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DAVI ARANTES DA SILVA

HENRIQUE MALFATTI PEDRO


JONAS PEREIRA DE CARVALHO

CIVILIZAÇÃO DO AÇÚCAR

SANTO ANDRÉ
2024
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DAVI ARANTES DA SILVA


HENRIQUE MALFATTI PEDRO
JONAS PEREIRA DE CARVALHO

CIVILIZAÇÃO DO AÇÚCAR

Trabalho para obtenção de nota no


1º Bimestre apresentado pela escola
Rede Única

Orientador: Prof. Otavio

SANTO ANDRÉ
2024
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RESUMO
O livro "Civilização do Açúcar" nos leva a explorar a importância do açúcar na
história do Brasil colonial. Ele destaca como o açúcar se tornou o principal produto
de exportação, impulsionando a economia brasileira, mas também ressalta o uso do
trabalho escravo africano nas plantações. O açúcar não apenas moldou a
economia, mas também influenciou a cultura, as relações sociais e o
desenvolvimento das cidades, especialmente no Nordeste brasileiro.

Palavras-Chave: Açúcar, Brasil colonial, Economia, Trabalho escravo, Nordeste,


Cultura, História, Colonização, Plantations, Relações sociais.
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ABSTRACT
The book "Civilization of Sugar" takes us on a journey to explore the significance of
sugar in the history of colonial Brazil. It highlights how sugar became the main
export product, driving the Brazilian economy, but also underscores the use of
African slave labor on the plantations. Sugar not only shaped the economy but also
influenced culture, social relations, and the development of cities, especially in
northeastern Brazil.

Keywords:Sugar, Colonial Brazil, Economy, Slavery, Northeast, Culture, History,


Colonization, Plantations, Social relations.
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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………….6
2.DESENVOLVIMENTO………………………………………………………………7-12
3.CONCLUSÃO………………………………………………………………………….13
4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………14
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1.INTRODUÇÃO

O livro "Civilização do Açúcar" nos leva numa viagem ao Brasil antigo, onde o
açúcar não só era um ingrediente doce, mas também o centro de uma grande
história. Desde quando os portugueses chegaram às terras brasileiras, eles viram o
potencial da cana-de-açúcar para fazer dinheiro. Logo, o açúcar se tornou a estrela
da economia, trazendo riqueza para o país.

Mas essa riqueza veio com um preço alto: o trabalho escravo. Africanos foram
trazidos à força para trabalhar nas plantações de açúcar, enfrentando condições
terríveis. Mesmo assim, o açúcar floresceu, especialmente no Nordeste do Brasil,
onde o solo e o clima eram perfeitos para o cultivo.

Além de ser um produto valioso, o açúcar mudou a maneira como as pessoas


viviam. Cidades cresceram em torno das plantações, e novas culturas e tradições
surgiram. A "Civilização do Açúcar" não foi apenas sobre fazer dinheiro, mas
também sobre como as pessoas viviam, trabalhavam e se relacionavam.

Este livro nos mostra como o açúcar não era apenas um doce, mas também uma
parte importante da história do Brasil, moldando o país de maneiras que ainda
podemos sentir hoje.
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2.DESENVOLVIMENTO

AÇÚCAR E COLONIZAÇÃO

Importância do açúcar: O açúcar foi essencial para a enriquecimento do Brasil


colonial, sendo o principal produto de exportação e fonte de riqueza.

Contexto histórico: A implantação da lavoura canavieira no Brasil está inserida no


contexto dos descobrimentos e da expansão mercantil europeia, especialmente
durante o desenvolvimento do mercantilismo.

Mercantilismo: O mercantilismo influenciou fortemente a colonização brasileira,


visando à criação de colônias ultramarinas que oferecessem produtos rentáveis e
mercados consumidores para a metrópole, além de promover o desenvolvimento
mercantil através de políticas como o metalismo, o protecionismo e a conquista de
colônias.

Escolha do açúcar: Portugal escolheu o açúcar como principal produto agrícola para
a colonização do Brasil devido à sua experiência na produção, à demanda
crescente na Europa e à disponibilidade de terras.

Trabalho escravo: A produção de açúcar dependia fortemente do trabalho escravo


africano, devido à inadequação do trabalho indígena e aos lucros gerados pelo
tráfico negreiro.

Expansão da produção: A produção açucareira se concentrou no Nordeste


brasileiro, especialmente em áreas como Pernambuco e Bahia, onde o solo fértil e o
clima favorável permitiram um rápido crescimento da indústria açucareira.

Economia diversificada: Além do açúcar, outras atividades econômicas se


desenvolveram em torno da produção açucareira, como o cultivo do tabaco e a
pecuária, contribuindo para a formação de uma economia diversificada na colônia.
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A AGROINDÚSTRIA DO AÇÚCAR

A agroindústria do açúcar desempenhou um papel central na economia colonial


brasileira, impulsionando não apenas as atividades locais, mas também as relações
comerciais com mercados africanos e europeus. Os engenhos, complexos de
produção de açúcar, foram fundamentais nesse processo.

A estrutura dos engenhos era composta por diversos edifícios, como a casa-grande,
onde residiam os proprietários, a senzala, destinada aos escravos, e a capela,
indicando a forte presença da religião na vida dos colonos.

Os lavradores de cana desempenhavam um papel crucial na produção, trabalhando


sob o domínio dos senhores de engenho. A mão-de-obra escrava era predominante,
sendo essencial para atender à demanda crescente por açúcar.

O processo de cultivo da cana-de-açúcar era minucioso, envolvendo etapas como o


plantio, o crescimento das plantas e a colheita. Nas fábricas de açúcar, técnicas de
moagem avançadas eram empregadas, visando extrair o máximo de suco da cana.

O fabrico do açúcar era uma atividade complexa, desde a moagem da cana até o
refinamento do produto final. O açúcar era então encaixotado e enviado para o
comércio europeu, gerando lucro significativo para os proprietários dos engenhos.

Além da economia gerada, a posse e operação de engenhos conferiam status social


aos seus proprietários, que investem grandes quantidades de capital na
manutenção dessas instalações.

Esses aspectos evidenciam a importância dos engenhos na agroindústria açucareira


durante o período colonial brasileiro, marcando profundamente a economia e a
sociedade da época.
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OS TRABALHADORES DO AÇÚCAR

Ao longo do capítulo pode ser notado um destaque na parte do trabalho dos


escravos nas lavouras, ele era visto até mesmo por padres como abominável e
semelhante ao inferno, afinal, os escravos sempre estavam à mercê das ordens do
senhor do engenho o qual ordenava que os escravos fossem mantidos nos
diversos setores do local realizando os mesmos trabalhos sequenciais de moer,
cozinhar, pulgar e embalar por cerca de 20 horas diárias, tendo 4 horas para
descanso e limpeza do local.

A produção do açúcar era extremamente lenta e complexa, o que requer uma


grande organização no processo para evitar a perda da colheita, que por sua vez
trouxe muitos lucros a Portugal, somado ao fato que os escravos mal geravam
custos tendo em vista que até mesmo que funcionários aprendizes brancos
recebiam muito mais que negros e índios profissionais que dificilmente recebiam
algum retorno pelo serviço, afinal, os mesmos sequer eram vistos como humanos,
sendo somente instrumentos para a colonização.

Sobre a divisão de serviços,em suma maioria era sustentada por negros vindos da
África, os quais viviam em condiçoes miseráveis. Os únicos que tinham uma
condição minimamente melhor eram conhecidos como “Trabalhadores Livres”, que
nada mais eram que assalariados de engenho que auxiliavam em sua
administração. Quanto aos índios, eles eram administrados por jesuítas, a fim de
catequizá-los no processo, suas principais funções eram serviços simples, como
limpeza e corte de lenha, além de tambem serem encarregados de caçarem
escravos negros fugitivos pois os mesmos inham alto custo, tal fato acarretou em
uma grande desunião no cenário dos escravos.
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OS NEGÓCIOS DO AÇÚCAR

O conteúdo tratado no capítulo diz respeito às relações comerciais açucareiras,


sempre dando ênfase na relação entre a Colônia e a Metrópole onde a Metrópole
extrai o máximo de lucros de sua Colônia, que por sua vez só servia como fonte de
recursos para os países europeus, produzindo açúcar para atender a demanda da
Europa.
Afim de otimizar esse comércio foi desenvolvido um Sistema de Comércio
envolvendo América, Europa e África que durava cerca de 3 meses onde o Brasil
enviava açúcar, tabaco e algodão para a Europa que por sua vez enviava produtos
manufaturados para a África, que enviava mão de obra escrava para o Brasil, o que
era vital para país, pois os escravos eram a base da mão-de-obra e geram baixos
custos, os mesmos eram comprados em quantidades massivas, mas muitos
morriam durante as viagens.

O COTIDIANO DO AÇÚCAR

O comércio do açúcar no Brasil colonial era muito lucrativo e centralizado nos


negócios mercantis, conectando a Colônia à Metrópole por meio de uma intrincada
rede de comércio triangular entre América, Europa e África. O açúcar brasileiro
desempenhava um papel importante no mercado europeu, sendo transportado em
navios que faziam parte do sistema de frotas, controlado pela Coroa Portuguesa.

Os mercadores desempenhavam um papel fundamental nesse comércio, lucrando


tanto na venda do açúcar quanto no fornecimento de produtos necessários para os
produtores coloniais. Mas, muitas vezes, os produtores se viam endividados com os
mercadores devido aos preços baixos de venda do açúcar e aos preços altos dos
produtos europeus.
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O sistema de frotas, apesar de criticado pelos comerciantes e produtores, persistiu


até o final do século XVIII, quando foi restaurado sob o governo de Pombal. Esse
sistema restringia a liberdade de ação dos comerciantes do Reino e obrigava os
produtores brasileiros a vender e comprar seus produtos em datas determinadas,
sem poder negociar preços.

Além do açúcar, o comércio de escravos desempenhava um papel vital na economia


colonial, pois a moeda era escassa. Os escravos eram usados como moeda de
troca, permitindo aos comerciantes europeus obterem produtos coloniais, como
açúcar e tabaco, sem ter que desembolsar moeda metálica.

Os cristãos-novos, perseguidos pela Inquisição, encontraram no Brasil uma


oportunidade para prosperar nos negócios do açúcar. Eles forneciam capital para a
realização de safras e compravam e vendiam açúcar na Europa com grandes
lucros. Apesar das tensões entre cristãos-novos e cristãos-velhos, muitos
conseguiram ascender social e economicamente na sociedade colonial.

A guerra do açúcar entre os Países Baixos e a Espanha teve um impacto


significativo no comércio açucareiro brasileiro. Durante o período em que os
holandeses dominaram partes do nordeste brasileiro, eles adquiriram
conhecimentos sobre a produção de açúcar, que posteriormente transferiram para
suas colônias antilhanas. Isso resultou no declínio da produção brasileira e no
aumento da competição no mercado açucareiro europeu.

Apesar do declínio econômico da sociedade açucareira brasileira, o açúcar


continuou sendo importante para Portugal, contribuindo significativamente para os
cofres metropolitanos até o final do século XVIII. Esse comércio, embora lucrativo
para alguns, perpetuou um sistema de dependência e exploração tanto dos
produtores coloniais quanto dos escravos africanos.

Os excluídos da riqueza do açúcar viviam na cidade em condições muitas vezes


precárias. Eram os "vadios", mendigos que perambulavam pelas ruas, muitas vezes
mendigando para sobreviver. A maioria deles não tinha ocupação estável e
dependia da caridade pública ou da generosidade dos cidadãos mais humildes.
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Esses "excluídos" também incluíam os artesãos pobres, trabalhadores urbanos mal


remunerados que trabalham a ofícios como sapateiro, carpinteiro, ferreiro, e etc.

A situação dos índios também merece destaque entre os excluídos da riqueza


açucareira. Muitos foram submetidos a um sistema de trabalho compulsório nas
plantações de cana-de-açúcar, sujeitando-se a condições de trabalho extremamente
desgastantes. Além disso, foram frequentemente vítimas de abusos e violências por
parte dos colonos.

A violência e a injustiça permeiam toda a estrutura social da sociedade açucareira.


As desigualdades eram gritantes, com uma elite privilegiada desfrutando de luxo e
poder às custas da exploração e da opressão dos mais vulneráveis. Essa realidade
cruel deixou marcas profundas na história do Brasil, influenciando não apenas o
período colonial, mas também os séculos subsequentes.

Embora o açúcar tenha desempenhado um papel central na economia colonial


brasileira, é fundamental reconhecer que sua prosperidade foi construída sobre a
exploração e o sofrimento de inúmeras pessoas. O cotidiano do açúcar é um reflexo
sombrio de uma sociedade marcada pela desigualdade, pela violência e pela
injustiça. Essas questões continuam a ressoar na sociedade contemporânea,
servindo como um lembrete dos desafios persistentes que enfrentamos na busca
por uma sociedade mais justa e igualitária.
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3.CONCLUSÃO

O açúcar foi super importante para o Brasil antigo. Não só era o que mais se vendia,
mas também trazia muita riqueza. Portugal escolheu produzir açúcar aqui porque já
sabia fazer, tinha muita terra e sabia que a Europa queria mais e mais açúcar.

Mas, por trás disso tudo, havia um lado ruim. A produção de açúcar dependia muito
do trabalho forçado de pessoas escravizadas, principalmente africanos. Eles
trabalhavam muito, em condições ruins, e isso fez muita gente rica, mas às custas
do sofrimento dessas pessoas.

Os lugares onde o açúcar era produzido, chamados engenhos, eram como


pequenas cidades, mas só os donos tinham vida boa. Os trabalhadores sofriam
muito. Além disso, o jeito como o açúcar era vendido fazia com que Portugal
ganhasse mais dinheiro do que o Brasil.

Hoje, quando olhamos para essa época, vemos que o açúcar não era só uma coisa
boa. Era um símbolo de como as pessoas eram tratadas de forma injusta e cruel.
Reconhecer isso é importante para entender a história do Brasil e também para
pensar em como podemos tornar o mundo mais justo para todos.
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4.Referencia Bibliografica

● livro “Civilização do Açúcar” escrito por vera lúcia amaral ferlini

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