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A BNC-FORMAÇÃO E A BNC-FORMAÇÃO
CONTINUADA: um debate sobre a formação
humana utilitarista na e para a educação
Andreia Gomes da Cruz
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Brasil
Resumo
A partir de uma contextualização do atual momento político e social do Brasil, este artigo tem o
objetivo de apresentar um panorama sobre as recentes políticas curriculares para a formação
docente, por meio de uma análise documental e bibliográfica, tendo como mediação as categorias:
formação docente, políticas educacionais para a formação inicial e continuada e utilitarismo
educacional. Busca-se problematizar as intencionalidades e os agentes que mediam a aprovação da
BNC - Formação e BNC – Formação Continuada, assim como seus possíveis impactos no trabalho
docente sob uma lógica utilitarista de formação humana. Como considerações, argumentamos sobre
a necessidade do debate sobre como a lógica utilitarista vem ganhando materialidade no campo da
educação, encontrando no modelo de competências sua forma de existência principal. A
contribuição desta análise busca, a partir dos autores estudados, abrir precedentes para novas
análises sobre os aspectos nocivos da pedagogia do capital presentes nas propostas curriculares que
têm chegado de forma autocrática no campo educacional brasileiro.
Palavras-chave: Formação docente; Políticas educacionais; BNC-Formação; BNC-Formação
Continuada; Utilitarismo educacional.
Abstract
Based on contextualization of the current political and social moment in Brazil, this article aims to
present an overview of recent curricular policies for teacher training, through a documentary and
bibliographic analysis, having as mediation the categories: teacher training, educational policies for
initial and continuing education and educational utilitarianism. It seeks to problematize the
intentions and agents that mediate the approval of the BNC - Education and BNC - Continuing
Education, as well as their possible impacts on teaching work under a utilitarian logic of human
formation. As considerations, we argue about the need for a debate on how utilitarian logic has been
gaining materiality in the field of education, finding its main form of existence in the competence
model. The contribution of this analysis seeks, from the authors studied, to open precedents for new
analyzes on the harmful aspects of the pedagogy of capital present in the curricular proposals that
have arrived in an autocratic way in the Brazilian educational field.
Keywords: Teacher training; Educational policies; BNC-Education; BNC-Continuing Education;
Educational utilitarianism.
Introdução
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A escola neoliberal designa um certo modelo escolar que considera a educação como
um bem essencialmente privado e cujo valor é, antes de tudo, econômico. Não é a
sociedade que garante a todos os seus membros um direito à cultura, são os
indivíduos que devem capitalizar recursos privados cujo rendimento futuro será
garantido pela sociedade. Essa privatização é um fenômeno que afeta tanto o sentido
do saber, as instituições transmissoras dos valores e dos conhecimentos quanto as
próprias relações sociais (LAVAL, 2004, p. XI-XII)5.
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Esse “novo paradigma” quer responsabilizar os cidadãos por seu dever de aprender.
Nesse sentido, mais do que uma resposta às necessidades de autonomia e expansão
pessoal, é uma obrigação de sobrevivência no mercado de trabalho que comanda
essa forma pedagógica de existência. Assim, autodisciplina e auto aprendizado se
completam. Se os indivíduos não são capazes de “gerenciar a incerteza” e de
assegurar sua “empregabilidade” em uma sociedade onde o risco de marginalização
é cada vez maior, a eficácia global da economia será diminuída (LAVAL, 2004, p.
51).
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apenas para garantia de existência material imediata do trabalhador, ao mesmo tempo que
satisfaz o mercado e os interesses empresariais escusos no campo da educação.
Segundo Moura (2021), existe uma relação intrínseca entre o sistema do capital e as
reformas educacionais, onde o neoliberalismo pauta todas as dimensões sociopolíticas,
alterando as dinâmicas de produção e as características próprias do trabalho. Novas
habilidades e competências vêm sendo exigidas ao trabalhador e, nesse sentido, a educação
vem assumindo o papel de promover a flexibilização para tornar possível as transformações
ao mundo do trabalho. Nesse contexto, a produção de conhecimento não só vem
acompanhando as transformações impostas à educação, como também se torna responsável
por justificar e alimentar o ideário utilitarista do sistema educacional, tanto no âmbito da
Educação Básica como, principalmente, no Ensino Superior.
Para Leher (2021a), o ideário utilitarista se faz presente de diversas formas no contexto
educacional através de combinações de ideologias conjugadas às crenças utilitaristas que para
o autor vem alterando, profundamente, o cotidiano das instituições e interferindo em suas
funções sociais. Ainda na análise de Leher (2021a), o processo de mercantilização da
educação e seu contexto utilitarista não se restringem às práticas gerenciais ou pedagógicas
no sentido formativo, mas se inserem na própria construção e produção de conhecimento.
Tessaro, Costa e Souza (2021) afirmam que a partir de 1996, com a entrada em vigor da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), a educação nacional vem
assumindo orientações e disposições reformistas que seguem as diretrizes mundiais para a
educação, sendo essas sugeridas pelo Banco Mundial e seus organismos, a fim de priorizar
alguns seguimentos da educação em detrimentos de outros, em um movimento privatista de
mercado:
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O debate sobre a questão do conhecimento como mais uma forma de gerir a educação
em prol dos interesses dominantes é urgente no contexto educacional. Características como
a meritocracia e a quantificação atrelados à educação e à produção de conhecimento na área
vem sendo normalizados, deixando de lado o verdadeiro papel do conhecimento para um
projeto de sociedade não utilitarista.
Apesar da dificuldade de se fazer ouvir dentro dos parâmetros da sociedade
mercadológica, é necessário compreender o papel do conhecimento nas disputas políticas no
campo da educação para que a produção de conhecimento ultrapasse o contexto utilitarista
proporcionando uma compreensão da complexidade da sociedade capitalista, fazendo valer
os objetivos de formação e produção de conhecimento em prol dos interesses sociais.
Considerações finais
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Notas
1Termo, também, empregado por Behring (2021).
2 Shiroma Moraes e Evangelista (2002) analisaram com profundidade, na primeira década do século XXI, como as
conferências e reuniões organizadas pelos organismos internacionais delineavam as transformações necessárias para uma
ampla reforma da política educacional. Era a modernização conservadora logrando esforços para redesenhar o campo
educacional e as políticas de formação docente. Nos relatórios mais recentes, o Banco Mundial, por exemplo, reitera e
avança no sentido dessas orientações, agora com o mote das competências socioemocionais (PRONKO, 2019; ACCIOLY;
LAMOSA, 2021).
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3Aqui, fazemos, propositalmente, uma referência ao livro ‘As veias abertas da América Latina’, do saudoso professor
Eduardo Galeano. A lograda das atuais frentes ultraneoliberal e ultraconservadora não deixa de ser um movimento amargo
de reiteração da nossa condição dependente, assim como àquela evidenciada por Galeano em sua obra.
4 Para a utilização desta conceituação recorremos aos estudos de: Behring (2021); Accioly, Nascimento e Costa (2022).
5 Na fase analisada por Laval (2004) vivíamos, em âmbito internacional, uma lograda da onda neoliberal em todas as esferas
da vida social. Quando recorremos à categoria ultraneoliberal estamos nos referindo aos estudos mais recentes, que
consideram os avanços das contrarreformas nas políticas de ajuste fiscal nos países capitalistas centrais e de capitalismo
dependente, assim como aqueles que analisam o aprofundamento da superexploração da classe trabalhadora sob o avanço
das correntes neofascistas e ultraconservadoras como àquelas que vivenciamos no Brasil de hoje.
6 Aqui, nos referimos à categorização estudada por Antunes (2011), acumulação flexível.
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Correspondência
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ANDREIA G. DA CRUZ; ALINE C. MOURA; LUCIANE S. NASCIMENTO
Aline de Carvalho Moura: Doutora em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação – PROPED-
UERJ e professora Adjunta do Departamento de Educação e Sociedade (DES/IM) da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro e do Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos
Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEDUC- UFRRJ). Coordenadora do Grupo de de Estudos
e Pesquisas em Ensino Superior e Pesquisa em Educação (ESPE/UFRRJ) e pesquisadora no Grupo
EPISTEME (PROPED/UERJ).
E-mail: licacmoura@hotmail.com
ORCiD: http://orcid.org/0000-0001-6186-605X
Luciane da Silva Nascimento: Doutora em Educação pelo PPGE/UFRJ e professora Adjunta da Faculdade de
Educação da Baixada Fluminense (FEBF/UERJ) no Departamento de Gestão de Sistemas Educacionais.
Pesquisadora associada ao Coletivo de Estudos em Educação e Marxismo (COLEMARX) e
pesquisadora associada ao grupo de Pesquisa: Estado, Políticas e Espaço Público da Fundação Oswaldo
Cruz (FIOCRUZ).
E-mail: luciane.estrela@gmail.com
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-5809-5597
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