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UM CONTO DE ESPADAS E ESCUDOS

Introdução

Os Mitos de Criação

-40000 DR

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Toril é um planeta antigo. Os sábios e estudiosos estimam que tenha entre 30 e 40 mil anos de
idade. Mas mais antigo que o planeta é o Mar Astral, o espaço sideral (o Reinoespaço), as
estrelas e até mesmo outros planetas. Assim como mais antigos são as divindades, os
primordiais e outras entidades criadas ao longo do desenvolvimento do universo. Ainda assim,
Abeir-Toril é importante e tem papel essencial para o desenvolvimento do universo, como
poderá ser visto em artigos futuros.

Segundo estes mesmo sábios e estudiosos, o começo de tudo se dá com o deus supremo,
aquele que está acima de todos os outros deuses: aquele conhecido como Lorde Ao. A ele se
deve a criação de todas as coisas, inclusive outros deuses.

Quando Ao criou o universo, este era um nada, sem tempo ou espaço. Tudo era cinzento e
havia apenas uma névoa infinita. Ao decidiu então dar algo que lançasse luz e sombras no meio
desse nada interminável, e foi então que criou as divindades gêmeas da luz e da escuridão. A
luz ele chamou Selûne e a escuridão ele chamou Shar, e elas eram exatamente opostas.

Desde o início passaram a competir, e embora Selûne se considerasse boa e Shar má, eram as
únicas divindades que existiam, portanto precisavam trabalhar em conjunto. Sob orientação de
Ao, elas criaram o espaço sideral e os planetas que, até o momento, ainda não orbitavam
quaisquer sóis.

Quando criavam Abeir-Toril, elas acabaram criando sem querer uma nova divindade. Esta
deusa, que foi chamada Chauntea, era o próprio espírito de Abeir-Toril, a mãe-terra.
Empolgada com sua existência, Chauntea só queria semear a superfície de Abeir-Toril com vida,
pois a única “vida” que o planeta tinha era ser iluminado ora pela radiância de Selûne e ora
pela escuridão de Shar. Não havia sequer calor ou frio.

Chauntea implorou para que houvesse um pouco de calor, alegando que com isso conseguiria
nutrir a vida, e povoar a superfície de Abeir-Toril com as mais variadas criaturas. Esse pedido só
aumentou a disputa entre Selûne e Shar, e da briga entre elas foram criadas as divindades da
guerra, da fome, da doença, do assassinato e da morte. No entanto, desse conflito criou-se o
calor que Chauntea tanto precisava, mas a diferença de opinião entre as duas divindades
gêmeas sobre o que deveria ser criado ou não se espalhou pelo mundo e tudo têm sido parte
de Toril desde então.

Mas a disputa entre elas não parou por aí. Selûne, para desafiar a irmã, vagou até o Plano
Elemental do Fogo, criado por Lorde Ao enquanto criava o Mar Astral (onde estão inseridos os
outros planos de existência) para outros propósitos, e com os poderes de lá, incendiou os
maiores planetas do Mar Astral e, assim, criou os sóis, as estrelas. Enciumada, Shar atacou os
sóis e tentou abafar-lhes as chamas com escuridão, mas Selûne liberou toda a essência mágica
contida em sua forma física e a atirou contra a irmã.

A essência mágica e divina de Selûne atravessou o corpo de Shar, e o corpo físico desta
também liberou sua parcela de energia mágica, e a junção de tais energias deu origem à
Mystryl, conhecida doravante como a deusa da magia. Embora Mystryl fosse composta tanto
de energia de luz quanto de escuridão, ela simpatizava mais com Selûne e se aliou a ela. Juntas,
elas passaram a superar Shar na criação das coisas e, derrotada, a irmã sombria fugiu para o
vácuo jurando se vingar das duas.

A criação de Mystryl gerou também a Trama da Magia, uma rede mística de energias a partir da
qual qualquer criatura que não seja uma divindade pode manipular a magia. A manipulação
das energias místicas da Trama podem ser feitas através da música, do estudo, do pacto com
entidades, da hereditariedade com criaturas mágicas e canalizando energia divina ou da
natureza.

Abeir-Toril, agora aquecida por causa do sol, logo passou a testemunhar o aparecimento da
vida em abundância. Essencialmente a vida no planeta ainda era aquática, pois ele era
completamente coberto por água, e por isso conhecido como Planeta Azul. Mas, o florescer da
vida foi desafiado pelos primordiais, seres que não são deuses, mas entidades representativas
de diversos planos de existência. Saídos desses planos, eles vieram até o Plano Material e
começaram a interferir nas coisas, alterando partes dos mundos ao seu gosto e bel prazer.
Assim, eles criaram “espelhos” do mundo material, como Faerun, a Agrestia das Fadas e o
Sombral, o Pendor das Sombras, também conhecido como Plano das Sombras.

Tal interferência irritou vários deuses e uma guerra irrompeu entre as divindades e os
primordiais, pois os dois lados queriam sua parte e relevância sobre o Plano Material. Em
Abeir-Toril, tal conflito gerou novas divindades, tenham sido elas criadas pela própria guerra ou
invocados por outras divindades de outras dimensões ou do multiverso.

Seja como for, tamanho foi o poder da guerra que ela quase ameaçou a existência do planeta e
do próprio Plano Material, e ficou conhecida como Guerras do Alvorecer.

As Guerras do Alvorecer

-30000 DR

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Lorde Ao, a divindade suprema, criou os primeiros deuses, o Mar Astral e outros planos de
existência e como isso levou à criação dos planetas e estrelas e a mais divindades. No meio
dessa “sopa existencial”, surgiu um planeta conhecido na época como Planeta Azul, Abeir-Toril,
e o florescer da vida em sua superfície atraiu os primordiais, entidades vindas de outros planos
de existência. Eles tinham sua própria versão de vida e existência e começaram a interferir na
criação dos deuses.

Os deuses, por sua vez, se irritaram e irrompeu uma guerra entre eles e os primordiais,
conhecida como Guerras do Alvorecer. Primeiramente, a guerra era somente para definir quem
governaria Abeir-Toril, mas logo ela tomou uma extensão e proporção maiores. Isso começou
quando o Deus Louco Tharizdun, também conhecido como Olho Elemental Ancião, faminto por
poder, decidiu criar, no meio da guerra, um lugar só para ele, em que ele fosse o governante
supremo.

Para atingir seus objetivos, Tharizdun criou o Fragmento da Pura Maldade e o colocou nas
mãos dos obyriths, uma espécie de demônios ancestrais tão antigos e primitivos que não
possuíam forma humanoide. Até então, os obyriths viviam no vácuo e na escuridão, longe de
tudo, e as poucas vezes que haviam se manifestado era para tentar destruir algumas criações
dos deuses. De posse do Fragmento, os obyriths ficaram ainda mais corrompidos e
enlouquecidos, e sendo Tharizdun o Deus da Loucura, também ficaram suscetíveis a ele.

Tharizdun então os enviou até o Mar Astral e ordenou que eles plantassem o Fragmento lá,
prometendo-lhes, como sempre, um pedaço do que sobrasse. Embora fosse reconhecidamente
louco, Tharizdun sabia que esse plano não iria funcionar como deveria, pois os outros deuses
eram poderosos demais e isso não passaria assim tão despercebido. Então, em vez disso, ele
decidiu pegar o Fragmento por conta própria e levá-lo até a Vastidão Elemental no Caos
Elemental. Assim, além de tudo, ele não precisaria dividir nada com ninguém.

Então, no Abismo ele semeou o Fragmento, e os primordiais que haviam lá foram


transformados em demônios. Nesse momento, os deuses estavam lutando contra os
primordiais que estavam mexendo no Plano Material, e tiveram que deixá-los de lado para lidar
com Tharizdun e o problema demoníaco que ele criou.

Tharizdun, ainda assim, fazendo por conta própria, falhou. Os outros deuses conseguiram
chegar até ele e o aprisionaram em um universo paralelo conhecido como Vácuo Agonizante.
Ainda que tenha sido deixado lá com plenos poderes, ele estava tão enlouquecido que não
conseguia tramar sua fuga e lá ficou por muito tempo.

Enquanto as divindades lidavam com o Deus Louco, os primordiais se reorganizaram e


passaram a ser liderados por Miska, o Lobo-Aranha, um demônio fugido justamente do Abismo
durante o caos criado por Tharizdun. Logo os deuses estavam em pé de guerra com primordiais
e demônios, e os conflitos se intensificaram.

Durante esses novos conflitos, aconteceu uma das batalhas mais violentas e marcantes das
Guerras do Alvorecer:  a luta entre o deus-dragão Io e o primordial conhecido como Rei do
Terror. Ousado, Io decidiu enfrentar o primordial sozinho, que com seu colossal machado de
adamantina partiu o deus-dragão ao meio em um golpe só. O golpe dividiu não só o corpo
físico de Io, mas também sua essência, e das metades surgiram Bahamut e Tiamat, que se
ergueram e, juntos, derrotaram o Rei do Terror. Esta foi a única vez que essas divindades
trabalharam juntas, pois sendo uma boa e outra má, tornaram-se eternas inimigas. Este é um
dos eventos mais importantes para a história dos dragões.

Enquanto isso, sorrateiramente, o primordial conhecido como Dendar, a Serpente Noturna, se


esgueirou despercebido e devorou o sol no qual Abeir-Toril orbitava. Sem tal fonte de calor, o
planeta congelou e logo toda a vida que havia acabado de florescer, pereceu.

Em outra frente da batalha, uma obyrinth manipulada antes por Tharizdun e conhecida como
Rainha do Caos se aliou a Miska, o Lobo-Aranha, ávida por matar todos os deuses. Isso levou a
um evento conhecido como Batalha de Pesh, onde as criaturas conhecidas como Duques do
Vento de Aaqa, seres muito antigos e originários do Plano Elemental do Ar, destruíram os
exércitos dos Caos liderados pela obyrinth e derrotaram Miska, banindo-o para o Pandemônio.
A própria Rainha do Caos mal conseguiu escapar e fugiu para o Abismo, a fim de curar suas
feridas e planejar uma vingança.

Logo a batalha começou a ficar favorável aos deuses, e o golpe derradeiro se deu quando
Ubtao, um dos primordiais, decidiu trair seus companheiros. Cansado da guerra, ele decidiu
ajudar os deuses a aprisionar seus antigos aliados, principalmente Dendar, e fez um acordo
com os deuses: ser a sentinela da prisão da Serpente Noturna, e seu algoz caso ela escapasse e
tentasse destruir Abeir-Toril.

Como recompensa, os deuses deram a Ubtao o controle de sua própria porção de terra em
Abeir-Toril, em uma ilha ao sul do continente de Faerûn, um lugar que ele chamou de Chult. Lá
também ficava, e fica até hoje, a prisão de Dendar, dentro de um vulcão. Assim, a ilha de Chult,
que agora é uma península, é uma das porções de terra mais antigas do que hoje é Toril, a
única a possuir alguns dos seres mais antigos, como dinossauros.

Assim, com a traição de Ubtao, se encerraram as Guerras do Alvorecer e a geografia de Faerûn


mudou e a vida voltou a florescer, naquilo que ficou conhecido como os Dias de Trovão

Os Dias do Trovão

-30000 a -24000

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Com Ubtao traindo seus antigos aliados primordiais, entregando-os e ajudando as divindades
os prenderem. Como prêmio, Ubtao recebeu em Abeir-Toril, o planeta que era o centro da
guerra, um pedaço de chão para chamar de seu. Era uma ilha, e ela a chamou de Chult.

Mas antes dele ganhar este pedaço de terra, ocorreram os Dias do Trovão, que começaram
quando o Sol foi recriado após Dendar tê-lo engolido e o todo o gelo sobre Abeir-Toril começou
a derreter, deixando para trás enormes pedaços de terra, um supercontinente bem diferente
do que existe hoje, chamado Merrouboros. Nas proximidades desse supercontinente ficava a
ilha que foi dada a Ubtao, que posteriormente se tornou uma península.

Logo a vida ressurgiu na superfície, agora ainda mais diversificada. Das diversas formas de vida,
terrestres, aquáticas e áreas, cinco se destacaram, evoluindo ou vindo de outros planos. Eram
as chamadas Raças Criadoras. Estas cinco raças foram dominantes durante todo o período dos
Dias do Trovão. Eram elas: os sarrukh, os batrachi, os aearee, os feéricos e os humanos. Os
humanos, no entanto, eram os menos evoluídos e ainda eram mais parecidos com seus
ancestrais símios nessa época.

Os sarrukh foram os primeiros a evoluir e a se desenvolver e foram responsáveis pela criação


dos yuan-ti, das nagas e de diversos reptantes, o povo-lagarto. Depois vieram os batrachi, que
eram anfíbios e conquistaram a terra, sendo responsáveis pela criação dos batraquianos,
dúplices, kuo-toa e sahuagin. Os voadores aearee criaram os aarakocra, kenku e outros seres
voadores semelhantes a aves. Os feéricos, vindos de Faéria, criaram as sprites, pixies, sátiros e
korreds. Essa quatro raças, superiores intelectualmente, eram independentes e algumas
formaram impérios.
O Império Sarrukh, foi o primeiro a se estabelecer, pois era a espécie mais abundante. Eles
criaram a primeira civilização da qual se tem registro e eles eram tão numerosos e poderosos
que começaram a se espalhar pelo supercontinente. Foi então que começaram a fazer
experimentos genéticos e mágicos para criar novas espécies (por isso o termo “raça criadora”).
Eles começaram a escravizar outras espécies que julgavam inferiores (incluindo humanos) até o
ponto que passaram a ser uma minoria dentro de seu próprio império. Obviamente isso foi sua
ruína, pois começaram a surgir conflitos e rebeliões entre os escravos, que se uniram para
derrubar os sarrukh. Uma minoria sarrukh conseguiu escapar para outros planos ou entrou em
estado de hibernação.

O Império Batrachi também cresceu e se expandiu a ponto de entrar em conflito com os titãs,
que viviam no norte do supercontinente em um local chamado Ostória, que no idioma dos
gigantes significa “Trono do Pai”. Os titãs eram uma raça muito maior que os gigantes, criados
pelo deus dos gigantes, Annam, o Pai-de-Todos. O conflito começou quando o líder dos
batrachi foi morto pelo lorde titã chamado Omo, e as raças entraram em um conflito que durou
séculos sem que ninguém cedesse. Foi quando os batrachi tentaram levar vantagem na batalha
libertando alguns primordiais de sua prisão, na esperança que eles lutassem contra os titãs.
Contudo, os primordiais estavam furiosos com seu aprisionamento e o que eles queriam
mesmo era destruir tudo. Assim, uma primordial chamada Goro lançou contra Abeir-Toril um
meteoro de gelo enorme, quase do tamanho de uma pequena lua.

O impacto do meteoro causou uma imensa destruição. Uma tempestade de fogo destruiu tudo
por centenas de quilômetros e terremotos assolaram o supercontinente. Os fragmentos que
acompanhavam o enorme meteoro causaram destruição por todos os lados, seguidos de
incêndios gigantescos. O local do impacto criou o que hoje é o Mar das Estrelas Cadentes, e seu
nome é um reflexo do evento que ficou conhecido como a Queda da Lágrima.

Um fato a se observar é que após a queda do meteoro, começaram a aparecer pela superfície
de Abeir-Toril várias criaturas reptilianas capazes de voar: os dragões. Isso aconteceu porque o
meteoro de gelo continha vários ovos de dragão, oriundos de algum outro lugar do
Reinoespaço. Ou seja, dragões não são criaturas torilianas, mas alienígenas.

No rescaldo da Queda da Lágrima, o Império Batrachi havia sido completamente destruído,


mas um novo conflito entre primordiais e deuses estava para irromper novamente. Dessa vez,
porém, Ao decidiu intervir. Para resolver o problema definitivamente, ele dividiu o planeta em
dois, mas não fisicamente, porém mágica e metafisicamente, criando dois planetas gêmeos,
Abeir e Toril. Abeir ele deu aos primordiais e Toril aos deuses. Os planetas deveriam sempre
estar em equilíbrio, e para isso Ao criou as Tábulas do Destino, com os nomes e portfólios de
cada divindade e qual o papel e obrigação delas no multiverso. Isso encerrou os conflitos,
porque agora ambas as partes tinham seu próprio papel e planeta para cuidar.

A partir de agora focaremos mais na história de Toril, pois é onde fica o continente de Faerûn e
lugar em que ocorre toda a história de Forgotten Realms, os Reinos Esquecidos. Toda essa
história precisou ser contada porque é fundamental para entender diversas coisas que serão
importantes no futuro.

Essa mudança toda transformou o continente naquilo que é mais parecido com o que se
conhece hoje: o grande continente de Faerûn, Zakhara (onde se passam as histórias de Al-
Qadin, com gênios, desertos e aventuras árabes) e Kara-Tur (onde se passam as Oriental
Adventures, com ninjas, samurais e aventuras do extremo oriente).
A primeira floração

-24000 a -9000

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Das ruínas dos Dias do Trovão surgiram as primeiras nações do Povo Orgulhoso - os elfos e
anões - na região. Os elfos criaram as nações de Aryvandaar, Ardeep e Ilythiir. Eles
estabeleceram Illefarn ao longo da Costa da Espada, desde a Espinha do Mundo até o Rio
Delimbiyr - sua capital Aelinthaldaar na sombra do que é agora waterdeep. Elfos da floresta e
elfos da lua fundaram o reino de Eaerlann no Vale Delimbiyr e na Floresta Alta, e separatistas
de Aryvandaar estabeleceram Miyeritar nas terras da atual high moor e Misty florest .Os clãs
anões se uniram como a nação de Delzoun, batizada em homenagem ao seu fundador, com
fortalezas anãs construídas em locais que vão desde as Montanhas de Gelo até as Montanhas
Nether e o Mar Estreito, e assentamentos e salões a oeste até os Penhascos e as Montanhas da
Espada. O Povo Orgulhoso defendia regularmente suas terras natais contra hordas de orcs que
surgiam das montanhas da Espinha do Mundo e avançavam para o sul para atacar e pilhar.

A Primeira Separação

-17600

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Milhares de anos após o surgimento das grandes nações élficas, centenas de grandes magos
elfos se uniram para lançar um feitiço destinado a criar uma pátria gloriosa para sua raça. O
feitiço funcionou, mas ondulava para frente e para trás no tempo, e a terra foi dividida,
mudando a face do mundo. O maior continente deste novo mundo é agora chamado de
Faerûn. Longe de suas costas ocidentais ergueu-se a ilha de Evermeet, considerada uma parte
de Arvandor, a casa dos deuses élficos no plano de Arborea, e uma ponte entre os mundos.
As Guerras da Coroa

-12000 a -9200

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Cerca de treze mil anos atrás, a guerra estourou entre as nações élficas de Aryvandaar e
Miyeritar, iniciando uma série de conflitos conhecidos como as Guerras da Coroa. Durando
cerca de três mil anos, esses conflitos culminaram no Dark Disaster, no qual terríveis
tempestades engolfaram Miyeritar, transformando-o em um terreno baldio em uma única
temporada, deixando para trás a área agora conhecida como High Moor. Os grandes magos de
Aryvandaar são culpados pela destruição, embora nenhuma prova tenha sido apresentada. Os
vingativos elfos negros de Ilythiir recorreram a poderes corruptos e demoníacos, lançando-os
contra Aryvandaar. Nos séculos de destruição que se seguiram, sacerdotes elfos e grandes
magos oraram fervorosamente a Corellon Larethian e aos deuses do panteão élfico pela
salvação.

A Descida dos Drows

-9200

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Corellon intercedeu nas Guerras da Coroa e amaldiçoou os elfos negros para que nunca
vivessem confortavelmente sob o sol. Agora sentindo-se doloridos pela exposição à luz do dia,
os drows - em apenas dois meses - retiraram-se das terras ensolaradas do mundo acima para o
Underdark. Eles abandonaram toda a lealdade aos deuses élficos que os traíram e baniram,
voltando-se para Lolth, a Rainha Demônio das Aranhas, como seu patrono. As guerras logo
começaram entre os drows e as cidades subterrâneas dos anões.

A Ascensão e Queda de Netheril

-3830 a -339

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Mais de cinco mil anos atrás, um grupo de vilas de pescadores humanos nas margens do Mar
Estreito uniu-se sob o domínio do rei xamã Nether, tornando-se conhecido como o império de
Netheril. Os Netherese aprenderam o uso da magia com os elfos Eaerlanni e se tornaram
magos renomados. Séculos depois, eles descobriram os textos misteriosos conhecidos como
Nether Scrolls nas ruínas de Aryvandaar e subsequentemente abandonaram as práticas dos
Eaerlanni para adquirir um poder mágico ainda maior. Netheril cresceu e se tornou uma nação
invencível de magia e maravilhas, dominando grande parte do Norte por três mil anos. Então o
poderoso arcanista Netherese Karsus tentou usurpar o papel da deusa da magia. A ruptura
resultante no tecido da magia fez com que as cidades flutuantes de Netheril caíssem no chão,
destruiu uma série de outras proteções e encantamentos e trouxe o fim do grande império.

as grandes cidades

-339 a 1032

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Nas décadas e séculos que se seguiram ao colapso de Netheril, muitas cidades da Costa da
Espada e do Norte, como Illusk e a Cidadela de Sundbarr, acolheram refugiados do império
caído e novos assentamentos feitos total ou principalmente de sobreviventes humanos de
Netheril e seus descendentes foram estabelecidos em todo o Norte e nas Terras Centrais
Ocidentais. Quase mil e quinhentos anos atrás, os colonos humanos de Dalelands e os elfos de
Cormanthor prometeram sua aliança em um acordo conhecido como Dales Compact. Um
monumento chamado Standing Stone foi erguido para marcar a ocasião, e o advento do
Dalereckoning foi decretado, começando no ano 1 DR. Este método de numerar os anos na
história de Toril se espalhou por Faerûn e é comumente compreendido (se não universalmente
aceito). A cidade de Neverwinter - chamada Eigersstor quando era um mero assentamento - foi
fundada em 87 DR.

Nas margens do Rio Raurin, a humilde comunidade de Silverymoon Ford surgiu em 384 DR, e
menos de dois séculos depois cresceu para se tornar a cidade de Silverymoon. Em 882 DR, uma
vila e posto comercial na costa de uma baía profunda na sombra de uma grande montanha foi
nomeada Fortaleza de Nimoar, em homenagem ao chefe Uthgardt que reivindicou a área e a
fortificou. O lugar ficou conhecido pelos capitães do mar como "Waterdeep", um nome que
substituiu o original em algumas gerações.

No século 10 DR, clãs de anões e gnomos fizeram um pacto que mais tarde seria conhecido
como Pacto de Phandelver. O pacto permitiu que ambas as raças compartilhassem as riquezas
dentro da mina de Wave Echo Cave. Muitos ganharam com este acordo, incluindo o
assentamento humano próximo de Phandalin. Quando foi descoberto que a caverna tinha
propriedades mágicas maravilhosas, os conjuradores de Phandalin se aliaram aos anões e
gnomos para aproveitar esse poder mágico e usá-lo em todo o seu potencial. Eles amarraram a
magia em uma forja que chamaram de Forja de Feitiços, onde criaram armas mágicas e outros
itens.[2]

No entanto, em 951 DR, os orcs de Uruth Ukrypt vieram do norte e devastaram a região. Os
orcs foram auxiliados por magos mercenários quando atacaram a Wave Echo Cave, inflexíveis
em apreender suas riquezas. Os feiticeiros humanos de Phandalin lutaram ao lado dos gnomos
e anões para defender a caverna. No entanto, a batalha de magia destruiu grande parte da
Wave Echo Cave. Poucos sobreviveram à batalha e assim a localização da caverna foi perdida
para a história.
Em 1032 DR, Ahghairon, herdeiro das artes de Netheril, salvou a cidade de si mesma
destituindo o senhor da guerra e pretenso imperador de Waterdeep, Raurlor. Ahghairon
declarou que a sabedoria, não a força das armas, governaria a cidade de agora em diante e
criou os Senhores de Waterdeep. Estas e outras nações e grandes cidades-estado ganharam
proeminência ao longo da Costa da Espada, formando uma cadeia ao longo da Via Comercial
de Illusk, no extremo norte, até Baldur's Gate, no sul, perto das fronteiras de Arnn. Como seus
predecessores élficos e anões, eles lutaram contra ataques de humanóides selvagens, incluindo
hordas de orcs da Espinha do Mundo. Waterdeep, guiada por seus misteriosos Lordes, tornou-
se um poder ascendente, enquanto a velha Illusk caiu nas mãos dos orcs por décadas, até que
finalmente foi recuperada e a cidade de Luskan construída sobre suas ruínas.

O tempo dos problemas

1358

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Em 1358 DR, os deuses foram expulsos de seu domínio sobrenatural e obrigados a vagar pela
terra encarnados como mortais. Na tentativa de recuperar sua divindade, eles guerrearam
entre si. A magia tornou-se imprevisível e as orações dos fiéis ficaram sem resposta. Alguns dos
deuses que se tornaram mortais foram mortos, enquanto um punhado de mortais ascendeu à
divindade, assumindo as responsabilidades das divindades mortas.

O Retorno de Netheril

1374

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Em 1374 DR, o Império de Netheril ressurgiu quando a cidade flutuante de Thultanthar,


comumente conhecida como Shade, retornou de uma excursão de quase dois mil anos no
Pendor das Sombras, para pairar sobre o deserto de Anauroch. Os nobres da cidade, tocados
pelas sombras, quase imediatamente começaram a caçar antigas ruínas e artefatos Netherese
e se preparar para a restauração de seu outrora grande império.
A Praga Mágica

1385

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Em 1385 DR, a divindade ascendida Cyric, auxiliada por Shar, assassinou Mystra, a deusa da
magia, em seu domínio de Dweomerheart. Este ato rasgou o tecido da magia no mundo,
liberando seu poder bruto em uma catástrofe chamada Spellplague. Milhares de praticantes da
Arte enlouqueceram ou foram mortos, enquanto a face de Faerûn foi remodelada por ondas e
véus de fogo azul místico. Nações inteiras foram deslocadas ou trocadas por reinos de outros
mundos, e partes da terra foram arrancadas para flutuar no ar.

A Segunda Separação

1482

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Um século após a Peste Mágica, as terras e os povos de Faerûn se acostumaram com o estado
das coisas - bem a tempo de tudo mudar novamente. A primeira indicação de uma nova
turbulência veio em 1482 DR, quando Bhaal, o há muito morto deus do assassinato, renasceu
em Baldur's Gate em meio ao caos e derramamento de sangue, deixando dois dos duques da
cidade e muitos de seus cidadãos mortos. O retorno de Bhaal e sua aparente recuperação do
domínio do assassinato de Cyric levou alguns estudiosos e sábios a acreditar que as regras
pelas quais todas as divindades devem obedecer estavam em fluxo. Em 1484, estranhas
calamidades começaram a ocorrer em Faerûn. Um terremoto atingiu Iriaebor. Uma praga de
gafanhotos atingiu Arm. As secas atingiram as terras do sul enquanto o mar recuava
constantemente em alguns lugares. Em meio a esse tumulto, eclodiram conflitos em muitas
regiões do continente. Os orcs de Muitas Flechas guerrearam contra as fortalezas dos anões do
Norte e seus aliados. Sembia invadiu as Terras dos Vales, e Cormyr levantou um exército para
ajudar o povo dos Vales. Netheril trouxe forças para a fronteira de Cormyr, e Cormyr foi atraída
para uma guerra em ambas as frentes. Ao longo desse período, começaram a se espalhar
histórias de indivíduos que foram tocados pelos deuses e receberam poderes estranhos. Alguns
desses chamados Escolhidos estavam na raiz dos conflitos que assolam a terra. Alguns
pareciam movidos pelo propósito divino, enquanto outros afirmavam estar perplexos quanto
ao motivo de terem seria destacado. Em 1485, em Icewind Dale, o Chosen of Auril fomentou a
guerra com Ten-Towns e foi derrotado e após sua derrota a deusa Auril reviveu ele e remoldou
ele com o poder de trazer aqueles mortos de volta a vida e transformou ele no rei da noite o e
seu único objetivo seria trazer morte a todos os seres vivos em nome de Auril. Em Anauroch,
vendo que as forças Netherese estavam espalhadas, o povo Bedine há muito subjugado se
rebelou. Tendo derrotado ou sitiado as fortalezas dos anões do Norte, os orcs marcham para
Lua Argêntea. Em Cormyr e Sembia, os Netherese e os Cormyrianos trocaram território,
enquanto as Terras dos Vales se tornaram uma zona de guerra. Como que para compensar a
seca no sul, no outono de 1485 a Grande Chuva começou a cair ao redor do Mar das Estrelas
Cadentes e continuou sem cessar. Enquanto as águas subiram para o leste no início de 1486, a
maré virou contra os orcs no norte e, no final do ano, seus exércitos foram quebrados e
dispersos. Também durante aquele ano, os elfos de Myth Drannor vieram em auxílio das Terras
dos Vales e ajudaram a repelir as forças sembianas. Na Costa da Espada, a Hosttower of the
Arcane ressurgiu em Luskan, junto com a Irmandade Arcana. Em Waterdeep e Neverwinter,
foram feitos esforços para limpar essas cidades de escombros centenários e negligência.
Cormyr repeliu as últimas forças Sembianas e Nethereses da nação, recuperando seu território,
e reconvocou suas forças, voltando-se para dentro para tratar de questões de reconstrução. No
final de 1486, a Grande Chuva finalmente diminuiu, mas esse evento não significou o fim do
caos. O Mar das Estrelas Caídas havia crescido, submergindo grandes extensões de terra sob
suas ondas. No início de 1487, terremotos e erupções vulcânicas abundaram por meses, como
se o mundo inteiro estivesse em convulsão. Espalharam-se rumores de abismos causados pelo
desaparecimento repentino da Peste Mágica, e circularam histórias de destinos conhecidos
mais distantes um do outro, como se o mundo tivesse acrescentado silenciosamente
quilômetros de selva à distância entre eles. A notícia começou a se espalhar sobre lugares e
povos dos quais não se ouviu falar desde a Praga Mágica. Tornou-se evidente que alguns dos
efeitos daquela época terrível haviam sido revertidos. Durante o ano, navios que afirmam ser
de Evermeet, Lantan e Nimbral – nações consideradas desaparecidas ou destruídas -
navegaram para portos na Costa da Espada e no Sul Brilhante. Espalharam-se histórias sobre os
lendários navios celestes de Halruaa sendo vistos nos céus do sul. Não mais envolvido em
Cormyr, Netheril atacou Myth Drannor flutuando a Cidade das Sombras sobre ela. Em uma luta
pelo controle do mythal de Myth Drannor e da própria Trama, a capital voadora de Netheril foi
derrubada em Myth Drannor, resultando na destruição cataclísmica de ambos. À medida que o
ano se aproximava do fim, havia noites em que os céus pareciam ficar imóveis. Em grande
parte de Faerûn, o inverno de 1487 e 1488 durou mais do que qualquer outro registrado. Os
solstícios e equinócios de alguma forma se desviaram. As temporadas posteriores seguiram o
exemplo, com cada uma começando e terminando mais tarde do que o esperado. Orações aos
deuses por conhecimento e misericórdia pareciam passar despercebidas, além da presença de
seus Escolhidos. Embora os orcs tenham sido derrotados no Norte, a Liga das Fronteiras
Prateadas foi dissolvida em 1488, pois ex-aliados culparam uns aos outros pelos fracassos na
guerra. Sembia dividida em cidades-estados separadas apenas nominalmente aliadas umas às
outras. Enquanto um punhado de assentamentos sobreviveu, o Império Netherese não existia
mais. O restante das forças Netherese luta com os Bedine pelo controle do Pináculo da
Memória, considerado uma tumba dos phaerimm, os antigos inimigos de Netheril. A batalha
desperta o que acaba por ser uma colméia das criaturas, e eles usam a vida e o poder de
drenagem de magia da torre contra as terras abaixo. Em 1489, muitas das guerras que
começaram durante o Sundering chegaram ao fim. Outros conflitos surgiram e ameaças
poderosas ainda ameaçavam o mundo, mas as divindades pararam de interferir no mundo por
meio de seus Escolhidos. Os deuses não estavam mais calados, mas quietos, e em muitos
lugares surgiram novos sacerdócios para interpretar os agora sutis sinais dos deuses.
CAPITULO 1: A MINA DE PHANDELVER

O ano é 1491 o draconico chamado drago recebe uma proposta de trabalho de um anão
chamado gundren, ele é chamado para uma taverna em neverwinter, lá ele conhece o mago
strider que tem pouco contato com humanos já que ele mal conviveu com humanos por ser
meio elfo, também há o bárbaro aatrox, ele é um bárbaro que mesmo com seus modos
grotescos é muito gentil e não tolera injustiça. O gundren diz para eles. “preciso que vocês
levem um cargueiro para a cidade em reconstrução chamada phandalin, vocês aceitam?, se sim
ofereço 10 moedas de ouro” após essa proposta tentadora eles aceitam o trabalho e o anão diz
“ irei na frente junto com meu cavaleiro darwin e juntos prepararemos o local para a carga, mal
posso esperar , eu descobri algo que me fará rico” e então pela manhã o anão sai da taverna
mais cedo , e meio dia se passa e nossos heróis estão no meio do trajeto, eles passam esse
tempo para se conhecerem melhor. Drago viu sua família nobre sendo morta por um dragão
verde e planeja ajudar a todos para ninguém sofrer como ele sofreu e também reconquistar
seu trono e seu reino. strider após ser expulso de sua casa por seu pai que havia tido um caso
com uma humana ele vaga o mundo embusca de conhecimento para achar a mãe dele que não
sabe para onde foi parar. Aatrox teve sua família também tragicamente morta e jurou vingança
em seus corpos mas também quer curtir a vida e ganhar riquezas.

Após um tempo a mais na viagem eles se deparam numa parte de uma colina um trajeto feito
de terra que leva eles a phandalin, tem um morro pequeno ao lado e a frente deles a arvores e
algumas gramas e junto a esses arbustos é dois cavalos mortos, quando se aproximam
percebem que os cavalos tinha sidos flechados por flechas de goblins e quando eles percebem
isso eles se deparam com goblins cercando eles e eles lutam com eles e os derrotam e eles
então capturam um e interrogam ele. Ele diz “ sou apenas um servo enviado por um bugbear
para sequestar o anão , meu chefe se encontra a uma caverna ao nordeste dessa região”.

Após essas informações eles vão embusca dessa caverna e passam por bastantes armadilhas
como areia movediça que faz com que eles utilizem uma corda para saírem de dentro, e após
isso se deparam com uma planta roxa , eles decidem tocar nela e ela solta um veneno forte

após isso ele se deparam com uma caverna que a entrada dela tem um formato de caveira e
tem um rio impedindo de passar , a caveira tem um olho brilhando uma luz vermelha. Aatrox
ve que não tem uma forma de entrar na caverna sem passar pelo rio e pula um rio de 20
metros e dessa forma atravessa ele tranquilamente , strider tenta nadar mas começa a afogar e
Aatrox puxa ele com uma corda e traz ele do outro lado do rio para a outra margem. Drago
então atira uma flecha no olho da caveira e abre uma ponte , e então ele atravessa a ponte
seco e sem frio.

Eles então encontram alguns goblins que estavam nesse lado do rio guardando a entrada da
caverna e eles derrotam eles com dificuldade por causa do veneno. O que faz com que eles
façam um acampamento na frente dessa caverna. Após isso eles entram dentro dela e não
conseguem ver quase nada se não fosse pela tochas em suas mãos ,

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