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Economia Açucareira
A economia açucareira foi de grande importância na consolidação dos interesses econômicos da metrópole. Percebendo
as características do solo brasileiro e a demanda do mercado europeu, Portugal decidiu explorar a cana-de-açúcar no Brasil.
Antes disso, os lusitanos já tinham aprimorado algumas técnicas de produção criando algumas plantações de cana-de-açúcar nas
ilhas de Cabo Verde e da Madeira. No Brasil, a plantação foi viabilizada por meio de três elementos fundamentais: o trabalho
escravo, a monocultura e a grandes propriedades.
A sociedade da região açucareira dos séculos XVI e XVII era composta, basicamente, por dois grupos. O dos
proprietários de escravos e de terras compreendia os senhores de engenho e os plantadores independentes de cana. Estes não
possuíam recursos para montar um engenho para moer a sua cana e, para tal, usavam os dos senhores de engenho. O outro
grupo era formado pelos escravos, numericamente muito maior, porém quase sem direito algum. Entre esses dois grupos existia
uma faixa intermediária: pessoas que serviam aos interesses dos senhores como os trabalhadores assalariados (feitores, mestres-
de-açúcar, artesãos) e os agregados (moradores do engenho que prestavam serviços em troca de proteção e auxílio).
A sociedade açucareira era patriarcal. A maior parte dos poderes se concentrava nas mãos do senhor de engenho. Com
autoridade absoluta, submetia todos ao seu poder: mulher, filhos, agregados e qualquer um que habitasse seus domínios. Cabia-
lhe dar proteção à família, recebendo, em troca, lealdade e deferência. Essa família podia incluir parentes distantes, de status
social inferior, filhos adotivos e filhos ilegítimos reconhecidos. Seu poder extrapolava os limites de suas terras, expandindo-se
pelas vilas, dominando as Câmaras Municipais e a vida colonial. A casa grande foi o símbolo desse tipo de organização familiar
implantado na sociedade colonial. Para o núcleo doméstico convergia a vida econômica, social e política da época.
1.Cite os três elementos que possibilitou o desenvolvimento da lavoura açucareira no Brasil no período colonial:
3. O que quis dizer o Padre Antonil, quando afirmou: “os escravos são as mãos e os pés do senhor do engenho”?
A -A existência de um solo ideal para o cultivo da cana-de-açúcar fez com que as capitanias situadas nas atuais regiões Nordeste
e Centro-Oeste do Brasil experimentassem um maior desenvolvimento.
B -A organização da produção açucareira no Brasil estava voltada para o atendimento da crescente e rentável demanda do
mercado europeu, não atendida pelos engenhos da colônia portuguesa dos Açores.
C -A autoridade do senhor de engenho se restringia aos limites de sua propriedade, estando fora dela submetida às leis e normas
da Coroa portuguesa, defendidas na colônia por um forte aparato militar e judiciário.
D -Os senhores de engenho, em comparação com os barões de café, tratavam seus escravos com menos violência, pois estes
eram tidos como mercadorias de alto valor e de difícil reposição.
E -O alto valor do açúcar no mercado internacional promoveu um grande acúmulo de riqueza na colônia, que logo superou, em
volume, a economia da metrópole.