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Etapa Ensino Fundamental

Anos Finais História

Os agentes da
expansão territorial e
economia: cana-de-
-açúcar
7º ANO
Aula 12 – 3º Bimestre
Conteúdo
● Trabalho;
● Cana-de-açúcar;
● Colonial;
● Expansão territorial;
● Economia.
Para começar

Você sabe de onde vem o açúcar?


Qual é a função do açúcar?
Para começar

O açúcar é uma substância doce que é produzida a partir de fontes


vegetais, principalmente a cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar é a
fonte mais comum de açúcar no mundo, especialmente em regiões
tropicais e subtropicais.
Quanto à função do açúcar, ele é amplamente utilizado na culinária e
como adoçante em alimentos e bebidas. O açúcar adiciona sabor doce
aos alimentos e pode realçar o paladar de muitos pratos. Além disso, o
açúcar também desempenha um papel importante na fermentação,
fornecendo alimento para leveduras e bactérias durante a produção de
bebidas alcoólicas, como vinho e cerveja. No entanto, é importante
consumir o açúcar com moderação, pois o consumo excessivo
pode levar a problemas de saúde, como obesidade e diabetes.
Foco no conteúdo

Assista ao vídeo
sugerido e reflita

https://www.youtube.com/watch?v=Rvw5rHB5bL0&t=1s
Caixa que era utilizada para
Foco no conteúdo cortar os pães de açúcar.

Fonte 2
Fonte 1

Formas de pão de açúcar em tábua de purgar e tachos usados na época do


Brasil colonial. Esta forma cônica, utilizada na produção de açúcar durante a
colonização, deu nome ao famoso morro da cidade do Rio de Janeiro, o Pão de
Açúcar.
A partir das fontes selecionadas no slide, em duplas,
leiam, debatam, reflitam e respondam às questões.

1. Vocês conhecem os objetos apresentados nas imagens? Quais seriam


suas funções?
2. Quais são os nomes dos objetos apresentados nas fontes?
3. Qual era a sua importância para o processo na fabricação do açúcar?
4. Na fonte 2, como o pão de açúcar era dividido no açúcar nesse
objeto?
Na prática Correção
Ao realizar uma explicação sobre esses dois objetos, sua
importância e sua função para a produção do açúcar, que
respondam que as imagens mostram “pães de açúcar” e
que essas eram as formas que costumavam ser usadas na
produção do açúcar. Cones altos com topo arredondado
eram cortados, conforme mostra a FONTE 2, e, então, o
açúcar era vendido e dividido entre os produtores. As
formas possuíam grande importância na fabricação, a
divisão do açúcar era feita em cubos e seus pedaços
cortados com a caixa de corte de açúcar.
Foco no conteúdo
Expansão territorial e econômica
relacionada à cultura da cana-de-açúcar
Durante o período colonial do Brasil, a cana-de-açúcar desempenhou
um papel crucial como agente de expansão territorial e econômica. A
introdução da cana-de-açúcar pelos colonizadores portugueses foi
impulsionada, principalmente, pelo objetivo de estabelecer a produção
de açúcar para atender à crescente demanda europeia.
A expansão territorial foi motivada pela necessidade de encontrar
terras férteis e adequadas para o cultivo da cana-de-açúcar.
Inicialmente, os colonizadores estabeleceram plantações de cana-de-
açúcar ao longo da costa nordeste do Brasil, onde as condições
climáticas eram aceitas.
Foco no conteúdo
A cana-de-açúcar também impulsionou uma
economia colonial. A produção de açúcar
tornou-se a principal atividade econômica do
Brasil colonial, segura para o estabelecimento
de engenhos e fazendas tratadas para o cultivo
e processamento da cana.
Grandes quantidades de mão de obra escrava
africana foram trazidas para trabalhar nas
plantações de cana-de-açúcar, o que foi
fundamental para o crescimento da economia
açucareira.
Foco no conteúdo

A expansão da cana-de-açúcar também levou ao desenvolvimento de


uma infraestrutura para transportar e comercializar o açúcar.
Estradas foram construídas para conectar as áreas produtoras de
açúcar aos portos, onde o produto era exportado. Além disso, os
engenhos de açúcar estimularam a criação de atividades
complementares, como a produção de aguardente e a fabricação de
produtos derivados da cana-de-açúcar.
Foco no conteúdo
Agora vamos investigar com uma atitude historiadora. Leia o
texto, observe as imagens, registre, a partir dos slides a
seguir, e responda em seu caderno:
Entre 1630 e 1654 uma parte do Brasil foi ocupada pelos holandeses. O
Conde Maurício de Nassau, enquanto governador da colônia holandesa
em Pernambuco, trouxe para o Brasil um grupo de cientistas, teólogos,
arquitetos, médicos e pintores. Nesse período, a área foi pesquisada e
mapeada pelos cartógrafos Georg Marcgraf e Cornelis Goliath. Entre
1638 e 1643 eles produziram mapas com as informações coletadas pelos
representantes da Companhia das Índias Ocidentais sobre os territórios
por ela conquistados. Joan Blaeu usou esse material como fonte para
esse mapa em 1662. O mapa contém uma representação de um
engenho dessa região.
Fonte 1

Título: Carte de
Pernambouc Nord datant
d'entre 1630 et 1654.
Atlas van der Hagen (nl),
Bibliothèque royale (Pays-
Bas).
Autor: Cornelis Golias e
Georg Marcgraf
Recorte 1: O Engenho

Recorte 2: A Casa-grande
Recorte 3:
A Senzala
Leia o texto e registre a
Foco no conteúdo partir dos slides a seguir:
Fonte 2

O dia a dia no engenho


"(...) O engenho colonial era um conjunto formado tipicamente por:
● casa-grande, na qual moravam o senhor e sua família, centro de
irradiação de toda atividade econômica e social da propriedade;
● capela, que congregava a vida religiosa e social;
● engenho propriamente dito, descrito por Antonil, no início do século
XVIII, como uma “máquina e fábrica incrível”;
● senzala, moradia dos escravos”.
Leia o texto e registre a
Foco no conteúdo partir dos slides a seguir:
Fonte 3

Do cabedal que há de ter o senhor de um


engenho real
"O Ser Senhor de Engenho é título a que muitos aspiram, porque traz
consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos. E se for, qual
deve ser, homem de cabedal e governo, bem se pode estimar no Brasil
o ser senhor de engenho, quanto proporcionalmente se estimam os
títulos entre os fidalgos do Reino. Porque engenhos há na Bahia que
dão ao senhor quatro mil pães de açúcar e outros pouco menos, com
cana obrigada à moenda, de cujo rendimento logra o engenho ao
menos a metade, como qualquer outra, que nele livremente se mói; e
com alguns pares, ainda mais que a metade.(...)
Foco no conteúdo

Servem ao senhor do engenho, em vários ofícios, além dos


escravos de enxada e fouce que têm nas fazendas e na moenda,
e fora os mulatos e mulatas, negros e negras de casa, ou
ocupados em outras partes, barqueiros, canoeiros, calafates,
carapinas, carreiros, oleiros, vaqueiros, pastores e pescadores.
Tem mais, cada senhor destes, necessariamente, um mestre de
açúcar, um banqueiro e um contra banqueiro, um purgador, um
caixeiro no engenho e outro na cidade, feitores nos partidos e
roças, um feitor-mor do engenho, e para o espiritual um
sacerdote seu capelão, e cada qual destes oficiais tem soldada”.
TODO MUNDO
Na prática ESCREVE

1) Em que contexto foi produzido o mapa da FONTE 1?


2) Qual é a relação do que está representado nos recortes com o que é
colocado no primeiro texto? O que é possível concluir a partir da análise
do engenho representado nos recortes?
3) Os cartógrafos que confeccionaram o mapa foram convidados pelo Conde
de Nassau, governador do “Brasil holandês”, para desenvolverem mapas
com as informações coletadas pelos representantes da Companhia das
Índias Ocidentais sobre os territórios por ela conquistados. Pesquise o que
foi o “Brasil holandês” e quem foi o Conde Maurício de Nassau, e faça um
pequeno texto explicando qual era a importância desse mapa naquela
época e nos dias de hoje.
4) Que relações você pode estabelecer entre a FONTE 1, e os dois textos, a
partir de sua análise?
Na prática Correção
O conde Maurício de Nassau deu liberdade de religião nas
cidades de Olinda e Recife, realizou melhorias nas cidades,
ergueu prédios, pontes, fortes, assim como financiou
cientistas e pintores para estudar e registrar a região.
Espera-se que o(a) estudante responda que entre 1638 e
1643 os cartógrafos Georg Marcgraf e Cornelis Goliath
produziram mapas com as informações coletadas pelos
representantes da Companhia das Índias Ocidentais sobre
os territórios por ela conquistados, no contexto da ocupação
dos holandeses de parte do território brasileiro. Joan Blaeu
usou esse material como fonte para este mapa em 1662.
Na prática Correção
Esse é um dos registros visuais do período “Brasil
holandês”, em que os holandeses ocuparam o
nordeste brasileiro, e o mapa contém uma
representação de um engenho da região de
Pernambuco. Espera-se que o(a) estudante
identifique os elementos da fonte iconográfica,
descrevendo as instalações e as atividades que
eram ali realizadas.
Foco no conteúdo
Na América Portuguesa, durante o período colonial, os engenhos de açúcar
eram movidos por diferentes tipos de moendas. Os dois tipos principais
eram a moenda de tração animal e a moenda de água.
Moenda de tração animal: Nesse tipo de moenda, bois ou cavalos eram
utilizados para fornecer a força necessária para a moagem da cana-de-
açúcar. Os animais caminhavam em círculos, geralmente em torno de um
poste central, que estava conectado a uma engrenagem que movimentava
os cilindros de moagem. Conforme os animais caminhavam, a cana era
esmagada e o suco era extraído.
Moenda de água: Esse tipo de moenda era movido pela força da água. A
água era canalizada para uma roda d'água, que, por sua vez, movimentava
os cilindros de moagem. A força da água permite uma moagem mais
eficiente e menos dependente da força animal.
Na prática DE SURPRESA

A partir dos conhecimentos obtidos nesta aula, analise essa imagem.

Fonte 1

Moagem de Cana – Fazenda Cachoeira –


Campinas. Benedito Calixto de Jesus.
1830. Acervo do Museu Paulista.
Na prática DE SURPRESA

1. Quem é o autor da imagem? Quando foi pintada? Quais suas


características mais marcantes? Pesquise sobre o autor da
fonte e escreva o que descobrir sobre ele.
2. Na fonte acima é apresentada uma moenda de engenho de
cana-de-açúcar; ela possuía grande importância no
rendimento, pois era força motriz do engenho. Quais tipos
de moendas existiam na América portuguesa, nesse
período, e seu funcionamento.
Na prática Correção

Identificar que as moendas funcionavam de duas maneiras:


por tração animal ou movidas por roda-d’água, mas eram
caras, pois exigiam a dificultosa construção de um canal
hidráulico para movimentá-las. Pode-se observar, também, o
trabalho do escravizado que insere o maço de cana dentro da
moenda – um trabalho perigoso, pois um descuido poderia
triturar a mão do trabalhador.
Aplicando Vamos Pesquisar

1. Pesquise porque a cana-de-açúcar foi a principal lavoura do


Brasil colonial. Faça um mapa localizando as regiões do
Brasil colonial que foram as maiores produtoras de cana- -
de-açúcar.
2. Onde podemos encontrar plantações de cana-de-açúcar no
Brasil, atualmente?
O que aprendemos hoje?

● Nesta aula de História, aprendemos sobre a


produção de açúcar nas colônias, as atividades nos
engenhos, a dinâmica econômica e as condições
de vida dos escravizados nos engenhos.
Tarefa SP
Localizador: 98083

1. Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com


seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
2. Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
3. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
4. Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
5. Clique em “Procurar”.

Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 5 – https://www.youtube.com/watch?v=Rvw5rHB5bL0&t=1s
Slide 3 –
https://drauziovarella.uol.com.br/alimentacao/conheca-as-diferencas-entre-os-ti
pos-de-acucar/

Slide 6 –
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Museu_Nacional_do_A%C3%A7%C3%
BAcar_e_do_%C3%81lcool,_popularmente_chamado_de_Museu_da_Cana._Form
as_de_p%C3%A3o-de-a%C3%A7%C3%BAcar_em_t%C3%A1bua_de_purgar_e_
tachos_utilizados_na_%C3%A9poca_do_Brasil_colonial._Esta_forma_c%C3%B4
nica_deu_nom_-_panoramio.jpg
Slide 7 –
https://guiadoensino.com.br/historia/economia-agroexportadora-brasileira-fonte-
de-riquezas/
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 11 –
https://cpvceasm.files.wordpress.com/2019/03/formac3a7c3a3o-territorial-brasil
eira-luizinho.pdf
OU
https://i.pinimg.com/originals/34/b4/a0/34b4a01037305234a4cbfcf6beaab6ae.jp
g
Slide 14 –
https://www.wikidata.org/wiki/Q61985617#/media/File:Atlas_Van_der_Hagen-K
W1049B13_095-PRAEFECTURAE_PARANAMBUCAE_PARS_BOREALIS,_una_cum_P
RAEFECTURA_de_ITAMARACA.jpeg
Slide 23 –
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Benedito_Calixto_de_Jesus_-_Moagem_de
_Cana_-_Fazenda_Cachoeira_-_Campinas,_1830,_Acervo_do_Museu_Paulista_da
_USP.jpg
Referências
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo
Paulista: Etapas Educação Infantil e Ensino
Fundamental./Secretaria da Educação – São Paulo: SEE, 2019.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria
Pedagógica – COPED, 2023. Currículo em Ação – 6º ano,
Volume 1, São Paulo, 2022.
Lemov, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um
professor campeão de audiência. Trad. Leda Beck; consultoria
e revisão técnica Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São
Paulo: Da Prosa: Fund. Lemann, 2011.
SILVA, Maria Beatriz Nizza da et al. História de São Paulo
colonial. São Paulo: UNESP, 2009.
Referências
FERREIRA, Olavo Leonel. História do Brasil. São Paulo: Ática, 1996.
HOLANDA, S. B. Caminhos e fronteiras. 3ª ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 1994.
SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma
biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp. 2018.
500 anos: Um novo mundo na TV. Isabel Guillen e Sylvia Couceiro.
Brasília: MEC. Secretaria de Educação a Distância. 2001. p. 62 e 63.
Domínio Público.
Cultura e opulência do Brasil. André João Antonil. Coleção
Reconquista do Brasil. 3. ed. Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1982. P.
23 e 24.
Material
Digital

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