de escolas públicas por parte dos
estudantes. Esses dados confirmam o distanciamento da instituição escolar em relação à universidade no
que diz respeito ao futuro educacional da juventude que frequenta escolas públicas no Estado.
Palavras-chave: escolas públicas, transição universitária, longevidade escolar.
Introdução
A Universidade tem como uma de suas missões a articulação com a sociedade de forma que essa articulação
seja percebida como parte inequívoca e irrefutável de seu cotidiano (SANTOS, 2010). No Brasil, a situação
da educação superior tem se modificado nessa direção, contudo, os passos ainda são tímidos, sobretudo
no que se refere à juventude, como demonstram os dados coletados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE): em 2009, tínhamos apenas 48,1% de jovens entre 18 e 24 anos matriculados
em cursos universitários e, desses, apenas 22,2% em instituições públicas.
Soma-se à preocupação com o baixo contingente de jovens que conseguem acender à educação
superior brasileira a discussão acerca do elevado número de instituições privadas de ensino superior que
paulatinamente ganham proeminência quantitativa em todo o território nacional, tornando-se opção quase
que certeira para aqueles que almejam, o sonhado ou nem tanto, “nível superior” e se deparam, sobretudo
pelo insatisfatório nível do ensino básico, com os portões fechados das Universidades Públicas.
Essa indisponibilidade de vagas em instituições públicas, provoca a busca pelo sistema privado que, salvo
raras exceções, está distante da pesquisa e da extensão, reduzindo a atividade de formação da juventude
à reprodução de conteúdos, com a evidente baixa qualidade dos diplomas obtidos (SAMPAIO e SANTOS,
2012, p. 250).
Esse, sem dúvida, é um dado que pede atenção, sobretudo se levarmos em conta o importante
papel das escolas, em especial as públicas, em incentivar o prosseguimento dos estudos via educação
superior, entre jovens de origem popular. Essa atribuição é tanto dos gestores e educadores das escolas
de ensino fundamental e médio, quanto da universidade, como instituição formativa e de responsabilidade
social permanente.
Faz-se imperioso, contudo, salientar que a Universidade brasileira vive, desde meados dos anos
2000, um momento de efervescência politicamente corajoso e transformador (ALMEIDA FILHO, 2010). Esse
período que tem como marco inicial as politicas propostas pelo REUNI (Plano de Restruturação e Expansão
das Universidades Federais) tem como resultado o expressivo aumento do número de matriculas em todas
as instituições que partilharam esse acordo, além de uma ressignificação das tradicionais arquiteturas
1 Bacharel Interdisciplinar em Humanidades com ênfase em Estudos Jurídicos pela Universidade Federal da
Bahia - Brasil, acadêmico do curso de Direito pela mesma Universidade e bolsista de Iniciação Científica do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.
2 Bacharel Interdisciplinar em Humanidades com ênfase em Estudos Jurídicos pela Universidade Federal da
Bahia - UFBA. Graduando do curso de Direito da UFBA. Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq.
135
______. (1995). Etnometodologia e Educação. Petrópolis: Vozes, 1995.
DURKHEIM, É. (1983). As regras do método sociológico. 2ª edição. Tradução de Margarida Garrido Esteves.
São Paulo: Abril Cultura.
FREIRE, P. (1970). Educação “bancária” e educação libertadora. In: PATTO, M. H. S. (org.). Introdução à
psicologia escolar. 3 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo.
LAPLANTINE, F. (2004). A descrição etnográfica. Tradução de João Manuel Ribeiro Coelho e Sergio Coelho.
São Paulo: Terceira Margem.
MALINOWSKI, B (1978). Uma Teoria Científica da Cultura. São Paulo: Abril Cultural.
MARTINS, João. (2002). Observação Participante: Uma abordagem metodológica para Pscologia Escolar.
In: MARTINS, J. Psicologia e educação: Tecendo Caminhos. São Carlos: RiMa.
SILVA, J. (2003). Por que uns e não outros? Caminhada de jovens pobres para a universidade. Rio de
Janeiro: Sete Letras.
SAMPAIO, S.; GONÇALVES, G. (2012). Vincular a Universidade a Escolas do Ensino Médio. Apontamentos
Iniciais para uma tarefa urgente. Estudos IAT, v. 2, p. 247-263.
141